Jonas Cleber, Eduardo Lemos, Murilo Gonçalves, Victor de Moura, Pedro Felipe, Jair Xavier, Jadson Alves, Felipe Gonçalves, Venâncio Rodrigues MOSFET Características, Polarização, Aplicações e Exercícios Aracaju Agosto de 2011 Índice Introduçao MOSFET Características MOSFET tipo depleção – Características MOSFET tipo intensificação – Características Polarização Aplicações Exercícios Bibliografia Introdução Transistor de Efeito de Campo FET é a sigla em inglês que designa a expressão “Field Effect Transistor”, que tem por significado Transistor de Efeito de Campo, que como sugere o nome, tem seu funcionamento através de efeito de um campo elétrico de junção. Esse tipo de transistor possui muitas aplicações, como amplificadores, como chaves, ou em controle de corrente sobre uma carga. A principal característica desses componentes é a elevada impedância de entrada, que varia de 1 a varias centenas de megaohms, permitindo sua utilização como adaptador de impedâncias podendo substituir em alguns casos transformadores, além disso são usados para amplificar frequências altas com ganho que supera o dos transistores bipolares. Neste Trabalho consideraremos uma de suas variações os MOSFET MOSFET – Características MOSFET , transistor de efeito de campo de semicondutor de metal oxido (Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor). São de longe os transistores de efeito de campo mais utilizados tanto em circuitos digitais quanto analógicos pelos seguintes motivos: Comparados com os BJT os MOS podem ser fabricados ocupando muito menos espaço na pastilha de silício; Seu processo de fabricação é muito mais simples; Possuem consumo de energia inferior Simbologia MOSFET Zonas de Funcionamento MOSFET de Tipo Depleção - Características O MOSFET tipo depleção tem características semelhantes a um JFET(EM QUAL CONFIGURAÇÃO?) no que se refere a corte e saturação de IDSS . No entanto existe uma particularidade quanto às curvas características que, nos transistores MOSFET, estendem-se até a região de polaridade oposta de VGS. Construção Básica Ele é composto por uma parte de material “tipo n” com um região de material “tipo p” à direita e uma porta isolada à esquerda.Os elétrons livres podem fluir da fonte para p dreno através do material n. A região “p” é chamada substrato ou corpo.Os elétrons que fluem da fonte para o dreno têm de passar através do estreito canal entre a porta e a região “p”. (TÁ DIFÍCIL DE ENTENDER A MENSAGEM) Com uma tensão de porta negativa a tensão VDD força os elétrons livres a fluir da fonte para o dreno. Como em um JFET a tensão de porta controla a largura do canal. Quanto mais negativa a tensão da porta, menor a corrente de dreno. Quando a tensão da porta é suficientemente negativa, a corrente de dreno é cortada.Portanto, o funcionamento de um MOSFET é similar ao JFET quando VGS é negativa. Como a porta do MOSFET está eletricamente isolada do canal, podemos aplicar uma tensão positiva na porta, essa tensão positiva aumenta o número de elétrons livres que fluem através do canal. Quanto maior a tensão positiva, maior a condução da fonte para o dreno. A operação no modo depleção se dá quando VGS está entre VGS (off) e zero, quando VGS maior que zero temos a operação no modo intensificação. Curvas Características de MOSFET tipo Depleção (NUNCA FUI BOM EM LER GRÁFICO ENTÃO NÃO ENTENDI ) MOSFET tipo intensificação - Características Diferente do MOSFET tipo depleção(MOSFET-D) a curva característica do MOSFET tipo intensificação(MOSFET-E), são bastantes diferentes e a corrente que passa pelo dreno para esse dispositivo é nula antes a tensão porta-fonte atingir