Grandes Navegações

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Grandes Navegações
Contexto Histórico: A era das Grandes Navegações, marcou a passagem do feudalismo da Idade Média para a Idade
Moderna, com a ascensão dos estados-nação europeus e consequentemente o surgimentos dos chamados Estados
Modernos Europeus (Absolutismo). Durante este processo, os europeus encontraram e documentaram povos e
terras nunca antes vistas. Juntamente com o Renascimento e a ascensão do humanismo, foi um importante motor
para o início da modernidade, estimulando a pesquisa científica e intelectual. A expansão europeia no exterior levou
ao surgimento dos impérios coloniais, com o contato entre o chamado Velho e o Novo Mundo, que envolveu a
transferência de plantas, animais, alimentos e populações humanas (incluindo os escravos), doenças transmissíveis e
culturas entre o hemisfério ocidental e oriental, num dos mais significativos eventos globais da história, além de
propiciar o contato comercial entre todas as partes do mundo ( Europa, Ásia, África e América ) favorecendo uma
ampliação dos conhecimentos geográficos e o contato entre culturas diferentes.
Conceito: Podemos definir a processo de grandes navegações como um conjunto de viagens marítimas que
expandiram os limites do mundo conhecido até então. Mares nunca antes navegados, terras, povos, flora e fauna
começaram a ser descobertas pelos europeus. E muitas crenças passadas de geração a geração, foram conferidas,
confirmadas, ou desmentidas Eram crenças de que os oceanos eram povoados por animais gigantescos ou que em
outros lugares habitavam seres estranhos e perigosos. Ou que a terra poderia acabar a qualquer momento no meio
do oceano, o que faria os navios caíssem no nada.
As Navegações: As Grandes Navegações ou Expansão Marítima Europeia, caracterizam-se então por um processo
histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, onde os países europeus, principalmente Portugal e Espanha, lançaram
aos oceanos. Os historiadores geralmente referem-se à "era dos descobrimentos" como as explorações marítimas
pioneiras realizadas por portugueses e espanhóis entre os séculos XV e XVI, onde eles foram os responsáveis por
estabelecerem relações com África, América e a Ásia, em busca de uma rota alternativa para as "Índias", movidas
pelo comércio de ouro, prata e especiarias. As grandes navegações foram um conjunto de viagens marítimas que
expandiram os limites do mundo conhecido até então. Mares nunca antes navegados, terras, povos, flora e fauna
começaram a ser descobertas pelos europeus. Onde muitas crenças e lendas puderam ser conferidas, confirmadas,
ou desmentidas. Tais crenças sobre os oceanos, dizia que ele era povoado por animais gigantescos, lugar onde
habitavam seres estranhos e perigosos, e que continha um abismo em seu centro, o que faria com que as
embarcações pudessem cair e sumirem do nada. Estas explorações com rotas sobre os oceanos
Atlântico e Índico foram seguidas por outros países da Europa, tais como a França,a Inglaterra e os Países Baixos, que
exploraram as rotas comerciais portuguesas e espanholas.
Objetivos: O motivo mais significante que acabou motivando os países europeus desafiar o desconhecido,
enfrentando o medo, foi à necessidade de encontrar um novo caminho para se chegar às regiões produtoras de
especiarias as “Índias”. Nesta época, as especiarias orientais eram de grande valia e procura no mercado Europeu.
Desde o século XII, a entrada dos produtos orientais no continente europeu se dava pelo monopólio exercido pelos
comerciantes italianos com os povos árabes. Além da necessidade de se encontrar uma nova rota comercial para se
chagar as Índias, os países europeus tinham também como um dos seus objetivos, encontrarem novas terras para
obtenção de riquezas, visando ampliar suas atividades comerciais, tanto pela exploração da terra (minerais e
vegetais) quanto pela submissão de outros seres humanos ao trabalho escravo, um bom exemplo disso, é a relação
expressa entre Portugal e Brasil, onde indígenas e posteriormente povos de origem africana foram escravizados.
