INSTITUIÇÕES ARNALDO JANSSEN FACULDADE ARNALDO Ana Paula Marques Silva NÍVEL DE SATISFAÇÃO DE CLIENTES: UM ESTUDO NAS FERRAGENS ROMA Belo Horizonte 2009 Ana Paula Marques Silva NÍVEL DE SATISFAÇÃO DE CLIENTES: UM ESTUDO NAS FERRAGENS ROMA Monografia apresentada à Faculdade Arnaldo como requisito parcial à obtenção de título de Bacharel em Administração com ênfase em Marketing Orientador: Profª Carolina Machado Saraiva de Albuquerque Maranhão Belo Horizonte 2009 INSTITUIÇÕES ARNALDO JANSSEN FACULDADE ARNALDO Monografia intitulada “Nível de satisfação dos clientes: um estudo nas Ferragens Roma” de autoria da aluna Ana Paula Marques Silva, aprovada pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores: Profª Carolina Machado Saraiva de Albuquerque Maranhão Prof. Eduardo Madeira Marques Belo Horizonte, julho de 2009 AGRADECIMENTOS A Deus e Nossa Senhora Da Graças pelo cuidado e amor incondicional; A minha mãe amada, amiga e companheira única por todo carinho e atenção; A minha irmã Flávia pela compreensão e apoio; A Giovanna Vidinha, por estar sempre comigo e ser minha filha de coração; As Ferragens Roma por permitir a realização deste trabalho; Aos amigos de fé Ceceu, Renata, Nayane e Felipe pela amizade e companheirismo e por perdoarem minhas ausências constantes. A Profª. Carolina Maranhão, por ser minha verdadeira e especial mestra. “Não tenho um caminho novo, o que tenho de novo é o jeito de caminhar.” Thiago de Mello Resumo A satisfação dos clientes deve ser premissa básica para manter uma organização no mercado, pois a partir da satisfação o cliente torna-se fiel a um produto ou serviço. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de identificar o grau de satisfação dos clientes técnicos da Ferragens Roma, composto de arquitetos, engenheiros e decoradores com relação ao atendimento presencial, telefônico e por e-mail. Aplicou-se um questionário quantitativo com 172 respondentes que freqüentam o estabelecimento. A partir da coleta de dados foi possível identificar as mudanças necessárias para que a empresa pudesse atender plenamente seus clientes e estabelecer com os mesmos um relacionamento duradouro e repleto de satisfação mútua. Palavras-chaves: marketing, satisfação, relacionamento, clientes. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Funções ou processos do processo Administrativo .................................................... 16 Figura 2 Stakeholders em atividades de marketing .................................................................. 21 Figura 3 Os quatro Ps ............................................................................................................... 27 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Principais tipos de marketing .................................................................................... 19 Tabela 2 Comparação entre vendas e desejo do cliente ........................................................... 24 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Organograma das Ferragens Roma ........................................................................ 72 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Gênero do respondente ............................................................................................ 49 Gráfico 2: Faixa etária dos respondentes .................................................................................. 50 Gráfico 3: O ambiente físico possui iluminação adequada ...................................................... 51 Gráfico 4: O ambiente físico apresenta ventilação apropriada ................................................. 52 Gráfico 5: No ambiente físico, o showroom é bem distribuído................................................ 53 Gráfico 6: No ambiente físico o mobiliário .............................................................................. 54 Gráfico 7: O ambiente físico é agradável para a realização de suas transações ....................... 55 Gráfico 8: Existe funcionário disponível para atendê-lo .......................................................... 56 Gráfico 9: Os funcionários se preocupam em responder as suas perguntas ............................. 57 Gráfico 10: O número de funcionários na loja é suficiente ...................................................... 58 Gráfico 11: As respostas obtidas são claras e objetivas ........................................................... 59 Gráfico 12: A apresentação física do funcionário é adequada ................................................. 60 Gráfico 13: A linguagem utilizada é adequada ........................................................................ 61 Gráfico 14: O atendimento é ágil ............................................................................................. 62 Gráfico 15: Educação/gentileza/cordialidade ........................................................................... 63 Gráfico 16: Os funcionários estão motivados para atendê-lo ................................................... 