determinado valor. E ainda nesse dispositivo de canal n é realizado por uma tensão positiva porta-fonte, diferente do MOSFET tipo depleção que o mesmo canal, acontece o controle por tensões negativas. (DIFÍCIL DE ENTENDER O TEXTO) Em sua construção basica o MOSFET-E se diferencia do MOSFET-D, devido não haver um canal entre as regiões n, veja na figura abaixo: O MOSFET-E possui uma tensão mínima para seu funcionamento, chamada tensão de limiar, isto é, uma tensão que a partir dela é possível obter uma camada entre o dióxido de silício e o substrato permitindo assim um fluxo de elétrons (corrente de dreno) entre fonte e dreno, a partir deste momento o MOSFET-E possui uma configuração semelhante ao MOSFET-D, vale lembrar que o controle da corrente neste dispositivo no caso canal “n” é realizado por uma tensão positiva porta-fonte, o que não ocorria para o JFET de canal “n” e MOSFET-D de canal “n”, onde este controle era feito por tensões negativas.(DIFÍCIL DE ENTENDER O A MENSAGEM) Outras características: A curva de transferência não é definida pela equação de Schocley. A corrente de dreno, é cortada antes da tensão porta-fonte atingir determinado valor. Devido a sua tensão de limiar, o MOSFET-E é ideal para ser usado como um dispositivo de chaveamento. Quando a tensão da porta é maior do que a tensão de limiar, o dispositivo conduz. Essa ação liga-desliga é a base de funcionamento dos computadores. Importância da tensão Porta-Fonte Quando nos deparamos, com os projetos exigindo transistores de efeito de campo, é necessário tomar cuidado para saber as especificações do transistor que se vai usar no projeto. Se for escolher um transistor do tipo JFET e MOSFET-D, para os dois tipos é fundamental conhecer, IDSS (corrente máxima) e VGS(off) tensão porta-fonte onde há desligamento do transistor.(FALTA ALGUMA COISA) Quando a escolha é por um transistor MOSFET-E, cabe a projetista conhecer ID(on) (corrente inicia a operação), VGS(th) (tensão VGS de limiar, mínimo valor para criar a camada de inversão tipo n) e VGS(on) ( tensão onde inicia operação). Os MOSFETs possuem uma camada muito fina de dióxido de silício, um isolante que impede o fluxo de corrente de porta, tanto para tensões negativas, quanto para positivas. É fundamental que esta camada seja o mais fina possível, pois quando isso ocorre há um controle maior sobre a corrente de dreno (ID). Como está camada é muito fina, é fácil destruí-la quando se aplica uma tensão porta-fonte muito alta. Por exemplo, um transistor que tem especificação de VGS(Max) de +-30V. Se a tensão porta-fonte for maior em módulo que 30V, a fina camada de dióxido de silício irá ser destruída. Entretanto não é só isto, quando se retira e recoloca-se o transistor com a fonte de alimentação ligada, devido ao efeito de cargas indutivas e outros efeitos, pode haver um excesso de VGS(Max), fazendo com que o transistor torne-se inutilizável. Quando transportando os MOSFET também é necessário muito cuidado, devida ao deposito de carga estática, outro fator que causa excesso de VGS(Max). Para evitar excesso de VGS(Max) pode ser colocado um diodo Zener em paralelo com a porta e a fonte, de tensão menor que a especificação de VGS(Max). Assim o diodo Zener atinge a ruptura antes de haver dano na camada de dióxido de silício. Entretanto há uma desvantagem, pois quando há diodo Zener interno há uma redução da resistência de entrada. Só são usados diodos internos para aplicações onde há fácil destruição sem o uso do Zener. (ESSA PARTE TÁ MASSA, SÓ NÃO ACONSELHO USAR A EXPRESSÃO “TENSÃO PORTA-FONTE” JÁ QUE NOS REFERIMOS À ELA COMO “VGS”..E TB TALVEZ ADD EXEMPLOS