UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

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Especialização
em Gestão Pública
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
MARCIA REGINA F. DA ROCHA GUEZZO
PESQUISA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA
ESCOLA PÚBLICA
Umuarama
2011
2 2
Especialização em Gestão Pública
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
MARCIA REGINA F. DA ROCHA GUEZZO
PESQUISA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA
ESCOLA PÚBLICA
Trabalho de Conclusão de Curso do Programa
Nacional de Formação em Administração
Pública, apresentado como requisito parcial
para obtenção do título de especialista em
Gestão
Pública,
do
Departamento
de
Administração da Universidade Estadual de
Maringá.
Orientador: Prof.Dr. Maurício Reinert
Umuarama
2011
3 3
Especialização em Gestão Pública
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
MARCIA REGINA F. DA ROCHA GUEZZO
PESQUISA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA
ESCOLA PÚBLICA
Trabalho de Conclusão de Curso do Programa
Nacional de Formação em Administração
Pública, apresentado como requisito parcial
para obtenção do título de especialista em
Gestão Pública, do Departamento de
Administração da Universidade Estadual de
Maringá, sob apreciação da seguinte banca
examinadora:
Aprovado em ___/___/2011
_____________________________________________________________
Professor (a)......................................................., Dr. (a) / Me. [orientador (a)]
Assinatura
_____________________________________________________________
Professor (a)......................................................, Dr. (a) / Me. [convidado (a)]
Assinatura
_____________________________________________________________
Professor (a)......................................................, Dr. (a) / Me. [convidado (a)]
Assinatura
4 4
RESUMO
A pesquisa pretende analisar a qualidade de vida no trabalho, em uma escola
pertencente a rede pública estadual, localizada na cidade de Umuarama, Estado do
Paraná, que oferece ensino supletivo. A metodologia utilizada foi a pesquisa
qualitativa, através de entrevistas por meio de questionários, com questões
objetivas. A pesquisa demonstra que existem diversos fatores que interferem na
qualidade de vida do trabalho, assim como na satisfação do trabalhador em relação
a organização, onde os serviços são realizados. Demonstra que os fatores
motivacionais de uma pessoa é diferente dos fatores de outra pessoa, estando
relacionados a necessidades físicas, pessoais e de auto-realização. E que a
produtividade da empresa está relacionada a satisfação dos seus funcionários.
Demonstrando de um modo geral que a qualidade de vida no trabalho, também
interfere no desempenho da empresa seja ela pública ou privada. E que se os
funcionários não estiverem motivados não produziram a contento como se
estivessem motivados. Os resultados apresentados, foram que de um modo geral os
entrevistados demonstraram-se satisfeitos com o ambiente e a qualidade de vida no
trabalho. Demonstrando insatisfação principalmente com relação ao que é ofertado
atualmente para a prevenção das doenças ocupacionais do trabalho.
Palavras-chave: qualidade de vida no trabalho, motivação, satisfação
5 5
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................
6
2
DESENVOLVIMENTO.....................................................................................
7
2.1 Gestão de recursos humanos no serviço público..............................7
2.2 Qualidade de vida no trabalho............................................................11
2.3 Ambiente de trabalho e Clima organizacional...................................13
2.4 Motivação..............................................................................................17
3
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................
18
3.1 Pesquisa qualitativa.............................................................................19
4
COLETA E ANÁLISE DOS DADOS................................................................
20
5
CONCLUSÃO..................................................................................................
26
6 REFERÊNCIAS................................................................................................
27
6 6
1 – INTRODUÇÃO
O tema a qualidade de vida no trabalho, procura mostrar, qual a importância
que
tem
a
qualidade
de
vida
dos
trabalhadores,
e
seus
reflexos
no
comprometimento com as atividades realizadas, sejam elas no setor privado ou no
órgão público e na qualidade dos serviços prestados.
O presente trabalho possui como objetivo analisar a qualidade de vida dos
trabalhadores de uma escola, situada na cidade de Umuarama – Pr, pertencente a
rede estadual de ensino, que oferece ensino supletivo.
Segundo Costa e Silva (2007, p. 237); “A relação entre qualidade de vida e
saúde vai além do direito ao acesso às condições materiais da existência, pois o ser
humano deve ter respeitadas suas necessidades de ser.”
O problema da pesquisa é investigar qual é o grau de satisfação dos
funcionários públicos, com a qualidade de vida no trabalho?
A pesquisa pretende levantar qual é o grau de satisfação dos funcionários
com relação ao ambiente de trabalho, benefícios oferecidos pelo Estado, trabalho
em equipe, incentivo a promoções, prevenção a doenças ocasionadas pelo trabalho
como e também qual é o perfil do trabalhador existente no órgão público
pesquisado.
A
qualidade
dos produtos/serviços
está relacionada
diretamente
às
expectativas do consumidor determinando seu grau de satisfação com a
organização fornecedora, consolidando assim o seu nível de relacionamento e, em
consequência disso, a sua fidelização.
Segundo Pires e Macedo (2006); Dentro do contexto das organizações
públicas, a disputa de poder manifesta-se na relação do novo com o velho, ou seja,
nas transformações e inovações das instituições no mundo contemporâneo diante
de uma dinâmica e burocracia enraizadas. As organizações públicas se vêem diante
da necessidade de inovar, tanto nos aspectos administrativos como nos políticos.
Segundo a pirâmide da Hierarquia das Necessidades de Maslow, as
necessidades são: Fisiológicas, Segurança, Sociais, Status e Auto-realização. E
geralmente, em um ambiente de trabalho, encontra-se pessoas com motivações
distintas para suas vidas.
