ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA E ELETRÔNICA GABRIEL DE ANDRADE RIBEIRO – 20570124 ALEXANDER PERES DA SILVA – 20570116 ITALO BRUNI – 20570148 ANTÔNIO VOLNEI – 20570045 RELATÓRIO DOS EXPERIMENTOS PRÁTICOS NO LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA II RESENDE 2008 2 GABRIEL DE ANDRADE RIBEIRO – 20570124 ALEXANDER PERES DA SILVA – 20570116 ITALO BRUNI – 20570148 ANTÔNIO VOLNEI – 20570045 RELATÓRIO DOS EXPERIMENTOS PRÁTICOS NO LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA II Relatório do experimento de FET e MOSFET no Laboratório de Eletrônica da Disciplina de Eletrônica II do Curso de Engenharia Elétrica Eletrônica da Associação Educacional Dom Bosco – Faculdade de Engenharia de Resende. Orientador: Álvaro Otoni RESENDE 2008 3 SUMÁRIO 1. Introdução….......................................................................................................... 4 2. Objetivo.................................................................................................................. 4 3. Material Utilizado........…......……......................................................................... 4 4. Mosfet e FET.......................................................................................................... 4 5. Experiência 1: Principais parâmetros do JFET........................................................ 6 6. Conclusão................................................................................................................. 9 7. Referências................................................................................................................ 9 4 1) Introdução: O transistor de efeito de campo de juntura (FET) e o Metal-óxido Semicondutor FET (MOSFET), são exemplos de transistores unipolares, ou seja, o fluxo de corrente acontece somente em um tipo de material (tipo P ou tipo N), denominado canal de condução. Ao contrário dos transistores bipolares, onde a corrente atravessa os dois tipos de materiais, estes tipos de transistores possuem algumas características especiais que melhoram as condições de operação em certas aplicações. Neste capítulo serão abordados detalhes referentes aos JFET’s e MOSFET’s. Serão analisadas algumas das características especiais deste tipo de semicondutor. Com as experiências propostas, é possível observar o funcionamento nos diversos modos de polarização, medir os parâmetros envolvidos e levantar a curva de transcondutância. 2) Objetivo: Analisar as características dos transistores de efeito de campo (JFET’s e MOSFET’s); Estudar os diferentes modos de polarização dos transistores FET. Verificar e medir os principais parâmetros. Levantar a curva de transcondutância dos transistores unipolares. 3) Material necessário: Módulo universal 2000; Placa de experiências CEB 05; Osciloscópio; Multímetro; Miliamperímetro. 4) MOSFET e FET: O transistor MOSFET (acrônimo de Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor, ou transistor de efeito de campo de semicondutor de óxido metálico), é, de longe, o tipo mais comum de transistores de efeito de campo em circuitos tanto digitais quanto analógicos. A palavra "metal" no nome é um anacronismo vindo dos primeiros chips, onde as comportas (gates) eram de metal. Os chips modernos usam comportas de polisilício, mas ainda são chamados de MOSFETs. Um MOSFET é composto de um canal de 5 material semicondutor de tipo N ou de tipo P e é chamado respectivamente de NMOSFET ou PMOSFET. Geralmente o semicondutor escolhido é o silício, mas alguns fabricantes, principalmente a IBM, começaram a usar uma mistura de silício e germânio (SiGe) nos canais dos MOSFETs. Infelizmente muitos semicondutores com melhores propriedades elétricas do que o silício, tais como o arsenieto de gálio, não formam bons óxidos nas comportas e portanto não são adequados para os MOSFETs. O IGFET é um termo relacionado que significa Insulated-Gate Field Effect Transistor, e é quase sinônimo de MOSFET, embora ele possa se referir a um FET com comporta isolada por um isolante não óxido. O terminal de comporta é uma camada de polisilício (sílicio policristalino) colocada sobre o canal, mas separada do canal por uma fina camada de dióxido de silício isolante. Quando uma tensão é aplicada entre os terminais comporta (gate) e fonte (source), o campo elétrico gerado penetra através do óxido e cria uma espécie de "canal invertido" no canal original abaixo dele. O canal invertido é do mesmo tipo P ou tipo N, como o da fonte ou do dreno, assim, ele cria um condutor através do qual a corrente elétrica possa passar. Variando-se a tensão entre a comporta e a fonte se modula a condutividade dessa camada e torna possível se controlar o fluxo de corrente entre o dreno e a fonte. Existem também modelos de Amplificador operacional baseados na tecnologia FET/MOSFET, muito úteis e com grande utilização na indústria eletrônica A operação de um MOSFET pode ser dividida em três diferentes modos, dependendo das tensões aplicadas sobre seus terminais. Para o NMOSFET os modos são: Região de Corte: quando Vgs < Vth onde Vgs é a tensão entre a comporta (gate) e