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ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Emissor ou destinador: alguém que emite a
mensagem. Pode ser uma pessoa, um grupo, uma
empresa, uma instituição.
Receptor ou destinatário: a quem se destina a
mensagem. Pode ser uma pessoa, um grupo ou mesmo
um animal, como um cão, por exemplo.
Código: a maneira pela qual a mensagem se organiza.
O código é formado por um conjunto de sinais,
organizados de acordo com determinadas regras, em
que cada um dos elementos tem significado em relação
com os demais. Pode ser a língua, oral ou escrita,
gestos, código Morse, sons etc. O código deve ser de
conhecimento de ambos os envolvidos: emissor e
destinatário.
Canal de comunicação: meio físico ou virtual,
que assegura a circulação da mensagem, por
exemplo, ondas sonoras, no caso da voz. O canal
deve garantir o contato entre emissor e receptor.
Mensagem: é o objeto da comunicação, é
constituída pelo conteúdo das informações
transmitidas.
Referente: o contexto, a situação aos quais a
mensagem se refere. O contexto pode se constituir
na situação, nas circunstâncias de espaço e tempo
em que se encontra o destinador da mensagem.
Pode também dizer respeito aos aspectos do mundo
textual da mensagem.
Na tira acima, podemos identificar os
elementos da comunicação: o emissor (quem
transmite a mensagem), o receptor (quem a
recebe), o código (o idioma em que se
comunicam), o canal (no caso, o ar), a
mensagem (o que dizem) e o referencial
(sobre o que falam).
FUNÇÕES DA
LINGUAGEM
FUNÇÕES DA LINGUAGEM

A ênfase num elemento do circuito de
comunicação determina a função de linguagem
que lhe corresponde:
ELEMENTO
FUNÇÃO
Contexto
referencial
Emissor
emotiva
Receptor
conativa
Canal
fática
Mensagem
poética
Código
metalinguística
FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA
Ênfase no emissor.
 É lingüisticamente representada por interjeições,
adjetivos, signos de pontuação (tais como
exclamações, reticências) e agressão verbal
(insultos, termos de baixo calão), que
representam a marca subjetiva de quem fala.
 Exemplo:
Oh? como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias?
(Vinícius de Moraes)

FUNÇÃO CONATIVA OU DE APELO
Busca mobilizar a atenção do receptor,
produzindo um apelo ou uma ordem.
 Pode revelar uma vontade, ou ordenar, que é a
característica fundamental da propaganda.
Encontra no vocativo e no imperativo sua
expressão gramatical mais autêntica.
 Exemplos:
Antônio, venha cá!
Compre um e leve três.
Beba Coca-Cola.
Se o terreno é difícil, use uma solução inteligente:
Mercedes-Benz.

FUNÇÃO FÁTICA
A ênfase está no canal, para checar sua recepção
ou para manter a conexão entre os falantes.
 Nas fórmulas ritualizadas da comunicação, os
recursos fáticos são comuns.
 Exemplos:
Bom-dia!
Oi, tudo bem?
Ah, é!
Huin... hum...
Alô, quem fala?
Hã, o quê?

FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
Visa à tradução do código ou à elaboração do
discurso.
 É a mensagem que fala de sua própria produção
discursiva. Um livro convertido em filme
apresenta um processo de metalinguagem, uma
pintura que mostra o próprio artista executando
a tela, um poema que fala do ato de escrever, etc.
 Exemplos:
— Foi assim que sempre se fez. A literatura é a
literatura, Seu Paulo. A gente discute, briga, trata
de negócios naturalmente, mas arranjar palavras
com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como
falo, ninguém me lia.
(Graciliano Ramos)

FUNÇÃO POÉTICA
A mensagem se volta para seu
processo de estruturação, para
os seus próprios constituintes,
tendo em vista produzir um
efeito estético.
 Pode ocorrer num texto em
prosa ou em verso, ou ainda na
fotografia, na música, no
teatro, no cinema, na pintura,
enfim, em qualquer modalidade
discursiva que apresente uma
maneira especial de elaborar o
código, de trabalhar a palavra.
 Exemplo:

FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA
Privilegia o contexto.
 Evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a
linguagem da comunicação. Faz referência a um
contexto, ou seja, a uma informação sem qualquer
envolvimento de quem a produz ou de quem a recebe.
Não há preocupação com estilo; sua intenção é
unicamente informar.
 Caracteriza
também o discurso científico, o
jornalístico e a correspondência comercial.
 Exemplo:
Todo brasileiro tem direito à aposentadoria. Mas nem
todos têm direitos iguais. Um milhão e meio de
funcionários públicos, aposentados por regimes
especiais, consomem mais recursos do que os quinze
milhões de trabalhadores aposentados pelo INSS.
(Programa Nacional de Desestatização)

RECONHEÇA NOS TEXTOS A SEGUIR, AS FUNÇÕES
DA LINGUAGEM
"O risco maior que as instituições republicanas hoje
correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas
o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez,
paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de
acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do
mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é
fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes
devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já
não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar
ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é
apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem
doer." (O Estado de São Paulo)
 Função referencial


O verbo infinitivo
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)

Função poética
 "Para
fins de linguagem a humanidade
se serve, desde os tempos pré-históricos,
de sons a que se dá o nome genérico de
voz, determinados pela corrente de ar
expelida dos pulmões no fenômeno vital
da respiração, quando, de uma ou outra
maneira, é modificada no seu trajeto até
a parte exterior da boca." (Matoso
Câmara Jr.)
 Funções referencial e metalinguística
"
- Que coisa, né?
- É. Puxa vida!
- Ora, droga!
- Bolas!
- Que troço!
- Coisa de louco!
- É!“
Função fática
 "Fique
afinado com seu tempo. Mude
para Col. Ultra Lights.“
 Função conativa
"
- Que quer dizer pitosga?
- Pitosga significa míope.
- E o que é míope?
- Míope é o que vê pouco.“
 Função metalingüística
 "Sentia
um medo horrível e ao mesmo tempo
desejava que um grito me anunciasse qualquer
acontecimento extraordinário. Aquele silêncio,
aqueles rumores comuns, espantavam-me.
Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me,
desci os degraus e fui espalhar no quintal os
fios da gravata. Seria tudo ilusão?... Estava
doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitarme, dormir, o pensamento embaralhar-se longe
daquelas porcarias. Senti uma sede horrível...
Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei
pregado à janela, olhando as pernas dos
transeuntes." (Graciliano Ramos)
 Função emotiva

"Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi.
Sou filho das selvas
Nas selvas cresci.
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante.
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, forte,
Sou filho do Norte
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi."
(Gonçalves Dias)

Função emotiva - predominância de 1ª pessoa.
• Função Fática
•Função Fática
DESAFIO - QUE FIGURA DE LINGUAGEM É COMUM
ÀS DUAS TIRINHAS?
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