SUMÁRIO - IBRATI

Propaganda
SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA - SOBRATI
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
VIRGÍNIA MARIA PEIXOTO FORTINI
SAMU: UMA IMPORTANTE POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE
BELO HORIZONTE - MG
2015
VIRGÍNIA MARIA PEIXOTO FORTINI
SAMU: UMA IMPORTANTE POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE
Dissertação de Mestrado apresentado à Sociedade
Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI, como
exigência complementar para obtenção do título de
Mestre em Terapia Intensiva.
Orientadora: M.e. Kelly Valente Azevedo.
BELO HORIZONTE - MG
2015
SAMU: UMA IMPORTANTE POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE
Esta dissertação de mestrado faz parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em
Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI.
Aprovado em:_______ /_______/__________
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Prof. M.e. Kelly Valente Azevedo
Orientadora
____________________________________________
Prof. Dr. Douglas c. Ferrari
Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI
Examinador
________________________________________
Examinador
________________________________________
Examinador
AGRADECIMENTOS
À Deus, pela Graça concedida para realizar este curso, pelo companheirismo e parceria, e
mais que um Pai, ser meu grande Amigo.
À Sobrati e em especial ao Dr. Douglas Ferrari, razão pela qual me possibilitou a adquirir e
aperfeiçoar meus conhecimentos, a fim de estender-lhes não só a assistência física, mas
emocional e espiritual.
À M.eEnfª Kelly Valente Azevedo, pelo incentivo, força e encorajamento que recebi para
cursar este Mestrado, e pela sua preciosa orientação, sem a qual, seria quase impossível a
realização deste trabalho.
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”
II Timóteo 4:7
RESUMO
FORTINI, V. M. P. O SAMU como política pública de saúde. 2015.24f. Dissertação
(Mestrado em Terapia Intensiva) - Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI.
Belo Horizonte. 2015.
Este estudo é uma revisão bibliográfica que visa compreender a importância do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência – SAMU como política pública de saúde e seu papel, assim
como os benefícios trazidos para população em geral. O atendimento adequado e o tempo
decorrido entre o acidente e a admissão hospitalar é um fator extremamente relevante para
reduzir a mortalidade das vítimas de lesões produzidas por acidentes.A primeira hora (golden
hour) após a ocorrência de uma lesão traumática é considerada o tempo crítico para a
instituição do tratamento que modificará o seu prognóstico, uma vez que até 40% dos óbitos
ocorrem na fase pré-hospitalar do cuidado.A divulgação deste trabalho será importante para
que se possa avaliar o aumento crescente destas demandas em relação ao atendimento
hospitalar, a importância e o papel fundamental do SAMU no atendimento a estas urgências,
estendendo de forma justa e igualitária o atendimento médico nos hospitais e nas unidades de
saúde a toda a população.
Palavras-chave: Atenção Pré-Hospitalar; Emergências; Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), acidentes de trânsito, atenção primária à saúde; avaliação de serviços de
saúde.
ABSTRACT
FORTINI , V.M.P. SAMU as a public health policy. 2015.24p . Dissertation (Master in
Intensive Care) - Brazilian Society of Intensive Care - SOBRATI . Belo Horizonte. 2015.
This study is a literature review that aims to understand the importance of Customer Service
Mobile Emergency - SAMU as public health policy and its role, as well as the benefits
brought to the general population. The proper treatment and time elapsed between the
accident and hospital admission is an extremely important factor to reduce mortality for
victims of injuries produced by accidents. The first hour (golden hour) after the occurrence of
a traumatic injury is considered the critical time for the institution of treatment will change the
prognosis, since up to 40% of deaths occur in the pre-hospital care. The disclosure of this
work will be important to be able to assess the increasing demands of these in relation to
patient care, the importance and role of SAMU in attending to these emergencies, extending
in a just and egalitarian medical care in hospitals and units health for the entire population
Key-words: Prehospital Care, Emergency, Mobile Service Emergency (SAMU), traffic
accidents, primary care, evaluation of health services.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APH -
Atendimento Pré-Hospitalar
APVP -
Anos Potenciais de Vida Perdidos
ATLS -
Advanced Trauma Life Support
DNIT -
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
IPEA -
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
OMS -
Organização Mundial de Saúde
SAMU-
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SAVT -
Suporte Avançado de Vida no Trauma
SBAIT-
Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado
SIM -
Sistema de Informações de Mortalidade
SUS -
Sistema Único de Saúde
USA -
Unidade de Suporte Avançada
USB -
Unidade de Suporte Básico
UTI-
Unidade de Terapia Intensiva
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9
1.1 Objetivo ............................................................................................................................. 12
1.2 Metodologia ....................................................................................................................... 12
3 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 13
3.1 Criação e Implantação do SAMU ................................................................................... 13
3.2 Política Nacional de Atenção às Urgências .................................................................... 14
3.3 TRAUMA: uma questão de Saúde Pública .................................................................... 16
4 REVISÃO TEÓRICA - O PACIENTE VITIMADO E SUAS NECESSIDADES ....... 19
4.1 Caracterização do paciente vítima de trauma ............................................................... 19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 21
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 22
9
1 INTRODUÇÃO
O impacto envolvendo acidentes na saúde da população brasileira tem contribuído
para a diminuição da qualidade e da expectativa de vida nas diversas faixas etárias,
principalmente entre jovens e adolescentes. Esse impacto tem aumentado os custos sociais
com cuidados em saúde, previdência, absenteísmo ao trabalho e à escola.
