Funções da linguagem (Gramática – 1º trimestre - 2009) São o conjunto das finalidades comunicativas realizadas por meio dos enunciados da língua, cada uma delas representando os elementos da comunicação: Emissor (locutor), receptor (interlocutor), canal, código, mensagem, referente(contexto). Função referencial ou denotativa (ênfase no contexto) O objetivo é a transmissão de informação. Exemplo: Linguagem inata – Se você é uma daquelas pessoas que odeiam estudar gramática, talvez se sinta mais confortável em saber que você já “nasceu sabendo”. É o que sugere um estudo da Universidade de Rochester, em Nova Iorque. Um experimento com um grupo de surdos da Nicarágua indica que a língua de sinais que utilizam – aprendida em casa, sem uma educação formal – incorpora o conceito gramatical de sujeito da oração, presente em todas as línguas humanas conhecidas. Tal fato parece confirmar uma tese que o lingüista americano Noam Chomsky defende desde os anos 50: a de que a gramática é inata ao homem, em vez de adquirida pelo aprendizado. Para Chomsky, a rapidez com que uma criança aprende uma língua se deve a uma disposição inata para o domínio da gramática. Superinteressante, São Paulo, mar. 2006. Função emotiva ou expressiva (ênfase no emissor) O objetivo é a expressão das emoções, atitudes, estados de espírito do emissor com relação ao que fala. Exemplo: Teus olhos querem me levar Eu só quero que você me leve Eu ouço as estrelas conspirando contra mim Eu sei que as plantas me vigiam do jardim As luzes querem me ofuscar Eu só quero que essa luz me cegue... (Nem 5 minutos. Sérgio Brito e Marcelo Fromer – Titãs) Função conativa* ou apelativa (ênfase no receptor) O objetivo é persuadir* o destinatário, influenciando o seu comportamento. A linguagem da propaganda é a expressão típica da função conativa. Exemplo: Função fática (ênfase no canal) O objetivo é simplesmente estabelecer ou manter a comunicação, o contato entre emissor e receptor. Exemplo: Alô! Alô!, marciano Aqui quem fala é da Terra... (Rita Lee) Função metalinguística (ênfase no código) O objetivo é falar sobre a própria linguagem. Exemplo: Função poética (ênfase na mensagem) O objetivo é chamar a atenção para a própria mensagem, sugerindo que ela é um trabalho de elaboração feito sobre sua forma. Exemplo: O delegado pribiu bombas, foguetes, busca-pés Chamalotes checoslavos enchem o chão de chamas rubras. Chagas de enxofre chinesas chiam, choram, cheiram, numa chuva de chispas, chispas de todos os tons, listas de todas as cores e no fim sempre um Tchi – bum! * Não confundir conativa com conotativa. A linguagem conotativa equivale ao sentido figurado das palavras, já a palavra conativa equivale à função apelativa da linguagem.