DE QUANDO O USO DO ZENNER É INDISPENSÁVEL.) Curvas de dreno MOSFET tipo Intensificação Um MOSFET-E tem como a curva mais baixa a de vGS(th) onde a corrente de dreno é aproximadamente zero. Quando VGS for maior que VGS(th), o MOSFET entra em condução e a corrente de dreno é controlada pela tensão na porta. Existem duas partes no gráfico de dreno, uma é a região ôhmica e as partes horizontais são a região ativa. Quando polarizado na região ôhmica o MOSFET-E equivale a um resistor e polarizado na região ativa, ele é equivalente a uma fonte de corrente. Curva de dreno do MOSFET-E A figura 2 define a curva de transcondutância,enquanto VGS não for igual à VGS(th) não haverá corrente no dreno. Após atingir VGS(th) a corrente de dreno aumenta rapidamente até atingir a corrente de saturação ID(saturação).Depois desse ponto o MOSFET fica polarizado na região ôhmica, mesmo aumentando VGS a corrente ID não aumenta. Para garantir a saturação forte, é usada uma tensão na porta de VGS(on) bem acima de VGS(th). (FALTA LEGENDA DA FIGURA E UMA DEFINIÇÃO DE “TRANSCONDUTÂNCIA”. POLARIZAÇÃO O termo polarização significa a aplicação de tensões DC em um circuito para estabelecer valores fixos de corrente e tensão. O ponto de polarização ( ponto quiescente ) deve ser localizado na região de saturação e dentro dos valores máximos permitidos. (TEM CERTEZA QUE POLARIZAÇÃO É ISSO?SÓ SE REFERE A DC MESMO. E QUANTO A AC? QUAL O NOME?) Equações importantes no projeto do circuito de polarização: Id = K(Vgs - Vt )² Id = Is Ig = 0 A equação da corrente de dreno pode fornecer dois valores de Vgs. Desses valores apenas, um atenderá as condições para a polarização da região de saturação, o outro valor não tem significado físico. Se os dois valores de Vs não atenderem as condições, significa que o transistor não está em sua região de saturação. MOSFET - Polarização MOSFET de Enriquecimento Condução (formação de canal) Saturação (estrangulamento do canal, corrente constante e modulação do comprimento de canal) Tríodo (linear e transição) |VGS| > |Vt| |VDS| > |VGS - Vt| |VDS| < |VGS - Vt| Condução Saturação Tríodo Enriquecimento canal n VGS > Vt Depleção VDS > VGS Vt VDS < VGS - Vt lVt lambda (V) (V-1) > 0 >0 < 0 Enriquecimento canal p VGS < Vt Depleção VDS < VGS Vt VDS > VGS - Vt < 0 <0 > 0 Resumo 1. Para sinais de entrada de amplitude muito baixa, um transistor FET pode ser operado sem nenhuma polarização. 2. O circuito sem polarização funciona tanto para transistores. JFET como para transistores MOSFET tipo redução. 3. Um transistor FET pode ser polarizado com uma bateria separada. 4. Um transistor FET pode ser polarizado com uma fonte de alimentação separada. 5. Uma tensão de controle automático de volume (ou controle automático de ganho) pode ser usada para polarizar um transistor FET. 6. Auto polarização pode ser usada com um transistor FET. Um resistor de fonte é usado e sua operação é semelhante ao uso de um resistor de polarização de catodo para operação de uma válvula. (ESSE TÓPICO “RESUMO” FICOU PAIA POW..TROQUE O NOME OU ELABORE MAIS AWE.. ) Aplicações As características desse componente nos permite a utilização do mesmo de várias formas como por exemplo: amplificação de sinais, dispositivos digitais, chaves. Abaixo se segue exemplos das três aplicações que foram faladas anteriormente: (COMO ASSIM DIPOSITIVOS DIGITAIS? FALTA EXEMPLOS POW..) Amplificador de Sinais Sintonizado A partir da tensão contínua aplicada em VI, é gerada uma diferença de potencial que é responsável pela polarização do transistor. A depender de um sinal recebido a frequência obtida em VDD é gerada uma amplificação se