64 Gráfico 17: Forma de comunicação com a Ferragens Roma.................................................... 65 Gráfico 18: O método pelo qual é transmitida a informação é satisfatório .............................. 66 Gráfico 19: Meios de comunicação com a Ferragens Roma .................................................... 67 Gráfico 20: As necessidades são plenamente atendidas ........................................................... 68 Gráfico 21: Os funcionários estão bem capacitados e treinados para atender os clientes ........ 69 Gráfico 22: O atendimento, em geral, tem apresentado a qualidade esperada ......................... 70 Gráfico 23: O desempenho do atendimento é compatível com o necessário ........................... 71 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMA – American Marketing Association EAESP - European Association of Experimental Social Psychology FGV - Fundação Getúlio Vargas SWOT - strengths, weaknesses, opportunities e threats SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13 1.1 Problema ....................................................................................................................... 13 1.2 Objetivo Geral .............................................................................................................. 14 1.3 Objetivos Específicos .................................................................................................... 14 1.4 Justificativa ................................................................................................................... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15 2.1 Administração ............................................................................................................... 15 2.2 Conceitos de Marketing ............................................................................................... 16 2.3 Importância do Marketing .......................................................................................... 24 2.4 Compostos de Marketing ............................................................................................. 26 2.4.1 – Produto ................................................................................................................. 28 2.4.2 Preço ........................................................................................................................ 29 2.4.3 Praça (ponto de distribuição) ................................................................................. 31 2.4.4 Promoção (Comunicação de Marketing) ................................................................ 32 2.5 Satisfação do Consumidor ........................................................................................... 34 2.6 Comportamento do Consumidor ................................................................................ 36 2.8 Segmentação de mercado ............................................................................................. 39 2.9 Marketing de Relacionamento .................................................................................... 40 2.10 Marketing de varejo ................................................................................................... 42 2.10.1 – Ciclo de vida do Varejo ...................................................................................... 43 2.10.2 – Classificação de Varejistas ................................................................................ 43 2.11 Marketing de serviços ................................................................................................ 45 3 METODOLOGIA................................................................................................................ 47 3.1 Tipos da Pesquisa ......................................................................................................... 47 3.2 Quanto aos meios .......................................................................................................... 47 3.3 Universo ......................................................................................................................... 47 3.4 Instrumento de coleta de dados ................................................................................... 47 3.5 Limitações do método................................................................................................... 48 4 ANÁLISE DOS DADOS ..................................................................................................... 49 4.1 Preparação para coleta de dados ................................................................................ 49 4.2 Análise dos Dados Coletados ....................................................................................... 49 5 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO .................................................................. 72 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 73 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 76 ANEXOS ................................................................................................................................. 