CONSIDERAÇÕES SOBRE A MERCADORIA, AS FÓRMULAS

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CONSIDERAÇÕES SOBRE A MERCADORIA, AS FÓRMULAS CAPITALISTAS, TRABALHO, VALOR,
ALIENAÇÃO E COMUNISMO
elucidação que exprime o funcionamento da economia capitalista e parte da análise da forma
mercadoria e de suas contradições internas, levando em conta o movimento da troca
mercantil, para descobrir o sentido da forma capital e analisar as diferentes modalidades do
movimento de formação de valor do capital
Encadeamento Mercadoria-Moeda-Capital-Mais Valia
Riqueza= imensa acumulação de mercadorias, bens.
Mercadoria é a forma celular fundamental do modo de produção capitalista (análise
microbiológica)
Duas formas fenomenais, ou aparentes da mercadoria, forma natural : a mercadoria é um
objeto (propriedades físicas) , forma-valor : a mercadoria é um valor de troca, ela tem o poder
de se trocar socialmente através de certas relações quantitativas com outras mercadorias.
Subjaz a essa distinção, a contradição interna essencial da mercadoria entre valor e valor de
uso. Valor de uso: suas propriedades físicas, resultantes de um trabalho concreto sobre
materiais naturais, atêm uma utilidade, que responde às necessidades materiais humanas e
sociais. Valor: a mercadoria resulta de um dispêndio de trabalho humano e a quantidade de
trabalho socialmente necessária à sua produção, medindo seu valor, regula, em última
análise, as relações de troca das mercadorias, seus valores de troca. (pXII)
Valor de troca exprime a contradição entre valor de uso e valor da mercadoria.
Sob a forma econômica da mercadoria não se encontram unicamente as necessidades sociais e
as relações sociais de consumo. Tb são desenhadas as relações sociais entre os homens
produtores dessas mercadorias, entre os homens proprietários independentes dessas
mercadorias (concepção fetichista vulgar, aquela que só vê as propriedades sociais da troca)
O trabalho produtor das mercadorias tem um caráter duplo: 1) trabalho concreto, útil,
produtor de valor de uso, inserido num processo tecnológico particular 2) trabalho abstrato,
intermediário, produtor de valor, como dispêndio da força de trabalho humano social médio.
experimenta-se a necessidade duma mercadoria especial que sirva de equivalente geral para
as trocas. a moeda é para aqueles que produzem e adiam o consumo. Moeda é o que junta
dois valores, a solução relativa da contradição que se agrava no desenvolvimento da economia
capitalista.
Quais as relações entre os homens que o capital exprime?
Capital, na sua forma mais abstrata, é um valor que produz um benefício, um valor adicional,
valor multiplicador
Circulação mercantil simples → M – D – M’ (tem por meta final uma mercadoria e seu valor de
uso)
Circulação capitalista → D – M – D’ (tem por meta o valor aumentado de uma mais-valia
expressa em moeda)
A formula do capital em que intervém a produção → A-M{tmp ...P...M’-A’ (dinheiro,
mercadoria que compreendem a força de os meios de produção adquiridos com dinheiro,
produção, mercadorias produzidas, dinheiro aumentado de uma mais-valia
Essa fórmula expressa as relações de produção históricas (o fetichismo ora da mercadoria, ora
do capital impediu os economistas burgueses de reconhecer que o capitalismo em sua
essência é um modo de produção histórico, transitório). O capital apaga todos os fatores de
produção da forma mercadoria.
A força de trabalho é completamente separada dos meios de produção e se vende no mercado
por moeda aos capitalistas detentores dos meios de produção. A oposição entre trabalhadores
assalariados e capitalistas é reenviada ao coração da forma capital.
A mais-valia é a fonte do lucro. Marx demonstra que a mais-valia pode resultar da troca entre
mercadorias, se bem que ela se produza mesmo em trocas entre valores iguais.
O drama do capitalista: ele adquirir as mercadorias a seu justo preço, depois vendê-las pelo
que elas valem e, ainda, ao fim conseguir mais valor que no começo!
Solução: uma mercadoria cujo valor de uso é ser fonte de valor intercambiável. Força de
trabalho
A diferença entre o valor da força de trabalho e o valor que ele produz fornece a mais-valia.
O valor da força de trabalho compreende um elemento moral, histórico, as necessidades dos
trabalhadores variam com o progresso da civilização
A análise da mais-valia permite compreender as modalidades das lutas de classe concernentes
à exploração capitalista dos trabalhadores. A produtividade faz a mais-valia aumentar ainda
mais.
Enquanto um vende sua força vital para viver, o outro investe seu capital pra ganhar um lucro!
Crítica à conomia Política: supõe como fato aquilo que deveria explicar. Capta leis mas não as
concebe, não esclarece a divisão entre trabalho e capital.
Fato: preço da mercadoria trabalhador desvaloriza quanto mais ele produz ( valorização coisas
implica na desvalorização do mundo dos homens)
O trabalho passa a ser a reificação de tudo e de si mesmo com o subsequente alheamento do
produto e da produção
O jogo objetivação/alienação encarnado no trabalho que corta a relação imeditata entre o
trabalhador e a sua produção “produz idiotia, cretinismo” (p.152, trabalho alienado...)
O trabalho não pertence mais à essência do trabalhador, é compulsório, não satisfaz como
necessidade, é signo de auto-sacrifício e mortificação.
Rompe com o laço do homem à natureza, que é em última instância, o homem em relação aos
demais. Alienado da natureza, cada ser se torna único, coloca-se em marcha o individualismo
como propaganda alienante do sistema.
A relação ao outro torna-se coisificada, instaura a violência do consumo e da expropriação, já
que o mercado se torna o espaço de jugo de uns pelos outros
Comunismo: a efetivação de si na relação com o outro, homem e sociedade que se implicam
mutuamente; a fruição (apropriação sensória) por e para o homem, não é somente possuir e
ter (ações unilaterias); alienação do ser (onilateral) em ter.
“o homem só não se perde em seu objeto quando este se lhe torna objeto humano ou homem
objetivo” (apropriação do próprio trabalho)
A desumanização na linha de montagem prepara a emancipação, é uma relação histórica de
preparação de desenvolvimento dessa coincidência do homem e a natureza.
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