OFICINA TÉCNICA – NOV/2009 GUIA DO PARTICIPANTE

Propaganda
OFICINA TÉCNICA – NOV/2009
GUIA DO PARTICIPANTE
MACRORREGIÃO NORDESTE E
PLANALTO NORTE
AGRADECIMENTOS
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA:
Luiz Henrique da Silveira (Governador)
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SANTA CATARINA – SES/SC:
Luiz Eduardo Cherem (Secretário de Estado da Saúde)
DIRETORIA GERAL:
Carmen Emília Bonfá Zanotto (Diretora)
SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Rosina Moritz dos Santos (Superintendente)
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO
Maria Teresa Rogério Locks
CONSELHO DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE SANTA CATARINA
Celso Luiz Dellagiustina
CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE
Carmen Emília Bonfá Zanotto
GERÊNCIAS REGIONAIS DE SAÚDE - NORDESTE E PLANALTO NORTE
23º Gerência de Saúde de Joinville – Douglas Calheiros Machado
240 Gerência de Saúde de Jaraguá do Sul – Marina Fernandes
250 Gerência de Saúde de Mafra – Álvaro José Weber
260 Gerência de Saúde de Canoinhas – Andréia Carina S. de Paula e Silva
DIRETORIA DE ARTICULAÇÃO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE/SECRETARIA DE ATENÇÃO À
SAÚDE/MINISTÉRIO DA SAÚDE – DARA/SAS/MS:
Dr. Adail de Almeida Rollo (Diretor)
EQUIPE DARAS/SAS/MS:
Adriana de Azevedo Mafra, Glória Delfim Walker, Maria Emi Shimazak e Sérgio Zanetta
ELABORAÇÃO DA OFICINA:
Adriana de Azevedo Mafra e Maria Emi Shimazaki
CONTATOS E INFORMAÇÕES
D
D
e
o
a
d
e
A
u
a
ã
o
d
e
R
e
d
e
d
e
A
e
n
ã
o
Diiirrre
ettto
orrriiia
ad
de
eA
Arrrtttiiicccu
ullla
açççã
ão
od
de
eR
Re
ed
de
esss d
de
eA
Attte
en
nçççã
ão
o
S
S
e
e
a
a
d
e
A
e
n
ã
o
à
S
a
ú
d
e
/
M
n
é
o
d
a
Se
ecccrrre
ettta
arrriiia
ad
de
eA
Attte
en
nçççã
ão
oà
àS
Sa
aú
úd
de
e/
/M
Miiin
niiisssttté
érrriiio
od
da
a
S
S
a
ú
d
e
Sa
aú
úd
de
e
E
E
p
a
n
a
d
a
d
o
M
n
é
o
B
G
9
a
n
d
a
Esssp
pllla
an
na
ad
da
ad
do
osss M
Miiin
niiisssttté
érrriiio
osss,,, B
Blll """G
G""",,, 9
9ººº a
an
nd
da
arrr,,,
sssa
a
a
9
4
9
allla
a9
94
49
9
E
E
d
o
S
e
d
e
–
A
a
S
u
–
B
a
a
/
D
F
–
C
E
P
Ed
diiifffiiiccciiio
oS
Se
ed
de
e–
–A
Asssa
aS
Su
ulll –
–B
Brrra
asssíííllliiia
a/
/D
DF
F–
–C
CE
EP
P
7
7
0
0
5
8
9
0
0
70
0...0
05
58
8---9
90
00
0
T
T
e
e
o
n
e
6
1
3
3
1
5
3
1
9
6
/
3
8
7
4
/
3
9
6
9
Te
ellle
efffo
on
ne
esss::: 6
61
13
33
31
15
5---3
31
19
96
6/
/3
38
87
74
4/
/3
39
96
69
9
E
m
a
i
l
:
d
a
r
a
s
@
s
a
u
d
e
.
g
o
v
.
b
r
E
m
a
i
l
:
d
a
r
a
s
@
s
a
u
d
e
.
g
o
v
.
b
r
E-mail: [email protected]
S
S
e
w
e
b
w
w
w
a
u
d
e
g
o
v
b
/
a
Siiittte
ew
we
eb
b::: w
ww
ww
w...sssa
au
ud
de
e...g
go
ov
v...b
brrr/
/sssa
asss
G
G
e
ê
n
a
d
e
P
a
n
e
a
m
e
n
o
d
o
S
U
S
/
S
e
e
a
a
Ge
errrê
ên
nccciiia
ad
de
eP
Pllla
an
ne
ejjja
am
me
en
nttto
od
do
oS
SU
US
S/
/S
Se
ecccrrre
ettta
arrriiia
a
d
d
e
E
a
d
o
d
a
S
a
ú
d
e
de
eE
Esssttta
ad
do
od
da
aS
Sa
aú
úd
de
e
R
R
u
a
E
e
v
e
ú
n
o
1
6
0
–
6
a
n
d
a
C
e
n
o
Ru
ua
aE
Esssttte
ev
ve
esss JJJú
ún
niiio
orrr,,, 1
16
60
0–
–6
6ººº a
an
nd
da
arrr --- C
Ce
en
ntttrrro
o
C
C
E
P
8
8
0
1
5
1
3
0
F
o
a
n
ó
p
o
S
C
CE
EP
P8
88
80
01
15
5---1
13
30
0F
Flllo
orrriiia
an
nó
óp
po
ollliiisss---S
SC
C
T
T
e
e
o
n
e
4
8
3
2
2
1
2
2
3
3
/
2
0
9
5
/
2
1
1
7
Te
ellle
efffo
on
ne
esss::: 4
48
83
32
22
21
1---2
22
23
33
3/
/2
20
09
95
5/
/2
21
11
17
7
E
E
m
a
g
e
p
a
@
a
u
d
e
g
o
v
b
E---m
ma
aiiilll::: g
ge
ep
psssa
a@
@sssa
au
ud
de
e...sssccc...g
go
ov
v...b
brrr
S
S
e
w
e
b
w
w
w
a
u
d
e
g
o
v
b
Siiittte
ew
we
eb
b::: w
ww
ww
w...sssa
au
ud
de
e...sssccc...g
go
ov
v...b
brrr
2
ALINHAMENTO CONCEITUAL SOBRE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
OBJETIVOS:
 Compreender a fundamentação teórica que orienta o desenho e a operacionalização das
redes de atenção:
Compreender a organização dos sistemas de atenção à saúde;
Compreender os fundamentos da construção de redes de atenção à saúde;
Compreender os componentes que constituem uma rede de atenção à saúde;
Compreender a proposta de implantação da Rede de Atenção à Urgência e
Emergência;

Avaliar a proposta de Joinville para organização da rede de urgência e emergência:
PLANEJAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
OBJETIVOS:
 Compreender o diagnóstico da urgência e emergência nas Macrorregiões Norte e
Nordeste.
 Elaborar a programação dos pontos de atenção, segundo os parâmetros do Ministério
da Saúde e da literatura internacional.
 Identificar os problemas existentes relacionados à organização da rede de U/E.
 Elaborar um plano de organização da rede de U/E.
3
ROTEIRO DE PROGRAMAÇÃO
PRIMEIRO DIA
08h30
ABERTURA
09h00
EXPOSIÇÃO DIALOGADA - 01
09h45
EXPOSIÇÃO DIALOGADA - 02
10h30
INTERVALO
10h45
GT - ESTUDO DIRIGIDO – 01
12h00
INTERVALO - ALMOÇO
13h30
PLENÁRIA / APRESENTAÇÃO
14h00
EXPOSIÇÃO DIALOGADA - 03
14h45
GT - ESTUDO DIRIGIDO – 02
16h30
INTERVALO – COFFE
17h00
PLENÁRIA / APRESENTAÇÃO
18h00
ENCERRAMENTO
 Os fundamentos da construção e os
componentes das redes de atenção
 A Rede de Atenção à Urgência e
Emergência
 O Desenho da Rede de Atenção à
Urgência e Emergência
 O Desenho da Rede de Atenção à
Urgência e Emergência
 O Plano de Urgência e Emergência de
Joinville: Estado atual
 Validação da Rede de Urgência e
Emergência construída por Joinville
 Validação da Rede de Urgência e
Emergência construída por Joinville
SEGUNDO DIA
08h30
GT - ESTUDO DIRIGIDO – 03
10h00
INTERVALO
10h15
GT - ESTUDO DIRIGIDO – 04
11h30
PLENÁRIA / APRESENTAÇÃO
12h00
INTERVALO - ALMOÇO
13h30
GT - ESTUDO DIRIGIDO – 05
15h30
16h00
16h30
 Elaboração do Plano de Organização da
Rede de Urgência e Emergência nas
Macrorregiões Planalto Norte e Nordeste –
Parte I
 Elaboração do Plano de Organização da
Rede de Urgência e Emergência nas
Macrorregiões Planalto Norte e Nordeste –
Parte II
 Elaboração do Plano de Organização da
Rede de Urgência e Emergência nas
Macrorregiões Planalto Norte e Nordeste
 Pactuação de Compromissos – Formação
do Comitê Gestor
 Pactuação de Compromissos – Formação
PLENÁRIA / APRESENTAÇÃO
do Comitê Gestor
PACTUAÇÃO DE COMPROMISSO - CONSTITUIÇÃO DO COMITÊ GESTOR
MACRORREGIÃO NORTE E MACRORREGIÃO NORDESTE
ENCERRAMENTO
ABERTURA
4
Objetivo: Saudar e apresentar os participantes, apresentar os objetivos da oficina, explicar a
metodologia de trabalho, alinhar as expectativas dos participantes, apresentar o grupo de
trabalho e pactuar os compromissos com os participantes.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA 1
OS FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO E OS COMPONENTES
DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Objetivo: Esta atividade tem como objetivo a compreensão dos fundamentos que dão base à
construção de redes de atenção à saúde, assim como seus componentes.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA 2
A REDE DE ATENÇÃO À URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Objetivo: Compreender o processo de construção da rede de urgência e emergência, assim
como dos parâmetros de qualidade segundo o Ministério da Saúde e a literatura; Avaliar a
pactuação entre os diversos pontos de atenção em urgência e emergência.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA 3
O DESENHO DA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DO MUNICÍPIO DE JOINVILLE
Objetivo: Compreender o processo de construção da rede de urgência e emergência, assim
como dos parâmetros de qualidade segundo o Ministério da Saúde e a literatura; Avaliar a
pactuação entre os diversos pontos de atenção em urgência e emergência.
ESTUDO DIRIGIDO 1
O DESENHO DA REDE DE ATENÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
 Dividam-se em grupos, escolham um coordenador e um relator;
 O grupo deverá ler os textos de apoio 03 e 04:

A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO.

