1 PROJETO DE UMA FÁBRICA REAL EM SALA DE AULA DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 2 INTRODUÇÃO Este projeto, realizado pelos alunos do Curso de Capacitação Gerencial, tem como objetivo demonstrar as atividades da Administração da Produção, visando satisfazer as necessidades dos consumidores. É um processo de múltiplas etapas, que evolui do conceito até a especificação detalhada. A base desse projeto é a produção de uma sacola, com o propósito de envolver todas as áreas como: Recursos Humanos; Engenharia de Produto; Marketing e Vendas; Engenharia de Processos; Engenharia Industrial; Logística; Manutenção; Qualidade; Gerenciamento de Produção e Sistematização de Pesquisa e Mídia. MISSÃO DA EMPRESA: Ser líder do segmento de embalagens com excelência na qualidade e competitividade; comprometimento com clientes, fornecedores e meio ambiente, além da constante busca de integração com a comunidade. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA I - ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Segundo Chiavenato (2002), a Administração de Recursos Humanos – ARH funciona em um contexto de organizações e de pessoas. Administrar pessoas não significa apenas lidar com aquelas que participam de organizações. Mais do que isto, significa administrar os demais recursos relacionados com as pessoas. Assim, organizações e pessoas constituem a base fundamental em que funciona a Administração de Recursos Humanos. A administração de recursos humanos surgiu dos primeiros estudos das relações industriais no início do século XX com o advento da Revolução Industrial, onde foram surgindo estudos cada vez mais profundos sobre o ser humano nas organizações. Nos Estados Unidos surgiu a ARH no período da 2ª Grande Guerra Mundial e no Brasil a partir do final da década de 70. Segundo Chiavenato (1997), a administração de recursos humanos pode ser abordada sistemicamente. De um modo genérico, a ARH é composta por cinco subsistemas , a saber: provisão, aplicação, manutenção, desenvolvimento e monitoração de recursos humanos. Em função da racionalidade organizacional, da filosofia e cultura organizacional surgem as políticas de recursos humanos. Políticas são regras estabelecidas, normalmente baseadas nos subsistemas citados, para governar funções e assegurar que elas sejam desempenhadas de acordo com os objetivos desejados. Cada organização desenvolve a política de recursos humanos mais adequada à sua filosofia e às suas necessidades. A seguir, será feito um breve detalhamento conceitual sobre as políticas de Recursos Humanos baseadas nos cinco subsistemas de ARH, contextualizando-se em seguida como essas são empregadas na empresa Peg + Leve, cuja razão social é Kraftpel – Industria e Comércio de Embalagens S/C Ltda. 1. POLÍTICA DE PROVISÃO DE RECURSOS HUMANOS De acordo com Chiavenato (2002) a provisão de recursos humanos “ é o processo responsável pela busca de pessoas no mercado de recursos humanos e sua escolha e introdução na organização (...) Trata do insumo de recursos humanos necessários às operações da organização”. 1.1. Pesquisa de Mercado de Recursos Humanos “ O mercado de trabalho ou mercado de emprego é constituído pelas ofertas de trabalho ou de emprego oferecidas pelas organizações, em determinado lugar e em determinada época.” (Chiavenato, 1998, p.169). Para Chiavenato (1998), emprego é o trabalho de uma pessoa em troca da remuneração, enquanto que o mercado de trabalho é o conjunto de empregos. As três situações do mercado de trabalho são: oferta > procura, oferta < procura e oferta = procura. 4 1.1.1 Rotatividade De Pessoal Ou Turnover O termo rotatividade de recursos humanos, segundo Chivenato (1998) é utilizado para definir a flutuação de pessoal entre a organização e o ambiente. As principais causas da rotatividade de pessoal são: fenômenos externos (Ex.: Situação de oferta / procura, as oportunidades de emprego no mercado, etc) e fenômenos internos (Ex.: Política salarial da empresa, critérios de avaliação de desempenho, etc) A rotatividade de pessoal envolve vários custos, como: custos primários (recrutamento / seleção, registro / documentação, integração e desligamento), custos secundários (reflexos na produção, reflexos na atitude do pessoal, custo extralaboral e custo extra-operacional) e custos terciários (custo extra-investimento e perda nos negócios). 1.1.2. Absenteísmo O absenteísmo de acordo com Chiavenato (1998) é uma expressão usada para designar as faltas dos empregados ao trabalho. Ex.: Doença efetivamente comprovada, doença não comprovada, atrasos involuntários por motivos de força maior, problemas de transporte, etc. 1.2. Recrutamento de Pessoal Chiavenato, em 1998, definiu o recrutamento como sendo um conjunto de técnicas e procedimentos utilizados para atrair candidatos qualificados e capazes para ocuparem determinados cargos dentro da organização. No entanto, o recrutamento necessita um cuidadoso planejamento, que são: pesquisa interna (pessoas necessárias para organização), pesquisa externa (o que o RH oferece) e técnicas de recrutamento. 1.2.1 – Meios de recrutamento Segundo Leal (2003), os meios de recrutamento são: anúncio em jornal (aberto, semi-aberto e fechado), rádio, cartazes, placas informativas (fixadas na empresa), contratação de empresas de recrutamento e seleção, contatos com órgãos de classe (Sindicatos, Senac, Senai, Sebrae, etc), contatos com universidades e faculdades, escolas técnicas, escolas profissionalizantes, através de órgãos públicos, etc. 1.2.2 Tipos de Recrutamento Os tipos de recrutamento segundo Leal (2003) são: 5 Recrutamento Interno: havendo vagas em aberto, a empresa procura preenchê-las através do remanejamento de seus colaboradores, através de promoções ou transferências; Recrutamento Externo: havendo vagas em aberto, a empresa procura preenchê-las com candidatos externos atraídos pelas técnicas de recrutamento; Recrutamento Misto: composto pelo recrutamento interno e externo; Recrutamento On-Line: a Internet é um importante canal de contato, cada vez mais as empresas estão utilizando este meio para recrutar pessoas, reduzindo assim custos e gerando uma economia, além da agilidade e comodidade. 1.3. Seleção de Pessoal “Seleção de pessoal é a escolha, entre os candidatos recrutados, aqueles que tenham maiores probabilidades de ajustar-se ao cargo vago e desempenhá-lo bem.” (Leal, 2003). Para Chiavenato (1998), a tarefa do recrutamento é atrair candidatos e a tarefa da seleção é escolher os candidatos adequados. As técnicas de seleção podem ser realizadas através de: entrevistas, provas de conhecimento ou capacidade, testes psicométricos, testes de personalidade e técnicas de simulação. 1.3.1 – Fases da Seleção de Pessoal Leal, em 2003, define como fases de seleção de pessoal: Entrevista; Aplicação de provas ou testes (conhecimento, psicométricos, personalidade); Dinâmica de grupo (máximo 12 pessoas); Escolha do três melhores candidatos; Opção do melhor candidato; Admissão do candidato. 1.4. Integração Segundo Chiavenato (1997), integração são planos e mecanismos (centralizados e descentralizados) aplicados aos novos participantes da organização, ou seja, é o primeiro contato que fazem com a empresa. É de extrema importância que logo de início o funcionário compreenda qual a missão da empresa, sua estrutura organizacional, suas políticas e normas, bem como conheça seus superiores, subordinados e qual será sua equipe de trabalho, ou seja, que conheça o ambiente interno da organização. 2. POLÍTICA DE APLICAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 6 Segundo Chiavenato (1996) é o processo que cuida do posicionamento e aplicação das pessoas em cargos ou funções dentro da organização. O processo de aplicação trata de compatibilizar as pessoas disponíveis e as posições a serem preenchidas. 2.1. Análise e Descrição de Cargos Segundo Chiavenato (2002) a análise e descrição de cargos determina os requisitos básicos da força de trabalho: requisitos intelectuais, físicos descrição de funções, responsabilidades envolvidas e condições de trabalho para o desempenho do papel. Na empresa moderna o processo está exclusivamente assentado em uma base humana e social. Os cargos são desenhados de acordo com o modelo dos recursos humanos, privilegiando as dimensões profundas com variedade de habilidades, identidade com as tarefas, autonomia e retroação. 2.2. Plano de Carreiras Segundo Chiavenato (1997) é a determinação da seqüência ótima das carreiras, definindo as alternativas de oportunidades possíveis dentro da organização, ou seja, é o conjunto de ações programadas que têm por objetivo permitir o desenvolvimento pessoal e profissional de um empregado, de modo que o mesmo consiga, em médio prazo, atingir o potencial que lhe foi detectado. 2.3. Avaliação de Desempenho Segundo Chiavenato (1997) são os planos e sistemáticas para contínua avaliação da qualidade e adequação dos recursos humanos. O processo enfatiza a eficácia, sem se descuidar da eficiência. É a preocupação com os fins, com os objetivos que devem ser alcançados. O processo enfatiza a formação de grupos e estimula a interação social. O trabalho é totalmente baseado nas relações interpessoais e privilegia o contato com outras pessoas. É uma ferramenta que permite avaliar e medir como cada funcionário está desempenhando seu papel dentro da empresa, o quanto está, ou não, correspondendo ao que ela espera seja realizado na função que ocupa. Esta avaliação somente trará benefícios se inserida num “processo” de avaliação e desempenho e se este processo fizer parte do dia-adia do avaliado e do avaliador. Seu objetivo é mapear os resultados apresentados pelos funcionários, tendo como foco o levantamento dos pontos fortes e dos pontos a melhorar, estabelecendo um plano de ação que favoreça a melhoria da qualidade dos serviços prestados, propiciando a melhoria continua e reconhecimento dos destaques. Busca a melhoria dos resultados operacionais e qualitativos da empresa, os quais só poderão ser atingidos mediante colaboração dos membros da organização. 7 Alguns de seus objetivos é a compensação econômica e /ou social mais eqüitativa, o desenvolvimento individual, a melhoria do ambiente de trabalho e a melhoria contínua nos processo de qualidade e adequação dos recursos humanos. 3. POLÍTICA DE MANUTENÇÃO DE RECURSOS HUMANOS De acordo com Chiavenato (1996) é o processo responsável pela manutenção das pessoas trabalhando dentro da organização. O processo de manutenção cuida de todo contexto ambiental necessário para que as pessoas possam trabalhar, predominantemente os fatores higiênicos ou de manutenção. 3.1. Política de Cargos e Salários Segundo LOBOS (1979), a administração de cargos e salários visa a manutenção dos recursos humanos atendendo ao seguinte objetivo: - Atrair – por isso deve ser adequado; Manter – por isso deve haver equidade; Motivar – Tem significado de compensação; Otimizar recursos – por isso dever ser harmonizado. Plano de Cargos e salários é um instrumento que permite aos gestores das empresas a administração de seus recursos humanos na contratação, movimentações horizontais (méritos) e verticais (promoções) de seus colaboradores e retenção dos talentos da empresa. Serve para: - Estabelecer as posições relativas dos cargos na estrutura organizacional; - Estabelecer uma política salarial eficaz que permita a ascensão profissional dos ocupantes de acordo com suas aptidões e desempenhos; - Subsidiar o desenvolvimento do plano de carreiras. Salário é aquilo que se paga diretamente, em dinheiro, como contraprestação ao trabalho. Pode ser fixo ou variável. Há porém várias formas de uma pessoa ser paga por seus serviços, o salário é apenas uma delas. Uma boa política salarial alcança remunerações que não são formadas somente pelo salário propriamente dito. Assim, pode-se dizer que existem dois tipos de remuneração: - Remuneração direta: salário-base + adicionais; Remuneração indireta: Encargos sociais, incentivos estacionamento de funcionários, aluguel, cota de clubes etc). 3.2. Higiene e Segurança do Trabalho não financeiros (ex.: 8 “A Higiene e Segurança do Trabalho constituem duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados. “ (Chiavenato, 1998, p.429). 3.3.1 – Higiene do trabalho A higiene do trabalho segundo Chiavenato (1998), é o conjunto de normas e procedimentos necessários para manter a integridade física e mental do colaborador e está relacionada com o diagnóstico e com a prevenção de doenças ocupacionais. É importante observar as condições ambientais de trabalho (iluminação, temperatura, ruído, umidade, etc.). 3.3.2 – Segurança do trabalho Segurança do trabalho de acordo com Chiavenato (1998), é o conjunto de medidas (técnicas, educacionais, médicas e psicológicas) utilizadas na prevenção de acidentes. A segurança do trabalho tem como foco a prevenção de acidentes, de roubos e de incêndio. 3.4. Relações Sindicais Segundo Chiavenato (2002) essa área administra e cuida das normas e critérios de procedimentos sobre a relação de empregados com sindicatos. A administração moderna de RH apresenta maior flexibilidade para que possa atender às expectativas individuais dos funcionários. 4. POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS De acordo com Chiavenato (1996) este subsistema “cuida do gradativo aperfeiçoamento e melhoria das qualificações pessoais dos participantes. Inclui treinamento e desenvolvimento organizacional. O processo de desenvolvimento cuida de capacitar e desenvolver as pessoas dentro das organizações e dota-las de habilidades, competências, destrezas e conhecimentos necessários ao seu trabalho”. 4.1. Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas Segundo Chiavenato (1997) treinamento é o processo educacional, aplicado de maneira sistemática e organizada, através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos. (...) envolve a transmissão de conhecimentos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente a aspectos da organização, da tarefa e do ambiente, e desenvolvimento de habilidades. Ainda de acordo com Chiavenato (1996) o principal papel desta área é o diagnóstico e a programação da preparação e reciclagem constante dos recursos para desempenho do cargo. Obter o aprimoramento a médio e longo prazo dos recursos disponíveis, visando a contínua realização do potencial existente em posições mais elevadas na organização. 9 Dessa forma, Chiavenato conduz à conclusão de que os principais objetivos do treinamento são: - Preparar o pessoal para execução imediata das diversas tarefas peculiares à organização; - Proporcionar oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal, não apenas em seus cargos atuais, mas também para outras funções para as quais a pessoa pode ser considerada; - mudar a atitude das pessoas, com várias finalidades, entre as quais criar um clima mais satisfatório entre os empregados, aumentar-lhes a motivação e torná-los mais receptivos às técnicas de supervisão e gerência. 4.2. Desenvolvimento Organizacional Segundo Chiavenato (2002) “é a aplicação de estratégias de mudança visando a saúde e a excelência organizacional”. Ainda segundo Chiavenato (1997), os principais objetivos do D.O são: Aumentar o nível de confiança e apoio entre os membros organizacionais; Aumentar a confrontação dos problemas organizacionais dentro dos grupos e entre os grupos, e não varrer os problemas para debaixo do tapete; Criar um ambiente no qual a autoridade designada pelo papel seja aumentada pela autoridade baseada sobre o conhecimento e habilidade; Incrementar a abertura das comunicações laterais, verticais e diagonais; Incrementar o nível de entusiasmo e satisfação pessoal na organização; Procurar dar soluções sinergísticas aos problemas de maior freqüência; Incrementar o nível de responsabilidade individual e de responsabilidade grupal no planejamento e implementação. Na busca dessa excelência, um dos principais fatores que devem ser levados em consideração é a estrutura organizacional, ou seja, a forma como a empresa está organizada hierarquicamente e funcionalmente, pois uma organização bem estruturada agiliza os processos à medida que permite um melhor fluxo do trabalho. Um dos instrumentos mais utilizados para a estruturação é o organograma, que representa graficamente a forma como a empresa está estruturada, ou seja, os departamentos que a compõem, se ela utiliza uma departamentalização vertical (com muitos níveis de hierarquia) ou horizontal (achatamento nas hierarquias e maior importância às atividades), ou ainda se a departamentalização é funcional, por clientes, por projetos, regional, etc. 5. POLÍTICA DE MONITORAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS De acordo com Chiavenato (1996), a política de monitoração de recursos cuida de todo o sistema informacional sobre recursos humanos. Inclui registros e controles de pessoal, banco de dados, sistemas de informações gerenciais sobre pessoal e auditoria em recursos humanos. 