para Conhece-las... - Apae de Campo Belo

Propaganda
CONHECENDO AS DEFICIÊNCIAS
TRABALHADAS PELA APAE
Deficiência Auditiva
O que é? É o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os
sons.
São as principais causas das deficiências auditivas:
Condutiva: acúmulo de cera, ou corpo estranho no conduto auditivo, otites (infecções) e perfurações
da membrana timpânica;
Neurossensorial: fatores hereditários; infecções maternas por rubéola, citomegalovírus, herpes,
toxoplasmose; uso de drogas e alcoolismo durante a gestação; irradiação (raios-X), toxemia,
diabetes, prematuridade, traumas no parto, icterícia grave (do recém nascido); meningite, sarampo,
caxumba, drogas ototóxicas (medicamentos) perda auditiva por ruído (PAIR).
Mista: alteração auditiva condutiva e neurossensorial juntas.
Como é tratada? Geralmente a perda auditiva condutiva, é tratada com medicamentos e/ou
cirurgias reparativas, portanto ela é reversível.
Quando a deficiência auditiva é sensório–neural, o tratamento, geralmente, é por meio de um
aparelho de amplificação sonora individual (AASI). É necessário realização de exames e
acompanhamento otorrinolaringológico, fonoaudiológico e psicológico, se necessário. Essa perda
auditiva é irreversível.
Deficiência Mental
O que é? É o funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação
antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais
como: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e
segurança, habilidades acadêmicas, lazer, trabalho.
Como é tratada? O tratamento e a reabilitação dos portadores de transtornos mentais,
encaminhados pela atenção básica, deverão ser articulados a partir dos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), regulamentados em três níveis de complexidade: CAPS Infantil, CAPS
Álcool e CAPS Drogas, conforme portaria do Ministério da Saúde, nº. 336/02. Ainda é
complementado por tratamento farmacológico e psicoterapêutico.
Hidrocefalia
A Hidrocefalia, também conhecida vulgarmente como "água na cabeça", é uma condição na qual há
líquido cérebro-espinhal (líqüor) em excesso ao redor do cérebro e da medula espinhal. O líquido
cérebro-espinhal atua como uma almofada para o cérebro e a medula espinhal, suprindo de
nutrientes e eliminando escórias (produtos degradados).
Quadro Clínico: Em crianças, os sintomas incluem: cabeça grande que cresce rapidamente; uma
dilatação macia e "inchada" em cima da cabeça (fontanela anterior dilatada); irritabilidade; ataques
epiléticos; retardo no desenvolvimento físico e mental. Nas crianças mais velhas e em adultos, os
sintomas incluem: dor de cabeça; dificuldade para caminhar; perda das habilidades físicas; mudança
de personalidade; diminuição da capacidade mental.
Tratamento: As intervenções cirúrgicas são o principal tratamento.
Microcefalia
Definição: Na microcefalia, a cabeça da criança tem o tamanho abaixo da média, quando
comparada a crianças da mesma idade e do mesmo sexo, ou seja, do que 42 cm de circunferência no
crescimento completo. A microcefalia se deve, com freqüência, à incapacidade de o cérebro crescer
em velocidade normal. Condições e doenças que afetem o crescimento do cérebro são responsáveis
pela microcefalia. Muitas vezes, ela está associada a algum grau de retardo mental.
Tratamento: O tratamento reúne uma equipe multiprofissional: médico, fisioterapeuta, terapeuta
ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social e, principalmente, a família, que será
orientada por esses profissionais quanto ao manuseio e cuidados com essas crianças em casa. Todos
esses profissionais visam a uma melhor qualidade de desenvolvimento e vida da criança com
microcefalia.
Síndrome Down
O que é? Um atraso no desenvolvimento, das funções motoras do corpo e das funções mentais, o
bebê é pouco ativo e molinho o que se denomina hipotonia. A hipotonia diminui com o tempo,
conquistando, o bebê, mais lentamente que os outros, as diversas etapas do desenvolvimento, como
por exemplo: sustentar a cabeça, virar-se na cama, engatinhar, sentar, andar e falar.
Causas: A causa da Síndrome de Down é a trissomia do cromossomo 21. É um acidente genético.
Esse erro não está no controle de ninguém.
Características: Apresenta hipotonia, dificuldade para sugar, engolir, sustentar a cabeça e os
membros; abertura das pálpebras é inclinada com a parte externa mais elevada, e a prega, no canto
interno dos olhos, é como nas pessoas da raça amarela; possui língua protusa (para fora da boca);
apresenta rebaixamento intelectual, estatura baixa, 40% dos casos possuem cardiopatias.
Tratamento: Até o momento não há cura. A Síndrome de Down é uma anomalia das próprias
células, não existindo drogas, vacinas, remédios, escolas ou técnicas milagrosas para curá-la.
Com os portadores da Síndrome de Down deverão ser desenvolvidos programas de estimulação
precoce com a equipe clínica (fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo) que
propiciem seu desenvolvimento motor e intelectual, iniciando-se com 15 dias após o nascimento.