A seguir, o grupo deverá identificar os pontos de atenção da rede de urgência e
emergência, com respectivas competências e territórios sanitários de abrangência,
existentes nas Macrorregiões Norte e Nordeste, preenchendo a matriz 1 - MATRIZ DE PONTOS
DE ATENÇÃO.

Deverá também identificar os sistemas de apoio (apoio diagnóstico laboratorial e por
imagem, assistência farmacêutica e sistema de informação) e logísticos (transporte,
prontuário, regulação e cartão de identificação) disponíveis nas macrorregiões,
preenchendo as matrizes 2 e 3 correspondentes.
5

Cada relator terá 05 minutos para a apresentação das conclusões do grupo em plenária.
MATRIZ 1- IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE ATENÇÃO E COMPETÊNCIAS EM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA MACRORREGIÃO:
NÍVEL DE
ATENÇÃO
PONTO DE ATENÇÃO
COMPETÊNCIA DO
PONTO DE ATENÇÃO
TERRITÓRIO
SANITÁRIO
PRIMÁRIA
SECUNDÁRIA
TERCIÁRIA
MATRIZ 2 - IDENTIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE APOIO NA ATENÇÃO À SAÚDE EM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA MACRORREGIÃO
NÍVEL DE
ATENÇÃO
PONTO DE ATENÇÃO
SISTEMA DE APOIO
COMPETÊNCIA
ATENÇÃO
PRIMÁRIA À
SAÚDE
ATENÇÃO
SECUNDÁRIA
À SAÚDE
ATENÇÃO
TERCIÁRIA À
SAÚDE
6
MATRIZ 3 - IDENTIFICAÇÃO DOS SISTEMAS LOGÍSTICOS NA ATENÇÃO À SAÚDE EM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA MACRORREGIÃO
SISTEMA
LOGÍSTICO
COMPETÊNCIA
NÍVEL DE ATENÇÃO
TRANSPORTE
EM SAÚDE
REGULAÇÃO
PRONTUÁRIO
ELETRÔNICO
CARTÃO DE
IDENTIFICAÇÃO
ESTUDO DIRIGIDO 2
VALIDAÇÃO DA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA CONSTRUÍDA POR JOINVILLE

Dividam-se em grupos contemplando as quatro microrregiões, escolham um coordenador
e um relator.

Cada grupo deverá discutir a Rede de Urgências de Joinville quanto aos seguintes
aspectos:
Pontos de conformidade ou que contemplam a demanda da microrregião;
Pontos de não conformidade ou que não atendem às demandas da microrregião;
 Graduar as conformidades na Matriz 4 como se segue:

(1) concordo fortemente,
(3) não concordo nem discordo,
(2) concordo,
(4) discordo e
(5) discordo fortemente.
Justifique na Matriz 5.
ATENÇÃO
PRIMÁRI
A
PONTO DE ATENÇÃO
SAMU 192
Unidade Básica de
Saúde/PSF
COMPETÊNCIA DO PONTO DE ATENÇÃO
(
) Classificar o risco; orientar; ativar a
ambulância.
(
) 1º atendimento para vermelho, laranja e
amarelo
( ) Atendimento para verde e azul
MUNICÍP
IO
MATRIZ 4 - A REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE JOINVILLE
7
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
Hospital Regional Hans
Dieter Schmidt
Hospital Municipal São José
Maternidade Darcy Vargas
ATENÇÃO TERCIÁRIA
Hospital Infantil Jeser
Amarante Faria
SAMU
( ) Atendimento a vermelho, laranja e amarelo
SAMU
( ) Atendimento a vermelho, laranja e amarelo
Hospital Regional Hans
Dieter Schmidt
Hospital Municipal São José
Maternidade Darcy Vargas
( ) Atendimento a vermelho, laranja e amarelo
( ) Acolhimento para verde e azul
Atendimento referenciado cardiovascular
( ) Atendimento a vermelho, laranja e amarelo
( ) Acolhimento para verde e azul
( ) Atendimento referenciado trauma e AVE
( ) Atendimento a vermelho, laranja e amarelo
( ) Acolhimento para verde e azul
( ) Atendimento referenciado gestante
MICRORREGIÃO
Pronto Atendimento 24h
(Itaum e Costa e Silva)
MACRORREGIÃO
Hospital Bethesda
(
) 1º atendimento para vermelho, laranja e
amarelo
(
) Atendimento para vermelho, laranja e
amarelo de acordo com os protocolos
( ) Atendimento para amarelo.
(
) Atendimento para verde e azul, fora do
horário de funcionamento da UBS
( ) 1º atendimento para vermelho e laranja
( ) Atendimento para amarelo e verde
(
) Atendimento para verde e azul, fora do
horário de funcionamento da UBS
( ) 1º atendimento para vermelho e laranja
(
) Atendimento para vermelho e laranja por
protocolos
( ) Atendimento para amarelo
( ) Acolhimento para verde e azul
( ) Atendimento referenciado segundo protocolo
( ) 1º atendimento para vermelho e laranja
(
) Atendimento para vermelho e laranja por
protocolos
( ) Atendimento para amarelo
( ) Acolhimento para verde e azul
( ) Atendimento referenciado segundo protocolo
1º atendimento para vermelho e laranja
(
) Atendimento para vermelho e laranja por
protocolos
( ) Atendimento para amarelo
Acolhimento para verde e azul
Atendimento referenciado segundo protocolo
( ) 1º atendimento para vermelho e laranja
(
) Atendimento para vermelho e laranja por
protocolos
( ) Atendimento para amarelo
( ) Acolhimento para verde e azul
( ) Atendimento referenciado segundo protocolo
MATRIZ 4 - JUSTIFICATIVAS DAS DISCORDÂNCIAS
Hospital Bethesda
COMPETÊNCIA DO
PONTO DE ATENÇÃO
MUNICÍPIO
DE JOINVILLE
PRIMÁRIA
PONTO DE ATENÇÃO
8
TERCIÁRIA
SAMU
Hospital Regional Hans
Dieter Schmidt
Hospital Municipal São
José
Maternidade Darcy
Vargas
Hospital Infantil Jeser
Amaury Faria
MICRORREGIÃO
SAMU
MACRORREGIÃO
SECUNDÁRIA
Pronto Atendimento 24h
(Itaum e Costa e Silva)
Hospital Regional Hans
Dieter Schmidt
Hospital Municipal São
José
Maternidade Darcy
Vargas
Hospital Infantil Jeser
Amaury Faria
ESTUDO DIRIGIDO 3
ELABORAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO DA U&E PARA AS MACRORREGIÕES PLANALTO
NORTE E NORDESTE DA SANTA CATARINA – PARTE I

Dividam-se em 2 grupos por macrorregiões, escolham um coordenador e relator.

Cada grupo deverá aplicar os parâmetros sobre a população das Macrorregiões Norte e
Nordeste utilizando a Matriz 06 – A Programação para a Rede de Urgência e
Emergência, preenchendo apenas a coluna da situação desejada (a coluna da situação
atual será preenchida no período de dispersão, assim como o detalhamento dos municípios
das macrorregiões PN e NE).

Considerando os Hospitais Nível 1 de trauma e doença cardiocerebrovascular, discutir se os
hospitais da Rede de Urgência e Emergência de Joinville contemplam as Macrorregiões
Norte e Nordeste.

