A indústria brasileira de seguros vem sofrendo mudanças significativas desde 1994. O seguro possuía menor relevância na economia brasileira até a implementação do Plano Real em 1994, que reduziu a inflação com a introdução do real como moeda brasileira. Desde a implementação do Plano Real, e não obstante as várias crises econômicas que afetaram o Brasil após o Plano Real (como em 1998 e 2002), a inflação e as taxas de juros se mantiveram relativamente estáveis e baixas em comparação com o período de vinte anos anterior à implementação do Plano Real, a atividade industrial e do varejo, salários e poder de compra do consumidor têm crescido em geral, e o investimento estrangeiro e doméstico bem como as reservas cambiais têm aumentado. Tais fatos ajudaram a estimular o crescimento do setor de seguros no Brasil. A penetração do setor de seguros no Brasil (receita de prêmio como percentual do PIB) e a densidade (receita de prêmio per capita) aumentaram de aproximadamente 1,3% e US$34,7 em 1993 para aproximadamente 2,5% e US$73,6 em 2003, com aumento superior a 92% e 112% respectivamente. A indústria brasileira de seguros continua crescendo mais rapidamente do que o PIB, e apresentou crescimento real de 1,0% em 2003 apesar da contração de 0,2% do PIB no mesmo período. Durante o primeiro semestre de 2004, o PIB cresceu 4,2%, e a indústria brasileira de seguros cresceu 8,4%, quando comparados com os números do primeiro semestre de 2003. Apesar da sólida taxa de crescimento, a indústria brasileira de seguros e os mercados de seguro nos quais a Companhia atua ainda têm pequena penetração em comparação com outros países. A Companhia acredita que este fator oferece interessantes oportunidades de crescimento. O seguro de automóvel representa um dos maiores segmentos do mercado, respondendo por R$4,9 bilhões de prêmios auferidos até 30 de junho de 2004 nos ramos de acidentes pessoais de passageiros, garantia estendida/mecânica, automóveis, responsabilidade civil do transportador em viagens internacionais e responsabilidade civil de veículos – facultativa. Embora praticamente todas as seguradoras vendam seguro de automóvel, cinco seguradoras foram responsáveis por aproximadamente 60,7% do total das receitas de seguros de automóvel. O seguro saúde também está entre os maiores segmentos do mercado brasileiro e respondeu por R$3,6 bilhões, ou 21,8%, dos prêmios auferidos no primeiro semestre de 2004 nos ramos de saúde individual e saúde grupal. O mercado de seguro saúde desenvolveu-se rapidamente durante a década de 90. Esse aumento se deveu à percepção pública quanto à redução na qualidade dos serviços de saúde oferecidos pelo SUS e os altos preços cobrados por médicos e hospitais particulares. Tal tendência permaneceu inalterada apesar dos problemas econômicos ocorridos em 2002 e 2003 O seguro de vida cresceu nos últimos anos, com aumento nos prêmios de R$5,7 bilhões em 2002 para R$6,1 bilhões em 2003 nos ramos de danos pessoais causados por embarcações, prestamista, educacional, acidentes pessoais individuais e coletivos, DPVAT, vida individual e vida em grupo.