Conclusão. O tratamento com a combinação de ácido fólico

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Folate/Homocysteine Trial
Planejamento do estudo. O estudo foi desenhado para avaliar o efeito da redução dos
níveis de homocisteína no plasma na reestenose após angioplastia coronária. Uma
combinação de ácido fólico, vitamina B12, e piridoxina, referido como tratamento com
folato, ou placebo foi administrado em 205 pacientes por seis meses após angioplastia
coronária com sucesso em um estudo randomizado, prospectivo, e duplo-cego. Os níveis de
homocisteína foram medidos na admissão e nas visitas de acompanhamento.
Características dos pacientes. Idade média: 61 anos. Relação de sexo
masculino/feminino: 80/25 (droga) e 79/21 (placebo). Os fatores de risco mais freqüentes
foram tabagismo, hipertensão, dislipidemia e diabetes mellitus. A medicação no momento
da alta (droga/placebo%) estatina 72/70%, beta-bloqueadores 63/69%, e inibidores da
enzima conversora de angiotensima 35/34%.
Desfechos primários (após nove meses). Reestenose maior que 50%, com seis meses,
medida por angiografia coronária quantitativa.
Desfechos secundários. Composição de eventos adversos cardíacos maiores definidos
como morte de causa cardíaca, infarto do miocárdio não fatal (nova onda patológica Q), ou
revascularização da lesão alvo.
Dose empregada. Os pacientes foram randomizados para receber ácido fólico (1mg),
vitamina B12 (400g), e piridoxina (10 mg) diariamente, referrido como tratamento com
folato, ou placebo.
Resultados. Características basais e resultados angiográficos após angioplastia coronária
foram similares nos dois grupos. Tratamento com folato diminuiu signifigantemente os
níveis plasmáticos de homocisteína de 11,14,3 para 7,22,4 mol/l (P<0,001). No
acompanhamento, o diâmetro luminal mínimo foi significantemente maior no grupo tratado
com folato (1,720,76 Vs 1,450,88 mm, P=0,02), e o grau de estenose foi menos severo
(39,920,3% Vs 48,228,3%, P=0,01). A taxa de reestenose foi significamente menor nos
pacientes tratados com folato (19,6% Vs 37,6%, P=0,01), como necessidade de
revascularização da lesão alvo (10,8% Vs 22,3%, P=0,047).
Conclusão. O tratamento com a combinação de ácido fólico, vitamina B12, e piridoxina
reduz significativamente os níveis de homocisteína e diminuiu a taxa de reestenose e a
necessidade de revascularização da lesão alvo após angioplastia. Esse tratamento barato, o
qual tem mínimos efeitos colaterais, deve ser considerado como terapia adjuvante para
pacientes submetidos a angioplastia coronária.
N Engl J Med 2001,345(22):1593-99.
Resumo.
Dra. Núbia Welerson Vieira
Pós-graduanda do Departamento de Cardio-Pneumologia da FMUSP (InCor-HC/FMUSP)
Revisão.
Prof. Dr. José Antonio Franchini Ramires
Prof. Titular do Departamento de Cardio-Pneumologia da FMUSP (InCor-HC/FMUSP)
Diretor Geral do Instituto do Coração (InCor-HC/FMUSP)
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