Considerando o tempo-resposta para o trauma, infarto agudo do miocárdio e acidente
vascular encefálico além de outras urgências clínicas e cirúrgicas incluindo ortopedia, onde
seria necessário um hospital Nível III ou de vazio assistencial? O planejamento da
estruturação destes serviços deverá ser feito a partir do preenchimento da situação atual
das Matrizes 6A, 6B e 6C – A Programação para a Rede de U&E.
9
Número total de consultas
2 a 3 por habitante por ano
63%
Clínicas básicas
12% urgência clínica
+
3% trauma e préhospitalar
22%
Consulta especialisada
10% ficará em observação
15% urgência
3% ficará internado
PA 24h
50 – 75 mil hab
6 leitos observação
75 – 150 mil hab
150 – 250 mil hab
12 leitos observação
18 leitos observação
Leitos internação = 2,5 a 3 leitos p/ cada mil hab
Leitos UTI = 4 a 10% do total de leitos hospitalares
MATRIZ 6 – A PROGRAMAÇÃO PARA A REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Total de consultas médicas 2 a 3 consultas médicas
por habitante no ano
por hab./ano
Nº consultas médicas
63% do total de
básicas por habitante /
consultas médicas são de
ano
consultas básicas
12% do total de
Nº consultas médicas
consultas médicas são
básicas de urgência por
consultas básicas de
habitante no ano
urgência
Nº consultas médicas de
3% do total de consultas
urgência pré-hospitalar e
médicas são de urgência
trauma
pré-hospitalar e trauma
por habitante / ano
22% do total de consultas
Nº consultas médicas
médicas são de consultas
especializadas por
especializadas
habitante no ano
100 pacientes/24 horas
para 50 a 75 mil
habitantes
Nº pacientes atendidos
em unidades 24 horas
não hospitalares de
atendimento às urgências
300 pacientes/24 horas
para 75 a 150 mil
habitantes
450 pacientes/24 horas
para 150 a 250 mil
FONTE
SITUAÇÃO
DESEJADA
SITUAÇÃO
ATUAL
Portaria 1101/GM/2002
PARÂMETRO
Portaria 2048/GM
INDICADOR
10
habitantes
06 leitos de observação em
unidades 24 h não
hospitalares para 50 a 75
mil habitantes
Nº leitos de observação
em unidades 24 horas
não hospitalares de
atendimento às urgências
12 leitos de observação em
unidades 24 hnão
hospitalares para 75 a 150
mil habitantes
18 leitos de observação em
unidades 24 h não
hospitalares para 150 a
250 mil habitantes
3 % de pacientes em leitos
de observação em
unidades 24 h não
hospitalares encaminhados
para internação
01 veículo suporte básico
vida para 100 a 150 mil
hab
01 veículo suporte
avançado vida para 400 a
450 mil hab
Leitos Hospitalares Totais
= 2,5 a 3 leitos para cada
1.000 habitantes
Leitos de UTI: 4% a 10%
do total de Leitos
Hospitalares
Nº leitos para cada 1000
habitantes
Leitos em Unidades de
Recuperação (póscirúrgico): 2 a 3 leitos
por Sala Cirúrgica
Portaria
1864/GM/
Nº ambulâncias por
habitante/ano
10% de pacientes em
leitos de observação em
unidades 24 h não
hospitalares
Portaria 1102/GM/2002
% de pacientes em leitos
de observação em
unidades 24 h não
hospitalares de
atendimento às urgências
% de pacientes em leitos
de observação em
unidades 24 h não
hospitalares
encaminhados para
internamento
Leitos para Pré Parto: no
mínimo 02 leitos por sala
de parto
MATRIZ 6A – A PROGRAMAÇÃO PARA A REDE DE U&E - TRAUMA
INDICADOR
PARÂMETRO
FONTE SITUAÇÃO
SITUAÇÃO
11
DESEJADA
Centro de Trauma
Altamente
Especializado Hospital
Nível I
ATUAL
01 para cada 1 a 1.5
milhões habitantes
Hospital Municipal São José
Equipe cirurgiões trauma
Presença física
Sala de Emergências
Radiologia (TC, Angio)
Emergencista
Presença física
Bloco Cirúrgico 24 h
Anestesiologia
Presença física
Orthopedia
Presença física
Neurocirurgia
Presença física
Laboratório 24h
Agência transfusional
Cirurgia vascular
Sobreaviso
Cir. torácica
Sobreaviso
Cir. cardíaca
Sobreaviso
Cir. pediátrica
Sobreaviso
Cir. plástica,
Sobreaviso
Cir.bucomaxilo
Sobreaviso
Cir.reimplante
Sobreaviso
Centro de Trauma –
Hospital Nível II
01 para cada 1 a 2 CET
Hospital ____________________________________________________________
Cirurgiões de trauma
Presença física
Sala Emergências
Radiologia (TC)
Bloco Cirúrgico 24 h
Emergencista
Presença física
Anesteiologista
Presença física
Ortopedista
Presença física
12
Laboratório 24h
Agência Transfusional
Centro de Estabilização
– Hospital Nível III
Em áreas remotas
Hospital _________________________
Emergencista
Presença física
Bloco Cirúrgico 24 h
Cirurgião Geral
Presença física
Anestesiologista
Presença física
Radiologia
Laboratório 24h
Capacidade transfusional
Hospital _______________________
Emergencista
Presença física
Bloco Cirúrgico 24 h
Cirurgião Geral
Presença física
Anestesiologista
Presença física
Radiologia
Laboratório 24h
Capacidade transfusional
MATRIZ 6B – PROGRAMAÇÃO DA REDE DE U&E CARDIOVASCULAR - IAM COM SUPRA
STS
INDICADOR
PARÂMETRO
FONTE
SITUAÇÃO
DESEJADA
SITUAÇÃO
ATUAL
Hospital Regional
< 90 min
ACC/A
HA
2004
Trombolítico –
Tempo porta - agulha
< 30 min
J Am
Coll
Cardiol
2006
Serviços de Hemodinâmica
200 a 400 angioplastias /
ano
Medical
Care.
1995
Serviços de Hemodinâmica
> 400 exames eletivos /
ano
SBC
> 36 angioplastias por IAM
Angioplastia 1ª – Tempo
porta - balão
13
Banco de dados disponível
Demanda (popul. mínima):
100 000 hab > 20 anos
Mississipi State Department of
Health CON Certificado de
Necessidade
c/ supra STs / ano
Bloco de cirurgia cardíaca
no mesmo prédio
Escala mínima: ofertar
-300 CATs
diagnósticos/ano
-450 CATs diagnósticos e
terapêuticos / ano
Capacidade para cirurgia
cardíaca a céu aberto
Equipe médica: morar e
trabalhar na área do
hospital
Am
Heart J
2008
Distância entre Centros de
Hemodinâmica
20 milhas
Hemodinamicista
> 75 exames eletivos /
SBC
ano
> 11 angioplastias por IAM
SBC
c/ supra STs / ano
MATRIZ 6C – PROGRAMAÇÃO DA REDE DE U&E CARDIOVASCULAR – AVC-I / AVE-I
INDICADOR
PARÂMETRO
Hospital Municipal São José
Unidades AVC / AVE
Trombolítico (rtPA)
Até 4 ½ h do déficit
rtPA intrarterial
Não recomendado
Leitos de retaguarda
FONTE
SITUAÇÃO
DESEJADA
SITUAÇÃO
ATUAL
Stroke
2007
ESTUDO DIRIGIDO 4
ELABORAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO DA U&E PARA AS MACRORREGIÕES NORTE E
NORDESTE DA SANTA CATARINA – PARTE II
 Dividam-se em 2 grupos por macrorregiões, escolham um coordenador e relator.
 Elaborem um plano de organização da Rede de Urgência e Emergência utilizando a Matriz
8, 5W2H
MATRIZ 7 - EXEMPLO DE PLANEJAMENTO DA REDE IAM
WHAT
FOR
HOW
O QUE
POR QUE
PARA
QUE
COMO
0
o
a
d
t
e
r
a
is
n
a
í
c
t
ir
o
a
t
d
a
o
m
e
tn
rt
a
o
t
a
m
e
n
t
o
WHY
i
a
g
n
D
ó
is
m
t
D
i
in
c
v
u
o
iu
lrt
g
a
a
tr
ç
e
d
ã
m
i
o
p
o
WHAT
Promover veiculação jornais grande circulação
14
1
Promover veiculação jornais das entidades (CRM, CFM, AMMG, AMB, outras)
Veiculação televisão
Veiculação rádios
Panfletos nos Serviços de Urgência
O QUE
POR QUE
Diminuir tempo
porta – balão e
porta - agulha
Reperfusão
tardia aumenta
mortalidade
POR QUE
PARA
QUE
COMO
Equipar ambulâncias com ECG
Capacitar equipe SAMU a realizar ECG
Montar Complexo Regulador
Transmitir ECG para o Complexo Regulador
Capacitar médico do Complexo Regulador a analisar ECG
COMO
Estudar a produção dos hospitais
Diminuir o tempo para
reperfusão
0
3
Comunicar os hospitais de
referência
O QUE
POR QUE
Elevados tempos porta-balão e
porta-agulha
0
2
Diagnóstico
precoce
IAMCSST
O QUE
PARA
QUE
Estudar as potencialidades dos serviços
Mapear as distâncias entre os hospitais de referência e as cidades
Pactuar procedimentos para hospitais nível 1 (PTCA 24h)
Pactuar procedimentos para hospitais nível 2 (PTCA se possível)
Pactuar procedimentos para hospitais nível 3 (trombolítico)
Ligar o Complexo Regulador aos hospitais de referência para transmissão do ECG em
tempo real
Disponibilizar trombolítico na ambulância
PARA
QUE
COMO
O QUE
POR QUE
Levar o paciente para o lugar certo, no
tempo certo
Pacientes encaminhados para serviços
não aptos a recebê-los
POR QUE
PARA
QUE
Mapear hospitais com convênio SUS
Mapear hospitais que desejam convênio SUS
Renegociar os credenciamentos com MS
Mapear hospitais com tempo porta-balão < 90 min e tempo de atraso < 60 min
Avaliar qualidade dos hospitais (SBC):
 Hemodinamicistas
- + 75 exames eletivos/ano
- + 11 angioplastias 1ª /ano
 Serviços
- +400 exames eletivos/ano
- + 36 angioplastias 1ª /ano
COMO
Maior custeio para serviços com hemodinâmica 24h
Menor
mortalidade /
complicações
0
5
Garantir
qualidade
angioplastia
O QUE
Angioplastias 1ª s
fora do tempo
0
4
Definir hospitais nível 1, 2 e 3
Mapear todos os hospitais que fazem angioplastia
Avaliar disponibilidade de angioplastia e trombolíticos nos hospitais nível 1 e 2
Conferir tempo porta-agulha e tempo de atraso
Conferir complicações (CRVM, IAM, mortes)
Garantir trombolítico para hospitais nível 3
PARA
QUE
COMO
Garantir continuidade do
tratamento
Leitos de UTI e UCo
insuficientes
0
6
Leitos de retaguarda
Mapear UTIs/UCo disponíveis
Planejar necessidade UTI/UCo
Financiar construção e custeio novas UTIs/UCo
Mapear enfermarias disponíveis
Planejar necessidade enfermarias
Redistribuir enfermarias existentes
Pactuar com Atenção Secundária o seguimento dos pacientes
Pactuar com Atenção Primária o seguimento posterior dos pacientes
O QUE
POR QUE
PARA
QUE
COMO
15
Economia de escala, qualidade,
menor custo, acesso
Grande disparidade nas condutas
Manejo IAMCSST conforme
evidências
0
7
Oficina de Rede da Doença Cardiovascular envolvendo gestores, prestadores, academia e
entidades
Construir Protocolo Clínico da Rede Infarto
Pactuar protocolo
MATRIZ 8 - PLANEJAMENTO DA REDE U&E MACRORREGIÕES NORTE E NORDESTE
WHAT
WHY
WHAT
FOR
HOW
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
01
02
03
04
05
06
16
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
O
QUE
POR
QUE
PARA
QUE
COMO
07
08
09
10
11
ESTUDO DIRIGIDO 5
O COMITÊ GESTOR DA REDE DE U/E: ESCOPO, COMPOSIÇÃO, ATRIBUIÇÕES E
OPERACIONALIZAÇÃO
 Dividam-se em grupos por microrregiões, escolham coordenador e relator.
 Leiam o texto de apoio sobre o Regimento Interno do Comitê Gestor Regional das
Urgências – Norte de Minas.
 Em seguida, discutam cada um dos itens descritos, relativos aos objetivos, composição,
atribuições e operacionalização, fazendo uma análise propositiva para constituição do
Comitê Gestor da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião Centro,
 O relator terá 10 minutos para apresentar o resultado em plenária.
COMITÊ GESTOR REGIONAL DAS URGÊNCIAS - NORTE DE MINAS
REGIMENTO INTERNO
ARTIGO PRIMEIRO - OBJETIVOS DO COMITÊ GESTOR
1.1
Representar o espaço formal de discussão e implementação das correções necessárias
à permanente adequação do sistema de atenção integral às urgências, dentro das
17
diretrizes estabelecidas pelos Planos de Atenção às Urgências Macrorregional e
Estadual, em suas instâncias de representação institucional, constituindo espaço de
discussão técnica na CIB Macrorregional.
1.2
Permitir que os atores envolvidos diretamente na estruturação da atenção às urgências
possam discutir, avaliar e pactuar as diretrizes e ações prioritárias, subordinadas às
estruturas de pactuação do SUS nos seus vários níveis dentro da Norte de Minas;
1.3
Constituir-se em uma instância participativa das Gerências Regionais de Saúde e das
Secretarias Municipais de Saúde, além dos órgãos reguladores, prestadores de
assistência direta e indireta, dedicada aos debates, elaboração de proposições e