7 7
A pesquisa qualitativa será o método a ser utilizado na pesquisa a ser
realizada, ela pode ser definida como a pesquisa que se fundamenta em análises
qualitativas, tendo como característica inicial a não-utilização de instrumentos
estatísticos para analisar os dados. A análise tem por base conhecimentos teóricos
empíricos que garantem cientificidade. (Zanella, 2009).
E o instrumento de coleta de dados a ser utilizado na pesquisa será a
entrevista, por meio de um questionário com perguntas objetivas.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Gestão de recursos humanos no serviço público
De acordo com WAGNER III & HOLLENBECK (2002, p.14), os estudos feitos
por Hawthorne, em 1924, na fábrica em Hawthorne, da Western Electric, perto de
Chicago, Illinois, foi uma das primeiras tentativas em usar as técnicas científicas,
para avaliar o comportamento humano no trabalho, neste estudo foram analisados
por meio de experimentos os efeitos como: eficiência no local de trabalho, condições
físicas e as práticas gerenciais.
Novas técnicas feitas após as experiências de Hawthorne, demonstraram
deficiências nos métodos e técnicas de estudos, e também mostram que mudanças
deveriam ser sugeridas nos seguintes campos como: pagamento de incentivos,
tarefas realizadas, períodos de descanso e horários de trabalho, culminando no
crescimento da produtividade. Contudo, os estudos de Hawthorne fizeram florescer
sérias questões sobre a eficiência da administração científica e seus princípios,
estimulando as discussões a respeito da relevância da satisfação humana no
desenvolvimento pessoal e no trabalho. Momento este, que desviou o foco da
eficiência para aumentar o crescimento, desenvolvimento e satisfação do
colaborador.
Todavia, apesar das dificuldades encontradas à época e do despreparo
generalizado, mantêm-se o movimento que evolui para um segundo estágio:
8 8
o Behaviorismo, o qual, embora fundamentando também suas bases no
comportamento, era uma crítica à escola de relações humanas pela sua
singeleza e empirismo ao entender que a simples satisfação no trabalho
pudesse gerar, por si só, a eficiência tão procurada. (MARRAS, 2000, p.
23).
E à luz do Behaviorismo, no ano de 1945, aparecem os primeiros estudos
sobre liderança, autocratismo, democracia no trabalho e motivação humana. “É
nesse cenário que começa a ser valorizada a função de cuidar do pessoal.”
MARRAS (2000, p. 23).
Nos anos de 1970 a 1999 o gerente de recursos humanos passa a incorporar,
outros serviços além dos já realizados anteriormente, como: avaliação de
desempenho, qualidade de vida, desenvolvimento gerencial, relações trabalhistas,
sindicalismo, desenvolvimento organizacional e estrutura organizacional.
Essas funções foram adquiridas com a evolução da gestão de pessoal,
direcionadas ao cuidado com os trabalhadores, assim como com o desenvolvimento
profissional e seu bem estar físico, em busca da motivação e satisfação de um modo
geral. As questões de pessoal passam a ser percebidas como importantes e
tratadas no nível estratégico das organizações. “O planejamento estratégico de RH
refere-se à maneira como a função de RH pode contribuir para o alcance dos
objetivos organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos
objetivos individuais dos funcionários” (CHIAVENATO, 2005, p.75).
A
qualidade
dos produtos/serviços
está relacionada
diretamente
às
expectativas do consumidor determinando seu grau de satisfação com a
organização fornecedora, consolidando assim o seu nível de relacionamento e, em
consequência disso, a sua fidelização.
Qualidade em serviços está ligada à satisfação. Um cliente satisfeito com o
prestador de serviços estará percebendo um serviço como de qualidade. E
isso acontece em qualquer situação em que possa ocorrer essa satisfação,
com a solução de um problema, o atendimento de uma necessidade ou de
qualquer outra expectativa. LAS CASAS (2000, p. 83)
É através da satisfação do cliente que se tem a oportunidade de transformá-lo
em cliente leal a sua empresa. Com a transformação de cliente satisfeito em cliente
9 9
fiel é que se possibilita a organização a sua lucratividade e continuação no mercado
perante a concorrência.
Segundo Pires e Macedo (2006); Dentro do contexto das organizações
públicas, a disputa de poder manifesta-se na relação do novo com o velho, ou seja,
nas transformações e inovações das instituições no mundo contemporâneo diante
de uma dinâmica e burocracia enraizadas. As organizações públicas se vêem diante
da necessidade de inovar, tanto nos aspectos administrativos como nos políticos.
Mais do que isso, precisam integrar criatividade nos aspectos políticos e técnicos,
sendo essa junção inerente e essencial as ações nessa área. Contudo, essa procura
por forças se torna necessária para se levar a uma reflexão, onde se possa alcançar
as melhores estratégias para apresentar organizações públicas capazes de alcançar
seus objetivos, que constituem em serviços eficientes à sociedade.
CHIAVENATO (2005, p. 448) esclarece que:
O conceito de QVT implica profundo respeito pelas pessoas [...] A
competitividade organizacional – e obviamente, a qualidade e a
produtividade – passa obrigatoriamente pela QVT. Para bem atender o
cliente externo, a organização não deve esquecer o cliente interno. Isso
significa que, para satisfazer o cliente externo, as organizações precisam
antes satisfazer os seus funcionários responsáveis pelo produto ou serviço
oferecido [...] coloque os empregados em primeiro lugar e eles porão os
consumidores em primeiro lugar. A organização que investe diretamente no
funcionário está, na realidade, investindo indiretamente no cliente.