78 13 1 INTRODUÇÃO A busca da satisfação dos clientes é a essência da teoria e da prática da Administração Mercadológica e é elemento chave para as organizações se manterem em um mercado altamente competitivo. Através de ações específicas que as empresas executam é possível oferecer produtos, serviços e atendimento de qualidade, a preços e prazos razoáveis que contribuam para a satisfação dos clientes, e a conquista e fidelização de parceiros comerciais. O objetivo do trabalho aqui proposto foi identificar o grau de satisfação dos clientes técnicos da empresa ora estudada, composto por arquitetos, decoradores e engenheiros. Procurando identificar como os pesquisados se sentia com relação ao atendimento presencial, telefônico e por e-mail, oferecidos pela empresa Ferragens Roma. Inicialmente foi elaborada uma pesquisa tendo como premissa identificar a opinião dos pesquisados com relação ao atendimento, lay-out, produtos, localização e serviços oferecidos pela empresa. Pois, em função da competitividade do mercado que oferece grandes empresas no segmento de ferragens finas e acabamentos para casa, é necessário identificar a percepção dos clientes quanto aos níveis de atendimento. Assim sendo, a satisfação dos clientes em geral é preocupação da empresa Ferragens Roma que, a partir da implementação do presente estudo, procurou identificar o grau de satisfação de sua clientela. 1.1 Problema A realidade do mercado evidencia a grande competitividade em que as empresas estão inseridas. Por isso, este estudo tem como objetivo identificar o nível de satisfação dos clientes com relação aos métodos de atendimento presencial, telefônico ou e-mail, oferecidos pelas Ferragens Roma, que é uma empresa do segmento de acessórios para banheiros, armários e cozinhas, que tem como principais clientes arquitetos, decoradores, engenheiros a quem será direcionada uma pesquisa qualitativa. Com o intuito de identificar seu grau de satisfação nos métodos citados acima. 14 Qual é o nível de satisfação dos clientes técnicos da Ferragens Roma com relação ao atendimento presencial, telefônico ou e-mail? 1.2 Objetivo Geral Identificar o grau de satisfação dos clientes técnicos em relação ao atendimento presencial, telefônico ou e-mail da Ferragens Roma. 1.3 Objetivos Específicos Identificar quais são os benefícios percebidos pelos clientes técnicos com relação ao atendimento presencial, telefônico e por e-mail; Verificar o grau de satisfação dos clientes técnicos em cada tipo de atendimento oferecido pelas Ferragens Roma; Identificar o grau de satisfação dos clientes técnicos em relação aos tipos de atendimento oferecidos pelos concorrentes e das Ferragens Roma; Levantar sugestões de melhoria junto aos clientes técnicos. 1.4 Justificativa O principal ganho que uma organização pode obter ao receber um estudo sobre o nível de satisfação de seus clientes em relação ao atendimento é a certeza de que um trabalho elaborado com seriedade permite a seus leitores uma visão sistêmica da real necessidade dos clientes, bem como os benefícios por eles desejados e esperados. Por isso, este trabalho espera apresentar, pela coleta e tratamento de dados, o quanto os clientes estão satisfeitos com as formas de atendimento oferecidas pela empresa. Para os clientes, a identificação do nível de satisfação será uma forma de contribuir para o aperfeiçoamento das relações com a empresa, expondo como pensam o que sentem e o que esperam. Além disso, com a realização deste estudo, poderemos confrontar os modelos de atendimento ao cliente visto em sala de aula, com a prática empresarial varejista, identificando e analisando convergências e divergências, ampliando os horizontes para novas pesquisas nesta área. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Administração A palavra administração é originária do latim, onde AD juntamente com ministrativo significa prestação de serviço, ou a ação de prestar serviço e ajudar. Assim sendo, administração é um processo dinâmico que envolve planejamento, organização, direção e controle para a utilização de recursos organizacionais com o intuito de alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz, conforme explicita Chiavenatto (2003, p.22). De acordo com Churchill e Peter (2000, p.18), “administração de marketing é o processo de estabelecer metas de marketing para uma organização e planejar, implementar e controlar as estratégias para alcançá-la”. Para Kotler a definição de administração de marketing é: “A análise, planejamento, implementação e controle dos programas destinados a criar, desenvolver e manter trocas de benefícios com os compradores-alvo a fim de atingir objetivos organizacionais. Portanto, a administração de marketing envolve uma demanda administrada, que por sua vez envolve relacionamentos administrativos com o cliente. (Kotler e Armstrong, 1999, p.8)”. De acordo com os professores do Departamento de Mercadologia da Fundação Getúlio Vargas - FGV (2003, p.10), administração de marketing [...] é