pactuações sobre as políticas de organização e a operação do Sistema de Atenção
Integral às Urgências do Norte de Minas, funcionando como Órgão Consultivo da CIB
Macrorregional;
1.4
Cumprir e fazer cumprir o Termo de Adesão ao Sistema de Atenção às Urgências e ao
SAMU - 192, buscando a garantia do cumprimento das determinações do médico
regulador das urgências e da assistência por parte de todos os serviços, discutindo as
dificuldades no âmbito deste Comitê Gestor.
1.5
Cumprir e fazer cumprir as normas do Ministério da Saúde, Secretaria Estadual e
Municipais da Saúde, Conselhos de Saúde Conselho Federal de Medicina, Conselho
Federal de Enfermagem ou outras instâncias normativas da área de urgências.
1.6
Encaminhar suas recomendações para discussão nos Conselhos Municipais e Regional
de Saúde, conforme a natureza dos temas tratados
1.7
Ser órgão de assessoria para o tema de urgências e junto aos Conselhos Municipais de
Saúde, participando da elaboração de projetos e pareceres por demanda dos
Conselhos Municipais de Saúde ou pelos gestores do SUS.
1.8
Ser instância de avaliação, assessoria e proposição dos planos de atenção aos eventos
com múltiplas vítimas ou desastres;
1.9
Viabilizar o sistema integrado e com regulação médica da atenção às urgências e
emergências, conforme os seguintes termos legais: Resolução 1.671/03 do Conselho
Federal de Medicina, a Portaria Ministerial da Saúde GM / MS 95/01, Portaria
Ministerial da Saúde GM / MS 2048/02, Portaria Ministerial da Saúde GM/MS 1863 e a
Portaria Ministerial da Saúde GM/MS 1864.
1.10
Fiscalizar, realizar atividades e estudos de avaliação do cumprimento das normas
relativas ao sistema e aos seus serviços e do seguimento das resoluções adotadas pelo
Comitê Gestor Macrorregional, em consonância com as decisões do Comitê Gestor
Estadual e do Conselho Estadual de Saúde e em articulação com a vigilância em saúde,
as comissões dos conselhos de saúde e comissões de fiscalização do exercício
profissional, incluindo os serviços estatais e privados.
1.11
Potencializar a capacitação e a educação continuada de recursos humanos, através dos
Pólos de Educação Permanente em Saúde de acordo com o proposto e coordenado pelo
Núcleo de Educação em Urgências – NEU do Estado de Minas Gerais.
1.12
Discutir e apoiar a implantação do Sistema em todos os municípios da Norte de Minas
do Estado de Minas Gerais.
1.13
Propor a aplicação de instrumentos para avaliação das condições de atendimento das
instituições conveniadas e da rede de serviços, assim como ser responsável pela
avaliação da utilização dos recursos de custeio complementares estabelecidos pela
Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.
1.14
Avaliar e propor regularmente alterações no plano de operações do Sistema de
Atenção às Urgências e seu funcionamento.
1.15
Discutir a elaboração de normas e protocolos de atendimento dos componentes préhospitalares, hospitalar e pós-hospitalar, assim como das estratégias de promoção.
1.16
Determinar o sistema de avaliação continuada e metas a serem atingidas pela rede
através de indicadores de resultados.
18
ARTIGO SEGUNDO - DA COMPOSIÇÃO
2.1
São membros do Comitê Gestor Macrorregional do Sistema de Atenção às Urgências
2.1.1
O Coordenador Estadual do Sistema de Atenção às Urgências
2.1.2
Os Gerentes regionais de Saúde da Macrorregião
2.1.3
O Coordenador Regional do SAMU
2.1.4
O Coordenador Regional do Núcleo de Educação Permanente em Urgências
2.1.5
O Coordenador Regional do complexo regulador da assistência
2.1.6
Os Secretários Municipais de Saúde dos pólos microrregionais e do pólo
macrorregional
2.1.7
Os diretores gerais dos Hospitais de Referência da Macrorregião
2.1.8
Um representante do programa de saúde da família da região
2.1.9
Um representante da vigilância sanitária do estado
2.1.10 Um representante do Conselho de Secretários Municipais de Saúde ou do
colegiado de secretários municipais de cada região abrangida na
Macrorregião
2.1.11 Um representante do Corpo de Bombeiros Voluntários ou Militares ou
Comunitários do Estado de Minas Gerais de cada município sede de Unidade
de Suporte Avançado do SAMU
2.1.12 Um representante da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais
2.1.13 Um representante do Grupamento Aéreo da Polícia Militar do Estado de Minas
Gerais
2.1.14 Um representante da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais
2.1.15 Um representante da Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais
2.1.16 Um representante da Polícia Rodoviária Federal – seção Minas Gerais
2.1.17 Um representante do DETRAN
2.1.18 Um representante da Defesa Civil Estadual de Minas Gerais
2.1.19 Um representante da Infraero
2.1.20 Um representante das universidades da Macrorregião
2.1.21 Um representante dos serviços privados de atendimento pré-hospitalar(se
houver)
2.1.22 Um representante do Conselho Estadual de Saúde
2.2
Cada instituição deverá indicar, por escrito, um representante titular e um suplente
para compor o Comitê Gestor. Somente a estes representantes será concedido
participação e conferido poder deliberativo com direito a voto. Demais presentes
poderão acompanhar as sessões apenas na qualidade de ouvintes, não tendo direito à
palavra nem a voto.
2.3
Outras entidades poderão vir a participar de reuniões do Comitê Gestor, mediante
convite, ou por solicitação à Secretaria Executiva onde deverá ser apreciado para
aprovação junto ao Comitê Gestor, respeitando os parágrafos anteriores e sem direito
a voto.
2.4
A coordenação do Comitê Gestor Regional de responsabilidade da Secretaria Estadual
de Saúde, conforme os termos da portaria GM MS 1864/03, através da figura do
Coordenador Estadual do Sistema de Atenção às Urgências, do Coordenador Regional
19
do Sistema de Atenção às Urgências ou do Gerente de Saúde da Macrorregião.
2.5
Poderão ser apreciados novos membros para comporem o comitê gestor após um
intervalo mínimo de seis reuniões consecutivas
ARTIGO TERCEIRO - DAS REUNIÕES
3.1
O Comitê Gestor reunir-se-á mensalmente em reunião ordinária, com pauta definida
com antecedência de, pelo menos, 7 (sete) dias.
3.2
Cabe à Secretaria Executiva estabelecer a pauta das reuniões.
3.3
As reuniões do Comitê Gestor ocorrerão, em primeira chamada, com a presença de
50% mais um ( cinqüenta por cento, mais um ) de seus membros e, em segunda
chamada, ( 15 minutos após o horário de início ) com qualquer quorum.
3.4
As decisões poderão ser tomadas por maioria simples, respeitadas as condições
anteriores.
3.5
Reuniões extraordinárias poderão ser convocadas pela coordenação do Comitê Gestor,
pela Secretaria Executiva ou por qualquer um de seus membros, desde que apoiados
por, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento ) dos demais representantes, respeitados
os itens 3.3 e 3.4.
3.6
A ausência de representantes de uma instituição às reuniões do Comitê Gestor deverá
ser justificada pela mesma, por escrito, à Secretaria Executiva, até 48 horas após a
realização da reunião.
3.7
O não comparecimento do representante titular ou suplente de uma instituição a duas
(2) reuniões seguidas ou três (3) alternadas do Comitê Gestor, sujeitará a instituição
faltosa à perda do direito a voto por 2(duas) reuniões consecutivas à ausência.
3.8
Cabe à Secretaria Executiva, notificar a instituição quanto à falta não justificada do seu
representante.
ARTIGO QUARTO - DAS RESPONSABILIDADES DOS MEMBROS DO COMITÊ GESTOR
4.1
O titular deverá comparecer assiduamente às reuniões e, no impedimento, seu
suplente
4.2
Subsidiar o Comitê Gestor sobre a proposta de atendimento de sua instituição, suas
disposições e dificuldades;
4.3
Informar com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, mudanças na sua instituição
que possam alterar os compromissos assumidos com o Sistema de Atenção às
Urgências.
4.4
Transferir conhecimento e informações (individuais/institucionais) para embasamento
do processo de discussão.
4.5
Manter a sua instituição informada, divulgando as deliberações do Comitê e fazendo
valer no seu âmbito as deliberações do Comitê Gestor.
4.6
Representar o Comitê Gestor junto à sua instituição, divulgando o Sistema e o próprio
Comitê Gestor e participar em atos, por delegação do Comitê.
ARTIGO QUINTO – DAS ATRIBUIÇÕES DO COMITÊ GESTOR
5.1
Elaborar, discutir e recomendar as diretrizes básicas e as guias operacionais do
atendimento integral às urgências no seu âmbito de responsabilidade, em consonância
com as diretrizes nacionais, estaduais e macrorregionais;
20
5.2
Avaliar o atendimento às emergências das diversas instituições, considerando a
vocação e peculiaridades de cada serviço, de acordo com sua hierarquização e
territorialização dos serviços, requisitando garantias das instituições em relação às
áreas técnicas de sua responsabilidade.
5.3
Acompanhar as condições de atendimento das instituições da Macrorregião visando
assegurar a constância de princípios e propósitos expressas no Termo de Adesão da
SES-MG;
5.4
Garantir o pleno exercício da regulação médica das urgências do SAMU-192, nos
termos da Portaria 2048/02 e Portaria 1864/03 e outras normatizações que venham a
ocorrer;
5.5
Atuar junto aos órgãos públicos, à iniciativa privada e à população em geral, no sentido
de buscar a participação e contribuição para implementação do Sistema;
5.6
Desenvolver pesquisas operacionais e campanhas de esclarecimento e promoção da
saúde e prevenção;
5.7
Discutir questões orçamentárias para a área de urgências e encaminhar propostas às
Secretarias de Saúde correspondentes, para discussão e deliberação nos Conselhos de
Saúde;
5.8
Mediar as relações estabelecidas entre os membros do Comitê Gestor;
5.9
Os membros do Comitê Gestor devem ser o veículo representante da sua instituição no
Comitê Gestor Regional e do Comitê Gestor na sua instituição;
5.10
Apoiar o desenvolvimento dos recursos humanos para as urgências, através das
atividades dos Pólos de Educação Permanente em Saúde com as diretrizes traçadas
pelo Núcleo de Educação em Urgências (NEU-MG) do Estado de Minas Gerais.
ARTIGO SEXTO - DA SECRETARIA EXECUTIVA
6.1
Da Composição
6.1.1 Será composta por cinco (5) membros, incluindo a coordenação do Comitê
Gestor, escolhido por seus pares, com duração de mandato de um (1) ano;
6.1.2 Os membros da Secretaria Executiva poderão ser substituídos, por decisão do
Comitê Gestor, respeitado o item 3.4. Toda substituição na composição da
Secretaria Executiva será discutida com o Comitê Gestor e acordada com o
mesmo.
6.1.3 Será composto um grupo técnico, encarregado de pesquisas e da elaboração de
métodos e instrumentos de trabalho necessários ao bom desempenho das
atribuições e tarefas do Comitê Gestor e da sua Secretaria Executiva.
6.2
Das atribuições da Secretaria Executiva.
6.2.1 Operacionalizar as decisões do Comitê Gestor;
6.2.2 Instrumentalizar o Comitê Gestor para o planejamento das ações do Sistema
SAMU e do próprio Comitê Gestor;
6.2.3 Representar regularmente o Comitê Gestor junto aos Conselhos de Saúde e
outras instâncias de interesse ao objeto do Comitê;
6.2.4 Apresentar relatórios trimestrais das atividades do Comitê Gestor ao Comitê
Estadual de Atenção às Urgências;