Especialistas tratam o tema gestão de pessoas de forma positiva,
caracterizando as atribuições da organização. Por exemplo, LACOMBE &
HEILBORN (2003, p. 239) afirmam que:
Selecionar, formar e integrar um grupo de pessoas para trabalharem numa
empresa como verdadeira equipe, com objetivos definidos; cada membro
conhecendo seu papel, cooperando com os demais e “vestindo a camisa”
para produzir resultados é a responsabilidade mais importante dos
administradores. [...] Os administradores que desejam construir uma
organização perene dão total prioridade ao desenvolvimento das pessoas.
10 10
É nessa agressiva realidade de evolução tecnológica, competitividade,
exigência de aprimoramento constante do pessoal e profissional, que se constrói os
sonhos e se depositam as esperanças de um futuro melhor.
De acordo com Freitas (1997:44) apud Pires e Macedo (2006) desenvolveu
um estudo com o objetivo de apurar os traços brasileiros presentes nas
organizações, que poderiam ajudar no processo de análise da organização, e
salientou cinco deles como representantes mais marcantes:
1. A hierarquia, presente na tendência de centralizar o poder nos grupos
sociais;
2. Personalismo, traduz a passividade dos grupos inferiores;
3. Malandragem, traduzida pela flexibilidade e adaptabilidade, como meio
de navegar na sociedade e o jeitinho brasileiro, presente em quase
todas as ações do brasileiro, e principalmente nos órgãos públicos;
4. Sensualismo
5. Aventureiro, o povo é sonhador, com tendência a aversão ao trabalho
metódico ou manual.
E a conseqüência da maneira de funcionar das organizações brasileiras, o
trabalhador desenvolveu um modo particular de se labutar com o trabalho.
Contudo, observa-se que nem todos os trabalhadores possuem os mesmos
objetivos ao mesmo tempo. Segundo da pirâmide da Hierarquia das Necessidades
de Maslow, as necessidades são: Fisiológicas, Segurança, Sociais, Status e Autorealização. E geralmente, em um ambiente de trabalho, encontra-se pessoas com
motivações distintas para suas vidas.
QUADRO 1 – NECESSIDADES MASLOW X EMPRESAS
Fisiológicas
Salário e beneficio; segurança e condições agradáveis de trabalho.
Segurança
Seguro-saúde e planos de aposentadoria; segurança no emprego;
estabelecimento e divulgação de plano de carreira.
Sociais
Estímulo à interação com os colegas de trabalho; possibilidade de
atividades sociais e esportivas e reuniões sociais fora da organização.
Status/Estima
Cargos que permitam realização, autonomia e responsabilidade; trabalho
que valoriza a identidade.
Auto-
Estimulo ao completo comprometimento; o trabalho como dimensão
11 11
realização
importante na vida do empregado.
FONTE: ADAPTADO DE LACOMBE & HEILBORN (2003)
GOLEMAN, apud LACOMBE & HEILBORN (2003, p. 309), aponta a
relevância do relacionamento inter-pessoal, a necessidade de entender as coisas
sob o ponto de vista das pessoas, como forma de se obter bons resultados em
grupo.
Segundo Marcelino (2003 apud PIRES E MACÊDO, 2006), foi no período
ocorrido entre 1930 e 1945, que ocorreu o desenvolvimento das ações de renovação
e inovação do poder do governo. As premissas principais eram reformar o sistema
de pessoal, a implantar e simplificar os sistemas administrativos e as atividades de
orçamento, para promover eficiência à gestão pública.
Em todas as esferas da Administração Pública, a celebração de parcerias
com o setor privado tem aumentado, objetivando adotar
ações
estratégicas
inovadoras, para promover a redução nas despesas de custeio, aumentar a
arrecadação, otimizar a estrutura organizacional, reduzir de tempo de análise e
tramitação de processos, melhorar o atendimento ao cidadão e principalmente para
garantir uma maior satisfação dos servidores públicos. (TELES, et.al. 2008).
2.2 Qualidade de vida no trabalho
Segundo Conte (2003), o ritmo desenfreado e o excesso de trabalho, faz com
que as pessoas trabalhem, finais de semana, feriados e não tenham mais tempo
para a vida familiar, social e física, passando a apresentar problemas de
relacionamento pessoal, com os filhos e problemas de saúde. E é a partir desses
acontecimentos que o superprofissional, desperta para se preocupar com a
qualidade da vida em que está levando, assim como está a sua qualidade de vida no
trabalho – QVT.
Conte (2003, p. 32), salienta que:
A importância da QVT reside simplesmente no fato de que passamos em
ambiente de trabalho mais de 8 horas por dia, durante pelo menos 35 anos
de nossas vidas. Não e trata mais de levar os problemas de casa para o
12 12
trabalho, e sim de levarmos para casa os problemas, as tensões, os receios
e as angústias acumulados no ambiente de trabalho.
Observa-se que nos últimos tempos, as empresas obtiveram um aumento em
sua produtividade, e isso veio a transformar a vida dos seus empregados
principalmente nas grandes cidades, fazendo com o ritmo de vida ficasse
assoberbado, com excesso de horas trabalhadas e pressão pela produção.
Passando o lado profissional a predominar sobre a vida familiar e o profissional
sendo forçado a ser um superprofissional, não poupando esforços em sua jornada
de trabalho, muitas vezes trabalhando mais de 12 horas por dia.
Segundo Costa e Silva (2007, p. 237); “A relação entre qualidade de vida e
saúde vai além do direito ao acesso às condições materiais da existência, pois o ser
humano deve ter respeitadas suas necessidades de ser.”
