Movimento Rotacional Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Professora Karen Luz Burgoa Rosso Tutor: Antônio Marcelo Martins Maciel Lavras/MG 2011 1|Página Ficha catalográfica preparada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central da UFLA Espaço a ser preenchido pela biblioteca [A ser preenchido posteriormente] Espaço a ser preenchido pelo CEAD ______________Digite o Título do Documento______________ Índice Unidade 6 .......................................................................................................... 6 1.1. A descrição física do problema ............................................................. 7 1.2. Sólido rígido............................................................................................... 7 1.3 Centro de massa ...................................................................................... 8 1.4. Velocidade angular e Aceleração Angular .............................................. 9 1.5. Energia cinética rotacional ..................................................................... 10 1.6. Momento de Inércia ................................................................................. 11 1.7. Torque e o produto vetorial .................................................................... 12 1.8. Trabalho energía no movimento rotacional .......................................... 15 1.9. Bibliografia ............................................................................................... 15 5|Página ______________Movimento Rotacional______________ Unidade 6 OBJETIVO: Nesta unidade definiremos um conceito muito importante na física, isto é, o centro de massa de um sistema de partículas. Este novo conceito é fundamental para entender a cinemática e dinâmica de um corpo extenso, que é justamente o tema desta unidade. 6|Página ______________Movimento Rotacional______________ 1.1. A descrição física do problema Até agora aprendemos a descrever a dinâmica e cinemática de uma partícula, seja através das forças ou através dos conceitos de energia, mas ainda não sabemos como descrever o movimento de um corpo extenso girando e se trasladando ao mesmo tempo. Nesta unidade ao falar de corpo extenso estaremos nos referindo a um corpo ideal conhecido na física como sólido rígido. 1.2. Sólido rígido Um corpo rígido é qualquer sistema de partículas no qual as partículas permanecem em posições fixas entre si. Chamaremos esse modelo de simplificação como o modelo do corpo rígido, similar ao modelo da partícula que vimos nos guias anteriores. 7|Página ______________Movimento Rotacional______________ 1.3 Centro de massa Nas unidades anteriores descrevemos o movimento global dos corpos em termos de um ponto muito especial chamado centro de massa do sistema. A noção de centro de massa nos da confiança no modelo de partícula, pois veremos que o centro de massa acelera como se toda a massa do sistema estivesse concentrada nesse ponto, e como se todas as forças agissem lá. O centro de massa para um sistema discreto de partículas é definido como: rCM = (m1*r1+ m2*r2+ m3*r3+....)/( m1+ m2+ m3+....) onde ri é a posição na qual a partícula de massa mi encontra-se. A definição de centro de massa para um sistema físico composto por numero infinito de partículas é: rCM = 1/M ∫rdm, Onde M é a massa total do sistema, o vetor r é a posição do diferencial de massa dm. Uma importante informação para corpos homogêneos simétricos é que seu centro de massa deve estar sobre seu eixo de simetria. 8|Página ______________Movimento Rotacional______________ 1.4. Velocidade angular e Aceleração Angular Quando um sólido rígido sofre um movimento rotacional ele o fará ao redor de um ponto de rotação. Veja na seguinte figura como um mesmo corpo pode ter diferentes eixos de rotação. Para descrever o movimento rotacional são definidas grandezas vetoriais equivalentes às grandezas vetoriais que descrevem o movimento linear. Equivalente ao deslocamento espacial tem o deslocamento angular. A velocidade angular instantânea é a análoga ao vetor velocidade instantânea =d/dt A aceleração angular é definida como: =d/dt Para o caso de aceleração constante, MRUV, na primeira unidade foram desenvolvidas as equações da cinemática. Igualmente pode ser feito para o caso de aceleração angular constante, e em analogia a MRUV encontramos equações muito parecidas. 9|Página ______________Movimento Rotacional______________ A direção e sentido dos vetores velocidade angular e aceleração angular são obtidas utilizando-se a regra da mão direita. Veja a figura embaixo e com a mão aberta posicione os seus dedos, da mão direita, de modo que eles fechem no mesmo sentido da rotação, se a posição inicial é r1 e a posição final r2, feche os quatro dedos e deixe o dedo polegar apontando para cima, o sentido de rotação dos seus quatro dedos foram em sentido antihorário então nesse caso o vetor velocidade e aceleração angular estão apontando para cima, assim como seus dedos polegar. 