6.2.5 Discutir, divulgar e apoiar a aplicação das normatizações;
6.2.6 Enviar mensalmente a memória das atividades do Comitê Gestor para os seus
membros, assim como elaborar e divulgar as atas das reuniões;
6.2.7 Realizar um trabalho sistemático de divulgação dos trabalhos e projetos
desenvolvidos;
21
6.2.8 Informar às instituições que compõem o Comitê Gestor sobre as decisões
tomadas em suas reuniões, bem como do comparecimento ou não de seu
representante;
6.2.9 Definir a pauta das reuniões ordinárias em comum acordo com o decidido pelo
Comitê Gestor;
6.2.10
Convocar reuniões extraordinárias.
ARTIGO SÉTIMO – DA VALIDADE E ALTERAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO
7.1
O Regimento Interno poderá ser modificado em reunião ordinária ou extraordinária,
desde que convocada especificamente para este fim e com aprovação de 50 % + 1
(cinqüenta por cento , mais um) dos membros do Comitê Gestor do Sistema de
Atenção às Urgências.
7.2
O Regimento Interno entra em vigor à partir da data de sua aprovação junto a CIB
Macrorregional.
7.3
Quaisquer modificações do Regimento Interno
Macrorregional para entrarem em vigor.
deverão
ser
aprovadas
na
CIB
DISCUSSÃO EM PLENÁRIA
CONSTITUIÇÃO DO COMITÊ GESTOR DA REDE DE U/E DAS MACRORREGIÕES
PLANALTO NORTE E NORDESTE DE SANTA CATARINA
Objetivo: Esta atividade tem o objetivo de
 Constituir o Comitê Gestor da Rede de Urgência e Emergência das Macrorregiões Norte e
Nordeste da Santa Catarina.
 Definir os encaminhamentos para a deliberação na CIB Macrorregional sobre a sua
constituição.
 Definir a agenda mínima de compromissos, relativa à implantação da Rede de Atenção em
U/E.
TEXTO DE APOIO 1
OS FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS
As redes de atenção à saúde, como outras formas de produção econômica, podem ser
organizadas em arranjos produtivos híbridos que combinam a concentração de certos serviços
com a dispersão de outros. Em geral, os serviços de atenção primária à saúde, devem ser
dispersos; ao contrário, serviços de maior densidade tecnológica, como hospitais, unidades de
processamento de exames de patologia clínica, equipamentos de imagem etc, tendem a ser
concentrados (World Health Organization, 2000).
O modo de organizar as redes de atenção à saúde define a singularidade de seus processos
descentralizadores frente a outros setores sociais. Os serviços de saúde estruturam-se numa
rede de pontos de atenção à saúde, composta por equipamentos de diferentes densidades
tecnológicas que devem ser distribuídos espacialmente de forma ótima. Essa distribuição ótima
vai resultar em eficiência, efetividade e qualidade dos serviços.
22
Economia de escala, grau de escassez de recursos e acesso aos diferentes pontos de atenção à
saúde determinam, dialeticamente, a lógica fundamental da organização racional das redes de
atenção à saúde.
Os serviços que devem ser ofertados de forma dispersa são aqueles que não se beneficiam de
economias de escala, para os quais há recursos suficientes e em relação aos quais a distância
é fator fundamental para a acessibilidade. Já os serviços que devem ser concentrados são
aqueles que se beneficiam de economias de escala, para os quais os recursos são mais
escassos e em relação aos quais a distância tem menor impacto sobre o acesso (Mendes,
2001).
ECONOMIAS DE ESCALA
As economias de escala ocorrem quando os custos médios de longo prazo diminuem, à medida
em que aumenta o volume das atividades e os custos fixos se distribuem por um maior
número dessas atividades, sendo o longo prazo um período de tempo suficiente para que todos
os insumos sejam variáveis. As economias de escala são mais prováveis de ocorrer quando os
custos fixos são altos relativamente aos custos variáveis de produção, o que é comum nos
serviços de saúde. A teoria econômica assume que as relações entre custos médios e tamanho
de certos equipamentos de saúde tendem a assumir uma forma de U. Assim, aumentos de
escala implicam fontes adicionais de custos, de tal forma que além de um determinado volume
crítico, os custos médios de longo prazo começam a elevar-se, configurando uma situação de
deseconomia de escala. A busca de escala, portanto, é uma condição imprescindível para um
sistema de saúde eficiente.
Os estudos mostram evidências de economias de escala em hospitais. Ela só pode ser
encontrada em hospitais de mais de 100 leitos e o tamanho ótimo dos hospitais pode estar
entre 100 a 450 leitos. As deseconomias de escala vão tornar-se importantes em hospitais de
mais de 650 leitos (Aletras, Jones e Sheldon, 1997).
GRAU DE ESCASSEZ DE RECURSOS
Outro fator importante para o desenvolvimento das redes de atenção à saúde é a
disponibilidade ou o grau de escassez dos recursos. Recursos muito escassos, sejam humanos,
sejam físicos, devem ser concentrados; ao contrário, recursos menos escassos devem ser
desconcentrados. Por exemplo, é comum concentrarem-se os médicos superespecializados e
desconcentrarem-se os médicos de família que são mais numerosos.
QUALIDADE
Um dos objetivos fundamentais dos serviços de saúde é a qualidade. Os serviços de saúde têm
qualidade quando são prestados em consonância com padrões ótimos pré-definidos; são
submetidos a medidas de performance nos níveis de estrutura, processos e resultados; são
ofertados para atender às necessidades dos usuários; implicam programas de controle de
qualidade; são seguros para os profissionais de saúde e para os usuários fazem-se de forma
humanizada; e satisfazem às expectativas dos usuários (Dlugacz, Restifo & Greenwood (2004).
Uma singularidade dos serviços de saúde é que parece haver uma relação estreita entre escala
e qualidade, ou seja, entre quantidade e qualidade. Esta relação estaria ligada a uma crença
generalizada de que serviços de saúde ofertados em maior volume são mais prováveis de
apresentar melhor qualidade; nessas condições, dentre outras razões, os profissionais de
saúde estariam melhor capacitados a realizar os serviços de saúde (Bunker, Luft e Enthoven,
1982). Por isso, os compradores públicos de saúde, devem analisar o tamanho dos serviços e
o volume de suas operações como indicador de qualidade.
Na Holanda, a busca de escala e qualidade levou à regionalização e concentração de certos
serviços de saúde. Por exemplo, cirurgias cardíacas abertas só podem ser realizadas em
hospitais que façam, no mínimo, 600 operações anuais (Banta e Bos, 1991). No Reino Unido,
bem como na maioria dos países ricos, há uma crescente concentração de hospitais, em busca
de escala e qualidade (Ferguson, Sheldon e Posnett, 1997). ). No Brasil verificou-se uma
23
associação inversa entre volume de cirurgias cardíacas e taxas de mortalidade por essas
cirurgias (Noronha et alii, 2003).
Diante dessas evidências, as redes de atenção à saúde devem configurar-se em desenhos
institucionais que combinem elementos de concentração e de dispersão dos diferentes pontos
de atenção à saúde.
ACESSO
Economia de escala, grau de escassez e qualidade, contudo, devem estar em equilíbrio com o
critério do acesso aos serviços. O acesso aos serviços de saúde está em função de quatro
variáveis:
 o custo de oportunidade da utilização dos serviços de saúde;
 a severidade percebida da condição que gera a necessidade de busca dos serviços;
 a efetividade esperada dos serviços de saúde;
 a distância dos serviços de saúde.
Outras condições sendo iguais, quanto maior o custo de oportunidade, menor a severidade da
condição, menos clara a percepção da efetividade e maior a distância, menor será o acesso
aos serviços de saúde.
Uma revisão sobre o acesso aos serviços de saúde mostrou algumas evidências (Carr-Hill,
Place e Posnett, 1997): a utilização da atenção primária à saúde é sensível à distância, tanto
para populações urbanas quanto rurais, sendo isso particularmente importante para serviços
preventivos ou para o manejo de doenças em estágios não sintomáticos; há evidência de uma
associação negativa, também para serviços de urgência e emergência; não há evidência de
associação entre distância e utilização de serviços de radioterapia e de seguimento de câncer
de mama; não há associação entre distância e a acessibilidade a serviços hospitalares agudos.
PONTOS DE ATENÇÃO
Os pontos de atenção à saúde são os nós da rede da saúde e configuram-se como um local
que se presta um serviço de saúde singular, segundo uma função de produção específica.
Exemplos de pontos de atenção à saúde: o domicílio, a unidade básica de saúde, a unidade
ambulatorial especializada, a unidade ambulatorial de pronto atendimento, o hospital/dia, os
CAPSs, os CEOs etc. O hospital contém, dentro de si, vários pontos de atenção à saúde: o
centro cirúrgico, a unidade de cirurgia ambulatorial, a unidade de urgência, o centro de terapia
intensiva etc.
DESENHO DA REDE DE ATENÇÃO
O desenho de redes de atenção à saúde faz-se sobre os territórios sanitários, combinando
dinamicamente de um lado, economia de escala, escassez relativa de recursos e qualidade dos
serviços e, de outro, o acesso aos serviços de saúde. A situação ótima é dada pela
concomitância de economias de escala e serviços de saúde de qualidade acessíveis aos
cidadãos. Quando se der – como em regiões de baixa densidade demográfica -, o conflito entre
escala e acesso, prevalece o critério do acesso. Do ponto de vista prático, em algumas regiões
brasileiras, as microrregiões estarão definidas por populações subótimas; assim, também,
certos serviços operarão em deseconomias de escala porque não se pode sacrificar o direito do
acesso aos serviços de saúde a critérios econômicos.
FORMAS DE INTEGRAÇÃO
Na construção de redes de atenção à saúde devem ser observados os conceitos de integração
horizontal e vertical. São conceitos que vêm da teoria econômica e que estão associados às
cadeias produtivas.
24
A integração horizontal se dá entre unidades produtivas iguais, com o objetivo de adensar a
cadeia produtiva, e dessa forma, obter ganhos de escala e, conseqüentemente, maior
produtividade. É o caso das fusões de bancos ou de provedores de Internet.
A integração vertical, ao contrário, se dá entre unidades produtivas diferentes para configurar
uma cadeia produtiva com maior agregação de valor. É o caso de uma empresa que começa
com a mineração de ferro, depois agrega a produção de gusa, depois a produção de aço etc.
A integração horizontal que objetiva promover o adensamento da cadeia produtiva da saúde,
se faz por dois modos principais: a fusão ou a aliança estratégica. A fusão se dá quando duas
unidades produtivas, por exemplo, dois hospitais, se fundem num só, aumentando a escala
pelo somatório dos leitos de cada qual e diminuindo custos, ao reduzir a um só alguns serviços
administrativos anteriormente duplicados, como a unidade de gestão, a cozinha, a lavanderia
etc.
A aliança estratégica é feita quando, mantendo-se as duas unidades produtivas, os serviços
são coordenados de modo a que cada uma se especialize numa carteira de serviços,
eliminando-se a concorrência entre eles. As carteiras de serviço passam a ser
complementares, de forma que o que um faz o outro não fará. Em geral, haverá também, na
aliança estratégica, ganhos de escala e maior produtividade.
