UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ” Departamento de Ciências Biológicas BIOQUÍMICA ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS DOCENTES: Prof. Dr. Daniel Sherer de Moura Profa. Dra. Helaine Carrer Prof. Dr. Luiz Antônio Gallo Prof. Dr. Luiz Carlos Basso Técnica Responsável: Aline Borges Piracicaba - SP 2015 SUMÁRIO AULAS pg 1. Colorimetria e Espectrofotometria 03 2. Determinação de Lactose no leite 07 3. Cromatografia em Papel de Filtro 11 4. Determinação do Teor de Caseína no leite (Reação do Biureto) 16 5. Determinação da Constante de Michaelis (Km) e da Velocidade máxima (Vm) para a Invertase de Levedura 6. Reação de Hill (Fotólise da água) 19 23 2 COLORIMETRIA E ESPECTROFOTOMETRIA 1. OBJETIVOS Dosagens de espécies químicas mediante a absorção de luz. 2. FUNDAMENTOS DO MÉTODO A Colorimetria e a Espectrofotometria podem ser conceituadas como um procedimento analítico através do qual se determina a concentração de espécies químicas mediante a absorção de energia radiante (luz). A luz pode ser entendida como uma forma de energia, de natureza ondulatória, caracterizada pelos diversos comprimentos de onda (, expressos em m ou nm) (Figura 1) e que apresenta a propriedade de interagir com a matéria, sendo que parte de sua energia é absorvida por elétrons da eletrosfera dos átomos constituintes das moléculas. Figura 1. Espectro de absorção de luz em diversos comprimentos de onda (). Uma solução quando iluminada por luz branca, apresenta uma cor que é resultante da absorção relativa dos vários comprimentos de onda que a compõem, que pode ser analisados por um espectrofotômetro (Figura 2). Esta absorção, em cada comprimento de onda, depende da natureza da substância, de sua concentração e da espessura da mesma que é atravessada pela luz. Figura 2. Componentes e funcionamento de um espectrofotômetro para análise da absorção de um determinado comprimento de onda específico de uma solução. 3 A Lei de Lambert-Beer: a absorbância é proporcional à concentração da espécie química absorvente, sendo constante o comprimento de onda, a espessura atravessada pelo feixe luminoso e demais fatores. Verifica-se uma relação linear entre absorbância ou densidade ótica e concentração, e de uma relação logarítmica entre transmitância e concentração. c = concentração da espécie química absorvente b = espessura atravessada pelo feixe luminoso Io= intensidade de luz incidente I = intensidade de luz emergente (transmitida) I < Io Io (absorbância ou densidade ótica) I A Transmitância ou Transmissão (T%) corresponde a: I Io I T = 100 x Io 100 T Ab = D.O. = K.b.c = log I T como, Io , temos que : = Io 100 I Io portanto, log T 100 = I logo, 100 = log T Ab = log 100 - log T Ab = 2 – log T 4 3. MATERIAL Espectrofotômetro com cubetas Micropipetas de 1 mL Estante com tubos de ensaio Alaranjado de Metila (10µg/mL) Azul de Bromofenol (10µg/mL) 4. PRÁTICA A. Coleta de dados para a construção do espectro de absorção: Alaranjado de Metila ou do Azul de Bromofenol (um composto para cada grupo). Usando água destilada como referência, efetuar as leituras de Absorbância (ou D.O.) do Alaranjado de Metila (nos seguintes comprimentos de onda: 400, 420, 440, 460, 480, 500, 520, 550, 600, 650 e 700 nm) ou Azul de Bromofenol (nos seguintes comprimentos de onda: 400, 440, 490, 520, 540, 565, 580, 590, 620, 660 e 700 nm) Tabela 1. Dados de Transmitância e Absorbância do Corante: corante analisado pelo grupo Alaranjado de Metila (10 µg/mL) λ T Ab (nM) (%) (2-logT) 400 440 460 480 500 520 Azul de Bromofenol (10 µg/mL) λ T Ab (nM) (%) (2-logT) 400 490 520 540 560 580 5 550 600 700 590 620 700 Gráfico 1. Espectro de absorção do corante analisado. 6 B. Demonstração da Lei de Lambert-Beer: Preparar 6 tubos de ensaio (enumerados de 0 a 5) conforme o quadro que se segue. O tubo n 6 estará contendo solução do corante com concentração desconhecida, a qual deverá ser determinada através da Lei de Lambert-Beer. o Tabela 2. Preparo dos padrões de corante e dados de Transmitância e Absorbância. Tubo (No) 0 1 2 3 4 5 6 Água Corante* (mL) (mL) 5 0 4 1 3 2 2 3 1 4 0 5 5 mL da solução de concentração desconhecida [Corante] (g/mL) Transmitância (T%)** Absorbância (Abs Ou D.O.) Encontrar no gráfico X = * Alaranjado de Metila ou Azul de Bromofenol na concentração de 10 µg/mL. ** Leituras efetuadas no comprimento de onda que corresponde ao pico de absorção do composto ( máximo). Gráfico 2. Correlação dos valores de Absorbância (Y) e Concentração do corante analisado (X). 7 Questionário: 1) Construir os gráficos do espectro de absorção do outro corante avaliado (Azul de Bromofenol ou Alaranjado de Metila). Utilizar os dados obtidos em aula e do grupo ao lado da bancada. 