10 ENGENHARIA DE PRODUTO PROJETO DE PRODUTOS E SERVIÇOS Produtos e serviços são usualmente a primeira coisa que os clientes vêem em uma empresa. Por este motivo, é importante que sejam projetados para atender a suas necessidades e expectativas. Os clientes também podem esperar que os projetos sejam atualizados com certa freqüência, para exprimir modernidade, avanços tecnológicos e as mudanças de suas necessidades. Logo, além do mérito intrínseco do projeto de seus produtos e serviços, para muitas organizações, o desenvolvimento contínuo de projetos e a criação de projetos totalmente novos também ajudam a definir sua posição competitiva. Os gerentes de produção nem sempre têm a responsabilidade direta pelo projeto do produto ou serviço, mas sempre têm uma responsabilidade indireta de fornecer as informações e as recomendações das quais depende o sucesso do desenvolvimento do produto ou serviço. Vantagem competitiva do bom projeto O objetivo de projetar produtos e serviços é satisfazer os consumidores atendendo a suas necessidades e expectativas atuais ou futuras. Isto, por sua vez, melhora a competitividade da organização. Pode-se observar, portanto, que o projeto de produto e serviço tem seu início com o consumidor e nele termina. Primeiro, a tarefa de marketing é reunir informações dos clientes (e, às vezes, de não-clientes) para compreender e identificar suas necessidades e expectativas e também para procurar possíveis oportunidades de mercado. Seguindo isto, a tarefa dos projetistas de produtos e serviços é analisar essas necessidades e expectativas, como interpretadas por marketing, e criar uma especificação para o produto ou serviço. Esta é uma tarefa complexa, que envolve a combinação de muitos aspectos diferentes dos objetivos de uma empresa. A especificação é então usada como a entrada para a operação, que produz e fornece o produto ou serviço a seus clientes. O que é projetado em um produto ou serviço ? Um produto ou serviço é qualquer coisa que possa ser oferecida aos consumidores para satisfazer suas necessidades e expectativas. Pode-se considerar que todos os produtos e serviços têm três aspectos: - um conceito, que é o conjunto de benefícios esperados que o consumidor está comprando, um pacote de produtos e serviços “componentes” que proporcionam os benefícios definidos no conceito, o processo pelo qual a operação produz o pacote de produtos e serviços “componentes”. Clientes compram “conceitos” Quando os clientes fazem uma compra, não estão simplesmente comprando um produto ou serviço. Estão comprando um conjunto de benefícios esperados para atender a suas necessidades e expectativas. Isto é conhecido como conceito do produto ou serviço. 11 Por exemplo, quando os clientes compram uma máquina de lavar roupas, estão comprando um conjunto de benefícios esperados que podem incluir: um gabinete atraente, que caberá em um espaço normalmente disponível na área de serviço de casas e apartamentos, e proporcionará os meios de limpar as roupas, durante um longo período de tempo, no conforto da própria casa do consumidor. Analogamente, uma refeição em um restaurante é comprada para nos proporcionar mais do que a satisfação de encher nossos estômagos. Os benefícios esperados na compra incluem: um ambiente atraente, no qual se consome uma refeição bem preparada e apresentada, em uma atmosfera relaxante. Nos dois casos, o conjunto de benefícios esperados é denominado conceito do produto ou serviço – isto é, a intenção global do produto ou serviço como vistos da perspectiva do consumidor. O conceito não é uma declaração das diversas pequenas peças que compramos, a caixa, as bombas e o tambor da máquina de lavar ou a carne e os vegetais da refeição; em vez disso, é a forma como os consumidores, e , espera-se, também a organização, seus funcionários e acionistas, percebem os benefícios do produto ou serviço. Segue-se que, para projetar produtos ou serviços, os gerentes de produção devem entender exatamente o que os clientes estão comprando deles. Isto é, devem compreender cuidadosamente o conceito. Os conceitos compreendem um pacote de produtos e serviços Normalmente, a palavra produto sugere um objeto físico tangível, como uma máquina de lavar ou um relógio, e um serviço significa uma experiência mais intangível, como uma noite em um restaurante ou clube noturno. Na realidade, a maior parte, se não todas, das coisas que compramos, é composta de uma combinação de produtos e serviços. A refeição no restaurante inclui: produtos como “comidas” e “bebidas”; serviços como “o fornecimento da comida à mesa” e “as atenções do garçom ou garçonete”. Analogamente, a compra de uma máquina de lavar inclui: o produto, que é “a própria máquina de lavar”; serviços como “garantias”, “serviços pós-venda” e “serviços da pessoa que vende a máquina”. Isto significa que qualquer coisa que esteja sendo projetada, seja ela denominada “produto” ou “serviço”, usualmente envolverá projetar um conjunto de produtos e serviços 12 componentes. Esta coleção de produtos e serviços, em geral, é denominada pacote (que os consumidores compram). Alguns dos produtos ou serviços no pacote são essenciais, isto é, são fundamentais para a compra e não poderiam ser removidos sem destruir a natureza do pacote. Outras partes servirão para melhorar a parte principal. Estas são bens e serviços de apoio. O bem central é a própria máquina. No restaurante, a refeição é a parte principal. O serviço de sua provisão e preparação é importante, mas não absolutamente necessário (em alguns restaurantes, você pode servir-se e cozinhar a própria refeição). Mudando a parte principal ou adicionando ou subtraindo bens e serviços de apoio, as organizações podem oferecer diferentes pacotes, e fazendo isto, projetam conceitos de produto ou serviço muito diferentes. Por exemplo, uma máquina de lavar poderia ser construída em tamanho menor, atendendo ao conceito de máquina para uma “pequena área de serviço”. Alternativamente, poderia ser oferecida sem serviço e garantia pós-venda, como uma “compra econômica”. O restaurante poderia fornecer apenas a comida, devendo você mesmo se servir (conceito de self-service). Alternativamente, você poderia ter que selecionar os alimentos não cozidos fornecidos pelo restaurante e cozinhá-los em pequenos fogões em sua própria mesa. É definindo o pacote de bens e serviços que se inicia a atividade de projeto de transformar o conceito em realidade. Produtos e serviços devem ser criados – o processo O “processo” é a parte da operação que gera bens e serviços, reúne-os em um pacote e os fornece ao cliente para satisfazer o conceito. O fornecimento da maior parte de bens e serviços exige muitos tipos diferentes de processo. Por exemplo, a máquina de lavar inclui três tipos principais de processos: manufatura e montagem de componentes; venda da máquina no varejo; apoio e manutenção pós-venda. Cada processo pode ser dividido em diversos subprocessos. A manufatura e a montagem de componentes, por exemplo, incluirão subprocessos como estampagem, instalação elétrica e controle de estoques. Etapas de Projeto – Do conceito à especificação O resultado da atividade de projeto é uma especificação bem detalhada do produto ou serviço. A especificação exige a coleta de informações, que definem totalmente o produto ou serviço: seu conceito global (especificando a forma, a função e o objetivo global do projeto e os benefícios que trará); seu pacote (especificar todo o conjunto de produtos e serviços individuais que são necessários para preparar e apoiar o conceito); o processo pelo qual o pacote será criado (especificando como os vários produtos e serviços individuais no pacote devem ser produzidos). 13 Para chegar a este ponto a atividade de projeto deve passar por diversas etapas. Estas formam uma seqüência aproximada, embora na prática os projetistas ocasionalmente circulem ou retrocedam através das etapas. A etapa de geração de conceito começa com uma idéia de um produto ou serviço. Isto pode ter origem nos consumidores ou ser exigido para fazer frente às atividades dos concorrentes. Essas idéias precisam ser formalizadas, traduzidas em um conceito de produto ou serviço. Os conceitos são selecionados (triados) por diferentes partes da organização para tentar assegurar que, em termos amplos, eles serão um incremento significativo ao portfólio de seus produtos/serviços. O resultado desses dois primeiros estágios é um conceito de produto/serviço aceitável e consensual para todos. O conceito condensado deve ser transformado em um projeto preliminar do pacote e do processo. Esse projeto preliminar então passa por uma etapa de avaliação e melhoria para verificar se o conceito pode ser mais bem utilizado, mais econômica ou facilmente. Um projeto condensado pode então ser submetido à elaboração de um protótipo e projeto final. O resultado dessa etapa é uma especificação totalmente desenvolvida do produto ou serviço. Geração do conceito Triagem Projeto Preliminar Avaliação e melhoria Prototipagem e projeto final O conceito O pacote O processo Geração do conceito As idéias para conceitos de novos produtos ou serviços podem vir de fontes externas à organização, como consumidores ou concorrentes, e de fontes internas à organização, como o pessoal (por exemplo, o pessoal de vendas e da linha de frente) ou o departamento de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). 14 Idéias dos consumidores A função de marketing é responsável por manter olhos e ouvidos no mercado para identificar novas oportunidades e possíveis produtos ou serviços adequados. Há muitas ferramentas de pesquisa de mercado para coletar dados de maneira formal e estruturada, incluindo questionários e entrevistas. Essas técnicas, entretanto, usualmente tendem a ser estruturadas de uma forma como se somente fossem pôr à prova idéias ou produtos ou serviços em função de critérios predeterminados. Ouvir os consumidores de uma maneira menos estruturada, às vezes, pode ser um meio melhor para gerar novas idéias. Grupos focalizados Um modo formal, mas não estruturado, de coletar idéias e sugestões de consumidores é através de discussões em grupos focalizados. Um grupo focalizado compõe-se tipicamente de sete a dez participantes que não estão familiarizados uns com os outros, mas que foram selecionados porque têm certas características comuns que se relacionam aos tópicos analisados. Os participantes dos grupos focalizados são convidados para “discutir” ou “compartilhar idéias com os outros”. O pesquisador de conceitos tenta criar um ambiente permissivo no grupo focalizado, que alimenta diferentes percepções e pontos de vista, sem pressionar os participantes a votar, planejar ou chegar a um consenso. A discussão do grupo é conduzida diversas vezes com tipos semelhantes de participantes para identificar tendências e padrões nas percepções. Uma análise cuidadosa e sistemática das discussões fornece indícios e insights sobre as oportunidades de produtos ou serviços. Ouvindo os clientes Muitas sugestões e idéias podem vir, todos os dias, dos clientes. Os clientes podem escrever para reclamar a respeito de um produto ou serviço específico ou podem dar sugestão para seu aperfeiçoamento ou substituição. As idéias podem vir na forma de sugestões dadas aos funcionários durante a compra do produto ou prestação do serviço. Infelizmente, alguns funcionários podem não ver a transmissão desta informação como uma função importante; pode até ser que não haja mecanismos disponíveis para facilitar esta transmissão. Idéias das atividades dos concorrentes Muitas organizações observam minuciosamente as atividades de seus concorrentes. Uma nova idéia, traduzida em um conceito, pacote ou processo comercializável, pode dar a um concorrente uma vantagem no mercado, mesmo que seja somente temporária. Organizações concorrentes terão que decidir se seguem as ações do concorrente com um produto ou serviço similar ou se alternativamente surgem com uma idéia diferente, que possam reduzir ou mesmo reverter a liderança do concorrente. Idéias dos funcionários A apenas um passo dos clientes estão as pessoas que devem lidar diretamente com eles. O pessoal de contato em uma organização de serviços ou a pessoa de vendas em uma 15 organização orientada para produtos atende clientes todos os dias. Esse pessoal pode ter boas idéias sobre o que os clientes gostam e não gostam. Pode ter reunido sugestões dos clientes ou possuir idéias próprias a respeito da forma como os produtos ou serviços poderiam ser desenvolvidos para atender melhor às necessidades de seus clientes, ou como uma lacuna não atendida pode ser preenchida numa linha de produtos ou serviços. Infelizmente, poucas empresas têm mecanismos para coletar esses dados, o que implica indiretamente que o papel dessas pessoas é apenas servir o cliente e vender produtos/ serviços, ao invés de contribuir para o desenvolvimento organizacional e a criação de uma vantagem competitiva. Idéias de pesquisas e desenvolvimento Uma função formal encontrada em muitas organizações que produzem produtos (mas ainda em poucas organizações de prestação de serviços) é Pesquisa & Desenvolvimento. Como o nome indica, sua função é dupla. Pesquisa usualmente significa procurar desenvolver novos conhecimentos e idéias para resolver um problema ou oportunidade específica. Desenvolvimento é o esforço para tentar utilizar e operacionalizar as idéias oriundas da pesquisa. Da idéia ao conceito Idéias não são o mesmo que conceitos. Na realidade idéias precisam ser transformadas em conceitos de forma que possam ser avaliadas e então “operacionalizadas” pela organização. Conceitos são diferentes de idéias pelo fato de serem declarações transparentes que englobam a idéia e também indicam sua forma, função, objetivo e benefícios globais. O conceito deveria ser simples de ser comunicado, de forma que todos na organização pudessem entende-lo, realiza-lo e vende-lo. Triagem do conceito Nem todos os conceitos gerados serão necessariamente desenvolvidos posteriormente em produtos ou serviços. Os projetistas precisam ser seletivos na escolha dos conceitos nos quais trabalharão até o ponto de projetar os aspectos preliminares de seu pacote e processo. O objetivo da etapa de triagem (ou seleção) do conceito é considerar o fluxo de conceitos emergindo da organização e avalia-los quanto a sua viabilidade, aceitabilidade e “vulnerabilidade” ou risco. Os conceitos podem ter que passar através de muitos crivos diferentes e diversas funções podem estar envolvidas (por exemplo, marketing, produção e finanças), embora cada um use critérios diferentes para selecionar as propostas. Projeto preliminar Tendo gerado um conceito de produto ou serviço aceitável para as diversas partes de uma organização, a próxima etapa é criar o projeto preliminar. O objetivo desta etapa é ter uma primeira versão de: especificação dos produtos e serviços componentes do pacote; 16 definição dos processos para gerar o pacote. Especificar os componentes do pacote A primeira tarefa desta etapa de projeto é definir exatamente o que estará incluído no produto ou serviço, isto é, especificar os componentes do