A integração vertical se faz através de um sistema de comunicação fluido entre as diferentes
unidades produtivas da rede de atenção. Ficam na mesma gestão todos os pontos de atenção
à saúde, desde a atenção primária à terciária, e eles se comunicam através de sistemas
logísticos potentes. Na integração vertical há uma forma especial, na saúde de geração de
valor em cada nó da rede de atenção, o que se aproxima do conceito de valor agregado da
economia.
Bibliografia
1) ALETRAS,V., JONES, A & SHELDON, T.A – Economies of scale and scope. In: FERGUSON, B.,
SHELDON, T.A & POSNETT, J. – Concentration and choice in health care. London, Financial Times
Healthcare, 1997.
2) BANTA, H.D. & BOS, M. – The relation between quantity and quality with coronary artery bypass
surgery. Health Policy, 18: 1-10, 1991.
3) BUNKER, J.P., LUFT, H.S. & ENTHOVEN, A – Should surgery be regionalised? Surgical Clinics of
North America, 62: 657-668, 1982.
4) CARR-HILL, R., PLACE, M. & POSNETT, J. – Access and the utilization of healthcare services. In:
FERGUSON, B., SHELDON, T.A & POSNETT, J. – Concentration and choice in health care. London,
Financial Times Healthcare, 1997.
5) DLUGACZ, Y.D., RESTIFO, A. & GREENWOOD, A. – The quality handbook for health care
organizations: a manager´s guide to tools and programs. San Franscisco, John Wiley & Sons,
2004.
6) FERGUSON, B., TREVOR, A S. & POSNETT,J. – Introduction. In: FERGUSON, B., TREVOR, A S. &
POSNETT,J. (Editors) – Concentration and choice in healthcare. London, FT Healthcare, 1997.
7) MENDES, E.V. – Os grandes dilemas do SUS. Salvador, Casa da Qualidade, Tomo II,2001.
8) MINISTÉRIO DA SAÚDE – A regionalização da saúde: versão preliminar para discussão interna.
Brasília, mimeo, 2004.
9) NORONHA, J.C. de – Avaliação da relação entre volume de procedimentos e a qualidade do
cuidado: o caso da cirurgia coronariana. Cadernos de Saúde Pública, 19: 1781-1789, 2003.
10) WORLD HEALTH ORGANIZATION – The world health report 2000: health systems, improving
performance. Geneva, WHO, 2000.
TEXTO DE APOIO 2
25
OS COMPONENTES DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 1
Numa rede, conforme entende Castells (2000), o espaço dos fluxos está constituído por alguns
lugares intercambiadores que desempenham o papel coordenador para a perfeita interação de
todos os elementos integrados na rede e que são os centros de comunicação e por outros
lugares onde se localizam funções estrategicamente importantes que constroem uma série de
atividades em torno da função-chave da rede e que são os nós da rede.
As redes de atenção à saúde estão compostas, além dos nós e do centro de comunicação, por
sistemas logísticos, sistemas de apoio e sistemas de gestão.
Nas redes de atenção à saúde, os distintos pontos de atenção à saúde constituem os nós da
rede, mas o seu centro de comunicação está localizado na atenção primária à saúde. Nesses
casos, contudo, não há uma hierarquização entre os distintos nós, nem entre eles e o centro
de comunicação, apenas uma diferenciação dada por suas funções de produção específicas e
por suas densidades tecnológicas respectivas, ou seja, não há hierarquia, mas poliarquia entre
os pontos de atenção à saúde.
OS NÓS DA REDE – OS PONTOS DE ATENÇÃO
As redes de atenção à saúde se estruturam através de pontos de atenção à saúde que são os
lugares institucionais onde se ofertam determinados serviços produzidos através de uma
função de produção singular. São exemplos de pontos de atenção à saúde: os domicílios onde
se faz atenção domiciliar terapêutica, as unidades ambulatoriais especializadas, os centros de
apoio psicossocial, as residências terapêuticas, os centros de especialidades odontológicas, os
centros de enfermagem, os lares abrigados, os centros de convivência para idosos, os centros
de atenção paliativa etc. Os hospitais podem abrigar distintos pontos de atenção à saúde: o
ambulatório de pronto atendimento, a unidade de cirurgia ambulatorial, o centro cirúrgico, a
maternidade, a unidade de terapia intensiva, a unidade de hospital/dia etc.
O CENTRO DE COMUNICAÇÃO DA REDE – A ATENÇÃO PRIMÁRIA
O centro de comunicação da rede de atenção à saúde é o nó intercambiador no qual se
coordena os fluxos e os contra-fluxos do sistema de serviços de saúde, constituído pelo ponto
de atenção primária à saúde (unidade básica de saúde/equipe do PSF).
Para desempenhar seu papel de centro de comunicação da rede horizontal de um sistema de
serviços de saúde, a atenção primária à saúde deve cumprir três papéis essenciais:
 o papel resolutivo, intrínseco à sua instrumentalidade como ponto de atenção à
saúde, o de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população;
 o papel organizador, relacionado com sua natureza de centro de comunicação, o de
organizar os fluxos e contra-fluxos das pessoas pelos diversos pontos de atenção à
saúde;
 o de responsabilização, o de co-responsabilizar-se pela saúde dos cidadãos em
quaisquer pontos de atenção à saúde em que estejam.
SISTEMAS DE APOIO
Um terceiro componente das redes de atenção à saúde são os sistemas de apoio. Os sistemas
de apoio são os lugares institucionais das redes onde se prestam serviços comuns a todos os
pontos de atenção à saúde, nos campos do apoio diagnóstico e terapêutico e da assistência
farmacêutica. O subsistema de apoio diagnóstico e terapêutico envolve, portanto, os exames
de patologia clínica, os exames de imagem e os outros exames de apoio terapêutico. O
subsistema de assistência farmacêutica envolve uma organização complexa exercitada “por um
grupo de atividades relacionadas com os medicamentos, destinadas a apoiar as ações de
saúde demandadas por uma comunidade” (Brasil, 1998). Engloba, portanto, intervenções
relativas à programação de medicamentos, à aquisição de medicamentos, ao armazenamento
dos medicamentos, à distribuição dos medicamentos, à dispensação dos medicamentos, à
1
Texto do livro: MENDES,E.V. – SUS, MUDAR PARA AVANÇAR, NO PRELO.
26
atenção farmacêutica, e à farmacoeconomia, bem como ações de uso racional como protocolos
de medicamentos, dispensação farmacêutica, atendimento farmacêutico, conciliação de
medicamentos, adesão aos tratamentos medicamentosos e farmacovigilância.
SISTEMAS LOGÍSTICOS
Um quarto componente das redes de atenção à saúde são os sistemas logísticos. Os sistemas
logísticos são soluções tecnológicas, fortemente ancoradas nas tecnologias de informação, que
garantem uma organização racional dos fluxos e contra-fluxos de informações, produtos e
usuários nas redes de atenção à saúde. Os principais sistemas logísticos das redes de atenção
à saúde são os cartões de identificação dos usuários, as centrais de regulação, os prontuários
clínicos e os sistemas de transportes sanitários. O cartão de identificação dos usuários, na
proposta do sistema público brasileiro, está representado pelo Cartão SUS. As centrais de
regulação são sistemas tecnológicos de informação que se organizam em módulos para prover
o acesso regulado da atenção à saúde. O prontuário familiar é o documento único constituído
de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos,
acontecimentos e situações sobre a saúde das famílias e dos pacientes e a assistência a ele
prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros
da equipe multiprofissional e a continuidade prestada ao indivíduo (Conselho Federal de
Medicina, 2002). Os sistemas de transportes sanitários envolvem o transporte de urgência e
emergência, o transporte para procedimentos eletivos, o transporte das amostras para exames
e o transporte dos resíduos sólidos das unidades sanitárias.
SISTEMA DE GOVERNANÇA
O quinto componente das redes de atenção à saúde são os sistemas de governança das redes.
A governança da rede envolve a definição de uma institucionalidade de gestão e o uso
instrumentos gerenciais. A governança da rede é o arranjo organizativo interinstitucional que
permite a governança de todos os componentes das redes de atenção à saúde, de forma a
gerar um excedente cooperativo entre os atores sociais em situação e a obter resultados
sanitários efetivos e eficientes nas regiões de saúde (macro e microrregiões). A governança da
rede é, pois, diferente da gerência dos pontos de atenção à saúde (gestão hospitalar, gestão
dos ambulatórios especializados etc). No SUS, a gestão da rede se fará através de mecanismos
interinstitucionais; nas macrorregiões pela CIBs Macrorregionais ou Estaduais, mas
especialmente, nas microrregiões, pelas CIBs Microrregionais. Essas CIBs exercitam a
governança das redes de atenção à saúde através de um conjunto de instrumentos de gestão
que compõem o Plano Microrregional de Saúde: os observatórios de saúde ou salas de
situação; o sistema gerencial da Secretaria de Estado de Saúde, a PPI da assistência, a
Programação de Ações Prioritárias (PAP) da vigilância em saúde, o Pacto pela Vida e o Termo
de Compromisso de Gestão. O único instrumento gerencial que não pode ser exercitado pelas
CIBs são os contratos de serviços com prestadores que são realizados pelas Secretarias
Estaduais e Municipais, representadas nas CIBs, uma vez que as CIBs não são entes jurídicos
mas organizações virtuais. Mas o monitoramento e avaliação desses contratos deve ser a
participação das CIBs.
Bibliografia
BRASIL/MINISTÉRIO DA SAÚDE – Política Nacional de Medicamentos. Portaria n° 3.196 de 30
de outubro de 1998 do Gabinete do Ministro da Saúde. Brasília, 1998.
CASTELLS, M. – A sociedade em rede. São Paulo, Paz e Terra, Volume I, 4ª ed., 2000.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA – Resolução n° 1638, 2002.
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS – SUS Fácil MG, Central de Regulação.
Belo Horizonte, Superintendência de Regulação, 2006.
TEXTO DE APOIO 3
As Redes de Atenção de Urgência e Emergência
27
É visão da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais que a população viva mais e
melhor. Viver mais significa reduzir os Anos Vida Perdidos (Years of Life Lost – YLL) e viver
melhor significa diminuir os Anos Vividos com Incapacidade (Disability Adjusted Life Years –
DALY).
As principais causas de YLL são causas externas e doenças cardiovasculares.
DOENÇA
YLL (em mil)
%
%Ac
Doença Isquêmica Coração
158
9,2
9,2
Doenças Cerebrovasculares
144
8,4
17,6
Violências
111
6,5
24,1
Acidentes de trânsito
86
5,0
29,1
Infecções V. A. Inferiores
68
4,0
33,0
Doenças Hipertensivas
63
3,7
36,7
Diabetes mellitus
59
3,5
40,2
Asfixia / Traumatismo Nascer
57
3,3
43,5
Cirrose Hepática
56
3,3
46,8
D. Inflamatórias Coração
43
2,5
49,3
A Rede de Atenção em Urgência e Emergência, portanto, vai priorizar estes dois grandes focos.
Outros grupos de doenças e agravos caracterizados como U&E necessitam geralmente de
menor adensamento tecnológico e estes episódios terão sua atenção acompanhando estas
duas prioridades.
REDE DO TRAUMA
Segundo Chiara (2007), em estudo de 15 742 óbitos na Itália por trauma, a morte ocorre em
três picos:
1º - No local do acidente em 45,8% dos casos, onde nenhuma ação da Rede tem relevância a
não ser documentar a ocorrência para ações de outras estruturas governamentais;
2º - Nas primeiras 24 horas (30%), quando o paciente tem que ser levado para o lugar certo e
no momento certo.