2) Explicar a importância de se obter este o pico de absorção de um composto químico para quantificação por espectrofotometria. 3) Construir o gráfico com os dados da Tabela da 2ª Etapa da aula prática (observado pelo seu grupo) utilizando papel milimetrado. Com o gráfico, considere que foram testadas em aula mais três soluções de concentrações desconhecidas do corante analisado e foram obtidos os seguintes valores de Transmitância (Tabela abaixo). Defina as concentrações desconhecidas e indicar qual das amostras tem maior concentração de corante. (Indicar no Gráfico, no eixo x, os pontos X, Y e Z). Tubos 6 7 8 Corante Água destilada (mL) (mL) 5 mL de solução X de corante 5 mL de solução Y de corante 5 mL de solução Z de corante T% no λ max. Ab. λ max. Conc. Final (µg/mL) 32,7 34,5 50,4 8 DETERMINAÇÃO DE LACTOSE NO LEITE (MÉTODO DE SOMOGY & NELSON) 1. OBJETIVO Determinar a concentração de lactose (açúcar redutor) no leite conservado em geladeira e mantido à temperatura ambiente empregando o método de Somogyi &Nelson. 2. FUNDAMENTOS DO MÉTODO Carboidratos que apresentam em sua estrutura molecular os grupos aldeído ou cetona livres (no carbono 1), possuem poder redutor e são por isso denominados açucares redutores. Geralmente, estes açúcares são monossacarídeos ou dissacarídeos que podem ser oxidados por agentes oxidantes relativamente suaves, tais como os íons férricos (Fe3+) e cúprico (Cu2+). Estes íons, por sua vez, são reduzidos pela ação dos açúcares redutores (agentes redutores). No açúcar, o carbono do grupo carbonila é oxidado a carboxila. É possível determinar a concentração de um açúcar redutor pela medida da quantidade de agente oxidante que é reduzido pela solução desse mesmo açúcar. A lactose (Figura 1A) é o principal carboidrato do leite, produzida pela glândula mamária, sendo ainda a principal fonte de energia dos recém nascidos. Além disso, a lactose é um dissacarídeo redutor, que reduz o íon cúprico do Reativo de Somogyi a óxido cuproso, em meio alcalino e a quente. Em seguida, o óxido cuproso reage com o ânion arseno-molibdato do Reativo de Nelson produzindo um composto de coloração azul - óxido de molibdênio, Mo2O3, com λ máx.= 540 nm (Figura 1B). Dentro de certos limites, a intensidade da coloração azul é diretamente proporcional à quantidade de lactose no leite. Essa intensidade de coloração pode ser medida utilizando-se um espectrofotômetro, que detecta a absorção de luz pelo óxido de molibdênio. Figura 1. (A) Estrutura molecular do dissacarídeo lactose (β-galactose 1,4 α-glicose), evidenciando o carbono 1 contendo o grupo aldeído da glicose, envolvido em ligação hemiacetal (região redutora). (B) Reações envolvidas no método de Somogyi & Nelson, mostrando a formação do óxido de molibdênio, Mo2O3, um composto de coloração azul, com máx.= 540 nm. Antes da reação quantitativa, a amostra de leite deve ser desproteinizada e clarificada, mediante precipitação de interferentes com Ba(OH)2 e ZnSO4. 9 3. MATERIAL Espectrofotômetro Centrífuga de mesa Banho-maria (ebulição) Balão volumétrico de 100 mL Estante com 8 tubos de ensaio e 2 tubos de centrífuga Micropipetas de 1mL Hidróxido de bário 0,3N Sulfato de zinco 5% Reativo de Somogyi: dissolver 28 gramas de fosfato de sódio dibásico ou monoácido e 40 gramas de tartarato duplo de sódio e potássio em 700 ml de água. Adicionar 100 ml de NaOH 1N. Gotejar, sob agitação constante, 80 ml de CuSO4.5H2O a 10%. Adicionar 180 gramas de sulfato de sódio anidro e completar a 1 litro. Deixar em repouso por 2 dias e filtrar. Guardar em frasco escuro a cerca de 37ºC. Filtrar antes do uso. Reativo de Nelson: dissolver 50 gramas de molibdato de amônio em 900 ml de água destilada. Cuidadosamente, adicionar 52 ml de ácido sulfúrico concentrado. Adicionar 3 gramas de arseniato dibásico de sódio dissolvido em 50 ml de água. Completar para 1 litro e manter em repouso em frasco escuro durante 2 dias antes de uso e filtrar. Padrão de lactose: dissolver 0,1 gramas de lactose pura em um litro de água. Esta solução conterá 100 g/mL. 4. PRÁTICA a) Preparar 5 tubos, adicionando lactose (100 g/mL) e água destilada conforme quadro abaixo. Em seguida, acrescentar em cada tubo 1 mL do Reativo de Somogyi e agitar. Deixar em banho-maria fervente por 5 minutos. Esfriar em água corrente. b) Adicionar 1 ml do Reativo de Nelson e agitar. Completar o volume a 10 mL, adicionando 7 ml de água destilada. c) Fazer leitura em espectrofotômetro em 540 nm. Preencher a tabela abaixo: Tabela 1. Preparo dos padrões de Lactose e obtenção dos dados de Transmitância, Absorbância e Δ Absorbância. ÁGUA (ml) 0 1 2 3 1,0 0,7 0,4 0,1 Lactose 100 g/mL (mL) 0 0,3 0,6 0,9 4 0 1,0 [Lactose] (g/mL) Reat. Somogy (mL) 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Banho Maria Incubar a 100ºC por 5 min TUBO (No) Reat. Nelson (mL) Compl. Vol. (10 mL) 1,0 1,0 1,0 1,0 7 mL 7 mL 7 mL 7 mL 1,0 7 mL Transmit. (T%) Absorb. nm Absorb. nm A. Preparo das Amostras de Leite 10 Cada grupo receberá 2 amostras de leite: uma armazenada em geladeira e outra mantida à temperatura ambiente. a) Transferir 2 mL da amostra de leite para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água destilada. Agitar bem. b) Transferir 1 mL (com pipeta volumétrica) da solução diluída de leite para tubo de centrífuga. Efetuar a remoção dos interferentes pela adição de 1,0 mL de ZnS04 a 5% (agitar) e acrescentar 1,0 mL de hidróxido de bário 0,3N. Agitar. Completar a 10 mL adicionado 7 mL de água destilada. Agitar. Centrifugar a 300 x g durante 5 minutos (3.000 rpm). B. Determinação do Teor de Lactose no Leite Volume (mL) Reat. Somogy (mL) Banho Maria (min.) Reat. Nelson (mL) Água destilada (mL) Leite Ambiente 1,0 1,0 1,0 7 mL Leite Geladeira 1,0 1,0 100ºC por 5 min Determinar os teores de lactose nas duas amostras de leite, preparando as amostras como segue na tabela abaixo: 1,0 7 mL Tubo Transmit. (T%) Absorb. nm Absorb. nm Gráfico 2. Correlação dos valores de Δ Absorbância (Eixo Y) e Concentração de Lactose (Eixo X). 11 [lactose] (µg/mL) QUESTIONÁRIO: 1) Determine: A) Concentração de Lactose no Leite Ambiente................... (μg/mL) Leite Geladeira................ (μg/mL) B) Teor de lactose no Leite ambiente: .....................% (m/v) Leite geladeira: ......................% (m/v) Demonstrar cálculo: 2) Por que a lactose é considerada um açúcar redutor? 3) Por que é necessário calcular o Δ Absorbância para cada tubo? 4) Comparar os teores de lactose no leite ambiente e geladeira. 12 CROMATOGRAFIA EM PAPEL DE FILTRO 1. OBJETIVO Identificação de aminoácidos numa solução desconhecida por cromatografia em papel filtro. 2. FUNDAMENTOS DO MÉTODO Nesta aula prática a técnica de cromatografía em papel filtro será utilizada para análise de aminoácidos em solução. De um modo geral, o termo cromatografía pode ser definido como um procedimento bioquímico em que uma mistura de substâncias é separada pela carga, tamanho, solubilidade ou outra propriedade de seus componentes, através de sua partição entre uma fase móvel e uma fase estacionária. O método de cromatografia em papel filtro será utilizado nesta aula para separação e identificação de aminoácidos. Para entendermos tais fundamentos devemos considerar a solubilidade dos aminoácidos num determinado solvente (variando em função da temperatura) e a propriedade dos aminoácidos de se tornarem coloridos após reagirem com substâncias específicas. Dependendo da estrutura molecular da cadeia lateral dos aminoácidos, estes apresentarão diferentes solubilidades no solvente empregado, mantida a temperatura constante. A capacidade de um determinado solvente (contido num recipiente) subir contra a força da gravidade através de um papel absorvente é muito importante nesta técnica de cromatografia em papel filtro, como mostrado na Figura 1. Conforme o solvente sobe pelo papel absorvente, ele pode levar consigo diferentes aminoácidos a diferentes distâncias separando-os a partir de uma mistura inicial de aminoácidos. Figura 1. A migração da fase móvel (solvente) pelo papel filtro (fase estacionária) de modo ascendente (representado por setas vermelhas) é importante na técnica cromatográfica. Soluções de aminoácidos colocadas sobre a linha básica através de micropipetas serão transportadas pelo solvente a diferentes alturas. Após pulverização com ninhidrina, o papel filtro apresentará manchas coloridas em diferentes alturas, que representam os aminoácidos separados. A partir da distância percorrida pelos aminoácidos desde a linha básica até o centro da mancha formada após a pulverização com ninhidrina, podemos calcular o chamado fator de retenção (Rf). Este pode ser definido como a relação existente entre a distância percorrida pelo soluto – aminoácido (até o centro da mancha), pela distância total percorrida pelo solvente (Figura 2). O valor de Rf revela a solubilidade de cada aminoácido no solvente empregado. 13 Figura 2. Soluções de aminoácidos a, b e c foram colocadas sobre a linha básica e percorreram as distâncias a’, b’ e c’, respectivamente. A distância d refere-se à distância percorrida pelo solvente. Assim, os fatores de retenção para cada solução de aminoácido são: Rfa=a’/d; Rfb=b’/d; Rfc=c’/d. A. Teoria sobre Rf (Equação de Martin e Synge) Chama-se de Rf a relação: onde: a = coeficiente de partição As = área ocupada pelo soluto na fase estacionária Al = área ocupada pelo soluto na fase móvel 3. MATERIAL Papel Filtro (Whatmann); Câmara cromatográfica; Solvente (butanol, ácido acético e água na proporção de 4:1:1); Solução de aminoácidos padrão (arginina, leucina e prolina); Solução desconhecida (problema); Secador de cabelo; Lápis; Solução alcoólica de ninhidrina a 0,3%; Estufa. 