pacote. Isto exigirá a coleta informações sobre, por exemplo, as partes componentes do pacote de produtos ou serviços, a estrutura de produto/serviço, isto é, a ordem na qual as partes componentes do pacote devem ser reunidas e a lista de materiais, isto é, as quantidades de todas as partes componentes necessárias para constituir o pacote total. A lista de materiais, em especial, é um método para definir produtos ou serviços usado amplamente em outras áreas da atividade de gestão de produção. Definir os processos para criar o pacote A estrutura de produtos/serviços e a relação de materiais especificam o que deve ser reunido; a próxima etapa é especificar como os processos reunirão os vários componentes para produzir o produto ou serviço final. Há muitas técnicas que podem ser usadas para documentar processos. Todas as técnicas, entretanto, têm duas características: mostram o fluxo de materiais ou pessoas ou informações através da operação produtiva; identificam as diferentes atividades que ocorrem durante o processo. Prototipagem e projeto final A próxima etapa na atividade de projeto é transformar o projeto melhorado em um protótipo que possa ser testado. Protótipos de produtos podem incluir modelos em cartão/papelão ou argila e simulações de computador, por exemplo. Resumo O projeto de produtos e serviços consiste na transformação de idéias de novos produtos ou serviços em uma especificação detalhada. As idéias para novos produtos e serviços podem surgir de dentro da organização, do departamento de P&D ou de qualquer pessoa da empresa ou de fora da organização, dos consumidores ou como resultado da ação dos concorrentes. As idéias precisam ser transformadas em um conceito de produto ou serviço, indicando forma, função, objetivo e benefícios das idéias. Nem todos os conceitos são aceitáveis, por isso, são triados em termos amplos, para tentar assegurar que são acréscimos razoáveis ao portfólio de produtos/serviços, que são viáveis, aceitáveis e estão dentro dos limites de risco aceitável. O conceito aceito é depois transformado em um pacote e em um projeto de processo preliminares. Isto envolve a identificação de todas as partes componentes do produto ou serviço, a forma como se ajustam entre si e as quantidades 17 necessárias. O projeto de processo é auxiliado por documentação ou desenhos, técnicas que incluem diagramas de fluxo de processo, folhas de roteiro e estrutura de processamento dos clientes. O projeto preliminar resultante é então avaliado para ser verificar se pode ser feito de uma maneira melhor, de forma mais barata ou mais facilmente . O projeto aceito por todos é testado, usando simulações em computador, teste de mercado ou testes de protótipo. Como resultado dessa atividade, o projeto pode ser revisado e finalmente disponibilizado para a operação produzir e fornecer aos clientes. O resultado dessa etapa é uma especificação totalmente desenvolvida para os produtos e serviços e para os processos que os produzirão e fornecerão aos clientes. Durante os últimos anos, muitas organizações afastaram-se da abordagem seqüencial do projeto de produto e serviço e estão aplicando métodos interativos de projeto. Esta abordagem realiza parte de cada etapa de projeto simultaneamente, usando equipes multidisciplinares. As principais vantagens desta abordagem são: a redução do tempo até o lançamento, a redução do número de problemas de produção, especialmente problemas de qualidade, a redução dos custos de desenvolvimento e um retorno sobre o investimento mais rápido. Os determinantes-chave do menor tempo até o lançamento são desenvolvimento simultâneo, resolução rápida de conflitos e organização por projetos para as atividades de projeto. MARKETING E VENDAS O Plano de Marketing O Plano de Marketing e basicamente um planejamento do marketing mix (composto mercadológico) de uma organização. E seu papel oferecer um mecanismo de orientação ao processo decisório de marketing. Esse plano e como um mapa – mostra a empresa aonde ela esta indo e como vai chegar la. O Plano de Marketing deve identificar as oportunidades de negócios mais promissoras para a empresa e esboçar como penetrar em mercados identificados, como conquista-los e manter posições. E um instrumento de comunicacao que combina todos os elementos do composto mercadológico em um plano de ação coordenado. No plano, são estabelecidos os objetivos da empresa e, depois, a escolha das estratégias mais viáveis para que se atinjam os objetivos. O Plano de Marketing disciplina o planejador, levando-o a colocar suas idéias, fatos e conclusões de ujma maneira lógica. Existe uma variedade de formatos para esse plano, de acordo com o propósito da empresa. Mas, no geral, apresentam os pontos a seguir Analise de mercado O setor A clientela A concorrência 18 Estratégia de Marketing O produto Preço Distribuição Promoção e propaganda Serviços ao cliente (de venda e pos-venda) Relacionamento com os clientes Controle ...estratégias de marketing... 4 P´s PRODUTO Características físicas e funcionais do produto, logomarca e embalagem Principais necessidades a ser supridas. Principais diferenciais do produto em relação a concorrência. PRECO Preço mínimo. Preço ideal. Margem de contribuição e de lucro. PONTO (Distribuição) Locais de venda do produto. Transporte. Entrega. PROMOCAO (Comunicação) Tipo de promoção, propaganda. Mídia e freqüência Custo. Atributos do produto 1. Marca – e um nome, sinal, símbolo, com o objetivo primeiro de identificar o produto. 2. Logomarca – e um símbolo gráfico que conjuga o nome do produto, ou seja, a sua marca, com um modo especial de apresentação. 3. Embalagem – o conceito de embalagem e bastante amplo. Sua função e, alem de proteger o produto, ajudar a vende-lo, fazendo com que se destaque dos demais. 4. Cor – alem de ter uma função estética e enfatizar o produto, a cor pode ser utilizada para mkotivar o consumidor a adquiri-lo. 5. Design – é a arte de aumentar a beleza e o valor de um produto. Através do desenho, fixa-se o estilo, seu aspecto exterior, englobando os conceitos de formato e tamanho. 6. Qualidade – conjunto de caracteristicas técnicas, comerciais e de serviços que são oferecidas ao consumidor. 19 Determinação do preço A determinação do preto afeta a posição da empresa, no que diz respeito ao seu faturamento e rentabilidade, bem como a sua participação no mercado. Não existem teorias que indiquem qual a melhor maneira para se determinar o preço de um produto, mas sim alguns fatores que devem ser considerados, tais como Custos – A determinação do preço do produto ocorre a partir da identificação dos custos fixos e variáveis da empresa. Consumidor – O preço e calculado a partir da percepção do valor do produto por parte do consumidor. Concorrencia – O preço e estabelecido em função dos preços praticados pela concorrência, bastando, para isso, efetuar uma pesquisa. Canais de distribuição A distribuicao envolve todas as atividades relacionadas a transferência do produto do fabricante para o consumidor. São utilizados canais de distribuição, que se encarregam de tornar o produto disponível ao consumidor. Qual distribuição utilizar – A escolha do canal depende da natureza do produto, das características do mercado, de concorrentes e intermediários e da política da empresa. São possíveis os seguintes canais Industria – consumidor Industria – varejista – consumidor Industria – distribuidor – varejista – consumidor Industria – atacadista – distribuidor – varejista – consumidor Promoção e propaganda A promoção, no âmbito de marketing, e todo e qualquer esforço realizado para persuadir as pessoas a compararem determinado produto ou a utilizarem determinado serviço. Pode englobar os seguintes tipos 1. Propaganda – Qualquer forma paga e impessoal de apresentação e promoção de bens, serviços ou idéias, por um patrocinador identificado. 2. Publicidade – Qualquer forma não paga e impessoal de divulgação de bens, serviços ou idéias e de noticias comercialmente significativas. 3. V enda pessoal – Apresentação oral em um dialogo com um ou mais compradores em perspectiva, com o propósito de realização de uma venda. 4. Promoção de vendas – Atividades de marketing destinadas a estimular, desenvolver ou facilitar a venda de um serviço ou produto. 5. Merchandising – Esforço de venda ou de apresentação do produto, como, por exemplo, a utilização de degustadores, stands ou displays. 20 6. Mala-direta – Qualquer tipo de propaganda enviada pelo correio. ENGENHARIA DE PROCESSOS 1. Introdução Em meio ao crescimento da complexidade e dinâmica do ambiente de atuação das organizações, os esforços para lidar com o desafio de sustentação e/ou alcance de competitividade apresentam-se como elemento chave. Neste sentido, muitas ações têm sido aplicadas no redesenho de processos e outras formas de melhorias nas organizações como: Implantação de Sistemas Integrados de Gestão, Gestão da Qualidade, Gestão por Indicadores de Desempenho, Gerência do Conhecimento e, em especial, desenvolvimento de novos modelos de negócios, baseado em uso intensivo da internet. Este artigo tem por objetivo apresentar a “lógica de Processos” como instrumento de suporte a tais ações. Segundo SCHEER (1999), a Reengenharia de Processos parecia ter encontrado a solução para muitas organizações. Elas descobriram que a forma como conduziam seus processos, por exemplo, o preenchimento de um pedido de um cliente, era habitualmente cara, lenta e ineficiente. Isto era causado por problemas como: muitos departamentos envolvidos em um processo simples, elevadas percentagens de atividades que não agregavam valor, sistemas de informação de suporte inadequados etc. Os Projetos de reengenharia buscavam redesenhar radicalmente as estruturas dos processos com a finalidade de alcançar reduções drásticas em custo e tempo. Esta prática, a reengenharia radical e drástica, a muito, encontrou grande reação nas organizações. Na maioria dos casos, por aplicações também radicais e inadequadas que, no lugar de benefícios, trouxeram desempenhos insatisfatórios. Houve uma notória distorção da aplicação da reengenharia, mas esta difundiu a melhoria baseada em processos. Neste sentido, as organizações continuaram demandando modificações e melhorias em seus processos e, desta vez, de forma mais ponderada, sem desconsiderar o conhecimento acumulado ao longo do tempo. Diante deste quadro, o artigo tem por finalidade a apresentação das aplicações da Engenharia de Processos, suportadas por um referencial único, integrado e articulado de metodologias e modelos de processos. 2. Engenharia e Modelagem de processos A Engenharia de Processos possibilita o entendimento de como o trabalho é realizado, particularmente no que se refere aos fluxos horizontais ou transversais de atividades e informações em um dado ambiente empresarial. Ela complementa ou, no limite, substitui, a visão funcional habitualmente compartilhada nas organizações. Esta compreensão vai além do entendimento do fluxo de etapas de um processo, pois busca representar como as unidades organizacionais se integram, através de suas interfaces, com o objetivo de gerar resultados compartilhados por toda organização. Tais resultados são norteados pela intenção de agregar valor para seus clientes. Desdobrados desta orientação, seus objetivos são o planejamento, projeto/estruturação e avaliação de processos. Esses objetivos devem ser aplicados para suportar a implementação de estratégias organizacionais e para assegurar coordenação entre atividades da organização. O principal alvo da EP é a coordenação das fronteiras organizacionais. A EP é fortemente suportada por modelos de processos. As finalidades básicas da Modelagem de Processos são: representação, análise e melhoria da forma que o trabalho 21 é realizado horizontalmente, orientado para produtos, clientes e mercados, nas organizações. Segundo VERNADAT (1996), as finalidades da Modelagem de Processos são desdobradas da seguinte forma: uniformização do entendimento da forma de trabalho, gerando integração; análise e melhoria do fluxo de informações; explicitação do conhecimento sobre os processos, armazenando, assim, o know how organizacional; realização de análises organizacionais e de indicadores (processos, financeiros e outros); realização de simulações, apoiando tomada de decisões; e gestão da organização. 3. Aplicações A engenharia de processos tem muitas aplicações e, em função disso, a modelagem de processos - MP, técnica amplamente utilizada para suportar a EP, atualmente está suportada por ferramentas que habilitam, a partir de um referencia único e integrado, dos modelos de processos, desenvolver diferentes ações baseadas na lógica de processos. Cada uma dessas ações possui objetivos próprios e, muitas vezes, inter-relacionados, mas todas estão baseadas em modelos de processos. A seguir serão apresentas as aplicações da MP. 3.1 Redesenho de processos A reengenharia, da forma como foi concebida HAMMER (1994), parte da “folha em branco”, ou seja, é uma ação radical. O redesenho de processos, segundo SCHEER (1998 e 1999), realizará um re-projeto do trabalho considerando os processos existentes e os conhecimentos dos seus executores. O redesenho de processos se diferencia da reengenharia por partir do levantamento da forma atual de execução do trabalho da organização (AS IS), passar por um fase de análise e estudo dos processos atuais e, posteriormente, de forma participativa, redesenhar (TO BE) os processos segundo diretrizes desdobradas da estratégia da organização, ou seja, o redesenho não desconsidera os processos e os conhecimentos existentes. Um possível método utilizado na prática pelo Grupo de Produção Integrada, em pesquisa, em projetos em organizações brasileiras tem sua primeira fase dividida nas seguintes etapas: (1) - definição das diretrizes estratégicas da organização; (2) – modelagem da situação atual; (3) – estudo e análise, em grupos multifuncionais, dos processos modelados; (4) – definição, desdobrada da estratégia da organização, das diretrizes para o redesenho dos processos; (5) – redesenho dos processos em grupos multifuncionais com maior participação dos “donos dos processos”(HAMMER, 1999) e com os “donos dos processos de interface”. Após estas cinco etapas pode seguir outra fase com seguintes etapas, em paralelo ou em seqüência: (a) – especificação e seleção ou desenvolvimento de sistemas de informação; (b) – definição e implantação de indicadores de desempenho(c) – análise, projeto e implantação de nova estrutura organizacional mais aderente aos processos (d) – gerência do conhecimento levantado durante a primeira fase (e) – implantação de Workflow e Gerência Eletrônica de Documentos (GED). Durante a primeira fase são passados conceitos de processos e outros relacionados a estes para os integrantes da organização. Nesta fase podem ser inseridas ou adequadas as seguintes etapas: (i) - desenvolvimento de programas de organização de documentação técnica com certificação ISO ou, no nosso entender mais adequado, participação no Programa Nacional de Qualidade – PNQ; (ii) Benchmarking para comparação e melhoria de processos . Um resultado de destaque na primeira fase é a 22 uniformização do entendimento sobre a forma de trabalho na organização e difusão dos objetivos organizacionais ENGENHARIA INDUSTRIAL – FALTA LOGÍSTICA – FALTA MANUTENÇÃO CONCEITOS DE MANUTENÇÃO O dicionário Aurélio define como as medidas necessárias para conservação ou a permanência de alguma coisa ou de uma situação ou ainda como cuidados técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de motores e máquinas. A norma especifica NBR 5462-1994 (Confiabilidade e Mantenabilidade) define que a combinação de ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinados a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida. Ou seja, manter significa fazer tudo que for preciso para assegurar que um equipamento continue a desempenhar as funções para as quais foi projetado, num nível de desempenho exigido. A atividade da manutenção basicamente existe para evitar a