Quando fala-se em trauma, em todas as suas apresentações, percebe-se que a violência
tem crescido de forma avassaladora no país elevando os indicadores de morbidade e
mortalidade, fazendo vítimas fatais ou que podem permanecer sequeladas. Tal fato tem
aumentado o ônus devido ao alto tempo de internações hospitalares e acréscimo dos anos de
vida perdidos da população jovem, que constitui a grande maioria dessas vítimas³.
Segundo Brasil (2007), a magnitude que os acidentes de transporte terrestre
apresentam em todo o mundo, em especial nos países de média e baixa renda, expressa no
grande número de mortes, incapacidades e seqüelas psicológicas, fez com que os organismos
internacionais – Nações Unidas, Banco Mundial e Organização Mundial de Saúde (OMS) –
promovessem iniciativas para alertar e apoiar os países para a urgência do desenvolvimento
de políticas públicas intersetoriais para o enfrentamento do problema.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
revelou que o custo anual dos acidentes de trânsito no Brasil é de aproximadamente R$ 40
bilhões. Dentro desse número está o custo com acidentes em aglomerados urbanos, superior a
R$ 9 bilhões, e o custo dos acidentes em rodovias, de aproximadamente R$ 30 bilhões
(TRINDADE, 2012).
Segundo a pesquisa do IPEA, o custo médio unitário de um acidente com morte em
rodovia no Brasil é de mais de R$ 566 mil, custos estes devidos principalmente aos custos
com cuidados em saúde, à perda de produção, relativo à morte das pessoas ou interrupção de
suas atividades, seguido dos custos associados aos veículos, e, além dos custos diretos, há
vários outros custos indiretos, muitas vezes invisíveis, de impactos imensuráveis, que acabam
promovendo uma desestruturação familiar e pessoal.
Para se ter uma idéia da gravidade representada por esses acidentes de trânsito em
situações socioeconômicas, uma pesquisa médico-hospitalar realizada pelo Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no ano de 2009, apontam que as perdas
econômicas, somente em 2007, ascendem cifras superiores a R$814 milhões, decorrentes das
10
perdas e rendimentos futuros por morte ou invalidez, além dos custos dos atendimentos
médico-hospitalares (ECENGE CONSULTORIA E PLANEJAMENTO S/C, 2009).
De acordo com uma publicação de Velloso, Alves e Sena (2008), os casos de acidentes
representam um impacto sobre o SUS e a sociedade como um todo, o que pode ser mensurado
a partir do aumento dos gastos com internação hospitalar, assistência em Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) e alta taxa de permanência hospitalar desse perfil de paciente. Dentre os
prejuízos sociais, constata-se o aumento de 30% no índice de Anos Potenciais de Vida
Perdidos (APVP) em relação aos acidentes e violências, ao passo que por causas naturais, esse
dado encontra-se em queda, por isso, considerando a necessidade de desenvolvimento da
capacidade de atendimento de urgência no Brasil, a Portaria GM/MS nº 2.923, de 1998
(BRASIL, 2006b) determina investimentos nas áreas de assistência pré-hospitalar móvel,
assistência hospitalar, centrais de regulação de urgências e capacitação de recursos humanos,
e, sendo considerado como uma das portas de acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS),
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) assume novo papel no centro
das políticas públicas de saúde em urgência no País uma vez que se projeta sobre ele um novo
e mais amplo olhar. Essa nova perspectiva se insere em um modelo de atenção que propõe a
promoção da saúde e a prevenção de doenças, com minimização de agravos permanentes, que
tem como propósito reestruturar o modelo técnico assistencial em saúde no País. O SAMU
192 se constitui em um importante observatório da saúde da população e dos déficits do
sistema de saúde. Induz a organização de redes de atenção e a processos de pactuações
regionais. Além disso, permite o enlace com outros atores não oriundos da saúde, como, por
exemplo, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal e as Forças Armadas
(BRASIL, 2009).
Em 2002 foi aprovado o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e
Emergência, que estabelece a Regulação Médica das Urgências e Emergências, atendimento
pré-hospitalar (APH), atendimento pré-hospitalar móvel, atendimento hospitalar e transporte
inter-hospitalar. Além disso, propõe a criação de Núcleos de Educação em Urgências e a
proposta de grades curriculares que favorecem a capacitação de recursos humanos na área.