o processo de planejamento, execução e controle das estratégias e táticas de marketing para otimizar resultados de clientes e stakeholders [...] Para Maximiano (2000), Administração significa, em primeiro lugar ação. Este conceito está em concordância com os de Chiavenatto e Kotler, que a definem como um processo de tomar decisões. (2000, p.26) Desta forma a tabela abaixo descreve sucintamente os principais processos administrativos: 16 Figura 1 Funções ou processos do processo Administrativo Fonte: Introdução a Administração Percebe-se que a administração contribui valiosamente para que a empresa alcance os objetivos esperados, dentre os quais certamente estão à satisfação dos clientes. Por isso, é vital que uma organização tenha uma boa administração para melhor exercer suas funções e atender as expectativas de seus clientes e colaboradores. 2.2 Conceitos de Marketing Compreende-se que as organizações existam com o objetivo específico de maximizar os recursos disponíveis e reduzir significativamente custos. Percebe-se que elas constituem sistemas formados por diferentes recursos, dos quais se busca oferecer no mercado produtos e serviços de maneira a alcançar a satisfação de seus clientes. Acerca disto, Drucker (2002, p.35) salienta que “só existe uma definição válida para a finalidade de uma empresa: criar um consumidor”. Portanto, para que isso aconteça é necessário que a organização conheça a preferência e a real necessidade de seu público-alvo e que adquira recursos para atendê-los e satisfazê-los. 17 Marketing é um termo em inglês derivado de market, que é mercado. Tal palavra é utilizada com o intuito de expressar a ação voltada para o mercado. Logo, entende-se que a empresa que pratica o marketing tem o mercado como foco de suas ações. Marketing é a função empresarial que cria continuamente valor para o cliente e gera vantagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição. Conforme descrevem os professores do Departamento de Mercadologia da FGV – EAESP e convidados (2003, p.2). A partir do pós-guerra de 1950, houve o acirramento da industrialização mundial o que possibilitou a competição entre as empresas e a disputa pelos mercados. Já não era mais suficiente produzir produtos e serviços com qualidade e a custos competitivos. Era necessário um diferencial que proporcionasse ao cliente a melhor relação entre custo e benefício, pois, o cliente já contara com a benfeitoria da escolha. Tal diferencial permitiu que a conscientização do cliente com relação à qualidade dos serviços e atendimento por parte das organizações como fator preponderante no processo de escolha. Um fator preponderante que contribuiu para integração do marketing ao vocabulário popular foi o processo de importações que transformou o país de uma economia agrícola em uma nação industrializada. Também a difusão de inovações por meio de escolas de ensino superior e cursos especiais e ao sistema de comunicação, tanto da mídia impressa como falada, que usam, e às vezes abusam da palavra marketing, conforme cita Richers (2000, p.5). Outra definição de Marketing, bastante utilizada pela American Marketing Association (AMA), define o marketing como o processo de planejar e executar a concepção, precificação, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços. Hoje em dia bastante difundido, com orientação para o mercado pode ser entendido como a filosofia empresarial que envolve todas as funções da empresa como: consumidores, distribuidores, concorrentes, influenciadores e macro ambiente. De acordo com os professores do Departamento de Mercadologia da FGV – European Association of Experimental Social Psychology - EAESP e convidados (2003, p.2) que define: A empresa orientada para o mercado é que aloca recursos humanos e materiais a fim de: coletar informações sobre as expectativas e os comportamentos dos diversos atores do mercado; elaborar um plano de ação orientado para o mercado, e implementar o mercado com a participação de 18 todas as áreas funcionais. Isso implica mudanças nos processos organizacionais, com a predominância de equipes multidisciplinares e a necessidade de coordenação interdisciplinar. Para Churchill e Peter (2003, p.4), “marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metais individuais e organizacionais”. Na visão de Churchill e Peter (2003), há dois tipos de clientes que participam das trocas comercias: os compradores organizacionais, que compram bens e serviços para empresa, órgão governamentais e outras instituições e os consumidores que compram bens e serviço para benefício próprio ou para presentear outras pessoas. E também os consumidores, que compram bens e serviços para seu próprio uso ou mesmo para presentear pessoas, estando incluso entre estes indivíduos e famílias que fazem compras para satisfazer suas necessidades e desejos. De acordo com Churchil (2003), o marketing pode ser utilizado para se fazer trocas que podem ou não, visar o lucro. A tabela abaixo demonstra a maior parte dos tipos de marketing que podem ser utilizadas para ambos os