De acordo com Feigenbaum (1994) apud Conte (2003), a QVT é baseada no
princípio de que o comprometimento com a qualidade, acontece de maneira mais
natural nos ambientes, onde os colaboradores, se encontram intimamente ligados as
decisões que influenciam diretamente suas ações.
a QVT se apresenta como um agente demandante de uma gama
considerável de
contribuições advindas de diversas
áreas do
conhecimento e que consolida a intervenção de uma forma multidisciplinar.
Esta necessidade característica associada à QVT aponta para a
complexidade do tema e os inúmeros fatores envolvidos relacionados
às dimensões biológica, psicológica, social e organizacional. (MOURA,
2010, p. 26).
Segundo Costa e Silva (2007, p. 237); “A qualidade de vida, por ter um
componente subjetivo forte, relaciona-se com as crenças na possibilidade de
conquista e de como pode ela afetar o cotidiano.”
Para Fernandes (1996) apud Conte (2003), a QVT , assim como a gestão
dinâmica e contingencial de aspectos físicos, tecnológicos e sociopsicológicos que
alteram a cultura e recriam o clima organizacional, refletem-se no bem-estar do
colaborador e na produtividade das organizações.
O clima e o comprometimento com a organização são construtos atitudinais,
debatidos na área acadêmica e entre consultores e executivos. Entretanto, é
principalmente no discurso sobre gerenciamento que a relação entre os construtos
13 13
surge de maneira mais recorrente. Segundo a lógica difundida entre consultores e
executivos, principalmente os relacionados a área de gestão de pessoas,
trabalhadores com percepção mais positiva com relação ao clima organizacional
apresentam níveis maiores de comprometimento com a organização. (Reinert,
2011).
Segundo Rosa e Pillati (2007), a qualidade de vida é medida pela satisfação
das pessoas no ambiente familiar, na vida social e sexual. Sendo que a Qualidade
de Vida no Trabalho (QVT) é algo que acontece dentro das pessoas e entre as
pessoas, num processo de relacionamento com base no respeito mútuo entre todos
os integrantes do grupo de trabalho.
E no processo participativo na solução de problemas, para o qual a
organização e os colaboradores não só produzirão melhores soluções e discussões,
assim como, um clima de maior satisfação com as pessoas no trabalho.
CHIAVENATO (2005, p. 314) “os benefícios e serviços prestados pela
organização aos seus colaboradores influencia poderosamente o grau de qualidade
de vida na organização”.
2.3 Ambiente de trabalho e Clima organizacional
De acordo com Joyce e Slocum Jr (1990) apud Reinert, et.al (2011) o
clima é a representação de uma resposta intrinsecamente de natureza psicológica a
um estímulo vindo de fora. E esse estímulo é subjetivo porque depende da
percepção da pessoa, que o recebe, ou seja, demonstrando que a percepção
pessoal de clima não seria a descrição verídica do ambiente de trabalho.
Para Pires e Macêdo (2006, p. 87); “As organizações estão inseridas
dentro de um ambiente e interagem com ele, recebendo dele influências e
influenciando-o.” Os indivíduos que trabalham nas instituições, são agentes que
constantemente estão contribuindo para o intercâmbio, dos valores, sendo eles
partes da formação da cultura da organização.
O lugar onde os serviços ou tarefas são executados, podem oferecer
riscos, que podem ser provocados pelo ambiente, tipo de tarefa realizada. Sendo
14 14
esses riscos conhecidos como riscos ambientais e classificados em cinco categorias:
riscos físicos, riscos biológicos, riscos de acidentes, riscos químicos e riscos
ergonômicos.

Riscos Físicos: ruído, vibrações, umidade, radiações e frio ou calor.

Riscos Biológicos: vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos.

Riscos Acidentais: arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, máquinas
e equipamentos sem proteção.

Riscos Químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores e
substâncias químicas.

Riscos Ergonômicos: esforço físico intenso, exigência de postura inadequada,
monotonia e repetitividade, imposição de ritmos excessivos.
Os riscos ergonômicos representam a adaptação do trabalho ao homem,
visando a realização da tarefa, o ambiente específico em que a tarefa será realizada,
as ferramentas utilizadas, que visam o beneficio do usuário.
De acordo com a NR 17, no item 17.5.2 (1), letra “a”, é entendido como um
ambiente agradável e ergonomicamente adequado, onde haja um nível de ruído
entre 55 e 65 dB (decibel); na letra “b”, entende-se que este ambiente deve ter uma
temperatura efetiva entre 20 e 23º C; além de apresentar um nível de iluminância
superior a 200 Lux.
Nos riscos ergonômicos como esforço físico intenso, levantamento e
transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de
produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno ou jornada
prolongada de trabalho e monotonia e repetitividade, várias conseqüências podem
ser provocadas de um modo geral, devendo ser avaliadas detalhadamente, de
acordo com o caso.
As conseqüências podem vir a afetar a saúde do empregado provocando
vários sintomas como cansaço, dores musculares, fraquezas, doenças como
hipertensão arterial, úlceras, doenças nervosas, agravamento do diabetes,
alterações do sono, da libido, da vida social com reflexos na saúde e no
comportamento, acidentes, problemas na coluna vertebral, taquicardia, cardiopatia
(angina,
infarto),
agravamento
comportamentos estereotipados.
da
asma,
tensão,
ansiedade,
medo
e
15 15
Dessa forma é imprescindível que as tarefas sejam feitas em ambientes
adequados e de forma correta, pois, podem provocar as doenças conhecidas como
DORT – Doenças osteomusculares esqueléticas relativas ao trabalho. Que são
doenças adquiridas no trabalho, em função do seu exercício.