De acordo com Velloso, Alves e Sena (2008), o componente pré-hospitalar móvel da Política
Nacional de Atenção às Urgências foi instituído em 2003, por meio da Portaria GM/MS nº
1.864 (BRASIL, 2006b), com a implantação dos Serviços de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU) e seus Núcleos de Educação em Urgência.
A
referida
Portaria
propõe
parâmetros
de
estruturação
desses
serviços,
disponibilização de um veículo de suporte básico à vida para cada 100 a 150 mil habitantes e
11
um veículo de suporte avançado de vida para cada 400 a 450 mil habitantes. As despesas de
custeio com a implantação e a estruturação da área física das Centrais do SAMU devem ser de
responsabilidade compartilhada entre a União, estados e municípios. Os demais recursos
necessários para o custeio das equipes deverem ser coberto pelos Estados e Municípios de
acordo com a pactuação estabelecida na Comissão Intergestores Bipartite (VELLOSO;
ALVES;SENA, 2008).
Atualmente, as ações do SAMU no Brasil são acompanhadas pelo Comitê Gestor
Nacional de Atenção às Urgências, o qual tem como função assessorar gestores e instituições
diretamente envolvidas na estruturação e na organização da atenção às urgências no País.
Estão representados no órgão os Ministérios da Saúde, da Defesa, dos Transportes, das
Cidades e da Justiça e membros de entidades e órgãos ligados à saúde e à Segurança Pública,
como a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal (VELLOSO;
ALVES;SENA, 2008), sendo a população hoje privilegiada com os vários serviços oferecidos
pelos órgãos de poder e domínio público, entre os serviços que com maior freqüência nos
deparamos em atendimento nas ruas estão o SAMU e Corpo de Bombeiros.
Este estudo tem como objetivo compreender a importância do SAMU como política
pública de saúde, entendendo qual seu papel no atendimento às urgências traumáticas no
Brasil, com foco de abordagem ao trauma.
A pergunta norteadora deste trabalho é saber se existe uma real importância do SAMU
como Política Pública de saúde.
Justifica-se a escolha do tema proposto pela necessidade de enfatizar a importância do
investimento feito pelo governo brasileiro na implantação deste serviço já que se faz
comprovada o alto índice de atendimento de pacientes com traumatismos decorrentes
principalmente de acidentes de trânsito e a gravidade dos casos encontrados; além de ser um
instrumento para minimizar os gastos públicos com a saúde oriundos destes traumas.
12
1.1 Objetivo
Compreender a eficiência e importância do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), como Política Pública de Saúde.
1.2 Metodologia
Para compreensão deste estudo foi realizado uma revisão bibliográfica nas bases: BVS
e Scielo. Foram selecionados artigos em português com recorte temporal de 2000 a 2010.
Foram excluídos artigos em língua estrangeira, anteriores a 2000 que não contemplaram o
problema em questão. Os descritores utilizados na pesquisa bibliográfica foram: processo de
enfermagem; sistematização da assistência de enfermagem; unidade de terapia intensiva.
13
3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1 Criação e Implantação do SAMU
O trabalho nos serviços de urgência e emergência inclui a luta diária contra a morte,
exigindo esforços e competências da equipe para que a vida vença.
O surgimento de alguns serviços de saúde na assistência pré-hospitalar, tanto público
como privado, foi resultado da necessidade de assistência precoce ao indivíduo em situação
de emergência, desde um mal súbito até traumas provenientes de acidentes ou atos violentos.
Considera-se atendimento pré-hospitalar toda e qualquer assistência realizada, direta
ou indiretamente, fora do âmbito hospitalar, utilizando-se meios e métodos disponíveis. O
atendimento pré-hospitalar, seja móvel, seja fixo, tem como premissa o fato de que,
dependendo do suporte imediato oferecido à vítima, lesões e traumas podem ser tratados sem
gerar seqüelas significativas, variando desde um simples conselho ou orientação médica até o
envio de uma viatura de suporte básico ou avançado ao local da ocorrência, visando à
manutenção da vida e à minimização de seqüelas. Para que isso aconteça, o socorrista deve ter
um conhecimento técnico-científico com o objetivo de oferecer ao atendimento hospitalar
condições de restabelecer a saúde do indivíduo com sucesso através da continuidade do
tratamento oferecido (MINAYO; DESLANDES, 2008).
De acordo com Ladeira e Barreto (2008) o Brasil iniciou as atividades no atendimento
pré-hospitalar nos anos 90, este serviço foi destinado às vítimas de lesões traumáticas e foi
implantado heterogeneamente nas grandes cidades, porém somente em 2003, ele foi
reformulado e passou a chamar-se Serviço de Atenção Móvel de Urgência (SAMU),
abrangendo também o atendimento às urgências clínicas.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) foi idealizado na França,
em 1986 como Service d'Aide Médicale d'Urgence — que faz uso da mesma sigla "SAMU"
— e é considerado por especialistas como o melhor do mundo (DATASUS, 2015).