o seu valor for menor que a ddp G-S (diferença de potencial entre G e S), se o valor de VI for negativo e maior se o valor for positivo, e o sinal amplificado poderá ser obtido em VO, senão será barrado pelo filtro passa-faixa que é constituído por L,C e RL e o VO será igual a zero. (QUEM SER VI? CASO SEJA “VI” USE DESSE MODO.. FICA MAIS ORGANIZADO..) O transistor usado acima é de enriquecimento e como foi explicado está configurado para dar um ganho se a tensão corresponder a faixa. Inversor Lógico CMOS No circuito acima, temos a tensão mais baixa é igual à tensão de referência e a tensão mais alta é igual a +VDD, sendo que esse circuito só pode operar nesses dois valores Quando a tensão de entrada é alta, o transistor Q1 está cortado(aberto) e Q2 está conduzindo(em curto), assim a saída Vout assume o valor potencial de terra, no entanto, quando Vin assume nível baixo Q1 liga e Q2 desliga, desta forma a saída assume o valor +VDD, e portanto, tem-se uma tensão de saída invertida com relação à tensão de entrada em ambos os casos. Nesse arranjo é usado dois tipos de mosfet Q1 tipo PMOS e Q2 tipo NMOS, os dois são de enriquecimento e foram configurados como chaves que vão permitir a passagem ou não do VDD no caso de Q1 e GND no caso de Q2. Fonte chaveada em paralelo com Mosfet No circuito anterior temos o pino gate do MOSFET ligado a saída do pino cinco do CI 555 que corresponde ao CV(control voltage) que de acordo com o circuito permite ou não a passagem de corrente fazendo com que o gate seja energizado, ocorrendo uma diferença de potencial entre o gate e o source do MOSFET com isso faz com que o MOSFET conduza (em curto) ativando o resto do circuito snubber e quando o CV não energiza o gate com isso não ocorre a diferença de potencial cortando o MOSFET(em aberto) não ativando o resto do circuito. O MOSFET usado foi do tipo enriquecimento, mas está sendo usado como uma chave de acionamento do circuito Snubber. Exercícios Exercício 1: Para o MOSFET tipo depleção canal n da figura a seguir, determine: Solução (a) Para a curva de transferência, um ponto no gráfico é definido por: = 3v/2 = - 1,5V Considerando a nível de Vp e o fato de a equação de Shockley definir uma curva que cresce mais rapidamente para VGS mais positivo, um ponto no gráfico será definido em VGS = +1V. Substituindo: Os pontos no gráfico e a reta de polarização resultante aparecem na figura a cima. O ponto de operação resultante: (b) Exercício 2: Determine IDQ , VGSQ e VD para o seguinte circuito: Solução A configuração de autopolarização resulta em Exercício 3: Determine IDQ e VDSQ para o MOSFET tipo intensificação da figura a seguir: Solução: Traçando a curva de transferência: dois pontos são definidos imediatamente, como mostra o gráfico 1. Resolvendo para K: Como mostrado na figura a cima, para VGS = 10V (ligeiramente maior que VGS(TH): Aparecendo também na figura a cima, os quatro pontos são suficientes para traçarem toda a curva na faixa de interesse. Para a reta de polarização do circuito: Exemplo 4 Determine IDQ ,VGSQ e vDS para o circuito da figura abaixo: Solução Circuito: Quando ID=0mA, Como mostrado na figura 2 do exemplo 4,quando VGS=0v Como mostrado na figura 2 do exemplo 4. Dispositivo: e Que é traçado no gráfico da Figura 2 Figura 2 Bibliografia Sites: http://www.dee.feb.unesp.br/~alceu/Grupo08.pdf http://www.dee.ufcg.edu.br/~gutemb/Serie%20Exercicio%205_2008_2.pdf http://www.dee.feb.unesp.br/~alceu/Grupo06.pdf ; http://www.youtube.com/watch?v=OU6J50xC1sU&feature=related Livros: Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuito, 8ª Edição, Robert L. Boylestad e Louis Nashelsky.