Segundo MARRAS (2000) “o conjunto dessas doenças é estudado pela
ergonomia.” A ciência ergonomia, que vem do grego ergos trabalho e nomos leis)
foi criada depois da Segunda Guerra Mundial e se propõe a estudar a relação
existente entre o homem e seu ambiente de trabalho
Dentro desse conjunto de patologias decorrentes da DORT, está a lesão por
esforço repetitivo – LER. Muito conhecida pelos usuários de computador, provocada
por posturas, métodos ou condições inadequadas no exercício da função, chegando
em alguns casos até a licença e aposentadoria por invalidez, devido ao seu
agravamento, trazendo sérios transtornos ao trabalhador. E também pelos
professores, devido ao movimento repetitivo de escreve no quadro, anos após anos.
De acordo com os ergonomistas MONOD, LILLE, Apud DEJOURS (1994,
p.22) “a noção de carga em ergonomia é de modo geral associada à preocupação
de quantificação e objetividade”.
Salienta, que em se tratando de carga psíquica, não é possível fazer a
quantificação de uma vivência que antes de tudo é qualitativa, como cita:
O prazer, a satisfação, a frustração, a agressividade, dificilmente se deixam
dominar por números. Da mesma forma pode falar-se de uma armadilha
quando se quer dar conta em termos objetivos de uma vivência individual ou
coletiva que é, por definição, subjetiva. Essa vivência subjetiva não pode,
por sua vez, ser relegada a uma simples classificação de fantasmas ou
quantidades negligenciáveis. A subjetividade da relação HOMEMTRABALHO tem muitos efeitos concretos e reais, mesmo se eles são
descontínuos.
Os reflexos dessa subjetividade podem ser encontrados no absenteísmo, nas
greves ou até mesmo no presenteísmo, ou seja, naquele engajamento excessivo a
uma tarefa por certos trabalhadores.
DEJOURS (1994, p.23) explica que dessa forma o indivíduo não consegue
relaxar e então deverá utilizar sua musculatura como: fuga, crise de raiva motora,
16 16
atuação agressiva, violência, oferecendo assim toda uma gama de “descargas
psicomotoras” ou comportamentais.
E como essa energia não pode ficar no organismo por muito tempo, ela recua
para o corpo, desencadeando certas perturbações como angústia ou agressividade,
podendo resultar na fadiga. “A fadiga é uma testemunha não específica da
sobrecarga que pesa sobre um ou outro dos setores do organismo psíquico e
somático.” (DEJOURS, 1994, p.29).
É importante ressaltar que a procura por um clima saudável de trabalho, a
satisfação do pessoal, não é um objetivo estanque em si próprio. A busca final é
pelo atendimento pleno às necessidades dos clientes, bem como da sociedade em
geral.
“Os valores são importantes no estudo do comportamento organizacional
porque estabelecem a base para compreensão das atitudes e da motivação, além
de influenciarem nossas percepções” (ROBBINS, 2002, p.60).
ROBBINS (2002) cita três tipos de atitudes mais apontadas nos estudos mais
recentes sobre comportamento organizacional: satisfação com o trabalho;
envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional.
Lembre-se, o trabalho de uma pessoa é muito mais do que as atividades
óbvias, como organizar papéis, atender clientes ou dirigir um caminhão. O
trabalho requer a convivência com colegas e superiores, a obediência a
regras e políticas organizacionais, o alcance de padrões de desempenho e
a aceitação de condições de trabalho geralmente abaixo do ideal, entre
outras coisas. ROBBINS (2002. p.74)
Diante disso, o ambiente em que se exerce as atividades diárias de trabalho
deve ser agradável, adequado as necessidades de trabalho, para que o trabalhador
se sinta motivado.
De acordo com Castor e José (1998) apud Pires e Macêdo, a alta autonomia
operacional dada às organizações públicas, incorre em privilégios corporativistas,
práticas de favorecimento e de clientelismo e em alguns casos em exercício
duvidoso do cargo.
Devido a isso, na relação entre as demandas das organizações públicas, a
primordial que todos devem levar em consideração é a tentativa de mudar a cultura
17 17
estabelecida a elas desde o início da geração do serviço público. Ficando visível
afirmar que no setor público, o grande desafio colocado a nova gestão pública é
como modificar as estruturas burocráticas, hierárquicas e que sofrem a tendência de
isolar-se das organizações flexíveis e inovadoras.
Esse rompimento somente é possível, quando acontecer uma quebra nos
moldes tradicionais de gestão dos recursos públicos, inserindo uma nova cultura de
administração.
2.4 Motivação
De acordo com DEJOURS (1994, p. 34) “a noção de motivação é utilizada
pelos psicólogos, mas também o é por engenheiros, administradores de empresas,
organizadores e psicossociólogos.” As vezes ela é direcionada aos indivíduos, a
grupos a coletividade ou as massas. Segundo ele a motivação está ligada ao desejo.
O desejo seria um subconjunto da motivação. A motivação poderia ser uma
produção do desejo, ou o desejo seria o cerne da motivação, ou ainda
mesmo, o desejo seria a parte inconsciente e oculta da motivação, “a parte
imersa do iceberg.” (DEJOURS, 1994, p.34).
As pessoas busquem satisfazer suas necessidades e a motivação é a força
motriz que alavanca as pessoas a buscarem a satisfação. As necessidades
representam falta de alguma coisa ou carências, advindas do meio exterior que
circunda o indivíduo e o ultimo estágio é o da auto-realização.