No Brasil, o SAMU foi implantado pelo governo federal em 2003, em virtude da
ausência de uma política nacional de atendimento pré-hospitalar. O Ministério da Saúde,
através da Portaria nº 1864/GM , em 29 setembro de 2003 (BRASIL, 2006b) iniciou a
implantação do componente móvel de urgência com a criação do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência, SAMU-192, desde a implantação desta portaria, foi instituída a Política
14
Nacional de Urgência e Emergência com o intuito de estruturar e organizar a rede de urgência
e emergência no país.
O
financiamento e a forma de organização do SAMU são
regulamentados pela portaria 2.026, de 24 de agosto de 2011, garantindo este documento e
que 50% do custeio deste serviço será garantido pelo governo federal e a outra metade
dividida igualmente entre estado e Prefeitura. As ambulâncias de Unidade de Suporte
Avançado, que carregam uma equipe com médico, são de responsabilidade do estado; já as de
Unidade de Suporte Básico, são administradas pelo município (BRASIL, 2006b).
O SAMU é administrado pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Saúde,
tendo parceria com o Ministério da Saúde. Pode ser acionado pelo telefone 192 e atende a três
objetivos: atendimento para casos clínicos, a regulação do sistema de vagas de urgência e
emergência em hospitais secundários e terciários por uma central 24h e educação em urgência
e emergência.
O atendimento de urgência é caracterizado pelas ações rápidas e precisas, exigindo do
profissional de saúde um enorme domínio cognitivo, afetivo e psicomotor durante as
atividades desempenhadas (ZAPPAROLI; MARZIALE, 2006).
Para Vargas (2006), o Atendimento Pré Hospitalar (APH), caracteriza-se como o
conjunto de medidas e procedimentos técnicos que objetivam o suporte de vida à vítima,
podendo ser básico ou avançado, estabelecendo-se padrão vital que mais se assemelhe à
normalidade, tendo como conceito supremo não agravar lesões já existentes ou gerar lesões
que não existiam (iatrogenias), bem como transportar a vítima/paciente/cliente para o centro
hospitalar terciário apropriado ou centro de trauma.
Arruda (2007?) reforça a importância do conhecimento e da prática correta no APH,
durante o atendimento do profissional de saúde, resultando na vida ou na morte para um
acidentado, contribuindo na minimização dos resultados decorrentes de uma lesão, reduzindo
o sofrimento da vítima e estabilizando as condições clínicas para o tratamento definitivo.
3.2 Política Nacional de Atenção às Urgências
Uma pesquisa publicada pelo Ministério da Saúde em 2011, retrata que os brasileiros
estão morrendo mais por acidentes com transportes terrestres, principalmente quando o
veículo envolvido é motocicleta. A epidemia de lesões e óbitos ocorridos no trânsito foi
detalhada por meio do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde,
cujos dados de 2010 revelam que 40.610 pessoas foram vítimas fatais, sendo que 25% delas,
15
por ocorrências com motocicletas. Em 2010, foram contabilizadas 145 mil internações no
SUS causadas por acidentes, 15% a mais do que em 2009, representando um investimento de
R$ 190 milhões só em procedimentos específicos no Sistema Único de Saúde (SUS). No
período, houve um aumento de 8% no número de óbitos (BRASIL, 2014).
Integrando o componente pré-hospitalar móvel, a contribuição do SAMU é
fundamental para diminuir os óbitos, o número de sequelas e os custos das internações
hospitalares de vários tipos de enfermidades, devido à diminuição do tempo de internação em
hospitais (RESENDE, 2014).
O SAMU é um serviço que foi instituído para suprir os déficits ao atendimento das
urgências e emergências, além de reduzir a superlotação e desorganização nas portas de
entrada.
Desde então, as urgências têm ocupado historicamente um lugar de marcada
marginalidade no sistema de saúde evidenciando de maneira gritante as deficiências
estruturais do SUS. Os pronto-socorros hospitalares e unidades de urgência não hospitalares
têm suas áreas físicas absolutamente inadequadas e insuficientes, com equipamentos
essenciais à manutenção da vida sucateados ou inexistentes (BRASIL, 2006).
Na época de sua implantação como política pública de saúde, O país passava por um
momento crítico vivenciando uma saúde sucateada com suas portas de entrada lotadas, um
inchaço nos leitos hospitalares, e, além disso, via a morte dos seus pacientes mascarada,
principalmente as vitimadas pelo trauma, pois todo paciente vitimado pelo trauma é
considerado grave, com grande índice de morte. O SAMU veio para descortinar o trauma.