degradação dos equipamentos e instalações, causados pelo desgaste natural e pelo uso. Isto acontece de várias formas, aparência externa ruim dos equipamentos, perda de desempenho e paradas de produção, fabricação de produto de má qualidade e poluição ambiental. Todos estes fatores têm influência negativas na qualidade e produtividade, principalmente em empresa que o equipamento desempenha papel fundamental na produção. Hoje a manutenção dos equipamentos tem um papel importante na produtividade de uma empresa, pois ela bem gerenciada pode gerar ganhos potenciais e isto não pode ser desprezado. Ainda hoje existi empresas com visão de manutenção como um setor improdutivo, alheia à produção o que na prática teriam que estar de braços dados, pois o que existe ainda hoje é um relacionamento independente entre profissionais de manutenção e produção, ou seja, em algumas empresas ainda persiste o pensamento que a manutenção é uma dor de cabeça, um mal necessário. Quando num processo de produção um equipamento esta com a placa “em manutenção” ou “reparos de manutenção” O reparo imediato do equipamento não significa que estão sendo tomadas as ações concretas para que as futuras falhas não aconteçam, pois ficar consertando os equipamentos depois que as falhas ocorreram não pode ser entendidos como manutenção. Tratar falhas de equipamentos pode ser um bom negócio somente para as empresas que vivem da assistência técnicas, através da venda de peças de reposição e mão-de-obra. Para aqueles que precisam dos equipamentos para produzir seus produtos e serviços às falhas são um desastre. Em suma as intervenções da manutenção em um equipamento, quando necessário, que se limitam apenas a retorná-lo a normalidade, numa visão maior esta ação não se pode limitar-se simplesmente na correção da falha momentaneamente, mas sim de 23 desenvolvimento de melhorias das condições originais de um equipamento, para que não haja novamente a falha ou possa propiciar uma redução de custo de manutenção ou aumento de produtividade. Enfim a integração da manutenção e produção poder uma somatória que resultará em aumento de capacidade ou volume de produção dos equipamentos. Em algumas situações às vezes está fora do escopo da manutenção, dependendo da complexidade dos recursos técnicos exigidos, mas algumas modificações podem ser planejadas e executadas pelas próprias equipes de manutenção existentes nas empresas. ABRANGÊNCIAS DAS ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO Atividades da manutenção de uma empresa podem ser divididas em dois tipos: - Atividades de Manutenção Atividades de Melhoria Atividades de Manutenção Visa manter os equipamentos em condições originais de operação e seu desempenho através do restabelecimento de eventuais interferências destas condições. Esta atividade limita-se a restabelecer o equipamento às suas condições normais originais de desempenho e confiabilidade e nunca exceder a essas condições. Ou seja, manter as condições dos equipamentos com suas características e capacidade ao longo do tempo. As atividades de manutenção são ações tomadas no dia a dia para prevenir ou corrigir eventuais interferências no equipamento seja pelo operador ou pela equipe de manutenção. Elas podem ser de lubrificação, reparo de uma falha, substituição periódica de uma peça, uma grande reforma do equipamento. Com a produção e manutenção interagindo, juntas poderão definir padrões de procedimentos de limpeza, lubrificação, inspeção, reforma, troca de peças, teste funcional, entre outros. ATIVIDADES DE MELHORIAS Estas atividades visam melhora dos equipamentos em suas condições originais de operação, desempenho e confiabilidade intrínseca através da incorporação de modificações ou alterações do seu projeto original. Atividades de melhoria sugerem ações especificas tanto técnicos quanto gerenciais que resultam na modificação de padrões e procedimentos existentes. O objetivo desta atividade é aumentar a capacidade de produção, melhorar a qualidade e reduzir o custo de manutenção. No que trata da redução de custo de manutenção poderá ser obter com o aumento da vida útil do equipamento, redução de ocorrências de falhas, redução do tempo de manutenção preventiva, redução do custo de peças de reposição, entre outras. 24 As atividades de melhorias poderão dar origem a componentes ou sistemas mais modernos, peças mais resistentes e outras medidas concretas para aumentar a confiabilidade intrínseca ou capacidade funcional dos equipamentos. Numa visão global pode-se considerar que o objetivo da atividade de melhoria pela manutenção não é somente o de manter ou restaurar as “condições físicas” do equipamento, mas também manter suas capacidades funcionais. Ou seja, a manutenção da condição física do equipamento tem como objetivo final à manutenção da sua capacidade funcional, além da qualidade do produto, da segurança e da integridade do meio ambiente. MÉTODOS DE MANUTEÇÃO Manutenção Corretiva: Esta ação ocorre sempre após a falha no equipamento. Este tipo de manutenção em princípio é o mais econômico na visão de algumas empresas. Será que é mais barato consertar uma falha do que tomar ações preventivas? Sim do ponto de vista do custo de manutenção, esta ação é mais barata do prevenir as falhas dos equipamentos, mas em compensação corre-se o risco de ter grandes paradas de produção por falhas no equipamento. Existem duas questões básicas a serem analisadas: 1 – Existem ações preventivas que podem ser tomadas para evitar a ocorrência da falha no equipamento? 2 – Estas ações são tecnicamente viáveis e econômicas? Se a respostas para essas perguntas forem negativas, então a manutenção corretiva pode ser um método adequado, mas alguns cuidados devem se tomados como ter peças de reposição, mão-de-obra e ferramental para que se possa ter uma ação rápida, visando a redução de possíveis impactos da falha na produção. Em alguns casos é importante e vantajoso ter componentes em estoques para uma substituição rápida na área e posteriormente o reparo deste ser feito na oficina central ou uma empresa tercerizada. Recomenda-se que se a manutenção corretiva for escolhida, não encara-la simplesmente em sua atuação, ou seja, de quando ocorre a falha como um evento já esperado e, portanto, natural é de fundamental importância o esforço para identificar precisamente as causas fundamentais da falha e bloquea-las, evitando assim a reincidência. MANUTENÇÃO PREVENTIVA Este tipo de manutenção dever ser feito periodicamente, a empresa que a adota tem que ter com atividade principal da manutenção, ou seja, o coração das atividades da manutenção. Suas tarefas principais são a de inspeção, reforma, troca de peças principalmente. Uma vez adotada este tipo de manutenção ela passa ter caráter obrigatório. Em comparação com a manutenção corretiva (do ponto de vista de custo de manutenção) a manutenção preventiva é mais cara, pois as peças têm de ser trocadas e os componentes têm que ser reformados antes de atingirem seus limites de vida útil. 25 Existe a compensação quando se investe neste método de manutenção a ocorrência de falhas diminui, a disponibilidade dos equipamentos aumenta e as interrupções inesperadas por falhas também diminui. Ou seja, se consideramos o custo total, em várias situações a manutenção preventiva acaba sendo mais barata que a corretiva, pois a paradas do equipamento determinadas por programação ao invés de serem inesperadas por falhas do equipamento. Alerta-se porem que para uma eficaz manutenção preventiva nos equipamentos não basta adotá-la com atividade, se não for cumprida em sua sistemática as falhas não irão diminuir. A causa desta ocorrência pode estar na falta de padrões e procedimentos do gerenciamento da manutenção, ao conhecimento e habilidades insuficientes dos técnicos de manutenção e operadores de produção. Ou seja, a mão-de-obra especializada e fundamental para aplicação desta atividade exercida pela manutenção, um programa de manutenção de preventiva, com procedimentos conhecidos por técnicos, operadores e engenharias é de fundamental importância para o sucesso desta atividade. MANUTENÇÃO PREDITIVA Do ponto de vista, custo de manutenção, a preditiva é a mais cara, pois as peças e componentes dos equipamentos são trocados ou reformados antes de atingirem seus limites de vida. Devido ao uso de tecnologia avançada, a manutenção preditiva costuma ser tratada de forma diferenciada dentro das empresas. A manutenção preditiva é um dos elementos da manutenção preventiva sua tarefa deve fazer parte do planejamento preventivo para que as ocorrências de falhas nos equipamentos diminuam, estas tarefas devem ser executadas por equipes altamente especializadas e independentes compostos por engenheiros, técnicos que através de inspeções periódicas com tecnologia avançadas e altamente sofisticadas. Apesar disto recomenda-se que as empresa pratiquem a manutenção preditiva, pois se trata de um método de manutenção bastante simples e eficaz e que traz bons resultados. Por exemplo, monitorando a variação de vibração do equipamento podemos prever o momento da troca dos rolamentos ou através da análise do óleo lubrificante pode-se determinar o momento de reformas os componentes mecânicos. Mas como nem tudo é perfeito, existe ainda limitação de tecnológicas e não é possível adotar a manutenção preditiva para todo tipo de componente ou peças de equipamento. MELHORIA DOS EQUIPAMENTOS Outro método adotado de manutenção é a de melhoria dos equipamentos (kaizen = fazer melhorias). Este método de manutenção significa a busca de melhoria contínua gradativamente para ir além das especificações originais do equipamento, ou seja, quando ocorrer a falha no equipamento não se limitar a simplesmente retornar o equipamento a sua forma original, é preciso melhorar continuamente, alterando-o conforme necessário seu projeto, seus padrões de operação e manutenção. É um método investigativo em busca das causas, que ocasionaram as falhas nos equipamentos, ou seja, não se da por satisfeito quando realizam apenas correção das falhas, buscam sanar definitivamente ou diminuir a reincidência da mesma. Mas mesmo que as falhas diminuam ou não ocorram é importante estabelecer metas de melhorias para os 26 equipamentos, tais como baixar o custo de manutenção, reduzir o estoque de peças de reposição e o tempo de manutenção preventiva, dentre outros. É um trabalho importante que depende de usos de métodos e ferramentas gerências eficazes além de muito conhecimento e habilidades técnicas específicas. PREVENÇÃO DE MANUTENÇÃO Este é o método que é aplicado quando do surgimento de um equipamento no seu projeto, nesta fase de sua construção tende a ser de reduzir o volume de manutenção durante a sua operação. A prevenção de manutenção visa atuar preventivamente enquanto está somente no papel (prancheta), quando é mais difícil e mais barato identificar e bloquear as causas potenciais de falhas. A aplicação deste método só é possível se houver uma integração entre a manutenção e produção, ou seja, que elas estejam interagindo entre os dois setores, evitando assim que surja um equipamento com incapacidade intrínseca sem condições de atender as expectativas da produção, pois falhas tenderam a ocorrer com freqüência causando sérias perdas para empresa. Por isso é importante que equipes de manutenção e produção sejam sempre envolvidas quando da aquisição de novos equipamentos, podendo assim avaliar e opinar sobre as características técnicas sobre os dois pontos de vista. MANUTENÇÃO PRODUTIVA A melhor aplicação dos diversos métodos de manutenção, visando otimizar os fatores econômicos da produção, garantindo a melhor utilização e mais produtividade dos equipamentos com o custo mais barato. A manutenção produtiva tem com princípio que, só as ações das equipes de manutenção não são suficiente para melhor desempenho do equipamento, ela busca a cooperação dos outros departamentos da empresa mais focada ao da produção, pois afinal a operação dos equipamento é feita pelo pessoal da produção o que influência diretamente nos custos da manutenção. O intuito da manutenção produtiva não é apenas evitar falhas nos equipamentos, mas aplicar a melhor combinação dos métodos de manutenção para que a produção não fique prejudicada, obtendo assim como retorno um elevado resultado econômico para toda empresa. QUAL É O MELHOR MÉTODO DE MANUTENÇÃO? Todos os métodos apresentados têm seus pontos positivos e negativos. O método mais antigo e da manutenção corretiva e o mais moderno e da manutenção preventiva que inclui a preditiva. Entretanto em um mesmo equipamento, podem-se aplicar vários métodos de manutenção ao mesmo tempo. Ou seja, podem ser aplicada manutenção corretivas em algumas partes da máquina e em outras a preventiva e em outras a preditivas. A combinação destes métodos sem dúvida depende, principalmente do aspecto econômico, ou seja, sempre em consideração a relação entre os custos de manutenção e os custos das perdas causadas pelas falhas no equipamento e 27 consequentemente no processo produtivo da empresa. A melhor manutenção será a combinação mais adequada do vários métodos de acordo com a natureza e criticidade do equipamento para a produção. AS FUNÇÕES DE APOIO DA MANUTENÇÃO Para um gerenciamento eficiente da manutenção, devemos colocar em prática juntamente com os métodos de manutenção algumas funções de apoio importantes que são elas: Tratamento de falhas dos equipamentos Estas são atividades de remoção dos sintomas das falhas e identificação de suas causas fundamentais para estabelecer contramedidas adequadas. Padronização da Manutenção É a utilização dos procedimentos e padrões técnicos e gerenciais relacionados com as atividades de manutenção, incluindo os manuais de manutenção, catálogos de peças, padrões de inspeção e procedimentos de teste dos equipamentos. Planejamento de manutenção Pode ser entendido como as ações de preparação dos serviços de manutenção preventiva, que define quando as ações serão executadas. O planejamento das ações preventivas permite o dimensionamento correto deste recurso, dando previsibilidade ao processo de manutenção. Peças - reservas e Almoxarifado O objetivo desta função é o de adquirir, armazenar e controlar as peças de reposição e materiais de consumo dos equipamentos, conforme suas necessidades de manutenção preventiva. Orçamento da Manutenção O objetivo desta função é distribuir e controlar os recursos financeiros alocados ao departamento de manutenção com base no plano de manutenção para os próximos períodos. A chave para a elaboração do orçamento da manutenção na medida certa é o correto dimensionamento dos recursos de mão-de-obra e materiais, o qual deve ser feito tendo como base o plano de manutenção. 28 Educação e Treinamento É o conjunto de atividades de transferência e prática do conhecimento que visa a formar pessoal capacitado a desempenhar funções dentro do departamento de manutenção. Com um treinamento inadequado, a manutenção pode acabar introduzindo falhas nos equipamentos, ao invés de preveni-las O mesmo pode acontecer com os operadores da produção, que induzem falhas nos equipamentos com procedimentos de operação incorretos. 