De acordo com MARRAS (2000, p. 35), o professor Frederick Herzberg “foi
quem mais ressaltou a questão da importância da motivação no trabalho”, afirmando
que os seus estudos demonstraram que o maior fator motivacional para o indivíduo
encontra-se no interior de seu próprio trabalho.
DEJOURS (1994, p.35), afirma que o conceito de motivação pode ser
variável, pois refere-se a comportamentos e cita alguns conceitos de acordos os
autores:
18 18
Entre aqueles que se utilizam do conceito, por outro lado, H. Pieron (1968:
397-398) definiu a Motivação como um “fator psicológico que predispõe o
indivíduo, animal ou humano, a realizar certas ações ou a tender a certos
fins.” Para R.S. Peters (1973), a utilização do conceito de motivação pelos
psicólogos “implica mais do que o fato de que um comportamento seja
diretivo”.
Já para outros autores, segundo a concepção de DEJOURS (1994),
motivação serve para marcar a diferença entre os comportamentos que não são
nada mais que hábitos que derivam de uma seqüência de realizações
comportamentais, que às vezes se distinguem das normas convencionais. Ainda,
todo comportamento é motivado e mostra a sua intenção. Salienta ainda, que é a
organização do trabalho que determina as relações entre desejo e motivação.
Vromm e Rotter “permeiam a reflexão de que o comportamento humano é
sempre orientado para resultados: as pessoas fazem coisas esperando sempre
outras em troca” (MARRAS, 2000, p.37). Segundo esse modelo há duas variáveis
que determinam a motivação das pessoas: o valor da recompensa e o que se
espera como recompensa.
De acordo com Gaster (1999) apud Pires e Macêdo (2006), a baixa qualidade
dos serviços públicos cria e perpetua uma perspectiva baixa com respeito ao que
pode ser ofertado, tanto aos usuários dos serviços públicos como aos prestadores
de serviços, contribuindo, dessa maneira, para criar um ciclo vicioso de insatisfações
frustrações de gestores e usuários.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A palavra método é derivada da palavra grega méthodos, constituída por duas
palavras que são: metá que significa no meio de, através, entre e acrescentada a
palavra odós, que significa caminho. Dessa forma, pode-se dizer que o método pode
ser definido como o caminho, ou seja, a maneira de se proceder durante um
caminho. (TRUJILLO FERRARI, 1982, apud ZANELLA, 2009).
Sendo neste caso método o caminho pelo qual o cientista segue, para ampliar
o conhecimento sobre certo fato, objeto ou fenômeno. Para Severino (2007) apud
19 19
Zanella (2009). O método nada mais é do que uma série de procedimentos técnicos
e intelectuais, que são adotados para alcançar um conhecimento. E a ciência usa o
método científico, elemento este essencial para o processo do conhecimento
executado por ela, para distingui-la do conhecimento comum e também das outras
modalidades de expressões da subjetividade do ser humano, como a arte, religião e
a filosofia.
Segundo Zanella (2009) a metodologia trata de um conjunto de abordagens
que envolve o método, ou seja, a linha de pensamento ou maneira de raciocínio que
podem ser: indutivo, dedutivo, dialético, quantitativo ou qualitativo. O tipo de
pesquisa a ser utilizado poderá ser: exploratória, descritiva, explicativa, estudo de
caso, etc. E também para realizar a pesquisa e coletar e analisar os dados, que
depois de analisados vão se tornar informações, a respeito da realidade social que
está em estudo, utiliza-se um conjunto de técnicas que podem ser definidas como:
entrevista, observação, questionário, etc.
3.1 Pesquisa qualitativa
A pesquisa qualitativa será o método a ser utilizado na pesquisa a ser
realizada, ela pode ser definida como a pesquisa que se fundamenta em análises
qualitativas, tendo como característica inicial a não-utilização de instrumentos
estatísticos para analisar os dados. A análise tem por base conhecimentos teóricos
empíricos que garantem cientificidade. (Zanella, 2009).
Bogdan (apud TRIVIÑOS, 1987 apud ZANELLA, 2009) indica cinco
características da pesquisa qualitativa:
 Tem o ambiente natural como fonte direta de dados, o pesquisador como
instrumento chave, pois é ele quem observa, seleciona, interpreta e registra as
informações do mundo pesquisado, interagindo com os atores da pesquisa;
 A pesquisa qualitativa é descritiva: pois, descreve os fenômenos através de
significados manifestados pelo ambientes e os resultados são expressos por
entrevistas, narrativas, declarações, fotografias, etc.
20 20
 Pesquisadores qualitativos preocupam-se com o processo, querendo conhecer
como o fenômeno se manifesta;
 Os pesquisadores tendem a analisar os dados indutivamente;
 O significado é sempre a preocupação primordial, os pesquisadores procuram
entender os fenômenos a partir da opinião dos participantes.
A forma da pesquisa a ser utilizada será o estudo de caso que segundo
Zanella (2009), aborda com profundidade tanto um como poucos objetos de
pesquisa, por essa razão possui grande profundidade e pequena amplitude,
procurando conhecer profundamente a realidade de um indivíduo ou um grupo de
indivíduos, de uma instituição, tipo de serviços públicos, etc. Tendo, como
característica primordial a profundidade do estudo.
E o instrumento de coleta de dados a ser utilizado na pesquisa será a
entrevista, por meio de um questionário com perguntas objetivas.
4. COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
A pesquisa de campo foi aplicada uma escola de ensino supletivo, da rede
pública estadual, localizada na cidade de Umuarama, Estado do Paraná. Durante o
mês de outubro de 2011, entre funcionários e professores da escola, tendo sido
entrevistados 10 (dez) pessoas no decorrer da pesquisa e a maioria dos
entrevistados foi composta por pessoas do sexo feminino.