Depois da criação do SAMU, as internações e mortes por causas externas
(afogamento, queda, acidentes de trânsito, etc), e outras emergências clínicas, diminuíram de
forma significativa nas cidades atendidas pelo serviço. A implantação do SAMU permite a
melhora real na sobrevivência dos pacientes graves, conforme verificado nos dados existentes
desse serviço e na experiência mundial. A implantação do ASMU permitirá, ainda, ampliar a
identificação de doadores potenciais de órgãos para transplantes, melhorar a notificação de
acidentes de trabalho e violência contra mulheres, crianças e idosos. Se aumentar a ocorrência
de alguma doença transmissível, como meningite, por exemplo, a Central SAMU-192
também fará notificação às autoridades sanitárias precocemente, permitindo a adoção de
medidas preventivas. Através do SAMU é possível fazer que o Sistema Único de Saúde atinja
grande parte da população. O objetivo é promover a universalização do SUS.
O SAMU também vai agilizar o socorro, uma ver que a Central de regulação irá
mobilizar os profissionais de saúde mais próximos à vitima. A mobilização de equipes
16
médicas de acordo com a necessidade de cada caso, também acarretará na melhor utilização
dos recursos. Em caso de desastre ou calamidade pública, será de responsabilidade da equipe
do SAMU a organização e coordenação com trabalhos de socorro médico às vítimas, em
conjunto com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, a polícia e até de voluntárias para a
triagem de risco das vítimas.
Nessas ocasiões de grande ameaça para a saúde da população, o médico regulador do
SAMU tem, inclusive, autoridade para dispor de todos os recursos do sistema de saúde, tanto
público quanto privado, que garantam o melhor atendimento de emergência às vítimas
(BRASIL, 2006a).
De acordo com o Ministério da Saúde (Brasil, 2006), o SAMU tem como proposta
diminuir o período de internação hospitalar dos pacientes atendidos, uma vez que vários dos
problemas são amenizados pela atuação da equipe no local onde se encontra a vítima. A
resposta à urgência pode ser desde uma simples orientação por telefone ou o envio de uma
ambulância, seja uma unidade de suporte básico (USB) ou avançada (USA), tendo como um
dos pilares o conceito de vaga zero, que garante a realização do atendimento,
independentemente da existência ou não de leitos vagos em unidades de saúde.
3.3 TRAUMA: uma questão de Saúde Pública
A palavra "trauma", do ponto de vista semântico, vem do grego trauma (plural:
traumatos, traumas), cujo significado é “ferida”. Na medicina, a terminologia trauma admite
vários significados, todos eles ligados a acontecimentos não previstos e indesejáveis,
atingindo de forma mais ou menos violenta, indivíduos neles envolvidos, produzindo-lhes
alguma forma de lesão ou dano.
Segundo a Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT),
definições adotadas para o trauma, refere-se ao conjunto das perturbações causadas
subitamente por um agente físico, de etiologia, natureza e extensão muito variadas, podendo
estar situadas nos diferentes segmentos corpóreos. Independente de sua melhor definição, o
trauma hoje no Brasil, é uma doença que representa um problema de saúde pública de grande
magnitude e transcendência, e tem provocado forte impacto na morbidade e na mortalidade da
população (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ATENDIMENTO INTEGRADO AO
TRAUMA, 2015).
17
O Advanced Trauma Life Support (ATLS) ou Suporte Avançado de Vida no Trauma
(SAVT) e o Committee on Trauma sugerem que o trauma deve ser pensado como uma
doença, não como um acidente, pois mais da metade das mortes e das lesões por trauma são
evitáveis, portanto, pensando no trauma como uma doença poderemos tratá-la, já como
acidente não podemos fazer nada (ATLS, 2014.)
De acordo com o ATLS, o trauma é hoje a principal causa de morte entre adolescentes
e adultos jovens, e quando não mata deixa graves seqüelas para o resto da vida. O trauma
reduz a expectativa de vida mais do que o câncer ou as doenças cardíacas e mata mais do que
matou a guerra do Vietnam, sendo assim, com a mudança de pensamento em relação ao
trauma como uma doença, iniciamos sua prevenção através da educação e leis que obrigam
ao uso de capacetes, cintos de segurança, air bag, proibição de álcool ao dirigir e de drogas e,
apesar do trauma consumir grande parte do dinheiro destinado à saúde pública e ao seguro
social, a perda de um ente querido sempre prevalecerá sobre os gastos atingidos.
Para Whitaker, Gutierrez e Koizumi (1998), a avaliação da gravidade do trauma e a
instituição de manobras para manutenção básica da vida, no local do evento, podem
representar a oportunidade de sobrevida para as vítimas de trauma até a sua chegada ao
hospital. Além disso, nessa fase, por meio do processo de triagem, torna-se possível a
adequação de recursos humanos e materiais às reais necessidades da vítima, podendo, desta
forma, exercer influência nas taxas de morbidade e mortalidade.
