Texto Grandes Navegações 1º ano

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Texto adaptado - História- 1º ano - ensino médio -2015.
AS GRANDES NAVEGAÇÕES.
Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaramse nos Oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota
marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes
Navegações e Descobrimentos Marítimos.
No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão,
gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que
possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais -a Índia era o principal - os
burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação
e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos.
Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e
Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este
interessante comércio.
Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos
europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais
preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste
empreendimento, pois, significaria novos fiéis.
Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos
empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a
arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis
absolutistas da época.
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições
encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de
bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do
período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma
quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza,
interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com
os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A
Escola de Sagres.
Planejamento das Navegações
Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava
de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela
imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto
outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela
poderia cair num grande abismo.
Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam
com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes
dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas
cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de
transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam
marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que
acontecia durantes as viagens.
Navegações portuguesas e os “descobrimentos”
No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das
caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano,
Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o
oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam
lucros fabulosos aos lusitanos.
Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de
1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às
Índias. Portugal tornava-se a principal potência econômica da época.
Navegações Espanholas
A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado
de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a
África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado pela
Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas
partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que
nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12
de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente.
Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo
um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América (maias,
astecas e incas), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos, interessados na
grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos nativos americanos, os espanhóis
destruíram suas culturas.
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