De acordo com os dados levantados na pesquisa, a análise dos dados de
acordo com as questões apresentadas a seguir foram as seguintes:
Figura - 1) QUAL É O GRAU DE SATISFAÇÃO QUANTO AO AMBIENTE FÍSICO
PARA REALIZAÇÃO DO TRABALHO?
21 21
GRAU DE SATISFAÇÃO COM RELAÇÃO AO AMBIENTE FÍSICO
100,00%
Totalmente insatisfeito
80,00%
Insatisfeito
60,00%
Indiferente
40,00%
Satisfeito
20,00%
Totalmente Satisfeito
0,00%
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Segundo os dados levantados nas entrevistas, que foram aplicadas aos
servidores públicos da escola, onde a pesquisa foi aplicada, 90% dos entrevistados,
demonstrou-se satisfeito com o ambiente físico onde o trabalho é realizado e 10%
responder estar totalmente satisfeito.
Figura - 2) QUAL É O GRAU DE SATISFAÇÃO EM RELAÇÃO AO TRATAMENTO
DADO PELOS SUPERIORES PARA FAVORECER O TRABALHO EM EQUIPE?
GRAU DE SATISFAÇÃO COM RELAÇÃO AO INCENTIVO DOS SUPERIORES NO TRABALHO
EM EQUIPE
100,00%
Totalmente insatisfeito
Insatisfeito
50,00%
Indiferente
Satisfeito
0,00%
Totalmente Satisfeito
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Os dados apurados na pesquisa, demonstraram que o tratamento dado pelos
superiores para favorecer o trabalho em equipe, é aprovado por todos, sendo que,
90% dos entrevistados, demonstrou-se satisfeito com o tratamento dos superiores e
10% totalmente satisfeito.
22 22
Figura - 3) QUAL É O SEU GRAU DE SATISFAÇÃO EM RELAÇÃO AS
OPORTUNIDADES
DE
DESENVOLVIMENTO
PARA
CRESCIMENTO
PROFISSIONAL?
GRAU DE SATISFAÇÃO COM RELAÇÃO AS OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO
PROFISSIONAL
60,00%
Totalmente insatisfeito
Insatisfeito
40,00%
Indiferente
20,00%
Satisfeito
Totalmente Satisfeito
0,00%
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Observa-se, que na questão, com relação a satisfação das oportunidades de
crescimento profissional, demonstra que 60%, dos entrevistados se sente satisfeito,
com as oportunidades oferecidas para o crescimento profissional, 20% demonstrouse totalmente satisfeita, 10% se diz insatisfeita e 10% respondeu ser indiferente.
Figura
-
4)
O
DESENVOLVIMENTO
DAS
ATIVIDADES
EXERCIDAS
DIARIAMENTE, SÃO MUITO ESTRESSANTES?
COM RELAÇÃO AS ATIVIDADES DIÁRIAS SEREM ESTRESSANTES
60,00%
40,00%
Sim
Não
20,00%
0,00%
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Observa-se, que na questão 4, houve uma divisão de opiniões quanto as
atividades exercidas diariamente, serem estressantes ou não. Neste caso, 50% diz
que a atividades é estressante sim, mas 50% dos entrevistados, diz que não é
estressante.
23 23
Figura - 5) QUAL O SEU GRAU DE SATISFAÇÃO COM RELAÇÃO AOS
BENEFÍCIOS, OFERECIDOS PELA INSTITUIÇÃO?
COM RELAÇÃO AOS BENEFÍCIOS OFERECIDOS PELA INSTITUIÇÃO
30,00%
Totalmente insatisfeito
20,00%
Insatisfeito
10,00%
Satisfeito
Indiferente
Totalmente Satisfeito
0,00%
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Observa-se, que com relação aos benefícios oferecidos pela instituição, há
uma divergência de opiniões, sendo que: 30% dos entrevistados diz estar
insatisfeita, 30% indiferente, 30% considera-se satisfeita e 10% diz estar totalmente
satisfeita com os benefícios oferecidos pela empresa.
Figura - 6) QUAL O SEU GRAU DE SATISFAÇÃO COM RELAÇÃO AS
ATIVIDADES
E
EQUIPAMENTOS,
OFERECIDOS
PELA
EMPRESA,
NA
PREVENÇÃO DE DOENÇAS OCASIONADAS PELO TRABALHO ?
COM RELAÇÃO AS ATIVIDADES E EQUIPAMENTOS OFECIDOS PELA INSTITUIÇÃO PARA
A PREVENÇÃO A DORT
60,00%
40,00%
Totalmente insatisfeito
Insatisfeito
Indiferente
20,00%
0,00%
Satisfeito
Totalmente Satisfeito
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Observa-se, que no tocante as atividades e equipamentos que são oferecidos
pela empresa, para a prevenção das doenças ocasionadas pelo trabalho, 50% dos
entrevistados se diz insatisfeita, 30% diz ser indiferente a isso e 20%, afirma estar
satisfeita com o que a instituição oferece.
24 24
Figura - 7) NO SEU PONTO DE VISTA, EXISTE UM FAVORECIMENTO COM RELAÇÃO
AO SEXO DA PESSOA, NAS PROMOÇÕES?