Stumm et al. (2008), afirma que determinadas situações em que o estado de saúde do
usuário encontra-se gravemente comprometido, a equipe do SAMU realiza o atendimento no
próprio local do agravo. Assim, cada situação é única, com variáveis distintas. Inúmeras
situações podem dificultar a dinâmica do atendimento em ambiente pré-hospitalar, exigindo
da equipe, além de conhecimento científico, habilidades, capacidade de improviso e preparo
físico, permanecendo, muitas vezes, em atendimento no local da ocorrência, o tempo
necessário para a estabilização inicial da vítima e, posteriormente, transportá-la a um hospital
de referência.
De acordo com Ladeira e Barreto (2008), a primeira hora (golden hour) após a
ocorrência de uma lesão traumática é considerada o tempo crítico para a instituição do
tratamento que modificará o prognóstico, uma vez que até 40% dos óbitos ocorrem na fase
pré-hospitalar do cuidado. Esse curto período de tempo é a margem de atuação do serviço de
atenção pré-hospitalar, que visa a retirar a vítima de lesão traumática de forma rápida e segura
do local do evento e levá-la ao local onde receberá o tratamento mais adequado.
18
A realização do atendimento pré-hospitalar nos primeiros minutos após o trauma
objetiva que as medidas de reanimação e estabilização possam impedir o agravamento do
quadro e influenciar a sobrevivência da vítima, mantendo-a em condições de chegar com vida
até o tratamento hospitalar ser possível.
Para tanto, faz-se necessário uma equipe preparada para esse novo paciente que
adentra as salas de urgência, com prontidão ao cuidado imediato, garantindo sua continuidade
e envolvendo, quando necessário, uma equipe multidisciplinar, porém, a contribuição de
variadas profissões de saúde é um desafio à mudança, não é simples nem consensual, exige
canais de participação entre gerentes, equipes de saúde e cidadãos/usuários visando à
estruturação de uma nova atenção básica marcada pela integralidade, pela humanização e pelo
dinamismo na definição de suas funções (PUCCINI; CORNETTA, 2008).
19
4 REVISÃO TEÓRICA - O PACIENTE VITIMADO E SUAS NECESSIDADES
4.1 Caracterização do paciente vítima de trauma
A avaliação de um paciente traumatizado por acidentes, inicia-se antes mesmo da
visualização da vítima, na fase pré-hospitalar do atendimento, chamamos esse estudo de
“cinemática do trauma”, “biomecânica do trauma” ou “mecanismo do trauma”, onde
avaliamos da cena, observamos as circunstancias nas quais aconteceu o evento como por
exemplo o tipo de colisão automobilística (frontal, lateral, traseira), o grau de deformidade do
veículo, altura da queda, tipos de lesões visíveis e possíveis lesões e comprometimentos não
aparentes; toda essa observação da cinemática do trauma é de suma importância para a
avaliação da vítima, pois os danos internos e externos do veículo representam informações
valiosas que geram indícios para as lesões sofridas por seus ocupantes (CARVALHO, 2004a).
Segundo Carvalho (2004a), no trauma, assim como em qualquer outra doença, uma
história clínica completa e precisa, pode levar à indicação ou suspeita de 90% das lesões
apresentadas pela vítima.
Ainda segundo Carvalho (2004a), a equipe que atende a um politraumatizado, deve ter
dois tipos de lesões em mente: a primeira são aquelas facilmente identificáveis no exame
físico, já a segunda, são lesões ditas potenciais ou seja, não se apresentam tão óbvias ao
exame mas podem estar presentes pelo mecanismo do trauma sofrido, sendo que algumas
lesões podem até passar desapercebidas, sendo assim, ressalta-se a importância de se conhecer
a história do acidente, observar e compreender a cinemática da cena, pois essa pode nos levar
à indicação ou suspeita de 90% das lesões apresentadas pela vítima.
Para Carvalho (2004a), devemos entender que os principais pontos de mecanismo
produtor da lesão numa colisão automobilística, são na verdade uma sequência de três: a
colisão entre o veículo e o objeto, a colisão que se dá entre a vítima e o interior do veículo e
por fim a colisão que ocorre entre os órgãos internos da vítima e as estruturas de seu próprio
corpo.
Os impactos sofridos entre a colisão da vítima e o veículo podem ser frontal, lateral,
traseira, angular e capotamento ou capotagem. A injeção da vítima do interior do veículo deve
ser considerada separadamente, pois a probabilidade de lesões quando ocorre este mecanismo,
aumenta cerca de 300%, devendo-se estar atento principalmente às lesões ocultas
(CARVALHO, 2004b).
20
O exame físico inicial, na fase aguda, deve ser rápido e objetivo. É importante lembrar
que pacientes com TCE são politraumatizados, sendo frequente a associação com
traumatismos torácicos, abdominais e fraturas. Hipóxia, hipotensão, hipo ou hiperglicemia,
efeito de drogas narcóticas, e lesões instáveis da coluna vertebral devem ser procurados e
convenientemente tratados (PORTAL EDUCAÇÃO, 2012).