Isto significa o mais rapidamente possível para o Ponto de Atenção ou hospital de
adensamento tecnológico adequado. Fundamental será, portanto, a estruturação da Rede
do Trauma;
3º - Da segunda à quarta semana por complicações da Terapia Intensiva.
REDE CARDIOVASCULAR
A mortalidade pelo infarto está ligada à fração de ejeção que se associa ao miocárdio viável
que, no evento isquêmico, se beneficia do tempo entre o sintoma e o tratamento de
reperfusão quer por trombolítico, quer por angioplastia primária. A angioplastia primária se
mostra superior ao trombolítico se contemplados critérios clínicos e operacionais, mas o que
não se discute é que quanto mais precoce a reperfusão, menor a morbimortalidade. (European
Heart Journal (2003)24,21-23; ACC / AHA, 1999; JACC Vol. 50, No. 16, 2007, October 16,
2007:1612–6).
O manejo de pacientes com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico inclui abordagem
multidisciplinar desde seu primeiro contato com os Serviços de Emergência, passando pela
admissão no Hospital, criação de Unidades de AVC e reabilitação. A administração precoce de
Ativador de Plasminogênio tissular recombinante (rtPA) é a intervenção terapêutica de
28
emergência mais benéfica nos casos de AVC-I (Stroke, 2007;38). Deve ser feita, entretanto,
até a 3ª hora do sintoma respeitando as contra-indicações e seu uso só poderá ser difundido
se criarmos uma Rede para o AVC que inclui pactuação pelo menos entre SAMU, Hospitais,
equipe médica e radiologia, além dos gestores municipais, estaduais e hospitalares.
O SISTEMA LOGÍSTICO E A REDE DE DCV
À Central de Regulação e ao transporte sanitário, no caso o SAMU, caberá o reconhecimento
de pacientes com muito provável infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de STs
(dor típica e supra de STs em duas ou mais derivações consecutivas ou BRE) detectado por
ECG que seria feito no local do evento e transmitido em tempo real para a Central de
Regulação para ser avaliado pelo médico regulador. Esta Central, então, encaminhará o
paciente não para o Hospital mais próximo, mas para o que tiver pactuação e disponibilidade
de fazer a reperfusão conforme protocolo (Circulation.2007;116;721-8).
No caso de paciente com déficit focal agudo, o paciente seria levado sem escala para
tomografia com simultânea avaliação neurológica na tentativa de se usar trombolítico
conforme protocolo.
A LINGUAGEM ÚNICA - A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
A linguagem única será a da Classificação de Risco na Urgência e Emergência. O que se deseja
é um protocolo confiável, reprodutível, com definições comuns, metodologia sólida e que
defina a prioridade de atendimento por gravidade clínica. Ele se desdobrará em pactuações
para formação das Redes de Atenção, em organização dos espaços físicos dos Serviços de
Urgência, além de construção dos fluxos e dos processos de trabalho.
O Protocolo de Classificação de Risco de Manchester, tradução do Manchester Triage System é
amplamente usado na Europa incluindo Reino Unido, Portugal, parte da Espanha, Alemanha,
Suécia, Holanda e parte da Itália além da Austrália. Foi usado em dezenas de milhões de
pessoas nos Serviços de Urgência, tem sua 1ª edição em 1996 e a 2ª em 2005. Pode ser
usado em qualquer Ponto de Atenção (Atenção Primária, Secundária e Terciária) e contempla
Clínica Médica incluindo Saúde Mental, Pediatria, Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia. Pode ser
usado por telefone com médico experiente em U&E. É um documento objetivo, com estudo
multicêntrico, validado, auditável, de controle médico. Trabalha com determinantes e
algoritmos e não com diagnósticos. A consistência do método é tal que independente da
escolha do algoritmo clínico o resultado final será igual em termos de prioridade clínica e o
sistema depende somente da disciplina na sua aplicação. O método tem uma precisão
relativamente alta (80%) e quando não acerta ele superestima. É rápido e informatizável.
OS NÍVEIS DOS HOSPITAIS
Os Hospitais de Trauma podem ser caracterizados em 03 níveis, a saber:
 Nível 01 – Centro Especializado do Trauma (CET): deve ser referência para 01 a 1,5
milhões de habitantes e possuir:
Equipe de cirurgiões de trauma
Sala de Emergências
Radiologia (TCscan, Angio),
Emergencista,
Anestesiologia,
Ortopedia,
Neurocirurgia,
Agência transfusional,
Cirurgia vascular, torácica, cardíaca, pediátrica, plástica, bucomaxilo, reimplante.
 Nível 02 – Centro de Trauma: um para cada um a dois CET:
29
Equipe de cirurgiões de trauma
Sala de Emergências,
Radiologia (TC scan),
Bloco Cirúrgico 24 h,
Emergencista,
Anestesista,
Ortopedista,
Laboratório,
Banco de Sangue
 Centro de Estabilização: em áreas remotas:
Emergencista,
Cirurgião Geral
Radiologista,
Anestesiologista,
Centro de Tratamento Intensivo;
Capacidade transfusional.
Os Hospitais de Doença Cardiovascular, em analogia com os do Trauma seriam também
classificados em 03 níveis:
 Nível 01 – Centro Especializado DCV: um para cada 600 a 800 mil habitantes:
Equipe de hemodinamicistas (IAM + AVC);
Cirurgião Geral
Sala de Emergências
Radiologia (TCscan, Angio),
Emergencista,
Anestesiologia,
Neurocirurgia,
Agência transfusional,
Cirurgia vascular, torácica, cardíaca.
 Nível 02 – Centro de DCV: um para cada um a dois Centros especializados DCV:
Equipe hemodinamicistas;
Cirurgião Geral 24 h
Sala de Emergências,
Radiologia (TC scan, Angio),
Bloco Cirúrgico 24 h,
Emergencista,
Anestesista,
Laboratório,
Banco de Sangue
 Centro de Estabilização: em áreas remotas, os mesmos do Trauma.
Pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, um Hospital está apto a ser referência em
hemodinâmica (tem qualidade) quando apresentam escala mínima:
30
Hemodinamicistas com
o
> 75 exames eletivos / ano
o
> 11 angioplastias por IAM c/ supra STs / ano
Centros com:
o
> 400 exames eletivos / ano
o
> 36 angioplastias por IAM c/ supra STs / ano
o
Bloco de cirurgia cardíaca no mesmo prédio
31
Infarto Agudo do Miocárdio com supra STs
Hospital
com hemodinâmica
NÃO
Hospital
sem hemodinâmica
SIM
Tempo porta-balão < 90 min
E
Tempo de atraso < 60 min
Tempo sintomas
< 1h
NÃO
SIM
NÃO
SIM
Tempo porta-balão > 90 min
OU
Tempo de atraso > 60 min
Tempo sintomas
1 - 3h
Angioplastia
SIM
NÃO
Trombolítico
SIM
UTI ou UCo
Tempo sintomas
> 3h
SIM
Tempo transferência
>30 min
Tempo transferência
<60 min
NÃO
Tempo transferência
<30 min
SIM
NÃO
Tempo transferência
>60 min
SIM
SIM
Transferência para angioplastia
Transferência para angioplastia
ou trombollítico
32
Déficit neurológico focal agudo
Chamar 192
Déficit > 3h
SIM
NÃO
Déficit < 4,5h
Hospital nível 1 ou 2
Avaliação neurológica
Hospital nível 1
TC encéfalo
TC encéfalo
AVC isquêmico
Unidade AVC
NÃO
SIM
Contra-indicação
trombólise
AVC
Hemorrágico
NÃO
Ainda < 4,5h déficit
SIM
SIM
NÃO
SIM
Unidade AVC
Trombólise
33
Transporte / Pactuações de Urgência
Trauma maior
ECG < 13
PAS < 90
FR < 10 ou > 29 (< 20 se criança < 1 ano)
SIM
NÃO
Hospital Nível 1 ou 2
ou estabilização no
Hospital Nível 3
FERIDA PENETRANTE
Cabeça, pescoço, tronco,
extremidades proximais, (cotovelo e joelho).
Perfuração pulmonar
2 ou mais fraturas próximas de ossos longos
Esmagamento mutilação, perda de pele das extremidades
Amputação proximal do pulso ou tornozelo
Fratura da pelve
Fratura exposta ou depressiva no crânio
Paralisia
SIM
NÃO
Queda
Adulto > 3 a 10 m
Criança > 3 m ou 2 a 3 vezes a altura
Acidente automobilistico de alto risco
Abaulamento > 30 cm no lado do ocupante
Abaulamento > 45 cm em qualquer outra parte do veiculo
Ejeção do automóvel
Morte de outro passageiro
Velocidade > 60 Km/h
Atropelamento > 30 Km/h
Acidente moto > 30 Km/h
SIM
Hospital de
Referência
(1, 2 ou 3)
NÃO
▪ Idade > 55 anos
▪ Crianças
▪Distúrbio de coagulação e sangramento
▪Queimaduras
▪ Lesão de extremidade com risco de tempo
▪Dialítico
▪Gravidez > 20 semanas
▪Avaliação do Regulador
SIM
Hospital de
Referência
NÃO
Transporte conforme Protocolo
34
TEXTO DE APOIO 4
O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
2
Alguma forma de triagem sempre foi feita em serviços de urgência e emergência
em nosso meio, seguindo, no entanto, a lógica da exclusão. Triagem significa classificação ou
priorização de itens e classificação de risco não pressupõe exclusão e sim estratificação.
A expectativa de acesso rápido ao atendimento médico é crescente em nossa população,
embora os Pronto-Socorros (OS) não disponham de estrutura física, recursos humanos nem de
equipamentos adequados para atendimento de tal demanda. A regulação desse atendimento
como resposta à maior demanda de saúde constitui instrumento necessário de ordenação e
orientação da assistência.
O manejo da classificação de risco requer equipes com experiência em urgência e emergência
e que sejam especificamente qualificadas para identificar necessidades e prioridades do
paciente e para avaliação correta dos sinais e sintomas estabelecidos no protocolo.
O objetivo do acolhimento com classificação de risco é melhorar o atendimento nas portas de
entrada de urgência e emergência. Para tanto, é necessário:
 Pactuar instrumento baseado em situações/queixa para possibilitar classificação por
gravidade ou grau de sofrimento, identificando prontamente urgências e emergências –
condições de risco de perder a vida.
 Não constituir-se em instrumento de diagnóstico.
 Determinar prioridade para atendimento médico, hierarquizando-o conforme a gravidade:
quem deve ser atendido antes e quem pode aguardar atendimento com segurança.
Considerar-se-á a o tempo em que intervenção médica possibilitará melhor resultado.
Reavaliações estão previstas e poderão alterar a classificação.
 Organizar processo de trabalho e espaço físico do Pronto Socorro, diminuir ocorrência de
superlotação, informar os pacientes e familiares sobre expectativa de atendimento e tempo
de espera.
 Esclarecer à comunidade a forma de atendimento nas urgências e emergências.
 Pactuar guia de treinamento das equipes na implementação da Classificação de Risco nas
portas de entrada de urgência e emergência.
 Constituir documento de referência do Ministério Público para controle de atendimento dos
casos de urgência e emergência.
Como critérios de classificação deverão ser considerados: os determinantes que são situações,
queixas, sinais e sintomas.
Os resultados esperados após a implementação da classificação de risco são:
 Diminuição do risco de mortes evitáveis,
 Extinção da triagem por porteiro ou funcionário não qualificado,
 Priorização de acordo com critérios clínicos e não por ordem de chegada,
 Obrigatoriedade de encaminhamento responsável, com garantia de acesso à rede de
atenção,
 Aumento da eficácia do atendimento,
 Redução do tempo de espera,
 Detecção de casos que provavelmente se agravarão se o atendimento for postergado,
 Diminuição da ansiedade
2
Mafra AA, Shimazaki ME, Rates SMM, Rocha MOC.
35
 Aumento da satisfação
interpessoais,
dos
profissionais
e
usuários,
com
melhoria
das
relações
 Padronização de dados para estudos e planejamento de ações.
O cidadão que chegar ao Ponto de Atenção de Urgência e Emergência (Pronto Socorro, Pronto
Atendimento, Hospital Microrregional, Macrorregional, de Pequeno Porte, de Saúde da Família
ou Unidade Básica de Saúde) será atendido prontamente pela Equipe de Acolhimento. A
Equipe de Classificação receberá o paciente, fará avaliação breve da situação, e a classificará
em prioridades usando protocolo padronizado. Registrará a avaliação e encaminhará o paciente
ao local de atendimento.
Para a avaliação do paciente, considerar: queixa, início, evolução e duração, aparência física,
resposta emocional, escala de dor. Registrar itens solicitados no protocolo. Classificar
prioridade.
O modelo de classificação deverá conter o nome do paciente, data, horário, situação – queixa
de apresentação, fluxograma escolhido, determinante, dados vitais se solicitados no protocolo,
prioridade de atendimento, reavaliações, nome do enfermeiro, assinatura. ’
A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos usuários que necessitam
de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de
sofrimento. A partir deste processo de classificação, os casos poderão ser categorizados por
prioridades – 1, 2, 3, 4 e 5 associadas um sistema de cor – vermelha, laranja, amarela, verde
e azul.
Quadro 1 – Determinantes Sistema de Manchester
DETERMINANTES GERAIS
Obstrução de vias aéreas
Respiração inadequada
Hemorragia exangüinante
Choque
VERMELHO
Convulsionando
Criança irresponsiva
Hemorragia maior incontrolável
Alteração da consciência
Criança febril
LARANJA
Esfriamento
Dor intensa
Hemorragia menor incontrolável
História de inconsciência
Adulto febril
AMARELO
Dor moderada
Febre baixa
Problema recente
VERDE
Dor leve recente
AZUL
36
PRIORIDADE 1 - VERMELHO:
 O usuário classificado como vermelho necessita de ressuscitação imediata.
 Deve ser categorizado como caso de emergência absoluta.
 O paciente está em ameaça à vida ou iminência de rápida deteriorização;
 A avaliação e o tratamento são simultâneos e imediatos;
 O transporte deve ser realizado prioritariamente pelo SAMU.
 O ponto de atenção com competência para estes usuários é o pronto-socorro e o acesso
deve ser garantido de forma imediata. O atendimento inicial, entretanto é da
responsabilidade do serviço onde o paciente se apresentar.
PRIORIDADE 2 - LARANJA:
 O usuário classificado como laranja deve ser categorizado como caso muito urgente;
 São pacientes com risco potencial de perder a vida ou função de membro.
 Este atendimento é prioridade e os primeiros cuidados são em até 10 minutos;
 O transporte deve ser realizado prioritariamente pelo SAMU.
 O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é o prontosocorro e o acesso deve ser imediato.
 O atendimento inicial também é da responsabilidade do serviço onde o paciente se
apresentar.
PRIORIDADE 3 - AMARELO:
 São condições que potencialmente poderiam progredir para agravos importantes;
 A situação/queixa pode estar associada a intenso desconforto ou estar afetando as
atividades da vida diária.
 Deve ser categorizado como caso de Urgência.
 Este atendimento é prioridade, em até 60 minutos;
 O transporte sanitário deve ser acionado.
 O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é o prontoatendimento;
 O atendimento inicial é da responsabilidade do serviço onde o paciente se apresentar.
PRIORIDADE 4 - VERDE:
 O usuário classificado com prioridade verde caracterizado como Pouco Urgente e
precisa de priorização de atendimento na Unidade Básica se ela estiver estruturada
para tal.
 São situações associadas à idade do paciente, desconforto ou possíveis complicações
que seriam atenuadas com atendimento mais precoce.
 Este atendimento ou consulta deve ser priorizada para o mesmo turno, após os
primeiros cuidados e medidas necessárias nos casos de emergência e de urgência.
 O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é a Unidade
Básica de Saúde.
PRIORIDADE 5 - AZUL:
 O usuário classificado com prioridade 5 é caracterizado como não urgente.
37
 Este atendimento ou consulta pode ser agendada ou realizada de imediato, caso haja
disponibilidade.
 O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é a Unidade
Básica de Saúde.
MATRIZ 1 – COMPETÊNCIA DOS PONTOS DE ATENÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
NÍVEL DE
ATENÇÃO
PONTO DE
ATENÇÃO
PRIMÁRIA
CallCenter
“Alô SUS”
(número único)
COMPETÊNCIA DO
PONTO DE ATENÇÃO