Outro objetivo era a difusão do Cristianismo (catolicismo) para outras civilizações, atividade fruto do movimento de
contra-reforma da Igreja Católica, firmada no Concilio de Trento.
As Especiarias: São temperos (condimentos) usados na culinária para proporcionar sabores diferentes nas comidas.
Algumas especiarias também eram, e ainda são, utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e medicamentos. As
especiarias, eram muito valorizadas na Europa, pois não podiam ser cultivadas neste continente em função do clima.
O surgimento e crescimento da burguesia também aumentou a demanda por produtos considerados de luxo na
época. No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, gengibre, cravo, canela, noz
moscada, açafrão e ervas aromáticas), tinham que recorrer aos comerciantes italianos, pois possuíam o monopólio
destes produtos, pois dominavam o canal de acesso a elas, que era o Mar Mediterrâneo, onde os burgueses italianos
cobravam preços exorbitantes pelas especiarias vindas do oriente, por isso encontrar uma rota alternativa para
chegar as Índias era o grande desejo dos países europeus, pois o acesso direto a tais especiarias, iriam implicar em
um margem de lucro muito mais interessante. Com tudo, ainda no século XVI, os portugueses descobriram uma rota
alternativa para chegar ao oriente, através da navegação pela costa africana. Passaram a comprar as especiarias
diretamente na fonte e tiraram o monopólio dos italianos. As caravelas portuguesas chegavam à Europa carregadas
de especiarias, que eram vendidas com alta taxa de lucro. Portugal se tornou neste período a principal potência
econômica da época.
Pioneirismo Português: Portugal foi o pioneiro nas navegações durante os séculos XV e XVI devido a uma série de
condições encontradas neste país ibérico, tais como a centralização política, resultando na formação de uma
monarquia nacional. Processo iniciado ainda na dinastia de Avis, depois da Revolução de 1385. A grande experiência
em navegações, principalmente da pesca de bacalhau. Boa localização geográfica, de fácil acesso ao oceano
Atlântico. Usos das caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas
com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de
capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste
país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo um
centro de estudos - a Escola de Sagres, além é claro dos investimentos da Igreja Católica, onde por meio da
catequese almeja conquistar mais fieis.
Tratado de Tordesilhas: Foi assinado na povoação castelhana de Tordesilhas em 7 de Junho de 1494, foi
um tratado celebrado entre o Portugal e a Espanha, com o objetivo de se dividir as terras "encontradas e por se
encontrar" por ambas as Coroas fora da Europa. Neste tratado, findou-se então esta divisão entre estes dois países.
Segundo o Tratado de Tordesilhas (1494), o meridiano 370 léguas da ilha de Santo Antão situado no arquipélago de
Cabo Verde, estabelecia a divisão de terras entre estes dois países, ficando Portugal com as terras a leste e a
Espanha com as terras a oeste.
Navegações Portuguesas: Em 1488, Bartolomeu Dias atingiu o Cabo da Boa Esperança (Tormentas), completando o
contorno do litoral atlântico da África. No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações, que
é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando sempre ao redor do continente
africano, Vasco da Gama chegou à Calicute (cidade da Índia) e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio
direto com o oriente, sem a presença dos mercantes italianos que detinham o monopólio de acesso as especiarias
através do mar Mediterrâneo. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias,
renderam lucros fabulosos aos lusitanos. O mais importante feito foi português, foi a chegada das caravelas de
Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "encontrada", Cabral
continuou o percurso em direção às Índias. Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal
potência econômica da época.