29 Fluxograma aplicdao na manutenção de suporte a produção na SCANIA) FLUXOGRAMA DE GERENCIAMENTO DE MANUTENÇÃO IMPULSO MANUTENÇÃO NÃO MANUTENÇÃO CORRETIVA ( HELP SERVICE ) PLANEJADO? SIM MANUTENÇÃO PREVENTIVA ( PMP / PMPO ) DEFINITIVA MANUTENÇÃO CURATIVA INTERVENÇÃO CONHECIDA DEGRADAÇÃO? PROVISÓRIO MANUTENÇÃO SISTEMÁTICA DESCONHECIDA MANUTENÇÃO PALIATIV A MANUTENÇÃO SUPERVISIONA DA SUPERVISÃO PERIÓDICA CONTÍNUA MANUTENÇÃO PREDITIVA (CONDICIONAD A) MANUTENÇÃO POR ACOMPANHAME NTO ( RONDA / INSPEÇÃO ) Treinamento Técnico e Gerencial Manuais de fabricantes Especificações dos equipamentos e experiências próprios das equipes de manutenção MISSÃO DA MANUTENÇÃO Assegurar que os equipamentos continuem desempenhar suas funções requeridas com segurança e a um custo global otimizado, evitando a acorrência de falhas e contribuindo para a garantia da qualidade dos produtos e para a integridade do meio ambiente. METAS DE MELHORIAS DE MANUTENÇÃO Reduzir o numero de falhas dos equipamentos e os conseqüentes tempos de interrupção de produção Cumprir os orçamentos preestabelecidos Reduzir o custo com estoque de peças reservas Outras PLANO DE MANUTENÇÃO Planejamento da utilização da mão-de-obra para evitar folgas e sobrecargas FALHAS Sistema de Tratamento de Falhas Padrões de Manutenção Otimização da mão-deobra para execução de tarefas definidas no plano de manutenção 30 Controle de peças reservas de acordo com as necessidades de troca e reforma definidas no plano de manutenção Minimização do custo do estoque de peças reservas sem prejuízo da disponibilidade dos equipamentos Resultado da inspeção Elaboração do orçamento da manutenção de acordo comas necessidades definidas no plano de manutenção Orçamento de manutenção compatível com as necessidades dos equipamentos Dimensionamento dos Recursos da Manutenção com Base no Plano de Manutenção 31 GERENCIAMENTO DA MANUTENÇÃO Para uma boa aplicação dos métodos de manutenções conhecidos existe uma ferramenta que é o elemento principal e muito importante que é o sistema de gerenciamento da manutenção, aonde o plano de manutenção tem destaque evidenciado. A construção e o cumprimento deste plano de suma importância para que empresa alcance sua metas de lucratividade e sobreviva através do equipamento de produção é através dele que serão conhecidos defeitos que possam prejudicar a qualidade, o custo e a entrega do produto e serviços sem que se coloque em risco a segurança e o meio ambiente. Todo plano de manutenção tem de ser com base em informações oriundas dos fabricantes dos equipamentos (catálogos de peças, manuais operação e especificações, desenhos mecânicos e elétricos, e outros) e também de situações vividas no dia a dia na empresa durante a utilização dos equipamento em sua operacionalidade. Estas informações vão proporcionar a padronização da atuação da manutenção e a construção do plano. Todas as informações dadas ao plano de manutenção deverão ser revisadas periodicamente. Baseado nas inspeções realizadas nos equipamentos surgiram novas informações que possibilitara aplicação de melhorias necessárias para se obter bons resultados reais. Outro dado importante é a análise feita toda vez que aparecer uma falha ocorrida no equipamento o registro e análise serão fontes de informação essencial para elaboração e revisão do plano de manutenção. Através do plano de manutenção elaborado podem-se determinar os recursos de mão-de-obra, materiais exatos a serem utilizados na manutenção dos equipamentos, sem prejudicar a disponibilidade dos equipamentos. O plano de manutenção é de fundamental importância para a empresa, sem ele todo o trabalho de manutibilidade tornar-se a aleatório e sem previsão. O reflexo da ausência de um plano se dará em orçamento de manutenção impreciso, o ele será folgado ou apertado de mais, não atendendo as reais necessidades da manutenção. Isto possibilitará cortes no orçamento pelas gerências, prejudicando os resultados finais da empresa, qualidade, custo, entrega e principalmente seu lucro. QUALIDADE Departamento Garantia da Qualidade Sistema de Garantia da Qualidade O conceito de "Garantia" está associado ao risco potencial de não-qualidade. Em outras palavras, um produto (bem ou serviço) tem garantia de qualidade quando seu fornecedor estabelece um processo para o fornecimento deste produto de tal forma que a probabilidade de falhas no produto seja nula. Um Sistema de Garantia da Qualidade é um conjunto planejado de atividades, que se adiciona ao processo natural de fornecimento de um dado produto, com o objetivo de reduzir o risco de falhas. Os Sistemas de Garantia da Qualidade foram inicialmente desenvolvidos a partir de exigência explícita de clientes em determinados segmentos de mercado. Esses segmentos 32 de mercado se caracterizavam pelo fato de que o custo provocado pela não-qualidade do material recebido por esses clientes era muitas vezes superior ao preço do material adquirido. Podemos considerar como exemplos de custo gerado pela não-qualidade do material adquirido o seguinte: - atrasos na linha de produção - perda dos produtos montados com os componentes defeituosos - danos provocados à sociedade pelo uso de produtos manufaturados com materiais defeituosos. Gestão da Qualidade Total Definição de Qualidade "Um produto não precisa necessariamente ter a melhor qualidade possível: o único requisito é que o produto satisfaça as exigências do cliente para o seu uso." (Shigeru Mizuno) Qualidade não é luxo, excelência, nem perfeição. É a capacidade de o serviço cumprir uma missão. "Qualidade é adequação ao uso." (Juran) Características de Qualidade do Produto "A qualidade de um produto compreende todas as suas características, não apenas suas qualidades técnicas". (Shigeru Mizuno) Os produtos possuem "características de qualidade" que satisfazem ou não às necessidades do cliente. A preferência do cliente pelos serviços de uma determinada cooperativa prende-se a um conjunto de características de qualidade que agregam valor ao serviço prestado e que ultrapassam a simples ausência de falhas. Cada vez mais é o cliente quem determina o valor do produto ou serviço e o produtor precisa se adaptar a estas mudanças. Ou seja, toda empresa, direta ou indiretamente, visa satisfazer clientes, empregados, acionistas e vizinhos (sociedade). Esta satisfação é traduzida em termos de qualidade em: Qualidade intrínseca 33 A qualidade intrínseca refere-se especificamente às características do produto ou serviço, capazes de dar satisfação ao consumidor, ou seja, tem de satisfazer seus clientes internos. Isto implica num conjunto de elementos, tais como ausência de defeitos, perdas, adequação ao uso, erros ou falhas, presença de características que interessam o cliente, entre elas confiabilidade, previsibilidade, etc. Custo "Pensar que custo é custo e qualidade é qualidade já não é o bastante; esses conceitos não são excludentes". (S. Mizuno) Mesmo um produto de alta qualidade pode gerar insatisfação do cliente, se o seu preço for inacessível. É evidente que, quanto menor é o preço do produto, mantendo-se a qualidade, maior é a satisfação do consumidor. Mas isto não implica uma relação linear perfeita. Há uma forte influência do conceito de valor imposto pelo consumidor e que determina o quanto ele estaria disposto a pagar pelo produto ou serviço. Portanto, o seu preço deverá estar adequado ao valor que este bem ou serviço tem para o usuário. Entrega/Atendimento O melhor atendimento é aquele que supera as expectativas do cliente e satisfaz suas necessidades que vão além daquelas supridas pelo produto em si, gerando contentamento, confiança e credibilidade. O cliente deve ser atendido com boa vontade, cortesia e amabilidade, lembrando que ele espera receber o produto no prazo certo, no local certo e na quantidade certa. Quanto ao prazo de entrega, alguns casos necessitam de atenção especial, como é o de produtos "in natura", sobretudo os perecíveis. Moral Esta dimensão da Qualidade Total refere-se especificamente aos empregados. Sem motivação não será possível uma implantação adequada desta metodologia. Um sintoma de moral baixo é o absenteísmo. O TQC implica em explorar as profundezas, as bases e as raízes onde a qualidade é elaborada. O problema da qualidade, não está localizado apenas na área da produção, como muitos imaginam. Ele abrange a globalidade da empresa, porque qualidade é um processo circular e, portanto, sem começo e sem fim. Se bem que no setor produtivo, as falhas e defeitos costumam aparecer visivelmente, há nele um fenômeno cumulativo: insumos 34 defeituosos, mão-de-obra não treinada, equipamentos obsoletos, projetos incompletos ou imperfeitos, falta de comunicação com os consumidores, etc. Nesta situação um novo conceito que aparece como particularmente importante é o do cliente interno, isto é, cada empregado é cliente do processo anterior. É fundamental aqui preparar o consumidor (interno) para que seja exigente no tocante ao como ele recebe o processo - qualquer que ele seja - do empregado anterior. Desta forma os problemas, que por ventura existirem, serão detectados no início da cadeia produtiva, com os grandes benefícios que isso acarreta. Naturalmente que um tratamento equivalente deve ser assegurado ao cliente externo, estimulando suas reclamações, que é a forma mais prática de detectar os problemas que escaparam do controle da empresa. Desta forma, o cliente externo é um consumidor de produtos ou serviços e o cliente interno é um consumidor de processos. Segurança "Mostre-me um gerente que administre bem a segurança e eu mostrarei a você um gerente que administra bem a qualidade, produção e também os custos" (Harmon & Jacobs) É fundamental que o produto ou serviço não ofereça riscos para a saúde física ou psíquica do consumidor. Evolução da gestão da qualidade total A origem da GQT data de meados dos anos trinta. É possível recuar mais ainda no tempo e situar seu início no começo do século, com alguns dos pressupostos teóricos do Taylorismo (Frederick Taylor, autor de Princípios de Administração Científica, 1911). Sob a orientação de consultores americanos, a GQT foi desenvolvida no Japão, a partir dos anos 50, e vem sendo implantada no Brasil desde meados dos anos 80, impulsionada pelo trabalho da Fundação Christiano Ottoni (FCO) da Universidade Federal de Minas Gerais, e de diversas outras instituições e consultores independentes. A qualidade total ao longo da história mostrou ser altamente eficaz, e isso se tornou possível ao se juntar as experiências de diversos gurus da qualidade, como: Walter Shewhart , Abraham Maslow , William Edwards Deming , Joseph M. Juran , Douglas McGregor , Armand V. Feigenbaum, Philip B. Crosby , Kaoru Ishikawa , JUSE - Japanese Union of Scientists and Engineers e Juran Institute, Inc. Qualidade Total em Serviços 35 Na virada do século, pode-se perceber mudanças fundamentais no paradigma da mentalidade da administração e no ambiente empresarial como um todo. Com o acirramento da concorrência, a implantação de sistemas de qualidade em serviços se faz rigorosamente necessária, uma vez que esta área sofre diversos problemas, como desperdício e péssimo atendimento. Peters & Waterman definiram os oito "fatores de excelência", que representam armas poderosas no combate à deficiência dos serviços, em termos de qualidade: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Predisposição para a ação Aproximação com o cliente Autonomia e empreendimento Produtividade através de pessoas Atuação orientada por padrão de qualidade Fidelidade ao projeto de empresa original Simplicidade, "staff" enxuto Flexibilidade Na busca pela satisfação de seus desejos e necessidades, o cliente traz consigo um pacote de valores, contendo uma combinação de fatores e interações que formam uma experiência total para a sua percepção da qualidade. Esta percepção o ajuda a formar uma expectativa em torno do produto ou serviço. Desse modo tem-se que: Q = R - E ( Qualidade = Resultados - Expectativas ) Sem entrar no mérito da variabilidade humana no que diz respeito às suas expectativas individuais e que são extremamente flexíveis, porém possíveis de serem detectadas, são citados alguns princípios que são fundamentais na implantação de sistemas da qualidade em serviços: 1. Ter visão gerencial 2. Desenvolver um nicho estratégico 3. Obter apoio da alta administração 4. Entender o seu negócio 5. Aplicar os fundamentos operacionais 6. Entender, respeitar e monitorar o cliente 7. Usar tecnologia apropriada 8. Inovar sempre 9. Contratar as pessoas certas 10. Fornecer treinamento com base no perfil 11. Definir padrões, medir desempenho e agir 12. Estabelecer incentivos Entre os vários problemas potenciais de qualquer atividade de serviço, o que sempre ocorre é: não conseguir realizar o serviço; realizar o serviço com atraso; ou realizar mal o serviço. 36 Satisfação do cliente O cliente deve efetivamente sentir a plena satisfação de suas expectativas, ou mesmo a própria superação daquilo que espera obter como resultado do serviço aplicado, viabilizando a agregação de valor no que pretende realizar. A empresa pode até pensar que o serviço prestado é de alto nível, mas se o cliente discorda dessa posição, tem-se a evidência de que os problemas existem na qualidade do serviço. As cinco dimensões gerais que influenciam a qualidade do serviço ao cliente são: Confiabilidade - capacidade de fornecer o serviço firmado de modo confiável e preciso; Tangibilidade - aparência física de instalações, equipamentos, pessoal e materiais de comunicação; Sensibilidade - disponibilidade em prestar ajuda ao cliente, proporcionando um serviço de nível; Segurança - cortesia e domínio de conhecimento apresentados pelos colaboradores e habilidades em reparar confiança e confiabilidade; Empatia - gentileza, atenção e apoio individualizados colocados aos clientes. A qualidade dos serviços está também associada aos seguintes atributos: Acesso: está associado à facilidade de acesso a um serviço, à proximidade de um determinado serviço, ao tempo de espera para ser atendido, ao tempo de espera para obtenção de uma linha telefônica, etc. Segurança: associada aos serviços é percebida de acordo com a natureza dos mesmos. Exemplos são o sigilo bancário, o sigilo das correspondências, a preservação da integridade física de objetos transportados, etc. Cortesia: está associada aos contatos amistosos. Um exemplo é como um garçom trata um cliente durante o atendimento ou a maneira cortês com que uma telefonista atende ligações, etc. Presteza: manifesta-se pela disposição pessoal em atender os clientes. Um exemplo típico pode ser observado quando um funcionário público se interessa em atender ao pedido de um contribuinte, sem reclamar. Competência: é avaliada pela demonstração de conhecimento por parte do pessoal de contato ao elucidar dúvidas dos clientes e até mesmo em enfatizar aspectos importantes do serviço que não tenham sido demonstrados como, por exemplo, pode ser citada uma situação em que um cliente ao expedir uma encomenda é informado quanto à documentação fiscal que será necessária. Comunicação: os contatos devem ser mantidos em "linguagem" compreensível pelos clientes. O cliente sempre deve ser ouvido. Credibilidade: significa levar em consideração os interesses específicos dos clientes; podendo ser mencionados restaurantes que admitem adaptações aos pratos indicados nos cardápios. Reconhecimento: o cliente habitual de um serviço gosta de ser distinguido, pois se sente merecedor de uma atenção especial. Neste caso, pode ser citado o atendente 37 de um banco que, ao receber a ligação de um determinado cliente, já tem na tela de seu computador, informações pessoais do tipo: hobbies, restaurantes preferidos, locais onde gosta de passar o final de semana, etc. Tangíveis: embora os serviços sejam vistos como desempenhos, existem características tangíveis como as instalações, o pessoal, os uniformes, etc. Para alguns atributos, o estabelecimento de indicadores não é tão fácil. No entanto, através de pesquisas de atitudes, pode-se avaliar a opinião dos clientes com relação à cortesia, presteza, etc, além de identificar prioridades e graus de afastamento em relação às suas expectativas. É interessante se observar que os clientes sempre se lembram dos problemas que tiveram em serviços que receberam, tais como atrasos nas entregas e mau atendimento. A respeito das empresas, veja o que diz Denton, Keith: "Administradores de organizações altamente confiáveis têm um grande senso de estima pelas pessoas de suas organizações." ISO ISO significa Organização Internacional para Normalização (International Organization for Standardization ) localizada em Genebra, Suíça. A sigla ISO é uma referência à palavra grega ISO, que significa igualdade. O propósito da ISO é desenvolver e promover normas e padrões mundiais que traduzam o consenso dos diferentes países do mundo de forma a facilitar o comércio internacional. A