SE EXISTE FAVORECIMENTO DE SEXO NAS PROMOÇÕES
60,00%
Nunca
Raramente
40,00%
Ocasionalmente
20,00%
Frequentemente
Muito frequentemente
0,00%
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Observa-se, que de acordo com os dados apresentados, 60% dos
entrevistados diz que nunca existe favorecimento por sexo da pessoa, nas
promoções, já 30% afirma que apesar de ser raro, existe sim o favorecimento das
promoções e 10% diz ocasionalmente isso acontece.
Figura - 8) DE UM MODO GERAL, COMO VOCÊ AVALIA A QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO?
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DE UM MODO GERAL
40,00%
Péssimo
30,00%
Ruim
20,00%
Médio
10,00%
Bom
0,00%
Excelente
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Observa-se, que nos dados apresentados acima, 40% dos entrevistados
afirma que de um modo geral a qualidade de vida no trabalho é boa, 30% diz que é
média e outros 30% dos entrevistados, considera ruim a qualidade de vida no
trabalho.
25 25
Figura - 9) QUAL É O SEU SEXO?
SEXO DOS ENTREVISTADOS
100,00%
Feminino
50,00%
Masculino
0,00%
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Observa-se, que a maioria dos entrevistados, 80% é composta por pessoas
do sexo feminino e apenas 20% do sexo masculino. Demonstrando que as mulheres
predominam no ambiente onde a pesquisa foi realizada.
Figura - 10) QUAL É A SUA FAIXA ETÁRIA?
IDADE
80,00%
Até 20 anos
60,00%
De 20 a 30 anos
40,00%
De 30 a 40 anos
20,00%
De 40 a 50 anos
0,00%
Acima de 51 anos
Fonte: Coleta de dados, 2011. Elaborado pela autora.
Observa-se, que a idade da maioria dos entrevistados 70%, possui idade de
40 a 50 anos, 20% está na faixa de 30 a 40 anos e apenas 10% dos entrevistados
possui acima de 51 anos de idade.
26 26
5. CONCLUSÃO
As organizações públicas se vêem diante da necessidade de inovar, tanto
nos aspectos administrativos como nos políticos. Mais do que isso, precisam integrar
criatividade nos aspectos políticos e técnicos, sendo essa junção inerente e
essencial as ações nessa área.
Em todas as esferas da Administração Pública, a celebração de parcerias
com o setor privado tem aumentado, objetivando adotar ações estratégicas
inovadoras, para promover a redução nas despesas de custeio, aumentar a
arrecadação, otimizar a estrutura organizacional, reduzir de tempo de análise e
tramitação de processos, melhorar o atendimento ao cidadão e principalmente para
garantir uma maior satisfação dos servidores públicos. (TELES, et.al. 2008).
Observa-se que nos últimos tempos, as empresas obtiveram um aumento em
sua produtividade, e isso veio a transformar a vida dos seus empregados
principalmente nas grandes cidades, fazendo com o ritmo de vida ficasse
assoberbado, com excesso de horas trabalhadas e pressão pela produção.
Passando o lado profissional a predominar sobre a vida familiar e o profissional
sendo forçado a ser um superprofissional, não poupando esforços em sua jornada
de trabalho, muitas vezes trabalhando mais de 12 horas por dia.
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é algo que acontece dentro das
pessoas e entre as pessoas, num processo de relacionamento com base no respeito
mútuo entre todos os integrantes do grupo de trabalho.
É importante ressaltar que a procura por um clima saudável de trabalho, a
satisfação do pessoal, não é um objetivo estanque em si próprio. A busca final é
pelo atendimento pleno às necessidades dos clientes, bem como da sociedade em
geral.
A baixa qualidade dos serviços públicos cria uma perspectiva negativa com
respeito ao que pode ser ofertado, tanto aos usuários externos, como aos usuários
internos dos serviços públicos, contribuindo, para criar um ciclo vicioso de
insatisfações frustrações de gestores e usuários.
A pesquisa aplicada realizada com funcionários públicos, de uma escola
pertencente a rede estadual de ensino, que oferece ensino supletivo, demonstrou
27 27
que, dentre os entrevistados a maioria está satisfeita com o ambiente onde o
trabalho é realizado.
Com relação ao tratamento dados pelos superiores ao favorecimento do
trabalho em equipe, assim como sobre as oportunidades de crescimento profissional
a maioria dos entrevistados também demonstrou-se satisfeita.
Na questão onde foi perguntado se as atividades realizadas diariamente são
estressantes, a metade dos entrevistados disse que é estressante e a outra metade,
alegou que não. É importante ressaltar que a pesquisa foi realizada entre
professores e funcionários da escola.
A questão com relação a satisfação a respeito dos benefícios, obteve
resposta distintas entre os entrevistados, pois 30% demonstrou-se insatisfeita, 30%
indiferente e 40% demonstrou-se satisfeita com os benefícios oferecidos pelo
Estado.
No quesito equipamentos e atividades oferecidas para a prevenção de
doenças ocasionadas pelo trabalho, 50% dos entrevistados demonstrou-se
insatisfeita com o que atualmente é oferecido.
Com relação ao favorecimento de pessoas nas promoções a maioria disse,
que nunca ocorre.
No tocante a satisfação dos entrevistados com relação a qualidade de vida de
um modo geral, 40% disse que é boa, 30% diz que é média e 30% diz que é ruim.
O perfil dos entrevistados, 80% são do sexo feminino e 70% possuem entre
40 e 50 anos de idade.
Analisando-se as respostas dos entrevistados de um modo geral conclui-se a
maioria está satisfeita com o ambientes e a gestão da escola, e a título de sugestão
o que poderia ser melhorado são os equipamentos e atividades, na prevenção de
doenças ocasionadas pelo trabalho, para assim, melhorar a qualidade de vida.
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