SAPSA 10 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NO GERÊNCIAMENTO DE RSSS Maria Cristina Marangoni1, Eglé Novaes Teixeira2 (1) mestranda FEC/UNICAMP [email protected], (2) Orientador, FEC/UNICAMP [email protected] Palavras Chave: Gerenciamento, Resíduo de serviço de saúde, Educação Ambiental Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2004), na resolução 306, o gerenciamento de Resíduo Sólido de serviço de saúde (RSSS) constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejado e implementado a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduo e proporcionar ao resíduo gerado um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, à prevenção da saúde pública, dos recursos naturais e do ambiente. O gerenciamento de resíduo é uma questão relevante quando se pretende atingir o desenvolvimento sustentável. O resíduo sólido é um dos fatores com alto índice de poluição. Sabe-se que o resíduo é uma ameaça para a poluição do solo e, conseqüentemente, para o maior bem da natureza, a água. O RSSS tem alta representatividade dentro do resíduo sólido urbano, não pela quantidade gerada, mas pelo potencial de risco à saúde e ao ambiente (MANDELI, 1997). Sob essa ótica a gestão de RSSS deve contemplar todos os aspectos envolvidos desde a fonte geradora até a disposição segura, bem como a máxima minimização, seja através de reciclagem e educação, buscando inclusive incorporar mudanças no indivíduo quanto à produção, segregação. Buscando conhecer melhor o funcionamento e a eficiência de um Programa de Gerenciamento de Resíduo Sólido de Serviço de Saúde (PGRSSS), foi estudado o PGRSSS do HEMOCENTRO da UNICAMP. Foi verificado cada processo do PGRSSS desse estabelecimento, manejo, segregação, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e o programa de educação. A caracterização do resíduo coletado foi realizada em duas etapas, triagem e quantificação. A quantificação do resíduo gerado foi realizada durante oito meses através da pesagem de todo resíduo sólido coletado, em cada fração segregada de resíduo gerado, escolhendo-se treze semanas no período conhecido como, primavera, verão, outono e inverno. Foi verificada a ação utilizada como programa de educação aos funcionários e pacientes. O número de pacientes atendidos durante as treze semanas, no período da pesquisa, 02 de junho de 2004 a 25 de fevereiro de 2005, foram atendidos 9.400 pacientes no HEMOCENTRO, resultando uma taxa de geração de resíduo de 1,68kg por paciente. O total de resíduo pesado durante as treze semanas foi de 15.855,70kg e o total de resíduo considerado inadequado foi 532,65kg. Portanto para cada 29,7kg de resíduo coletado e pesado, 1kg foi segregado inadequadamente. 19 Observou-se ainda que, o acondicionamento não estava em conformidade com as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 9191 (ABNT, 1993), pois os sacos de resíduo infectante continham um volume maior que o permitido pela Norma, e ainda não eram bem fechados apresentando vazamento. Quanto a coleta e o transporte interno é preciso reavaliar a rota e horários que estão sendo realizados para que, não aconteça durante o horário de atendimento aos pacientes. Através do resultado obtido com a caracterização foi verificado que, é necessário intensificar o programa de educação no PGRSSS, pois a segregação não foi realizada corretamente. Acredita-se que, para um PGRSS eficiente a primeira etapa desse programa deve ser o trabalho com educação. A educação como parte do processo de gerenciamento é fundamental para que, com a participação da comunidade em questão, seja elaborado o Plano de gerenciamento que melhor atenda ao estabelecimento a ser gerenciado (KOHLE, 2994). Se houver maior participação dos funcionários na elaboração do PGRSSS há um maior comprometimento em realizar com eficiência cada etapa do processo de gerenciamento alcançando melhores resultados. Referências bibliográficas 1-AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução 306: Regulamento técnico para gerenciamento de resíduo de serviço de saúde, Brasília, DF, 2004. 2-KOHLE, M.C. Educação Ambiental como Instrumento de Gestão nas Empresas. E.M.R Brasil Ltda. São Paulo, 2004. 3-MANDELLI,S.M.D.C. Variáveis que interferem no comportamento da população urbana no manejo de resíduos sólido domésticos em âmbito das residências. Tese (Doutorado). Universidade Federal de São Carlos, 1997. 20