Classificar o risco; orientar; ativar a
ambulância.
Município
Domicílio

Identificar sinais de alerta; adotar
atitudes de prevenção; acionar o 192
Município
Unidade Básica de
Saúde/PSF

1º atendimento para vermelho,
laranja e amarelo
Atendimento para verde e azul
1º atendimento para vermelho,
laranja e amarelo
Atendimento para vermelho, laranja
e amarelo de acordo com os
protocolos
Atendimento para amarelo e verde
Atendimento para azul, fora do horário
de funcionamento da UBS
1º atendimento para vermelho e
laranja
Atendimento para amarelo e verde
Atendimento para azul, fora do horário
de funcionamento da UBS
1º atendimento para vermelho e
laranja
Atendimento para vermelho e laranja
de acordo com os protocolos
Atendimento para amarelo e verde
Acolhimento para azul
1º atendimento para vermelho e
laranja
Atendimento para vermelho e laranja
de acordo com os protocolos
Atendimento para amarelo e verde
Acolhimento para azul
Atendimento referenciado segundo
protocolo
Atendimento a vermelho, laranja e
amarelo
Atendimento a vermelho, laranja e
amarelo


Hospital de Menor
Porte ou Municipal
ou regional




Unidade de
Urgência não
Hospitalar *


SECUNDÁRIA

Hospital
Microrregional sem
UTI




Hospital
Microrregional
com UTI




TERCIÁRIA
TERRITÓRIO
SANITÁRIO
Município
Município
Município
acima de
200.000
habitantes
Microrregião
Microrregião
SAMU

SAMU

Pronto Socorro
Hosp. Macro

Atendimento a vermelho, laranja e
amarelo
Macrorregião
Hospital
Macrorregional

Atendimento a vermelho, laranja e
amarelo
Macrorregião
Microrregião
Macrorregião
38
MATRIZ 2 - DESCRIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS PARA CADA SITUAÇÃO
CÓDIGO
COMPETÊNCIA
1° atendimento
VERMELHO
LARANJA
AMARELO
Estabilização
DESCRIÇÃO
Medidas para manutenção da vida.
Ex. entubação orotraqueal, linha de acesso venoso,
glicose hipertônica, diazepan.
1° atendimento seguido de tratamento inicial.
Ex. sutura, cristalóide, ventilação mecânica,
hemotransfusão.
Atendimento
Completa abordagem propedêutica e terapêutica.
1° atendimento
Medidas para sofrimento intenso ou para evitar rápida
deterioração.
Ex. linha de acesso venoso, sintomáticos, cristalóide,
sutura.
Estabilização
1° atendimento seguido de tratamento inicial
Ex. estreptoquinase.
Atendimento
Completa abordagem propedêutica e terapêutica.
1° atendimento
Medidas para sofrimento ou para evitar deterioração.
Ex. linha de acesso venoso, sintomáticos, cristalóide,
sutura.
Atendimento
Completa abordagem propedêutica e terapêutica.
Encaminhamento
Conforme e se pactuado.
Atendimento
Propedêutica e terapêutica.
Encaminhamento
Conforme e se pactuado.
Atendimento
Propedêutica e terapêutica.
Encaminhamento
Conforme e se pactuado.
VERDE
AZUL
39
Download