14 4. PRÁTICA 1) Montar o cromatograma, ou seja, papel filtro (Whatmann) devidamente tratado (adaptado ao tamanho da câmara cromatográfica) constituindo a fase estacionária. 2) Traçar uma linha horizontal a dois centímetros do bordo inferior do papel (linha básica) sobre a qual, posteriormente, serão distribuídas “manchas” de solutos (aminoácidos). 3) Manter os cromatogramas dentro de recipientes hermeticamente fechados, denominados câmaras cromatográficas (Figura 3). 4) Adicionar o solvente específico para cromatografia de aminoácidos (butanol, ácido acético e água na proporção de 4:1:1), a uma altura menor do que dois centímetros. 5) Pipetar sobre a linha básica do cromatograma as soluções de aminoácidos padrão (arginina, leucina e prolina) e a solução problema (contendo uma mistura de aminoácidos desconhecidos) (Figura 3). Figura 3. Distribuição das soluções de aminoácidos no cromatograma sobre a linha básica (dois centímetros acima do bordo inferior do papel). Arg Leu Pro Mistura 6) Secar o cromatograma através da utilização de um secador de cabelo antes de ser colocado na câmara cromatográfica. Este processo permite que o excesso das soluções de aminoácidos colocadas no papel seja removido. 7) Manter o cromatograma por 15 minutos dentro da câmara cromatográfica, para que o solvente suba contra a ação da gravidade. 8) Retirar o cromatograma da câmara e marcar com um lápis a altura que o solvente atingiu; 9) Secar o cromatograma com um secador de cabelo por 5 min para a remoção do solvente; 10) Pulverizar o papel com o reagente revelador ninhidrina a 0,3% em solução alcoólica; 11) Levar o cromatograma a uma estufa (temperatura de 60-65ºC) por 5 minutos, até o aparecimento das manchas coloridas, que representam os aminoácidos separados. 12) Calcular os fatores de retenção (Rf) para cada aminoácido separado no papel filtro. Cada aminoácido apresenta um Rf específico para um determinado solvente numa dada temperatura. Como, cada aminoácido se desloca a uma determinada distância no cromatograma, baseado em sua solubilidade no solvente. A determinação da solubilidade de um determinado aminoácido depende diretamente da estrutura química de sua cadeia lateral (R). 15 QUESTIONÁRIO: 1) Em relação à Aula Prática, responder: A) Indicar ao lado o posicionamento dos aminoácidos após a cromatografia. B) Qual a coloração dos aminoácidos estudados em classe na reação com a ninidrina? Por que ocorre diferença na coloração da prolina? Arg Leu Pro Mistura C) No sistema cromatográfico em sala, (fase móvel: butanol: ácido acético: água; fase estacionária: celulose), qual o motivo de um aminoácido possuir maior Rf ou menor Rf? 16 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CASEÍNA NO LEITE (PELA REAÇÃO DO BIURETO) 1. OBJETIVO Quantificar a concentração da proteína do leite utilizando Reativo de Biureto. 2. FUNDAMENTOS DO MÉTODO A importância em se estudar a proteína caseína presente no leite, se relaciona com o fato desta ser uma proteína bastante completa (alto valor biológico), pois ela possui todos os aminoácidos essenciais (aqueles que sua síntese no organismo é inadequada para satisfazer as necessidades metabólicas e que devem ser fornecidos como parte da dieta). Os aminoácidos essenciais para os seres humanos são: treonina, triptofano, histidina, lisina, leucina, isoleucina, metionina, valina e fenilalanina. Ausência ou inadequada ingestão de alguns desses aminoácidos resulta em balanço nitrogenado negativo, perda de peso, crescimento menor em crianças e pré-escolares e sintomatologia clínica. A metodologia da Reação do Biureto, que é utilizada para a caracterização de proteínas, pode ser empregada para a quantificação das mesmas mediante a colorimetria. O método se baseia no fato de que as proteínas (nesse caso, a caseína) formam um complexo violeta com o íon cúprico (Cu2+) em meio alcalino, e tal complexo apresenta um pico de absorção a 540 nm. A coloração violeta apresentada pelo complexo é proporcional à concentração das proteínas na amostra (leite). Essa reação é positiva para peptídeos constituídos de no mínimo três aminoácidos; assim, a Reação do Biureto será negativa para dipeptídeos e aminoácidos livres. Tal complexação também ocorre com o Biureto (H2N-CO-NH-CO-NH2), daí o nome da reação. A Figura 1 apresenta a formação do complexo violeta, pela interação do íon cúprico com duas cadeias polipeptídicas. Figura 1. Formação do complexo violeta, pela interação do íon cúprico com duas cadeias polipeptídicas. 