As Primeiras Expedições Exploradoras: As primeiras expedições que aqui chegaram não eram empreendimentos
com fins lucrativos ou colonizadores. Entre 1501 e 1502, chegou uma expedição com o objetivo de reconhecimento
geográfico e, ao mesmo tempo, de pesquisar as possibilidades de exploração do pau-brasil. Américo Vespúcio, o
navegante italiano cujo nome batizaria o continente, veio ao Brasil nessa primeira viagem e escreveu que nada aqui
poderia interessar aos comerciantes da Europa. Em 1503, o Brasil foi visitado por outra expedição sob o comando de
Gonçalo Coelho, também acompanhado de Américo Vespúcio. Nos anos seguintes vieram outras, sob a direção de
Fernando de Noronha, com o objetivo de organizar a exploração do pau-brasil. Mas somente depois de 1516 que as
expedições, sob o comando de Cristóvão Jacques, organizaram-se mais sistematicamente. Assim que chegaram ao
litoral do atual estado do Pernambuco, os portugueses fundaram uma feitoria na região. De lá partiram em missão
de reconhecimento do litoral brasileiro até o rio Prata.
Navegações Espanholas: A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao
lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando África, os
espanhóis optaram por outro caminho. O genovês Cristovão Colombo (Itália), financiado pelo governo da Espanha,
pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente
navegando pelo oceano Atlântico. Cristovão Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo,
porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América
Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo
Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com
os índios da América (maias, incas e astecas), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos,
interessados na grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis
destruíram suas culturas.
Navegadores e Seus Descobrimentos:
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Bartolomeu Dias > Cabo das Tormentas ou Cabo da Boa Esperança (1488);
Cristóvão Colombo > Chegou a América (1492);
Vasco da Gama > Chegou as Índias (1498);
Pedro Alvares Cabral > Encontrou o Brasil (1500);
Pedro de Covilha > Caminho as Índias pelo Mar Mediterrâneo
Consequências do Processo de Grandes Navegações: O processo das Grandes Navegações e descobrimentos
modificaram de forma significativa o mundo até então conhecido. Dentre tais consequências, podemos destacar:
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O deslocamento do eixo econômico europeu do Mediterrâneo para o Oceano Atlântico;
Ascensão dos países ibéricos (Portugal e Espanha);
Decadência das cidades mercantis italianas e com elas o movimento renascentista;
A consolidação do Estado Absolutista, típico da Época Moderna, que depois de patrocinar o movimento
expansionista, passou agora a usufruir dos seus lucros;
Adoção da política econômica mercantilista, baseada no protecionismo do Estado e no regime de
monopólios;
A formação do Sistema Colonial Tradicional vinculado à política econômica mercantilista e responsável pela
colonização da América;
O renascimento da escravidão nas áreas colônias nos moldes do capitalismo moderno, com a utilização
intensiva da força de trabalho indígena e africana;
O fortalecimento da burguesia mercantil nos países atlânticos;
Início do processo de europeização do mundo, especialmente, com a expansão do cristianismo;
A destruição das avançadas civilizações pré-colombianas existentes na América;
A expansão do comércio europeu (Revolução Comercial), dentro de uma nova noção de mercado, agora
entendido em escala mundial;
Aceleração da acumulação primitiva de capital, realizada através da circulação de mercadorias;
Revolução dos Preços, provocada pelo crescente afluxo de metais preciosos provenientes da América.
Atividade: Identifiquem e complemente o mapa com as seguintes informações:
01) Complemente a rosa do ventos com os pontos cardeais ausentes;
02) As quatro rotas existentes e seus respectivos navegadores;
03) Onde se localiza os continentes e países estudados;
04) Produtos obtidos durante as viagens;
05) Onde se localiza as Ilha de Cabo Verde, Cabo das Tormentas e a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas;
06) Onde se localiza os Oceanos: Índico e Atlântico.
Texto disponível em: www.professorsergioaugusto.com/user-login/
Email: [email protected]
Senha: alunoemmp
“Construindo o conhecimento através da História”. Prof. Sérgio Augusto
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“Construindo o conhecimento através da História”. Prof. Sérgio Augusto
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