Paralisia Cerebral
Conceito: Paralisia Cerebral (P.C.), é uma deficiência motora causada por uma lesão no cérebro
(que ocorre no Sistema Nervoso Central, dentro da cabeça), tendo como conseqüência um problema
irreversível, não progressivo, que altera a coordenação motora, o equilíbrio e/ou a fala,
retarda/atrasa ou impossibilita o desenvolvimento normal da criança, podendo vir ou não
acompanhado de deficiência mental ou sensorial.
Causas: As mais encontradas são: infecções ou traumatismos pré-natais, perinatais ou pós-natais.
Sintomas: Os sintomas mais comuns encontrados nas Paralisias Cerebrais são: dificuldade/
resistência ao alongamento da musculatura tensa, musculatura contraída, a criança é difícil de ser
movimentada. Podem surgir movimentos involuntários (movimentos que não se deseja fazer
naquele momento, e/ou daquela forma) e acontecer de não se conseguir segurar dentro da boca e/ou
engolir a saliva, como o esperado. Também podemos perceber que a criança vai crescendo e ela não
consegue segurar a cabeça, rastejar, mudar de posição sozinha, rolar, sentar, ficar de joelhos,
segurar um brinquedo, passar um objeto de uma mão para outra, emitir sons pela boca, palavras,
entre outros vários.
Prevenção: A prevenção da Paralisia Cerebral envolve aspectos os mais diversos, que consistem
principalmente em: evitar casamentos consangüíneos (com pessoas da mesma família); fazer prénatal antes e durante toda a gravidez; não ingerir bebidas alcoólicas; não usar drogas e evitar o uso
de qualquer medicamento que não seja orientado pelo médico; não fumar e evitar contato com
fumantes; evitar situações conflitantes que possam levar ao “stress”; procurar assistência hospitalar
no momento do parto; procurar atendimento com geneticista se houver caso semelhante na família;
interessar-se pelo resultado do exame do “pezinho” do recém-nascido; evitar contato com metais
pesados, tais como chumbo e mercúrio e também as radiações; estabelecer uma dieta adequada
durante a gravidez e lactação (amamentação), obedecendo aos horários de alimentação e sono;
participar de programas de planejamento familiar. Todos estes pontos acima citados são de grande
importância para uma boa gestação e um bom desenvolvimento do feto/criança.
Tratamento: O tratamento inclui uma equipe de vários profissionais, entre eles a Pediatra,
Neuropediatra, Neurologista, Neurocirurgião, Ortopedista, Fisiatra, Urologista, Oftalmologista,
Otorrinolaringologista, Pneumologista, Gastroenterologista, Psiquiatra, Geneticista, Assistente
Social, Pedagogo, Professor, Nutricionista, Dentista, Psicólogo, Fonoaudiólogo, Terapeuta
Ocupacional e Fisioterapeuta.
Autismo
Definição: Transtorno definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometimento
nas áreas de interação social, comunicação e comportamento, manifesta-se antes dos 3 anos de
idade e ocorre mais frequentemente em meninos.
Tratamento: O tratamento convencional de crianças autistas consiste em: psicoterapia individual
ou de grupo, como ludoterapia ou musicoterapia, terapia familiar, modificação do comportamento,
educação especial, tratamento medicamentoso, entre outras.
O programa educacional ou método TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças
com Déficit Relacionados a Comunicação) tem se mostrado como um dos mais eficazes e é
utilizado na APAE de Campo Belo.
Este método consiste numa avaliação que revela o potencial, as habilidades e interesses do aluno e
suas áreas de comprometimento. Desenvolve-se um ensino individualizado compatível com cada
caso, através da organização do meio físico e com uma rotina previsível que possibilite um
ambiente menos confuso e uma minimização dos problemas de comportamento. É importante o
trabalho em conjunto de uma equipe multidisciplinar e da família.
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
O que é: é um transtorno neurobiológico, de alta prevalência em crianças, adolescentes e adultos
caracterizado por três grupos de sintomas: a desatenção (dificuldade para manter a atenção em
tarefas ou atividades lúdicas; parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguir
instruções e não terminar tarefas escolares ou domésticas; dificuldade em organizar tarefas), a
hiperatividade (estar freqüentemente “a mil” ou “a todo o vapor”; e falar em demasia) e a
impulsividade num padrão persistente, mais freqüente e severo do que o normalmente observado
em outras crianças da mesma idade, causando grande prejuízo no desenvolvimento global da
criança, na vida escolar, nos relacionamentos e na vida profissional do adulto.
Tratamento
O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, coordenando um trabalho que envolva
profissionais das áreas médicas, saúde mental e pedagógica, em conjunto com os pais. A
psicoterapia individual de apoio deve ser indicada para abordagem dos transtornos associados. O
tratamento medicamentoso adequado é fundamental no manejo do transtorno.
Download