17 3. MATERIAL Espectrofotômetro (540 nm) Balão volumétrico com leite diluído (1 mL de leite desnatado e 9 mL de água destilada 1:10) Estante com 6 tubos de ensaio (Reta Padrão) e 1 tubo de ensaio para amostra de leite diluído (1:10) 1 erlenmeyer com água destilada 1 micropipeta de 1 mL 1 Tubo de centrífuga de 15 mL (Tipo Falcon) Reagente do Biureto: Pesar 1.5 g de CuSO4.5H2O e 6g de tartarato duplo de sódio e potássio, dissolvê-los em água destilada completando o volume a aproximadamente 500 ml. Juntar, sob agitação, 300 mL de NaOH 10% e completar a 1 litro. Padrão de Caseína (5 mg/mL) - dissolver 2,5g de caseína em 500 mL de NaOH 0,1 N. 4. PRÁTICA 1. Com a micropipeta transferir 1 ml do leite (1:10) para um tubo de centrífuga (Tipo Falcon) 2. Em 7 tubos de ensaio, enumerados de 0 a 6, pipetar os componentes conforme o quadro abaixo. 3. Após a adição do Reativo do Biureto, agitar os tubos e deixar em repouso por 30 minutos. A coloração púrpura formada á indicativo da presença de proteínas. 4. Fazer leitura de Transmitância a 540 nm em espectrotofômetro e converter em Absorbância com auxílio de tabela (Ab = 2 - log T). 5. Com os dados obtidos dos tubos 0 a 5, obter função da Reta na análise de correlação em planilha eletrônica (Excel), utilizando os valores de Absorbância (Y) e concentrações de caseína expressas em mg/tubo (X). 6. Calcular a concentração de caseína no leite diluído (1:10) e concentração de caseína no leite desnatado longa vida em g/100 mL de leite ( % ). Tubo (No) 0 1 2 3 4 5 Água Destilada Caseína (10 mg/mL) 1,0 0 0,7 0,3 0,4 0,6 0,1 0,9 0 1,0 1 mL leite diluído (1:10) Caseína (mg/tubo) Reativo Biureto x 4 4 4 4 4 4 Transmitância (%) Absorb. 540 nm Absorb. 540 nm 0 18 5. QUESTIONÁRIO - PROTEÍNA 1) Em relação à Aula Prática, responder: a) Determinar o valor da concentração de caseína no leite através da equação da função Reta Padrão em planilha eletrônica, dando o resultado em g/100 mL (m/v) (%) de leite. b) Discutir o valor encontrado em relação ao valor nutricional do leite. c) O que ocorre com a caseína do leite quando o valor de pH fica abaixo de 6,5? 2) Representar a ligação peptídica. 3) O que vem a ser a estrutura primária, secundária, terciária e quaternária de uma proteína? 4) Citar os tipos de ligação responsáveis pelas estruturas secundária e terciária de uma proteína? 5) O que vem a ser desnaturação de uma proteína, e que agentes causam esta desnaturação? 6) Definir proteína simples e conjugada. Dê exemplos. 19 DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE MICHAELIS (Km) E DA VELOCIDADE MÁXIMA (Vm) PARA A INVERTASE DE LEVEDURA 1. OBJETIVO Determinar os parâmetros Km e Vm da enzima invertase utilizando a sacarose como substrato, mediante o estudo cinético da reação. 2. FUNDAMENTOS DO MÉTODO As reações químicas conduzidas pelos organismos vivos são, na sua grande maioria, catalisadas enzimaticamente, tornando a velocidade das mesmas compatíveis com as exigências metabólicas. A levedura (Saccharomyces cerevisiae), por intermédio da "invertase" hidrolisa a sacarose resultando numa mistura equimolecular de glicose e frutose (Figura 1), açúcares esses que são absorvidos pela célula. A membrana plasmática é impermeável à sacarose, e a levedura acaba excretando a invertase (sendo, pois, uma exoenzima) para a hidrólise ocorrer fora da célula de levedura. Figura 1. A molécula de sacarose hidrolisada pela enzima invertase da levedura produzindo açúcares redutores (Glicose e Frutose). No presente experimento a invertase será obtida de levedura de panificação (fermento Fleischmann) e adicionada à sacarose (açúcar não redutor), cuja hidrólise resulta na formação de açúcares redutores (glicose e frutose) que serão estimados pela Reação de SomogyiNelson. Para tal se colocará a enzima frente à diferentes concentrações de substrato (sacarose), resultando em diferentes velocidades de reação enzimática, permitindo, mediante um tratamento matemático adequado, determinar graficamente os valores de Km e Vm. 20 3. MATERIAL Espectrofotômetro Estante com 8 tubos de ensaio (por grupo) 2 pipetas graduadas de 2 mL (por grupo) 1 pipeta graduada de 1 mL (por grupo) 1 pipeta volumétrica de 1 mL (por grupo) Centrífuga e banho-maria para dosagem de açúcares redutores 4 g de fermento prensado tipo Fleischmann Reagente de Somogyi Reagente de Nelson Padrão de açúcar redutor (100 ug de glicose por 2,5 mL) Substrato (sacarose 12,5 mM = 4,27 g/L) 4. PRÁTICA A. Extração da enzima Transferir 4 g de fermento de panificação para tubo de centrífuga, adicionar 20 mL de água destilada e deixar em estufa a 37ºC por 30 minutos agitando casualmente. Centrifugar a 1.000 x g por 15 minutos recolhendo o sobrenadante que contém a enzima invertase. Fazer uma diluição adequado para leitura (1:100; 1:200). B. Ensaio enzimático 0 1 2 3 4 5 Água dest. (mL) 1,00 0,90 0,80 0,60 0,20 0,00 Sacarose (mL) (75 mM) 0,00 0,10 0,20 0,40 0,80 1,00 [S] mM Invertase Diluída 