ISO tem 130 países membros. A ABNT é o representante brasileiro.A ISO trabalha com 180 comitês técnicos (TC) e centenas de subcomitês e grupos de trabalho. A série ISO 9000 A ISO 9000 é uma série de 4 normas internacionais para "Gestão da Qualidade" e "Garantia da Qualidade". Ela não é destinada a um "produto" nem para alguma indústria específica. Tem como objetivo orientar a implantação de sistemas de qualidade nas organizações. As regras e os padrões da Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade são complementares aos padrões do produto, e são implantados para melhorar a sua qualidade, com impacto na funcionalidade do Sistema da Qualidade. A série é composta das seguintes normas: ISO 9000 - Fundamentos e Vocabulário 38 ISO 9001 - Sistemas de gerenciamento da qualidade – requisitos ISO 9004 - Sistemas de gerenciamento da qualidade - guia para melhoramento da performance ISO 19011 - Auditorias internas da qualidade e ambiental. A série ISO 9000 foi adotada no Brasil, palavra por palavra pela ABNT com o nome de NBR 9000. Impacto da ISO 9000 Acredita-se que a política de comércio tende para o processo de Certificação de Sistemas da Qualidade. A Certificação de Sistemas da Qualidade será fundamental para negociar produtos e serviços a nível mundial. Mais de 270.000 organizações já foram certificadas no mundo e pelo menos 130 países já adotaram as normas ISO 9000. O Brasil conta com cerca de 6.000 organizações certificadas ( dados de dez/99). As organizações já certificadas estão exigindo dos seus fornecedores e prestadores de serviços a implantação de sistemas de qualidade na linha da ISO 9000. Portanto para vender para essas 6000 organizações brasileiras é fundamental implantar sistema de qualidade de acordo com as normas da série ISO 9000. Significado da obtenção da certificação ISO 9000 Significa que o Sistema de Qualidade da Organização foi avaliado por uma entidade independente reconhecida por um organismo nacional de acreditação, e considerado de acordo com os requisitos da norma ISO 9001. Validade da Certificação O certificado tem validade de 3 anos. Após esse prazo ele precisa ser renovado. Além disso a cada 6 meses o sistema é auditado para verificar se ele continua a atender aos requisitos da norma. O certificado poderá não ser revalidado se a organização deixar de cumprir os requisitos. Requisitos da ISO 9001 A ISO 9001 agrupou os requisitos em quatro grandes grupos: Responsabilidade da Administração Gerenciamento de Recursos Produção Medição, Análise e Melhoria 39 Etapas para a Certificação Comprometimento da alta administração É fundamental o comprometimento da direção da organização. Além dos benefícios e vantagens, a Diretoria deve estar consciente das dificuldades da implantação e do investimento necessário ( tempo das pessoas, recursos financeiros para consultoria, treinamento e certificação ) Seleção e designação formal de um coordenador O coordenador tem um papel importante no processo. Além de conhecimentos específicos de qualidade, deve Ter características que facilitarão o trabalho como: facilidade de comunicação, acesso fácil aos membros da organização, conhecimento da instituição, etc. Formação do Comitê de coordenação O Comitê é normalmente formado pela Diretoria, pelos Gerentes ou Chefes e pelo Coordenador da Qualidade. Tem como responsabilidade a realização da análise crítica periódica do sistema de qualidade implantado. Treinamento Implantar um processo de qualidade significa mudar a forma de atuação das pessoas. Isso só é conseguido através de um plano de treinamento adequado. Elaboração e divulgação da política da Qualidade A Política da Qualidade expressa o comprometimento da organização com o processo de qualidade. A Política é elaborada pelos membros do Comitê. Palestra sobre qualidade para todos os funcionários É necessário obter a adesão de todos os funcionários. Para isso eles precisam ser informados sobre o processo que está em andamento e receber os conceitos básicos da qualidade. Divulgação constante do assunto qualidade. É preciso introduzir o assunto Qualidade na cultura da organização. Por isso a necessidade de uma divulgação constante do assunto. Estudo de cada um dos requisitos da norma e realização do diagnóstico da organização em relação ao requisito. 40 A ISO 9002, a mais adequada para indústrias, tem 19 requisitos. É necessário estudá-los, interpretá-los e adaptá-los às necessidades da organização. Plano de trabalho para implantação de cada requisito Para atender aos requisitos da norma ISO 9002 é necessário uma série de ações. Essas ações envolvem recursos e tempo. Por isso é necessário um plano de trabalho formal para permitir o acompanhamento da implantação. Formação de grupos de trabalho com a participação dos funcionários para elaborar as instruções de trabalho A participação dos funcionários é fundamental para que o processo implantado reflita a realidade e possa ser mantido no futuro. É necessário obter o seu comprometimento para que a documentação gerada seja de fato utilizada. Elaboração do Manual da Qualidade O Manual é um documento que descreve o sistema implantado. É muito utilizado nas auditorias e é uma exigência da Norma. Treinamento dos funcionários na documentação da Qualidade Uma vez elaborados os procedimentos e instruções de trabalho, é necessário que todos os funcionários sejam treinados a fim de que todas as operações sejam executadas da mesma maneira, assegurando a sua qualidade. Formação dos Auditores Internos da Qualidade. Para a manutenção do sistema implantado é necessário um plano de auditorias internas. Para isso precisamos formar os auditores internos. Realização das auditorias internas As auditorias indicarão pontos do sistema que não estão sendo seguidos e, portanto, precisam ser melhorados. Implantação das ações corretivas para as não conformidades São as ações corretivas que vão introduzir as melhorias no sistema. Sua correta implantação vai melhorar os indicadores da organização. É o tópico que assegura o retorno do investimento feito através da redução do re-trabalho. Seleção da Entidade Certificadora. 41 Para escolher a Entidade Certificadora é necessário identificar a expectativa dos clientes. Benefícios da implantação da ISO 9000 Para a Organização: Maior participação no mercado;Maior satisfação dos clientes; Redução de custos; Melhoria na produção; Maior lucro. Para os Clientes: Maior confiança nos produtos da organização; Satisfação em relação aos produtos adquiridos; Melhor atendimento em caso de reclamações; Redução de custos; Novos requisitos estabelecidos pela revisão 2000 Foco no cliente Objetivos da qualidade Planejamento da qualidade Comunicação interna Provisão de recursos Outros recursos Planejamento da produção Identificação dos requisitos do produto Revisão dos requisitos do produto Comunicação com o cliente Validação de processos Planejamento Satisfação do cliente Medição e monitoramento dos processos Planejamento para a melhoria contínua GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO – FALTA 42 43 OPERACIONALIZAÇÃO – MARIANA RESUMO 44 DETALHES DA OPERACIONALIZAÇÃO 1. POLÍTICAS DE RH ADOTADAS NA EMPRESA PEG + LEVE A gestão de Recursos Humanos da Empresa Peg+Leve é realizada pela Gerência Administrativa Financeira, com a participação ativa das demais chefias. Porém a gestão financeira dessa área (folha de pagamento e benefícios) é realizada por empresa terceirizada de contabilidade. 1.1– Provisão de Recursos Humanos Inicialmente a empresa adotou o sistema de recrutamento externo para compor seu quadro de funcionários. Atualmente a empresa adota o sistema de recrutamento misto (fontes internas + externas) e o recrutamento on-line. Os meios de recrutamento utilizados inicialmente foram: anúncio em jornal, indicações e divulgação das vagas nos Sindicatos , Senac, Senai, Escolas, etc. Atualmente estes meios ainda são utilizados, porém, com o intuito de redução de custos estamos verificando a possibilidade de realizar uma parceria com agências de emprego ou empresas de recolocação. É dada preferência aos candidatos que residem no Grande ABCD, pois a empresa localiza-se em Santo André. As técnicas de seleção adotadas pela empresa são: entrevista com o selecionador, provas de conhecimento, provas de capacidade, testes de personalidade, dinâmica de grupo e encaminhamento dos finalistas para entrevista com o gerente ou supervisor da área. Estas técnicas são aplicadas por um entrevistador devidamente treinado em um local apropriado. Após a contratação do candidato, no primeiro dia de trabalho, existe um roteiro pronto (Quadro 1) para realização da integração do novo contratado. O funcionário responsável pelo RH, recebe o novo contratado e realiza toda a parte burocrática, mostra a empresa, a diretoria e encaminha o novo contratado até o responsável do setor onde irá trabalhar. Em seguida o supervisor ou líder acompanha o contratado, explica o serviço e realiza os primeiros treinamentos de uma maneira informal. Realiza-se também, como forma de integração, uma festa de confraternização, no final de cada ano, com todos os funcionários. A comunicação interna sobre recursos humanos é feita através de quadros de avisos, comunicados, e-mails; mas o principal fluxo, por ser uma empresa de pequeno porte, é o direto, ou seja, o superior hierárquico ou o Assistente Administrativo informa diretamente aos funcionários. 45 KRAFTPEL Indústria e Comércio de Embalagens S/C LTDA (Nome Fantasia – PEG+LEVE) Orientação Geral (Básica) Nós somos uma empresa de pequeno porte no ramo embalagens, com sede própria em Santo André. Nosso principal produto são sacolas e nossa missão é produzi-las com alta qualidade à preços competitivos, realizando sempre parcerias com clientes e fornecedores. A empresa oferece como benfícios assistência médica e vale-refeição, além dos direitos estabelecidos por lei (vale-transporte) e pela Convenção Coletiva. Os salários são pagos da seguinte forma: dia 15 (adiantamento) e no último dia útil de cada mês (complemento do salário). O horário de trabalho é: das 08h00 às 17h00 de segunda à sexta-feira, com uma hora para almoço das 12h00 às 13h00. Utilizamos o sistema de cartão de ponto. Horário para o café: dez minutos na parte da manhã e dez minutos na parte da tarde, a ser estipulado pelo gerente do setor. As férias deverão ser solicitadas com 90 dias de antecedência (para escolha do mês), caso isto não ocorra o departamento pessoal irá conceder automaticamente. Programa de Orientação – 1º dia de trabalho 07h30 - Orientação geral básica(sala de treinamento) 09h00 - Intervalo (café) 09h10 - Manuseio do extintor de incêndio e normas de segurança 10h00 - Visita à empresa 12h00 - Almoço 13h00 - Apresentação dos novos empregados aos chefes imediatos (fábrica) 13h30 - Apresentação dos novos empregados aos chefes imediatos (escritório) 14h00 – Inicia o treinamento no próprio setor, para assumir seu posto. Orientação pelo Supervisor – 1º dia de trabalho O novo funcionário será recebido pelo supervisor da área, onde irá trabalhar. Orientações dadas pelo supervisor: demonstração da organização do departamento, deveres e responsabilidades do novo funcionário, métodos de pagamentos, faltas e atrasos no serviço (critérios de justificativas, abonos e punições), orientação no manuseio do material (ferramenta, máquinas e matéria- prima), regras de segurança, locais onde se permite fumar, serviço de ponto (localidade), quadros de avisos (localidade), localização do vestiário e bebedouro, programas de qualidade e produtividade, etc Quadro 1 1.2 – Aplicação de Recursos Humanos 46 Para atender às necessidades de desenvolvimento e crescimento dos negócios, a descrição dos cargos1 da empresa Peg+Lev é a seguinte: Diretor Comercial (sócio) - Assegurar o cumprimento das metas de vendas estabelecidas, em termos de volume, produtos, clientes e mercados, dentro das políticas definidas. - Desenvolver e implementar planos de abordagem do mercado para venda de novos produtos, visando a conquistar novos clientes e aumentar a participação de mercado. - Definir e supervisionar a elaboração de catálogos de produtos, promovendo a sua divulgação junto ao mercado, visando contribuir para incrementar as vendas. - Planejar e organizar visitas de pessoas externas (imprensa, clientes, estudantes etc.) à fábrica, visando a divulgação e projeção de uma imagem favorável da empresa junto a setores da comunidade de interesse da empresa. - Controlar a verba destinada a publicidade, visando obter o melhor retorno possível, dentro das disponibilidades estabelecidas. - Acompanhar os preços e atuação da concorrência, através de pesquisas, recomendando as alterações de preços, promoções e outras ações, visando a cativar a clientela e aumentar as vendas. - Analisar o giro dos produtos comercializados, identificando as preferências dos clientes e fazendo as sugestões para introdução de novos produtos, visando melhorar continuamente o atendimento das necessidades dos clientes. - Manter permanente contato com clientes, identificando suas necessidades e anotando suas sugestões, visando fornecer subsídios para tomada de decisões nas áreas comercial e operacional. - Requisitos exigidos: Superior Completo em Administração ou Marketing Vendedor - Atender clientes , identificando suas necessidades e orientando-os com todas as informações necessárias sobre os produtos disponíveis e sua adequada utilização. Observar as práticas da concorrência quanto a preços, ofertas, etc., apresentado sugestões para incrementar as vendas. Analisar sugestões dos clientes sobre o atendimento e os produtos oferecidos. Manter-se bem informado quanto às condições de vendas da empresa e como se comparam com as condições da concorrência. Anotar as consultas de clientes relacionadas com mercadorias não disponíveis em estoque. Conferir devoluções de produtos e providenciar o cancelamento da respectiva nota fiscal. Anotar reclamações apresentadas pelo cliente em relação a preço, produto e atendimento. Requisitos exigidos: Ensino Médio completo. Experiência anterior. Adaptação das informações contidas no Manual de Descrição de Cargos disponível em www.promerito.com.br 1 47 Assistente de Marketing - - - Elaborar pesquisas de mercado, envolvendo a preparação dos questionários, orientação aos pesquisadores, acompanhamento e auditoria do trabalho de campo, tabulação e análise dos resultados. Auxiliar na preparação de campanhas de mala direta, preparando o Mailing List, elaborando a redação do material a ser divulgado. Acompanhar o processo de produção gráfica de folhetos com ofertas, incluindo verificação dos produtos ofertados, preparação das fotos e outros detalhes gráficos. Desenvolver concursos com os mais variados objetivos (aumento de vendas, criação de slogans ou símbolos, sugestões etc.). Auxiliar no processo de contratação de agências. Controlar as despesas com publicidade, produção de folhetos, e outras peças publicitárias. Preparar comparativos de vendas anuais. Participar do desenvolvimento de programas de incentivos destinados a aumentar as vendas conforme a necessidade de cada equipe de vendas e região. Elaborar programas de treinamento para vendedores e outros funcionários que mantêm contato direto com o cliente, com o enfoque na qualidade do atendimento. Requisitos exigidos: Ensino Médio completo e Técnico em Marketing / Progaganda e Publicidade. Experiência Anterior. Gerente Admistrativo-Financeiro - Responsável pela elaboração e manutenção das políticas de Recursos Humanos da Empresa; Monitorar e interagir com a empresa de contabilidade responsável pela gestão fiananceira de recursos humanos e contabilidade; Contribuir para manutenção da satisfação e motivação dos recursos humanos, através de estudos internos e pesquisas de tendências de mercado, recomendando ações e procedimentos na área de remuneração e benefícios, observando as políticas e diretrizes da empresa nessa área.. Planejar, organizar e supervisionar as atividades das áreas Administrativa e financeira (Contas a Pagar / Receber, Tesouraria, Serviços Gerais, Departamento Pessoal, Custos), visando assegurar que todas as tarefas sejam executadas dentro das normas e políticas estabelecidas pela empresa e das normas legais. Definir os parâmetros para as negociações ou negociar diretamente com instituições financeiras, visando captar recursos financeiros ao menor custo possível, ou obter as melhores taxas de remuneração para as aplicações financeiras e menor custo das tarifas bancárias. 