introdução à economia

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
CLÁUDIO ROBERTO CARDOSO DOS ANJOS
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
Jataí - Goiás
2008
CLÁUDIO ROBERTO CARDOSO DOS ANJOS
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
Trabalho apresentado ao Curso de Administração
da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para
a disciplina de Introdução à Economia.
Orientador: Tutora Juliana Carolina Gardenal
Jataí - Goiás
2008
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
01 - TEXTO
O cenário econômico de um país pode ser montado através dos
indicadores econômicos, que são índices obtidos através de pesquisas ou
levantamentos de dados que busca mostrar como está se desenvolvendo a
atividade econômica do país. Eles refletem os acontecimentos econômicos e
podem, ainda, influenciar nas políticas econômicas tomadas pelos agentes
econômicos, uma vez que mostram um retrato da situação passada, presente e
podem mostrar tendências de futuro.
Através dos índices podem ser feitas análises que possibilitam a
compreensão do momento econômico, que são refletidos pelo resultado dos
indicadores que apresentam dados obtidos no momento presente. Quando da
análise de dados passados, permitem entender as causas dos problemas
ocorridos, possibilitando agir pro - ativamente de forma que estes problemas
não voltem a ocorrer. Para as empresas, possibilitam identificar oportunidades
aprendidas com os problemas do passado, bem como ensina como agir em
caso de nova situação semelhante.
Entre os diversos indicadores econômicos são encontrados, também,
aqueles que mostram tendências da economia. São aqueles que trabalham
com as expectativas do futuro. Estes índices não são meros exercícios de
futurologia, mas, sim, são baseados em fatos concretos que dão consistência à
análise da tendência dos rumos da economia. São indicadores importantes,
pois balizam as decisões a serem tomadas, tanto pelos governantes, como
pelos agentes econômicos de forma geral, em especial, as empresas que
devem decidir sobre suas estratégias para crescimento.
Cabe ao profissional de Administração, além de suas atribuições
naturais, também analisar a conjuntura econômica para decidir sobre as ações
que devem ser tomadas para o desenvolvimento de suas empresas.
Tomando por caso o Brasil, vamos verificar alguns indicadores do
momento e, posteriormente analisar suas influências nas empresas.
Em 2003 o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,1%, em 2004
seu crescimento foi de 5,7%, em 2005 cresceu 3,2%, em 2006 cresceu 3,8%,
em 2007 cresceu 5,4% e para 2008 prevê-se crescimento em torno de 5%. O
comportamento do PIB tem sido de muita oscilação, demonstrando que não há
uma estabilidade no processo de desenvolvimento da economia brasileira.
A Balança Comercial brasileira subiu de US$ 24,801 bilhões em 2003
para US$ 33,696 bilhões em 2004, US$ 44,764 bilhões em 2005, US$ 46,457
bilhões em 2006, US$ 40,039 bilhões em 2007 e até julho de 2008 está em
US$ 14,653 bilhões. Podemos observar que as exportações brasileiras têm
crescido bem, entretanto, para este ano o resultado deverá ser menor que em
2007, devendo chegar a aproximadamente US$ 23 bilhões, o que pode
provocar diminuição da produção e, também, diminuição da quantidade de
entrada de Dólares no país, podendo afetar o volume de nossas reservas
internacionais. Reservas altas resultam em segurança para os investidores
estrangeiros, o contrário, gera insegurança. Ressalte-se que nossas reservas
internacionais estão na casa de US$ 205,321 bilhões.
A Taxa do Dólar no Brasil caiu demasiadamente, chegando à casa de
R$ 1,63 depois de ter alcançado R$ 4,00 em 2003. A manutenção da Taxa do
Dólar baixo tem uma implicação negativa no que tange às Exportações
(desestimula o exportador e pode tornar nossos produtos menos competitivos)
e facilita a entrada de produtos importados, que vêm concorrer com a indústria
brasileira. Por outro lado, tem implicação positiva, pois exige um montante
menor de Reais para pagar a Dívida Externa, bem como as importações ficam
mais baratas, reduzindo o custo de matérias primas importadas.