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,5 mL de padrão contendo 60 µg de glicose 6 Reat. Somogy (mL) 1 1 1 1 1 1 1 INCUBAR A 100°C POR 5 MIN Tu bo INCUBAR A 37°C POR 10 MIN 1ª ETAPA: A) Ensaio Enzimático e Reação de Dosagem de Açúcares Redutores Reat. Nelson (mL) 1 1 1 1 1 1 Água dest. (mL) 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 1 4,5 T (%) λ=530nm Abs λ=530nm 2ª ETAPA: Cálculo do 1/v e 1/[S] Tubo (No) 0 1 2 3 4 5 6 [S]* mM 60 ug de glicose - 1 [S] mM - 1 V (ug AR/h) - - - - Abs. 530 nm V (ug AR/10min) V** (ug AR/h) 0 0 - *[S] = Concentração de Substrato (sacarose) no meio de reação enzimática expressa em milimolaridade (mM); **V = Velocidade de Reação Enzimática expressa em µg (micrograma) de glicose (açúcar redutor) formado por hora. 21 3ª ETAPA: Obter os Gráficos abaixo, indicando os Valores de Vm e Km da Invertase Figura 1. Efeito da concentração do substrato sobre a velocidade da reação. Figura 2. Gráfico representando a recíproca da hipérbole. Reação para dosagem de açúcares redutores Tão logo termine o período de incubação acrescentar 1 mL do Reativo de Somogy (a reação enzimática é paralisada pela desnaturação da invertase, quer pela ação do Cu ++ ou pela alcalinidade do reagente). Ferver os tubos em banho-maria por 10 minutos, resfriá-los e juntar 1 mL do Reativo de Nelson. AGITAR BEM OS TUBOS. Em seguida, completar o volume a 10 mL (adicionando 5,5 mL de água destilada), agitar novamente a fazer leitura a 530 nm. C. Coletar os dados, organizando-os conforme o quadro que se segue. TUBO (NO) 0 1 2 3 4 5 6 T% 530 nm Abs. (2-logT) 530 nm Abs. 530 nm [S]* V** 1 [S] 1 V - - - - * [S] = concentração de substrato (sacarose) no meio de reação enzimática expressa em milimolaridade mM. ** V = velocidade de reação enzimática expressa em g (micrograma) de glicose (açúcar redutor) formado por hora. 22 5. QUESTIONÁRIO - ENZIMAS 1) Em relação à Aula Prática, responder: a) Completar a Tabela acima e utilizar os valores de Abs. para calcular a velocidade da reação enzimática em ug de açúcar redutor (AR) por hora, completando a Tabela abaixo: Tubo (No) [S] mM 0 1 2 3 4 5 6 0 2 4 6 8 10 100 ug de glicose Abs. 530 nm V (ug AR/15min) V (ug AR/h) - 1 [S] mM 1 V (ug AR/h) - - b) Calcular as velocidades de reação (V) para cada tubo, utilizando os dados de 1/V (eixo Y) em função de 1/[S] (eixo X), obtendo a equação da Reta Padrão em planilha eletrônica. c) Com base na equação inversa da equação de Michaelis-Mentes, determinar analiticamente os valores de Km e Vmax e discutir os seus significados bioquímicos. 2) Qual o conceito de “sitio ativo”? 3) O que vem a ser velocidade de uma reação enzimática? 4) Qual a explicação de Michaelis-Menten para o modo de ação de uma enzima? 5) Escreva graficamente a comparação entre as energias de ativação de uma reação catalisada e de uma reação não catalisada. 6) A aldolase apresenta K-equilibrio 9 x 104. Porém na célula a reação se desloca no sentido da degradação da frutose. Por quê? 7) Que vem a ser inibidor competitivo e não competitivo? 8) O que é uma enzima alostérica? 9) Qual o efeito da temperatura e do pH em uma reação enzimática? 10) O que é cofator enzimático? 11) O que são coenzimas? Dê exemplos. 23 REAÇÃO DE HILL (FOTÓLISE DA ÁGUA) 1. OBJETIVO Avaliar a habilidade metabólica do cloroplasto de promover a fotólise da água, o primeiro passo na sequência de reações da fotossíntese. 2. FUNDAMENTOS DO MÉTODO O processo fotossintético, que ocorre no interior do cloroplasto, compreende 2 etapas: a) Fase luminosa: dependente de luz, ocorrendo a fotólise da água acoplada com as produções de NADPH + H+ (fotorredução) e de ATP (fotofosforilação), conforme a equação abaixo. luz NADP+ + ADP + Pi + H20 NADPH + H+ + ATP +½O2 cloroplastos b) Fase escura: não depende de luz e corresponde à redução do CO2 ao nível de carboidrato utilizando NADPH + H+ e ATP. escuro NADPH + H+ + ATP + CO2 NADP+ + ADP + Pi + C(H20) cloroplastos Hill, em 1937, tentando desvendar o processo fotossintético empregando cloroplastos isolados de espinafre pretendia a redução do CO2 ao nível de carboidrato. Por dificuldades técnicas, limitadas pela época, não conseguiu o seu intento, mas chegou a demonstrar a habilidade de cloroplastos isolados de reduzir outros compostos em um processo acoplado à fotólise da água com evolução de O2: luz 2Fe+3 + H2O 2Fe+2 +H+ +1/2O2 cloroplastos Assim a produção fotoquímica de oxigênio exige a presença de um aceptor de H + e/ou elétrons, que necessariamente não precisa ser o CO2. No presente experimento será utilizado como aceptor de elétrons (reagente de Hill) um indicador de óxido-redução, o 2,6-diclorofenolindofenol, que na forma oxidada é azul (com max. ao redor de 540 nm) e na forma reduzida é incolor (Figura 1), o que permite o acompanhamento da reação fotoquímica mediada por cloroplastos isolados de espinafre. 