Para Zapparoli e Marziale (2006), o início do tratamento efetivo na vítima dependerá
de um sistema de serviço de emergência bem estruturado, que permita um acesso rápido ao
sistema hospitalar associado ao bom sistema de comunicação e despacho das unidades
contendo socorristas preparados e treinados.
Ladeira e Barreto (2008) destacam a primeira hora após o incidente traumático, mais
conhecida como golden hour, como o tempo crítico para a instituição do tratamento que
resultará num bom ou mau prognóstico, caracterizando 40% dos óbitos prevalentes no período
de cuidado pré-hospitalar.
A necessidade de conhecimento de APH nos dias de hoje é quesito básico para
qualquer profissional atuante de saúde, bem como para todo cidadão brasileiro que
tenha em mente ser útil ao seu próximo em situações que precisem de pessoas com
tais noções. (CARVALHO, 2004a)
A “Golden Hour” ou “Hora de Ouro” tem sido o guia de orientação na abordagem da
vítima de trauma, principalmente associada aos acidentes automobilísticos, onde o tempo é
um fator crucial. O tempo que o socorro leva para chegar até a vítima é conhecido como
“tempo-resposta”, e é uma das variáveis mais importantes no atendimento pré-hospitalar, e ele
tem contribuído para o salvamento das vítimas, usado para guiar nossas habilidades e ações
em situações de salvamento.
21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo visa mostrar a singularidade do atendimento prestado pelo SAMU.
Criado para atender a população com a qualidade, eficácia e agilidade que as urgências
requerem. O SAMU exige uma estrutura eficiente além de equipamentos adequados e
profissionais altamente treinados e com experiência para responder com competência às
demandas, tendo por trás deste serviço, toda uma engrenagem qualificada.
Infelizmente, o sucesso do atendimento pré-hospitalar vai além desta engrenagem que
existe por trás de cada atendimento do SAMU, nem sempre é possível chegar com a vítima
dentro da Golden Hour, uma vez que até 40% dos óbitos ocorrem na fase pré-hospitalar do
cuidado devido a fatores externos como, por exemplo, o transito, falha na comunicação entre
o solicitante e a central de regulação devido a imprecisão de dados etc, também, a falta de
vagas nos hospitais agrava a baixa articulação entre os setores de atendimento pré-hospitalar e
hospitalar.
Os serviços pré-hospitalares e em especial o SAMU, veio padronizar e regular um
subsistema fundamental para salvar vidas, justificando como política pública de saúde no
Brasil, tendo já sido comprovada sua eficácia em vários países do mundo. Portanto, é preciso
que os administradores do SUS invistam na sua continuidade, no aperfeiçoamento de sua
implantação e implementação e no seu monitoramento, buscando excelência e integração com
todo o sistema de urgência e emergência.
22
REFERÊNCIAS
ARRUDA, F.A.E.L. Atendimento Pré-Hospitalar e o Corpo de Bombeiros Militar do
Ceará: Qualidade no Atendimento. [2007?], 16f. Monografia (Especialização em
atendimento ao público e gestão contra sinistros) – Faculdade Metropolitana de Fortaleza,
[2007?].
ATLS. Suporte Avançado de Vida no Trauma para médicos. 9ª.ed. Elsevier , 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise
de Situação em Saúde.Saúde Brasil 2008 : 20 anos de Sistema Único de Saúde (SUS) no
Brasil.
Brasília:
Ministério
da
Saúde,
2009.416p.
Disponível
em
:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2008.pdf. Acesso em 16 out 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Especializada. Regulação médica das urgências. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a. 126
p.: il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção às urgências.3. ed. ampl.
Brasília: Ministério da Saúde, 2006b. 256 p.: il. – (Série E. Legislação de Saúde). Disponível
em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_urgencias_3ed.pdf.
Acesso em 17 out 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise
de Situação em Saúde. Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no Brasil.
Brasília
:
Ministério
da
Saúde,
2007.
Disponível
em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livro_mortalidade_transito.pdf>Acesso em: 14
abr. 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde. Conheça o SAMU -192: o serviço
de urgência médica que vai levar a saúde para mais perto dos brasileiros. Disponível em :
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/10006003183.pdf Acesso em 05 nov 2015.
BRASIL. Portal Brasil. Acesso a informação. Saúde.Acidentes de trânsito causam mais de
40 mil mortes no Brasil. Última modificação:28/07/2014. Disponível em :
http://www.brasil.gov.br/saude/2011/11/acidentes-de-transito-causam-mais-de-40-mil-mortesno-brasil. Acesso em 05 nov 2015.
23
CARVALHO, M. V. Biomecânica do trauma. 2004b. (Apresentação) Disponível em :
http://docslide.com.br/documents/biomecanica-do-trauma-55993a2d524aa.html. Acesso em
20 out 2015.