48 Elaborar o planejamento econômico-financeiro e orçamentário da empresa, fazendo seu acompanhamento para identificação de desvios e proposição das correções necessárias, visando a obtenção dos resultados esperados no curto, médio e longo prazos. Orientar a preparação dos relatórios econômico-financeiros da empresa, visando assegurar a disponibilidade de informações contábeis e gerenciais fidedignas para dar adequado suporte ao processo decisório em todas as áreas. Supervisionar a área Fiscal-Tributária, acompanhando a legislação e orientando as áreas da empresa envolvidas, visando o cumprimento das exigências legais em termos de pagamentos de tributos e obrigações acessórias, buscando minimizar os impactos da carga tributária para a empresa. Negociar com prestadores de serviço na área administrativa e de serviços gerais, buscando sempre melhores condições de qualidade, preço e prazos. Analisar os contratos firmados com terceiros, do ponto de vista fiscal-tributário e administrativo. Acompanhar as negociações com Sindicatos de Empregados, visando a celebração de acordos coletivos de trabalho. - Requisitos exigidos: Superior Completo em Administração de Empresas com Aperfeiçoamento em Gestão Financeira e de Recursos Humanos. Experiência anterior com Administração Financeira e de RH. Assistente Administrativo - - Executar tarefas de apoio ao gerente, envolvendo atendimento e filtragem de ligações telefônicas, organização de agenda, digitação, redação de documentos, preparação de relatórios etc. Digitar correspondências, tabelas, comunicados e outros documentos, bem como providenciar a reprodução e circulação dos mesmos. Atender ao público interno e externo, identificando os visitantes e os assuntos a serem tratados, para o encaminhamento aos respectivos setores da empresa. Despachar documentos, conforme solicitação do remetente. Organizar e manter o arquivo do departamento, para a guarda de documentos e facilidade de consulta. Organizar o local dos treinamentos, preparando todos os recursos necessários para o instrutor e treinandos. Preparar material didático, como apostilas, material de distribuição avulsa, certificados de presença. Atender a solicitações dos funcionários no que se refere a informações sobre a folha de pagamento e outros assuntos relacionados com o vínculo empregatício. Orientar as unidades ou setores da empresa sobre procedimentos do Depto. Pessoal, visando assegurar a qualidade das informações e conformidade com os procedimentos legais. 49 Fazer a classificação da folha de pagamento, conforme o plano de contas, para processamento pela empresa de contabilidade. Coletar e conferir os documentos para admissão de novos funcionários, preparando e completando o processo. Controlar o convênio de assistência médica, coletando os dados e preparando o processo para as inclusões solicitadas, distribuindo as carteiras e informando aos usuários sobre o funcionamento do benefício. Atender a funcionários que solicitam benefícios especiais ou adiantamentos, preenchendo os documentos necessários e encaminhando o pedido. Preparar e controlar os cartões de ponto dos funcionários. - Requisitos exigidos: Ensino Médio completo Diretor Industrial (sócio) - - Assegurar a atualização tecnológica da empresa, através da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos, processos e projetos de novas instalações, buscando atingir os objetivos de tempo e custos, dentro das políticas estabelecidas. Aprimorar produtos atuais visando melhorar seu desempenho e/ou satisfazer necessidades dos clientes. Apoiar com suporte técnico a área de produção, visando garantir as especificações e desempenho do produto. Prestar suporte técnico no processo de novas instalações e implantação de projetos de Engenharia Industrial. Pesquisar novas tecnologias visando a modernização dos processos produtivos. Estabelecer padrões e normas internas para ou produtos (Engenharia de Produto). Manter relacionamento com clientes em nível de assessoria técnica. Analisar todas as informações recebidas para desenvolver produtos novos ou efetuar modificações nos atuais. Acompanhar experiências de outras empresas relacionadas com projetos de desenvolvimento de novos produtos. Manter contatos com fornecedores de novas tecnologias e equipamentos. Consultar literaturas técnicas especializadas para manter atualização tecnológica. Acompanhar todo o processo de desenvolvimento de um novo produto, desde a produção do protótipo até a elaboração dos ensaios e colocação em funcionamento. Estudar a viabilidade econômica de novos produtos e processos. Avaliar e aprovar novos materiais, em conjunto com as áreas técnicas e de produção, buscando obter redução de custos e ganhos em qualidade. Pesquisar e desenvolver novas formas, mais adequadas, de apuração de custos de mão de obra por peça produzida. Negociar com os principais fornecedores, visando garantir o abastecimento dos insumos necessários à produção, buscando sempre melhores condições de qualidade, preço e prazos de entrega. 50 - Requisitos exigidos: Superior Completo em Engenharia de Produção Gerente de Produção - - - - - - - Assegurar o cumprimento das metas de produção, dentro dos padrões de qualidade, quantidade, custos e prazo estabelecidos pela empresa. Planejar e supervisionar as atividades industriais envolvendo PCP, linha de produção e Manutenção, visando assegurar o cumprimento das metas estabelecidas em termos de prazos, quantidades, qualidade e custos. Supervisionar a elaboração do plano anual de metas de produção, visando a otimização dos recursos produtivos disponíveis. Supervisionar a elaboração dos cronogramas de fabricação, visando garantir a melhor alocação da mão-de-obra, equipamentos e materiais. Participar de discussões relativas a desenvolvimento de novos produtos, através da interação com a Diretoria Industrial. Controlar as despesas gerais do departamento de produção (energia elétrica, custos de manutenção, insumos etc.), visando contribuir para a redução de custos nesses itens. Analisar e avaliar os aspectos econômicos das ordens de fabricação, no tocante a mãode-obra e quantidade de materiais consumidos, visando a identificar oportunidades ou alternativas que permitam a redução de custos. Elaborar procedimentos e determinar diretrizes para manutenção do visual da fabrica, no que se refere a limpeza, pintura, conservação etc., visando a manter o local em condições que propiciem o melhor desempenho dos funcionários e dos equipamentos. Levantar necessidades de ampliação da estrutura fabril, visando o atendimento das necessidades de projetos especiais. Negociar com clientes no que se refere aos aspectos técnicos envolvendo o processo produtivo, visando sanar dúvidas e encontrar a melhor solução para o cliente, dentro das possibilidades da fábrica. Acompanhar a execução de auditorias, visando identificar necessidades de alterações /modificações que permitam obtenção das certificações. Planejar, organizar e supervisionar as atividades de produção, dentro das especificações e padrões de qualidade estabelecidos, visando assegurar o cumprimento dos objetivos da empresa na área comercial. Supervisionar as atividades de inspeção de materiais e de controle de qualidade da matéria-prima, visando assegurar conformidade com as especificações e padrões de qualidade estabelecidos. Supervisionar as atividades de estocagem de produtos acabados, visando assegurar conformidade com as especificações estabelecidas. Supervisionar a inspeção dos produtos acabados, visando garantir conformidade com as especificações devidas. Estudar, desenvolver e/ou aperfeiçoar processos, equipamentos, ferramental etc., bem como estabelecer controles de processos, visando garantir melhor qualidade e maior produtividade. 51 - Acompanhar e controlar sistematicamente o desempenho da produção, através da análise de indicadores gerenciais apropriados, propondo os planos e ações necessários, visando assegurar o cumprimento das metas e objetivos estabelecidos. Estudar, em conjunto com a Engenharia e Qualidade, as necessidades de a empresa implementar os respectivos programas de desenvolvimento de novos produtos, automações, lay-out, processos etc., visando contribuir para aumentar a qualidade e competitividade dos produtos e participação de mercado da empresa. - Requisitos exigidos: Superior em Engenharia de Produção e Experiência anterior de 5 anos com linha de produção. - Coodenador de Manutenção - - - Programar e supervisionar as atividades de manutenção corretiva, preventiva e preditiva, visando manter a fábrica e seus equipamentos em condições adequadas de funcionamento. Coordenar as atividades de manutenção predial e serviços de apoio administrativo, visando garantir o estado de conservação da infra-estrutura física das instalações e a qualidade dos serviços de apoio administrativo. Programar os serviços referentes a pequenas instalações, serviços de manutenção ou melhoria nas instalações prediais da fábrica e escritório. Elaborar os procedimentos de trabalho para manutenção corretiva/preventiva, fazendo as alterações e adaptações conforme necessário. Elaborar projetos elétricos para automação da fábrica e distribuição de energia. Selecionar e contratar serviços de terceiros para consertos em equipamentos, mediante avaliação técnica, pesquisa mercado e análise da relação custo/benefício do trabalho. Pesquisar e cadastrar novos materiais de manutenção para inclusão nos itens de estoque e sistema de compras. - Executar pequenos reparos de mecânica, hidráulica e elétrica; Executar serviços auxiliares de desmontagem, montagem, substituição de peças e limpeza de máquinas e demais equipamentos da empresa. Efetuar pequenos trabalhos de pintura e solda. - Requisitos exigidos: Técnico em Mecatrônica ou Elétrica e Mecânica. Experiência anterior de 3 anos na área de manutenção. Coordenador de Logística Assegurar a expedição dos produtos acabados, dentro dos padrões estabelecidos de tempo, quantidade, segurança e qualidade do atendimento. Assegurar que os produtos cheguem aos clientes sem alterações na qualidade causadas pelo processo de embarque e transporte. 52 Desenvolver novos sistemas e métodos de expedição, visando a melhorar o fluxo da atividade e evitar alterações nas características/qualidade dos produtos. Identificar gargalos e procedimentos utilizados no processo de expedição, visando reduzir perdas de produtos e tempo de expedição. Definir a quantidade e tipo de veículos que serão utilizados no transporte dos produtos, para assegurar o cumprimento das metas. Pesquisar novos acessórios e aferir junto aos clientes os resultados de novos métodos, verificando a qualidade do atendimento e satisfação do cliente. Consultar as áreas de vendas, PCP e produção para coordenar ações no setor de expedição. - Requisitos exigidos: Formação Superior. Conhecimentos em informática, kanban, PCP. Assistente de Logística Executar as tarefas de rotina de movimentação de matéria-prima e produtos acabados na área de produção e na área de armazenamento e carregamento de veículos para expedição. Separar e preparar os produtos para carregamento. Acompanhar o transporte dos produtos da produção para o local de estocagem. Verificar a organização e empilhamento e/ou disposição dos produtos na área de armazenagem. Executar o transporte dos produtos do local de armazenamento para o veículo transportador. Acondicionar os produtos no veículo transportador, de forma a preservar sua integridade e características durante o transporte. Conferir a carga carregada, para liberação da saída do veículo. Acompanhar funcionários de clientes em visita para inspeção de produtos a serem expedidos. - Requisitos exigidos: Ensino Médio completo. Coordenador de Qualidade Coordenar a implantação e gestão do sistema de qualidade, visando contribuir para o aprimoramento dos processos, sistemas de informação e qualidade dos produtos/serviços da empresa e manutenção da certificação nas normas ISO. Levantar e analisar os procedimentos existentes em todas as áreas da empresa, visando sua padronização e formalização em procedimentos escritos, para utilização por todos os níveis organizacionais. Analisar os procedimentos e forma de execução de cada tarefa, preparando listas de verificação com base nas recomendações das normas ISO-9000, visando identificar métodos de auditoria para esses procedimentos. Divulgar a política da qualidade da empresa, através da preparação e distribuição de material sobre o assunto, organização de cursos e palestras, visando a conscientização e envolvimento de todas as áreas da empresa em relação à qualidade. 53 Participar de comissões internas, visando a definir prioridades para o plano de implantação do sistema da qualidade, bem como para encontrar soluções para aumento de produtividade, melhoria de qualidade, mudanças de processos e redução de custos. Promover e executar treinamentos relativos à qualidade e ao manual da qualidade, selecionando prestadores de serviços na área, definindo tipo e forma do treinamento e controlando os custos envolvidos. Pesquisar entidades e prestadores de serviço de treinamento, selecionar programas e cursos disponíveis, bem como indicar funcionários para participar desses treinamentos internos ou externos. Elaborar o Manual da Qualidade e o controle de distribuição e revisão, visando atender aos requisitos das normas ISO. Coordenar e executar os programas de auditoria interna nos sistemas e procedimentos relacionados com a qualidade, com o objetivo de identificar deficiências em processos, sistemas e tarefas, promovendo a conscientização das pessoas e setores diretamente envolvidos, visando o seu engajamento na busca de soluções e implementação das ações corretivas. Identificar deficiências em processos, sistemas e tarefas, promovendo a conscientização das pessoas e setores diretamente envolvidos, visando o seu engajamento na busca de soluções e implementação das ações corretivas. Elaborar documentos do Sistema da Qualidade, verificando e analisando conteúdo, uniformizando a linguagem, visando maior clareza e adequação às normas ISO-9000. Dar tratamento estatístico aos dados relacionados com a qualidade, para elaboração de relatórios gerenciais. Desenvolver projetos de mudanças de procedimentos e formas de trabalho, com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento ao cliente e da prestação de serviços. Efetuar estudos para modificação ou definição de novos lay-outs das instalações e equipamentos do escritório, buscando maior funcionalidade, apresentando os projetos elaborados para aprovação das áreas interessadas. Definir e implantar um sistema de ação corretiva nos casos de desvios dos procedimentos ou quando for identificada uma necessidade de modificação em algum procedimento. Fazer o acompanhamento das recomendações feitas às áreas auditadas para verificar a sua implementação ou as ações corretivas adotadas. Avaliar a eficácia das modificações ou correções de procedimentos implantadas. Realizar inspeção de qualidade. - Requisitos exigidos: Formação Superior. Experiência em Inspeção de Qualidade. Ajudante de Produção I - Efetuar vincos no blank das embalagens, conforme marcações; - Dobrar o blank, dando formato às embalagens, conforme vincos; - Colar as emendas das embalagens; - Furar as embalagens, preparando-as para colocar alças; - Colocar alças. - Realizar outros serviços pertinentes à produção de embalagens. 