A inflação brasileira está em alta, devendo fechar 2008 em
aproximadamente 6,44% ao ano, pelo índice do IPCA. Aumento de inflação
pode representar diminuição do poder de compra do dinheiro, bem como
enseja medidas governamentais de restrição de crédito e elevação de juros.
Esta condição pode possibilitar diminuição de consumo e conseqüentemente
redução de produção e emprego.
A Taxa Básica de Juros (Taxa Selic) está atualmente em um patamar
ainda alto, de 12,92% ao ano. Veio baixando continuamente, embora muito
lentamente, e nas três últimas reuniões do Copom a taxa sofreu elevação.
Deverá chegar ao final de 2008 acima de 14%. Taxa de juros altos reduz
investimentos
e
consumo,
provocando
queda
na
produção
e
conseqüentemente desemprego. Verifica-se que o Brasil possui o mais alto juro
real do mundo.
02 – RELATÓRIO
Mesmo
que
a
nossa
empresa
esta
em
um
momento
bom
economicamente e bem posicionado no mercado, qualquer investimento agora
será um risco desnecessário. Desta forma devemos ficar cautelosos e aguardar
um momento mais adequado, no cenário econômico, para qualquer ampliação
dos negócios.
Essa posição fica mais clara após analisarmos os índices obtidos no
texto acima e a posterior verificação da instabilidade do cenário econômico
brasileiro, onde os indicadores mostram números não animadores para o futuro
econômico do país. Exemplo do PIB (Produto Interno Bruto) com previsão de
crescimento menor que os anos anteriores, da Balança Comercial brasileira
com previsão de fechamento em queda significativa para esse ano, afetando
assim, conseqüentemente o volume de nossas reservas internacionais, do
dólar em baixa, do crescimento da inflação e das conseqüentes altas de juros
previstas até o fim do ano, ficando assim, arriscado qualquer tipo de
investimento nesse momento.
Diante dos indicadores econômicos e das expectativas negativas de
futuro da economia, devemos acompanhar de perto as tendências e o
momento econômico do país, para que não sejamos pego de surpresa em
nossa estratégia de negócio.
03 – REFERÊNCIAS
ÚLTIMO SEGUNDO. IBGE divulga nova série de PIB até 2005. 21 mar.
2008,
atualizado
em
28
mar.
2008.
Disponível
em
<http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2007/03/21/ibge_divulga_nova_serie
_de_pib_ate_2005_723413.html>. Acesso em: 30 ago. 2008.
CNI. Economia brasileira. ed. especial, pg. 2. dez. 2007. Disponível em <
http://portal.cni.org.br/cni_publishing_agencia_cni.nsf/all/ACC734CF770963198
32573B50048751D/$File/Economia%20Brasileria%2020072008.pdf?OpenElement>. Acesso em: 30 ago. 2008.
RIBEIRO, Ana Paula. FOLHA ONLINE: dinheiro, PIB brasileiro deve crescer
5% em 2008, diz CNI. Brasília, DF. 18 dez. 2007. Disponível em <
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u355916.shtml>. Acesso em:
30 ago. 2008.
PORTAL BRASIL: economia, balança comercial brasileira. 2008. Disponível
em <http://www.portalbrasil.net/economia_balancacomercial.htm>. Acesso em:
30 ago. 2008.
TERRA ECONOMIA: indicadores, títulos públicos federais: 29 ago. 2008.
Disponível
em
<http://br.invertia.com/economia/indicadores/indicadores.aspx?tipo=10>.
Acesso em: 30 ago. 2008.
UOL ECONOMIA: cotações, câmbio: 29 ago. 2008. Disponível em <
http://economia.uol.com.br/cotacoes/>. Acesso em: 30 ago. 2008.
MARTELLO, Alexandro. G1: expectativa do mercado para inflação recua mais um
pouco.
Brasília,
DF.
18
ago.
2008.
Disponível
em
<http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL727416-9356,00EXPECTATIVA+DO+MERCADO+PARA+INFLACAO+RECUA+MAIS+UM+PO
UCO.html>. Acesso em: 30 ago. 2008.
PORTAL BRASIL: taxa selic, sistema especial de liquidação e custódia.
ago.
2008.
Disponível
Acesso em: 30 ago. 2008.
em
<http://www.portalbrasil.net/indices_selic.htm>.
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