CARVALHO, M. V. Cinemática do trauma. 2004a. (Apresentação de Trabalho/Conferência
ou palestra).
DATASUS. Departamento de informática do SUS. SAMU: Apresentação.2015.Disponível
em : http://datasus.saude.gov.br/projetos/52-samu. Acesso em 20 out 2015.
ECENGE CONSULTORIA E PLANEJAMENTO S/C. Relatório das Alterações dos
Procedimentos: Pesquisa Médico-Hospitalar - Rio de Janeiro – Mato Grosso – Rondônia –
Bahia
–
Rio
Grande
do
Sul.2009.
Disponível
em
:http://www.dnit.gov.br/download/rodovias/operacoes-rodoviarias/estatisticas-deacidentes/pesquisa-medico-hospitalar-alteracoes-dos-procedimentos-2009.pdf. Acesso em set
2015.
LADEIRA, R.M.; BARRETO, S.M. Fatores associados ao uso de serviço de atenção préhospitalar por vítimas de acidentes de trânsito. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v.
24, n.
2, p.
287-294, fev.
2008
.
Disponível
em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2008000200007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 10 set. 2015.
MINAYO, M.C.S.; DESLANDES, S.F. Análise da implantação do sistema de atendimento
pré-hospitalar móvel em cinco capitais brasileiras. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v.
24, n.
8, p.
1877-1886, ago.
2008
.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2008000800016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 05 set. 2015.
PORTAL EDUCAÇÃO. O Paciente Vítima de Trauma.Artigo por Colunista Portal Educação
quarta-feira,
21
de
nov
2012.Disponível
em
: http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/21850/o-paciente-vitima-detrauma#ixzz3kFRMxOES. Acesso em 16 nov 2015.
PUCCINI, P.T.; CORNETTA, V.K. Ocorrências em pronto-socorro: eventos sentinela para o
monitoramento da atenção básica de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 24, n.
9, p.
2032-2042, set.
2008
.
Disponível
em<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2008000900009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 15 out. 2015.
24
RESENDE, G.M. (Ed.). Avaliação de políticas públicas no Brasil: uma análise de seus
impactos regionais.Rio de Janeiro: Ipea, 2014. v. 2 : il. Disponível em :
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_avaliacao_politicas_2.p
df. Acesso em 15 out 2015.
SANCHES, S.; DUARTE, S.J. H.; PONTES, E.R.J.C. Caracterização das vítimas de
ferimentos por arma de fogo, atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em
Campo Grande-MS. Saude soc., São Paulo , v. 18, n. 1, p. 95-102, Mar. 2009 . Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010412902009000100010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 05 set. 2015.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ATENDIMENTO INTEGRADO AO TRAUMA.O Que é
Trauma?Disponível em : http://www.sbait.org.br/trauma.php. Acesso em 15 out 2015.
STUMM, E.M.F.; et al. Estressores e Coping vivenciados por enfermeiros em um serviço de
atendimento Pré-hospitalar. Cogitare Enferm.v.13, n.1, p.33-43. jan/mar; 2008 .Disponível
em <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/cogitare/article/viewFile/11949/8431 > Acesso em:
12 abr. 2010.
TRINDADE, I. IPEA estima custo anual com acidentes em R$ 40 bilhões. Portal Por vias
seguras. Sexta-Feira, 5 de Outubro de 2012. Disponível em :
.http://www.viasseguras.com/os_acidentes/custo_dos_acidentes_de_transito/ipea_estima_custo_anual_com_ac
identes_em_r_40_bilhoes . Acesso em ago 2015.
VARGAS, D. Atendimento pré-hospitalar: a formação específica do enfermeiro na área e as
dificuldades encontradas no início de carreira. Rev Paul Enf. ,v.25, n.1, p.38-43, 2006.
VELLOSO, I.S.C.; ALVES, M.; SENA, R.R. Atendimento móvel de urgência como política
pública de saúde. REME – Rev. Min. Enferm.; v.12, n.4, p.557-563, out./dez., 2008.
Disponível
em
:
http://www.enf.ufmg.br/site_novo/modules/mastop_publish/files/files_4c0e44e2ac0fd.pdf.
Acesso em 17 out 2015.
WHITAKER, I.Y.; GUTIERREZ, M.G.R. de; KOIZUMI, M.S. Gravidade do trauma avaliada
na fase pré-hospitalar. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 44, n. 2, p. 111-119, jun
1998 .
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442301998000200008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 16 set. 2015.
ZAPPAROLI, A.S; MARZIALE, M.H.P. Risco ocupacional em unidades de Suporte Básico e
Avançado de Vida em Emergências.Rev. bras. enferm., Brasília , v. 59, n. 1, p. 41-46, fev.
2006 .
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672006000100008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 20 set. 2015.
Download