1.5. Energia cinética rotacional Imagine que você comece uma serie de exercícios em uma bicicleta ergométrica. Você aplica uma força com seus pés sobre os pedais fazendo que se desloquem neste momento você realizou trabalho. O resultado desse trabalho é a rotação da roda. Esse movimento rotacional representa energia cinética, pois há 10 | P á g i n a ______________Movimento Rotacional______________ massa em movimento. Esta energia é conhecida como energia cinética rotacional, ela não é uma nova forma de energia. Se a massa da i-ésima partícula é mi e o modulo da sua velocidade tangencial é vi então a energia cinética dessa partícula é Ki = ½ mi vi2 Podemos expressar a energia cinética total do corpo rígido como a soma das energias cinéticas das partículas individuais. Em analogia a energia cinética da partícula tem que a energia rotacional do corpo rígido é igual a ½ I 2, onde é a velocidade angular do corpo rígido e a letra I representa o momento de inércia do corpo. 1.6. Momento de Inércia O momento de inércia é uma medida da resistência à variação na velocidade angular de um sistema. Assim no movimento rotacional ele exerce o mesmo papel que a massa exerce no movimento translacional. Observe que o momento de inércia não depende apenas da massa do corpo rígido, mas também de como a massa esta distribuída ao redor do eixo de rotação. Veja a seguir alguns exemplos de momento de inércia. 11 | P á g i n a ______________Movimento Rotacional______________ 1.7. Torque e o produto vetorial Lembra-se da bicicleta ergométrica? Nós geramos o movimento rotacional da roda aplicando força aos pedais. Quando uma força é exercida sobre um corpo rígido que pode girar em torno do eixo, e a linha de ação da força não passa através do ponto de apoio no eixo, o corpo tende a girar ao redor desse eixo. Na unidade dois, vimos que a condição de movimento é dada pela segunda lei de Newton, isto é, se a soma de todas as forças que atuam na partícula não é nula a partícula terá uma aceleração e logo terá movimento. Agora veremos que a condição de movimento rotacional é uma grandeza física conhecida como Torque. Vejamos o caso de uma porta. 12 | P á g i n a ______________Movimento Rotacional______________ Seja uma força F aplicada a uma porta para ela fechar. Aplica-se a força bem próxima da dobradiça da porta, eixo de rotação da porta, então a porta não rodara e nem fechará. Por outro lado se aplicamos a mesma força perto da maçaneta da porta ela irá girar e fechará. Então neste exemplo vemos que para uma porta rodar não somente precisamos da força, mas também a onde a força será aplicada. A grandeza vetorial torque leva em conta a condição de rotação do corpo rígido. O torque é definido através do produto vetorial de dois vetores. O produto vetorial entre dois vetores resulta em um vetor cujo módulo é determinado através da seguinte equação: C = A*B*sen() Onde A e B são os módulos dos vetores e é o ângulo formado entre os dois vetores. A direção deste vetor C é indicada pelo polegar da mão direita, como mostra a figura. 13 | P á g i n a ______________Movimento Rotacional______________ Veja que o produto vetorial de dois vetores não é comutativo, AXB é diferente de BXA. O torque é o produto vetorial entre o vetor força e o vetor radial que tem origem no eixo de rotação até onde a força esta sendo aplicada. Matematicamente temos = rXF Onde o símbolo indica o vetor torque, r é o vetor radial, e F é o vetor força. Temos agora como indicar as equações que indicam a condição de equilíbrio de um sólido rígido. ∑F = 0 e ∑ = 0 A primeira condição é uma formulação do equilíbrio translacional. A segunda é uma formulação do equilíbrio rotacional. O equivalente a segunda lei de Newton para o movimento rotacional do corpo rígido pode ser formulado da seguinte maneira. ∑ = I Onde I é o momento de inércia do corpo rígido e é o vetor aceleração angular. 14 | P á g i n a ______________Movimento Rotacional______________ 1.8. Trabalho energía no movimento rotacional Agora um sistema físico que contem um corpo rígido e no qual são aplicadas forças conservativas terá a energia mecânica também sendo conservada. A única mudança da equação da conservação da energia mecânica neste caso deve-se a presença da energia cinética rotacional. Matematicamente temos: Ei = E f ou Ki + KRi + Upi + Uei = Kf + KRf + Upf + Uef O índice i indica o instante inicial, e o índice f indica o instante final. A equação acima descrita indica a conservação da energia mecânica de um sólido rígido. A energia mecânica deve levar em conta a energia cinética e potencial das partículas e a energia cinética, potencial e rotacional dos corpos rígidos. 1.9. Bibliografia Raymond A. Serway e John W. Jewett, Jr. Princípios de Física, Volume 1, tradução ao português da Terceira edição Americana, 2004. Halliday, Resnick e Walker, Fundamentos de Física, Volume 1, Oitava Edição, 2007. 15 | P á g i n a