24 Figura 1. Redução do 2,6 diclorofenolindofenol na Reação de Hill. 3. MATERIAL Espectrofotômetro Tubos de ensaio (4 por grupo) Centrífuga de mesa para tubos de centrífuga (15 ml) Almofariz com pistilo (1 para cada grupo) Lâmpada de 100 W (2 por aula) Micropipeta de 1mL Tubos de centrífuga tipo Falcon Algodão Funil pequeno de plástico Pipeta volumétrica (Pasteur) Folha de alumínio Banho maria (100oC) Folhas de espinafre Sacarose 0,35M Tampão fosfato 0,05 M (pH = 6,5) contendo sacarose 0,35 M 2,6-diclorofenollindofenol (16 mg/100 ml) Ácido ascórbico (cristais) 4. PRÁTICA A. Extração dos Cloroplastos a) Picar 5 g de folhas de espinafre e homogeneizar em almofariz usando areia lavada como abrasivo e 10 ml de sacarose 0,35 M (adicionados aos poucos) como extrator. b) Filtrar o homogeneizado em algodão. c) Centrifugar por 2 minutos a 200 x g, (1300 rpm) desprezar o precipitado e centrifugar novamente o sobrenadante por 7 minutos a 1000 x g. (3000 rpm) d) Ressuspender os cloroplastos lavados em 10 ml de tampão fosfato 0,05 M (pH= 6,5) contendo sacarose 0,35 M. 25 B. Ensaio Preparar 4 tubos de colorímetro conforme o quadro que se segue: SUSPENSÃO CLOROPLASTO (mL) 1,5 (+ ác.ascórbico) TAMPÃO FOSFATO (mL) 2,6-DCF (mL) OBSERVAÇÕES 3 0,5 ajustar o “zero”do aparelho 1,5 3 0,5 ler imediatamente 3 1,5 3 0,5 ler imediatamente e cobrir com folha de Alumínio 4 1,5 (ferver 3’) 3 0,5 TUBOS 1 2 Os tubos 2, 3 e 4 são expostos à luz de lâmpada (100 W) durante 1 minuto (o tubo no 3 protegido da luz) e faz-se a leitura de absorbância (Abs.) repetindo a operação 3 vezes. 5. QUESTIONÁRIO – FOTOSSÍNTESE 1) Em relação à Aula Prática, anotar as leituras obtidas e fazer um gráfico: TUBOS 1 SUSPENSÃO CLOROPLASTO (mL) 1,5 (+ ácido ascórbico) 2 ABS. (λ=540 nm) 1ª LEITURA ABS. (λ=540 nm) 2ª LEITURA ABS. (λ=540 nm) 3ª LEITURA 1,5 3 1,5 4 1,5 (ferver 3’) Discutir os resultados: a) Qual a função do ácido ascórbico? b) Qual a função do 2,6 DCF? c) Descreva o observado nos tubos 2, 3 e 4 durante as leituras. d) Em quais tubos ocorrem fotossíntese? Por quê? e) Em quais tubos não ocorre a fotossíntese? Por quê? ABS. λ=540 nm LEITURAS 26 2) Quais os eventos que dependem e quais os que não dependem da luz quanto à formação de glicose por uma planta fotossintetizadora? 3) Por que os comprimentos de onda na faixa de 450 e 650 nm são mais eficientes para a realização de fotossíntese pelas plantas superiores? 4) Quais as funções dos carotenóides no processo fotossintético conduzido pelas plantas? 5) Como se explicam a essencialidade do Cl, Mn e Mg para o processo fotossintético? 6) Como são estruturados os sistemas de pigmentos para a captação da energia radiante para a condução da fotossíntese? 7) Qual a função da água no processo fotossíntético? 8) O que fica demonstrado quando se observa a redução do 2,6-diclorofenolindofenol por cloroplastos iluminados (reação de Hill)? 9) Como os herbicidas que bloqueiam o transporte de elétrons no processo fotossintético matam a planta? 10) Como que os herbicidas que bloqueiam o transporte de elétrons na fase luminosa da fotossíntese (2,4-DNP e DCMU) matam a planta? 11) O que vem a ser “foto-redução do NADP+” e “fotofosforilação do ADP”? 12) Qual o primeiro composto formado pela assimilação do CO2 mediante a via C3 de fixação? Idem para a via C4. Quais as enzimas envolvidas nesta etapa e suas afinidades para com o CO2? 13) Que adaptações ocorreram nas crassuláceas que lhes permitem a melhor sobrevivência em ambientes quentes e áridos? 14) O que vem a ser “fotorrespiração”? Qual o seu substrato e porque é pouco intensa nas plantas C4? Qual a importância da luz e do O2 neste processo? 15) Cite quatro diferenças entre plantas C3 e C4 (exceto foto-respiração). 16) Porque as plantas C4 fazem fotossíntese com boa eficiência mesmo em temperaturas mais elevadas? 17) Porque a fotossíntese nas plantas C4 não atinge a saturação mesmo com grande intensidade luminosa? 18) O que vem a ser “ponto de compensação” e por que é menor para as plantas C4? 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AVRON, M. "Mechanism of photoinduced electron transport in isolated chloroplasts", in D.R. Sanadi (ed.), Current Topics of Bioenergetics, 12, Academic Press, New York, 1967, p.1. JACOBS, M.B. The Chemical Analysis of Foods and Food Products. Van Nostrand, New York, 1958, 970p. LITWACK, G. Experimental Biochemistry - A Laboratory Manual. John Wiley & Sons, Inc., New York, 1960, 313p. MARTELLI, H.L.; PANEK, A.D. Bioquímica Experimental. Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1968, 112p. NELSON, D. L.; COX, M. M. Lehninger Princípios de Bioquímica. 3a. Ed., Sarvier, São Paulo, 2002, 975p. VILLELA, G.G.; BACILA, M.; TASTALDI, H. Técnicas e Experimentos de Bioquímica. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1972, 522p. VILLELA, G.G.; BACILA, M.; TASTALDI, H. Técnicas e Experimentos de Bioquímica. Koogan, Rio de Janeiro, 1973, 552p. WHARTON, D.C.; MC CARTY, R.E. Experiments and Methods in Biochemistry. McMillan Publishing Co, Inc., New York, 1972, 350p. 28 Tabela de Conversão 00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 2.000 1.699 1.523 1.398 1.301 1.222 1.155 1.097 1.048 1.000 959 921 886 854 824 796 770 745 721 699 678 658 638 620 602 585 569 553 538 523 509 495 481 469 456 444 432 420 409 398 387 377 367 357 347 337 328 319 310 01 3.000 1.959 1.678 1.509 1.387 1.292 1.215 1.149 1.092 1.041 0.996 955 917 883 851 821 793 767 745 719 697 676 656 636 618 600 583 567 551 536 521 507 493 480 467 455 442 431 419 408 397 386 376 366 356 346 336 327 318 309 02 2699 1.921 1.658 1.495 1.377 1.284 1.208 1.143 1.086 1.036 0.991 951 914 879 848 818 790 764 742 717 695 674 654 635 616 599 582 565 550 535 520 506 492 479 468 453 441 429 418 407 396 385 375 365 355 345 335 328 317 308 ~ 2.523 1.886 1.638 1.481 1.387 1.276 1.201 1.137 1.081 1.032 0.987 947 910 876 845 815 788 762 738 714 693 672 652 633 614 597 580 564 548 533 519 504 491 478 465 452 440 428 417 406 395 384 374 364 354 344 334 326 316 307 04 2.398 1.854 1.620 1.469 1.357 1.268 1.194 1.131 1.076 1.027 0.983 943 907 873 842 812 785 759 735 712 690 670 650 631 613 595 578 562 547 532 517 503 489 476 463 451 439 427 416 405 394 383 373 363 353 343 333 325 315 306 05 2.301 1.824 1.602 1.458 1.347 1.260 1.187 1.125 1.071 1.022 0.979 939 903 870 839 810 783 757 733 710 688 688 648 629 611 503 577 561 545 530 516 502 488 475 462 450 438 426 415 403 393 382 372 362 352 342 333 324 314 305 06 2.222 1.796 1.585 1.444 1.337 1.252 1.180 1.119 1.066 1.018 0.975 938 900 866 836 807 780 764 730 708 686 666 646 627 609 592 575 559 544 529 514 500 487 474 461 449 437 425 413 402 391 381 371 361 351 341 332 323 313 305 T em A x 1.000 07 2.155 1.770 1.569 1.432 1.328 1.244 1.174 1.114 1.060 1.013 0.971 932 896 863 833 804 777 752 728 706 684 664 644 625 607 590 573 558 542 527 513 499 485 472 460 447 435 424 412 401 390 380 370 360 350 340 331 322 312 304 08 2.097 1.745 1.553 1.420 1.319 1.237 1.167 1.108 1.056 1.009 0.967 928 893 860 830 801 775 750 726 703 682 662 642 623 606 588 572 556 541 528 511 498 484 471 458 446 334 423 411 400 389 379 369 359 349 339 330 321 312 303 09 2.046 1.721 1.538 1.409 1.310 1.229 1.161 1.102 1.051 1.004 0.963 924 889 857 827 799 772 747 724 701 680 660 640 622 604 587 570 554 539 524 510 495 483 470 457 445 433 421 410 399 388 378 368 358 348 338 329 320 311 302 Cont. 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 301 292 284 278 268 250 252 244 237 229 222 215 208 201 194 187 180 174 167 161 155 149 143 137 131 125 119 114 108 102 097 092 086 081 076 071 066 060 056 051 046 041 036 032 027 022 018 013 009 004 01 300 292 283 275 267 259 251 243 236 228 221 214 207 200 193 186 180 173 167 161 154 148 142 136 130 124 119 113 107 102 096 091 086 080 075 070 065 060 055 050 045 040 036 031 026 022 017 013 008 004 02 299 291 282 274 266 258 250 243 235 228 220 213 206 199 192 186 179 173 166 160 154 148 141 135 130 124 118 112 107 101 096 090 085 080 075 070 064 059 055 050 045 040 035 031 026 021 017 012 007 003 03 298 290 281 273 265 257 249 242 234 227 220 213 206 199 192 185 178 172 166 159 153 147 141 135 129 123 117 112 106 101 095 090 085 079 074 069 064 059 054 049 044 040 035 030 025 021 016’ 012 007 003 04 298 289 281 272 264 257 249 241 234 226 219 212 205 198 191 184 178 171 165 159 152 146 140 134 128 123 117 111 106 100 095 089 084 079 074 069 063 058 054 049 044 039 034 030 025 020 016 011 007 003 05 297 288 280 272 264 256 248 240 233 225 218 211 204 197 190 184 177 171 164 158 152 146 140 134 128 122 116 111 105 100 094 089 084 078 073 068 063 058 053 048 043 039 034 029 025 020 015 011 007 002 06 296 287 279 271 263 255 247 240 232 225 218 210 203 197 190 183 177 170 164 157 151 145 139 133 127 121 116 110 105 099 094 088 083 078 073 068 062 057 053 048 043 038 033 029 024 020 015 011 006 002 07 295 287 278 270 262 254 246 239 231 224 217 210 203 196 189 182 176 169 163 157 151 144 138 133 127 121 115 110 104 099 093 088 083 077 072 067 062 057 052 047 042 038 033 028 024 019 015 010 006 001 08 294 286 277 289 261 253 246 238 231 223 216 209 202 195 188 182 175 169 162 156 150 144 138 132 126 120 115 109 103 098 093 087 082 077 072 067 061 057 052 047 042 037 032 028 023 019 014 010 005 001 09 293 285 277 268 260 253 245 237 230 223 215 208 202 194 188 181 175 168 162 156 149 143 137 132 126 120 114 109 103 097 092 087 081 076 071 066 061 056 051 046 041 037 032 027 023 018 014 009 005 000