a fonte (source) e Vth é a Tensão de threshold (limiar) de condução do dispositivo O transistor permanece desligado, e não há condução entre o dreno e a fonte. Enquanto a corrente entre o dreno e fonte deve idealmente ser zero devido à chave estar desligada, há uma fraca corrente invertida. Região de Triodo (ou região linear): quando Vgs > Vth e Vds < Vgs - Vth onde Vds é a tensão entre dreno e fonte. O transistor é ligado, e o canal que é criado permite o fluxo de corrente entre o dreno e fonte. O MOSFET opera como um resistor, controlado pela tensão na comporta. A corrente do dreno para a fonte é a equação (1): (1) Região de Saturação: quando Vgs >mosfet e Vds > Vgs - Vth 6 O transístor fica ligado, e um canal que é criado permite o fluxo de corrente entre o dreno e a fonte. Como a tensão de dreno é maior do que a tensão na comporta, uma parte do canal é desligado. A criação dessa região é chamada de pinçamento (pinch-off). A corrente de dreno é agora relativamente independente da tensão de dreno (numa primeira aproximação) e é controlada somente pela tensão da comporta de tal forma que temos a equação (2): (2) Em circuitos digitais, os MOSFETs são usados somente em modos de corte e de saturação. O modo de triodo é usado mais em aplicações de circuitos analógicos. FET é o acrônimo em inglês de Field Effect Transistor, Transistor de Efeito de Campo, que, como o próprio nome diz, funciona através do efeito de um campo elétrico na junção. Este tipo de transitor tem muitas aplicações na área de amplificadores (operando na area linear), em chaves (operando fora da area linear) ou em controle de corrente sobre uma carga. 5) Experiência 1: Principais parâmetros do JFET Procedimento: a) Corrente de dreno para tensão de Gate nulo (Idss) 1. Antes de ligar o módulo universal para o início dos testes, foi colocada a chave liga/desliga da fonte variável na posição desligada, de modo que nenhum acidente com os equipamentos acontecesse. Após verificada a condição da chave a placa CEB-05 foi instalada no slot E do módulo. Foram fechadas as chaves Ch1, Ch2, Ch3 e Ch4 do DIP switch, as outras chaves mantiveram-se abertas. 2. A tensão da fonte variável foi ajustada usando um voltímetro. A tensão utilizada foi de +10V e -15V, respectivamente. 3. Um multímetro, na função de miliamperímetro foi utilizado para medir a corrente entre os terminais A1(positivo) e A2(negativo) da placa CEB-05. Depois de conectados, a chave da fonte variável foi ligada. 7 Vdd 5V XMM1 A1 G A2 PT2 Q1 BF245A PT1 PT3 PT0 Figura 1.1 – Circuito para medir Idss. 4. O valor da corrente de dreno para Vgs igual a zero foi: Idss = 14,5 [mA] 5. Após alguns instantes depois da medição, foi constatado a diminuição da corrente de dreno. Esta diminuição deve-se ao aumento de temperatura do JFET (coeficiente térmico negativo). b) Tensão de Porta para corrente de dreno nulo (Vgs(off)) 6. Para esta parte do experimento a fonte variável foi ajustada para os seguintes níveis de tensão: +12V e -1,5V respectivamente. 7. As posições da chave DIP switch foram mudadas de maneira que apenas Ch1 e Ch5 fiquem fechadas, deixando as demais abertas. 8 Vdd XMM1 12V A1 A2 R2 470Ω - Var -4.96V R1 1kΩ G PT2 Q1 BF245A XMM2 PT1 PT3 PT0 Figura 1.2 – Circuito para medição de Vgs(off). 8. Verificadas as conexões e a escala do miliamperímetro, ligamos a fonte variável para continuar as medições. 9. Utilizamos outro multímetro para fazer a medição da tensão entre os pontos PT1 e PT0, que indicaram a tensão negativa do gate. Aumentamos gradualmente a tensão negativa e foi observada a diminuição da corrente de dreno. A tensão foi aumentada até que a corrente de dreno chegasse a 1mA. Foi anotado o seguinte valor de Vgs(off): Vgs(off) = -4,96 [V]* *Indica o valor de Pinch-off do canal de condução. c) Curva da transcondutância: Os dois parâmetros anteriores definem os pontos extremos da curva. Para poder traçar a curva de transcondutância do JFET foi necessário levantar outros pontos intermediários. Procedemos da seguinte maneira: 10. Diminuimos gradualmente a tensão negativa, ajustando a tensão no gate em de Vgs(off). Com os valores medidos completamos a tabela 1.1. Tabela 1.1 – Valores medidos para Vgs e Id: e 9 VGS [V] 0 -1,29 -2,45 -3,73 -4,96 Id [mA] Não foi possível o ajuste do equipamento* 8 3,3 0,29 0 * Durante as medições, a tensão de VGS estava abaixo da escala do multímetro utilizado. 11. A partir dos valores obtidos, traçamos a curva de transcondutância do JFET: Figura 2 – Gráfico da curva de transcondutância. 6. Conclusão: O transistor JFET possui uma altíssima impedância de entrada, devido á polarização reversa do “diodo” porta-fonte. A corrente que circula por estes terminais é idealmente zero, motivo pelo qual o JFET é um dispositivo controlado por tensão, e não por corrente como são os transistores bipolares. A impedância de entrada de um JFET pode chegar a centenas de mega-ohms, portanto, é preferível utilizar JFET’s para aplicações onde são necessárias altas impedâncias de entrada. 7. Refêrencia: Wikipédia.Mosfet. Mosfet e FET. Disponível em:www.wikipedia.com.br/mosfet. Acesso em 28 de agosto.2008.