54 - Requisitos exigidos: Ensino Fundamental Completo. Ajudante de Produção II - Efetuar vincos no blank das embalagens, conforme marcações; - Dobrar o blank, dando formato às embalagens, conforme vincos; - Colar as emendas das embalagens; - Furar as embalagens, preparando-as para colocar alças; - Colocar alças. - Realizar outros serviços pertinentes à produção de embalagens. - Requisitos exigidos: Ensino Médio completo. Desejada experiência anterior de em linha de produção de embalagens. Ainda com relação à política de aplicação de recursos humanos, a empresa Peg+Lev adotou um plano de carreira estabelecido no ordenamento “hierárquico” de cargos que apresentam alguma afinidade ocupacional aliada a fatores de desempenho e resultados qualitativos. É importante levar-se em consideração também o desenvolvimento da empresa de tal maneira que o plano de carreiras seja uma conseqüência natural da necessidade de criação de novos cargos,. O objetivo do RH dessa empresa é evoluir para um plano de careira em Y. Para a avaliação de desempenho a empresa optou por um sistema que leva em consideração dois fatores: níveis hierárquicos e tipo de tarefas executadas, além dos cargos envolvidos podendo ser utilizados métodos individuais ou de resultados. O processo todo envolverá “o como?” “o quando?” e“o quem?” através de três etapas: coleta de informações; avaliação das informações e tomada de ação. 1.3 – Manutenção de Recursos Humanos Com relação às relações sindicais, a empresa adota fielmente as normas estabelecidas pela Convenção Coletiva entre o Sindicato da Indústria de Artefatos de Papel, Papelão e Cortiça no Estado de São Paulo, Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça do Estado de São Paulo e as Entidades Sindicais a ela filiadas (anexo 1). No que se refere à administração de remunerações diretas e indiretas, a empresa tem como parâmetro principal a Convenção Coletiva citada. Para os cargos diferenciados aplica-se uma régua compatível, levando-se em consideração a formação acadêmica , experiências empíricas e outros fatores; além de basear-se em pesquisas de cargos e salários (Anexo 2) (embora levando em consideração que as tabelas não possuem índices para microempresas). 55 Para o estabelecimento dos salários da empresa Peg+Leve (Quadro 2), são consideradas pesquisas de cargos e salários e as normas e piso determinados pela convenção coletiva. Dessa forma, fica assegurado para os empregados representados pela categoria profissional e para aos menores aprendizes devidamente registrados no SENAI um piso salarial de R$ 475,20 (quatrocentos e setenta e cinco reais e vinte centavos) , correspondendo a R$ 2,16 (dois reais e dezesseis centavos) por hora. Salário R$ 490,00 R$ 600,00 R$ 900,00 R$ 1.000,00 R$ 1.800,00 R$ 3.000,00 Pro-labore Cargo Ajudante de Produção I Ajudante de Produção II Vendedor Assistente (Administrativo / Marketing) Coordenador (Manutenção / Logística / Qualidade) Gerente (Adm. Financeiro / Produção) Diretor-Sócio (Comercial / Industrial) Quadro 2 – Cargos e Salários da Empresa Peg+Leve A empresa concede a todos os seus empregados, adiantamentos salariais de no mínimo 40% (quarenta por cento) do valor dos salários devidos do mês, inclusive nos meses de pagamento das parcelas do 13º salário, ressalvadas situações mais favoráveis, caso existam. Os pagamentos de salários são efetuados sempre no último dia útil de cada mês e a concessão do adiantamento (vale) efetuada todo dia 15. Nesses dias, a empresa libera os empregados em tempo hábil para recebimento de seus vencimentos dentro da jornada normal de trabalho, independente destes pagamentos serem efetuados em moeda corrente ou depósito bancário. Este tempo hábil não é descontado do trabalhador. Ainda com relação à política de manutenção de recursos humanos, cabe ressaltar que a empresa concede como benefícios sociais assistência médica e vale-refeição, além de cumprir com os direitos estabelecidos em lei, como o vale-transporte, e os direitos estabelecidos pela convenção coletiva, como: a) Reajuste Salarial São obedecidos a convenção coletiva e dissídios pertinentes e também um sistema de progressão salarial na qual os aumentos ocorrerem por “bonificação por tempo de casa” ou incentivo por mérito. 56 A classificação salarial atende ao sistema de “ordenamento” criando-se uma régua salarial que pode ser revista e ajustada de modo a satisfazer propósitos peculiares à administração de salários visando: - Agrupar cargos de mesmo valor relativo por categoria ocupacional Reconhecer o valor individual de acordo com níveis de habilidade e/ou experiência Prever uma progressão harmoniosa para todos os cargos de modo a propiciar o crescimento profissional ocupacional e de remuneração eqüitativa do empregado b) Participação nos Resultados A empresa tem plano próprio de participação nos lucros e resultados convencionado com seus empregados, por meio de comissão por eles escolhida. A comissão realiza reuniões de apuração de resultados e definição de estratégias de crescimento visando propiciar o melhor resultado e a integração de todos os níveis hierárquicos ao “plano de participação de resultados” . c) Creche A funcionária mãe e/ou funcionário pai com pátrio poder tem direito a obter o reembolso das despesas efetuadas com o pagamento de creche de sua livre escolha, nas seguintes condições: 73% (setenta e três por cento) do salário normativo até o 12º mês de idade da criança, em ampliação à Portaria nº 3.296, de 03/09/86, D.O.U. de 05 de setembro de 1986 e a partir do 13º mês até completar 6 (seis) anos de idade as empresas pagarão o equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do salário normativo; d) Indenização por Invalidez A empresa paga, a título de indenização por invalidez, o valor de 2 (dois) salários nominais. O pagamento é feito contra apresentação da anotação na CTPS pelo INSS. e) Indenização por Aposentadoria Ressalvadas as situações mais favoráveis já existentes, aos empregados com 5 (cinco) anos ou mais de serviços contínuos dedicados à empresa, no ato da aposentadoria, 57 recebe uma indenização equivalente ao seu último salário nominal para cada 5 (cinco) anos de serviços prestados. Esta indenização é paga uma única vez. f) Auxílio Funeral No caso de falecimento de empregado, a empresa paga a título de auxílio-funeral para a família, a contra recibo das despesas efetuadas para o funeral, no ato da apresentação do atestado de óbito, 3 (três) salários nominais. g) Complementação de Auxílio-Doença e Acidente Ao empregado afastado do serviço, percebendo o benefício previdenciário respectivo, fica garantido, entre o 16º (décimo sexto) e 90º (nonagésimo) dias de afastamento, uma complementação de salário em valor equivalente à diferença entre o efetivamente recebido da Previdência Social e o salário nominal, sempre respeitado, para efeito da complementação, o limite máximo de contribuição previdenciária. h) Horas Extraordinárias A sobretaxa de horas extras é de 60%(sessenta por cento) para as duas primeiras horas e 80%(oitenta por cento) para as demais horas diárias, excetuados os dias destinados a repouso semanal e dias já compensados. i) Adicional Noturno O percentual de adicional da hora noturna, é de 40% (quarenta por cento). O horário noturno será considerado das 22:00 às 6:00 horas. j) Cesta de Alimentos A empresa concede aos seus empregados cestas de alimentos, no mínimo, com 22,5 (vinte e dois e meio) quilos, ou, eventualmente, o equivalente em vale-compras (ticket alimentação). 58 Também ainda com relação à política de manutenção de recursos humanos, a empresa Peg+Leve adota diversas medidas de higiene e segurança visando a proteção da integridade física e mental dos funcionários, tais como: treinamento a todos os funcionários sobre o manuseio de equipamentos de segurança, bem como orientações sobre como prevenir acidentes de trabalho; utilização de ampla iluminação natural e artificial e adequada ventilação em todos os ambientes de trabalho; Implantação e realização do Programa “5S”; Ergonomia - pausa de descanso (conforme norma regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho – NR-17); Implantação Futura: Ginástica Laboral - exercícios físicos realizado no trabalho – 10 minutos antes da realização das atividades. (a empresa está entrando em contato com as faculdades da região, para realizar uma parceria com intuito de implantar a ginática laboral na empresa, a qual será ministrada por estagiários de educação física indicados pelas faculdades). Contratação de empresa de segurança patrimonial. Contratação de empresa para limpeza. 1.4 – Desenvolvimento de Recursos Humanos Na empresa Peg+Leve, a principal linha de atuação da área de treinamento, atualmente, concentra-se no manuseio de equipamentos de segurança e na especialização das técnicas para produção de sacolas. Com relação aos equipamentos de segurança, é realizado treinamento por ocasião da admissão do funcionário ou quando da troca de equipamentos. Esse treinamento normalmente é feito pelo funcionário eleito para a CIPA, e organizado pela Gerência Administrativo-Financeira (GAF), responsável pela área de treinamento. Com relação à confecção de sacolas, com base na análise do trabalho realizada pela engenharia de processos, o Gerente de Produção treina os funcionários quando da necessidade de alteração de procedimentos; e, quando da contratação de funcionário novo, elege funcionário experiente que possa ensiná-lo e acompanhá-lo por determinado período. A GAF também, eventualmente, responsabiliza-se pela contratação de instrutores / professores quando surge a necessidade de treinamentos específicos. Além disso, também se responsabiliza em disponibilizar vídeos educativos, manuais e panfletos informativos. Com relação ao desenvolvimento organizacional, na empresa Peg+Leve a forma como é dada sua estrutura organizacional advém da preocupação em melhorar os fluxos de trabalho, diminuindo níveis hierárquicos e aproveitando de forma eficiente a mão-de-bra disponível: 59 Organograma da Empresa Peg + Leve Diretor Comercial Vendedor Assistente de Marketing Gerente Adm. Financeiro Diretor Industrial Assistente Administrativo Gerente de Produção Coordenador de Manutenção Coordenador de Logística Assistente de Logística Coordenador de Qualidade 06 Ajudantes de Produção (Vincar) 03 Ajudantes de Produção (Dobrar) 03 Ajudantes de Produção (Colar) 1 Ajudante de Produção (Furar) 01 Ajudante de Produção (Colocar Alças) 60 1.5 – Monitoração de Recursos Humanos A contabilidade e todos os procedimentos envolvendo folha de pagamento e gestão de benefícios é realizada por empresa terceirizada de contabilidade. Dessa forma, com relação à política de Recursos Humanos, cabe à empresa Peg+Leve somente monitorar os resultados fornecidos pela empresa de Contabilidade, ocorrências de freqüência, estruturação de treinamentos, contratações e seleções e demais atividades, que, devido o tamanho da empresa e quantidade de funcionários, podem perfeitamente ser controladas através de planilhas eletrônicas simples, desenvolvidas e alimentadas pela própria Gerência Administrativa Financeira. Fundação Santo André Pós-Graduação – Curso: Capacitação Gerencial Matéria: Administração da Produção – Prof. Msc. Roque Amighini Simone Maria da Silva / Welington F. Câmara / Valter R.Francisco Engenharia do Produto Produto escolhido: Sacola para compras, em Papel Kraft, com alças de cordão de nylon, e base (reforço) interna em papelão, para suportar pesos de até 2,5 quilos. Conceituação do Produto: Sacola de formato retangular, com as seguintes dimensões depois de montada: Altura : 230 mm Largura : 217 mm Espessura : 80 mm Função : Sacola destinada a carregar pequenos pacotes, cujo peso total não pode ultrapassar 2,5 quilos Objetivo : oferecer ao cliente uma sacola de papel, de formato simples, prática para o comprador da mercadoria e para o manuseio do balconista. Características : 61 Pode ser guardada dobrada, sem prejuízo da sua forma e de seu aspecto Resiste ao manuseio e transporte de pequenos pacotes. Não apresenta rasgos, fissuras nem esgarçamentos quando carregada até o limite de projeto Conceito simples, utilizando matérias-primas de baixo custo e recicláveis. Acabamento no próprio papel Kraft, sem pintura, nem acabamento de fundo, associando ao aspecto rústico do papel, a característica de robustez do produto aliada à sua “reciclabilidade”. Haverá somente o nome do cliente em silk screen, em cor Verde Mar. Conceito simples, visando eliminar ao máximo a complexidade de processos de fabricação As etapas do projeto do produto foi sistematizada conforme descrito abaixo: 62 Sacola de papel kraft de baixo custo, e beleza rústica Análise de produtos similares de vários fabricantes Escolha do “modelo” – Aplicação da “Engenharia Reversa” Elaboração de esboço a partir do “modelo” – Execução do Lay Out Construção de um mock-up em papel kraft de baixa densidade Construção de protótipos com os materiais especificados Testes e avaliações práticas do produto Geração do Conceito: O departamento de Marketing e Vendas detectou no mercado de sacolas para lojas, uma tendência favorável a produtos menos elaborados, mais simples, menos enfeitados, com um aspecto mais rústico e mais natural, refletindo uma visão mais ecológica do produto final. Essas características foram apresentadas ao nosso cliente, que é uma loja de presentes finos, de porte médio para grande, com cinco filiais em cinco diferentes capitais brasileiras (S.Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza). Seus produtos são de porte pequeno, a maioria deles elaborado em cristal e em vidro de Murano. São produtos de 63 pequeno volume, alto peso específico e alto valor agregado, o que justifica o cuidado na elaboração da sacola, tanto no aspecto físico, quanto no aspecto técnico. Com base nessas características, e ainda com o objetivo de elaborar um produto com baixo custo e baixa complexidade de fabricação, a Engenharia de Produto definiu os seguintes parâmetros para o projeto da sacola: Material : Papel Kraft, na cor natural (tom pardo), com uma das faces apresentando acabamento liso, sem brilho, e a outra face (interna) com o acabamento natural do papel (rústico). Densidade : 90g/m2 Possui um reforço em papelão no fundo, colado na parte interna da sacola. A sacola é transportada através de dois cordões de nylon, de 5,0 mm de diâmetro, na cor Verde Água, cuja tinta não deve soltar em contato com umidade ou suor das mãos. Os cordões devem ser macios ao tato, sem apresentar pontas, farpas ou qualquer impureza que possa causar desconforto ou ferimento ao usuário. A sacola deve resistir a um peso máximo de até 2,5 kg, sem apresentar rasgos, esgarçamentos ou fissuras de nenhum tipo. A marca do cliente será aplicada através do processo Silk-Screen na cor Verde Água, nas duas laterais de maior dimensão. A marca da nossa empresa, junto com o telefone do SAC (Serviço de Assistência ao Consumidor), será aposto no fundo da sacola em tipo 10. A cola a ser utilizada no fechamento da sacola, deverá ser cola do tipo polivinilica, totalmente atóxica, que será aplicada com pincel ou espátula, sem necessidade de fontes de calor ou dispositivos especiais de aplicação O produto final deverá ser completamente inodoro e isento de qualquer tipo de mancha. 64 S Saaccoollaa ddee P Paappeell –– B Bllaannkk pp// ccoorrttee ee ddoobbrraa Cotas de referência, que serão usadas após a dobra da sacola, para posicionar os furos 55 10 7 Parte superior da sacola 1 2 2 0 B 3 7 3 5 5 0 7 Os furos serão executados após a sacola ter sido dobrada e colada DIA.6,0 0 6 5 8 3 1 5 4 8 5 4 5 9 D 45° A 3 45° 45° 45° 45° 45° 28 68 F C E Parte inferior da sacola 28 5 32 5 36 5 58 0 62 0 OBSERVAÇÕES 1 – As linhas pontilhadas representam as linhas de dobra ou vinco 2 – Obedecer a seqüência de dobra indicada pelos números inseridos nos quadros 3 – A cola será passada na face interna “A”, que será colada na face externa de “B” 4 – Depois da sacola dobrada, e antes de colar o reforço no fundo, observar que a orelha “C” fica sobre a orelha “D” e a face “E” fica sobre a face “F”. 5 – Os furos são feitos após a sacola estar pronta (dobrada e colada) 6 – Dimensões do reforço retangular a ser colado no fundo da sacola: 213 x 72 mm 65 CONCLUSÃO