fins. 19 Tabela 1 Principais tipos de marketing Fonte: Marketing: Criando Valor para os Clientes Tipo Produto Descrição Exemplo Marketing destinado a criar trocas para Estratégias para vender os produtos tangíveis Serviço computadores Infoway Marketing destinado a criar trocas para Estratégias da Hertz para produtos intangíveis Pessoa alugar carros para viajantes Marketing destinado a criar ações favoráveis Estratégias para obter votos em relação a pessoas para Fernando Henrique Cardoso Lugar Marketing destinado a atrair pessoas para Estratégia lugares para levar pessoas a passar férias na Bahia Causa Marketing destinado a criar apoio para idéias Estratégias para coibir o e questões ou a levar as pessoas a mudar uso de drogas ilícitas ou comportamentos socialmente indesejáveis para aumentar o número de doações de sangue Organização Marketing destinado a atrair doadores, Estratégias para aumentar o membros, participantes ou voluntários número de associados do fã-clube de Roberto Carlos Para Churchill e Peter, o marketing visando o lucro é um campo de conhecimento mais desenvolvido que o não lucrativo. No entanto, as mais variadas estratégias de marketing para se obter lucro são aplicáveis em organizações sem fins lucrativos e podem ajudá-las sem necessariamente atingir tal objetivo, podendo ser utilizado somente como um guia. De acordo com o mesmo o marketing pode ter sua orientação voltada para a produção, para as vendas, e marketing conforme explicitado abaixo: Orientação para a produção – concentra-se nos produtos em si ou em como fabricá-los com eficiência de forma a atender as expectativas do cliente quanto à qualidade. Porém, não são realizadas pesquisas prévias e ao marketing é designada a função de distribuição do produto de maneira eficiente nos pontos de venda. Depois que o 20 produto é distribuído é que o cliente é informado de suas vantagens e existência. É um tipo de orientação utilizada, por exemplo, por laboratórios farmacêuticos; Orientação para vendas – normalmente utilizada quando a oferta de produtos e serviços é maior do que a demanda. Concentra as atividades de marketing na vendo de produtos disponíveis, por exemplo, uma embalagem nova de um mesmo produto requer uma baixa no preço da embalagem antiga para que sua aquisição torne-se interessante e sua demanda maior; Orientação para o marketing – é uma filosofia de negócios que se concentra em compreender as necessidades e desejos dos clientes em construir produtos e serviços para satisfazê-los. Existem limitações na orientação para o marketing como citado por Churchill (2000, p.10), pois, uma vez centrado somente em clientes pode incentivar as organizações a dar menos ênfase a outros grupos importantes como funcionários e fornecedores. Segundo Churchill e Peter (2000, p.10) os princípios fundamentais do marketing voltado para o valor são seis: Princípio do cliente: as atividades de marketing voltadas para o valor têm como foco principal o cliente e as trocas com o mesmo são a razão de ser da organização. Por isso, é cabível ao profissional de marketing criar relações diretas com os clientes através de relações de longo-prazo. Reconhecendo suas preferências, seu nome e etc., ou relações indiretas em que os profissionais reconhecem os clientes através das marcas dos produtos que estes utilizam, tais como Coca-cola, Omo e Bombril; Princípio do concorrente: este princípio tem como estratégia básica oferecer produtos e serviços superiores aos de seus concorrentes. Assim sendo, os profissionais de marketing devem considerar não só o valor que seus produtos e serviços oferecem, mas, se eles oferecem valor superior em relação aos produtos e serviços da concorrência; Princípio proativo: este princípio prega que os profissionais de marketing devem mudar de ambiente e mercados para melhorar sua posição competitiva. O marketing voltado para o valor não incentiva os profissionais de marketing a “manipular” seus clientes para atingir suas próprias metas, muito menos a praticarem atividades ilegais, antiéticas ou socialmente irresponsáveis. Por isso, este princípio busca influenciar os 21 clientes a comparar produtos ou serviços novos ou já existentes, trocar marcas concorrente para as suas e para serem fiéis; Princípio interfuncional: este princípio confere não ser o marketing a única função numa organização. Exemplificando, embora seja de suma importância a pesquisa de marketing no desenvolvimento de um novo produto, outras funções exercem também grande importância como pesquisa de desenvolvimento, engenharia, finanças e produção; Princípio da melhoria contínua: tal princípio defende que é fundamental melhorar continuamente o planejamento, implementação e controle de marketing e que todos os setores devem contribuir sistematicamente para a melhoria de suas operações, processos, estratégias, produtos ou serviços; Princípio do stakeholder: este princípio demonstra a importância nas organizações do marketing voltado para o cliente, mas, não ignora a grande importância dos indivíduos e grupos que têm interesse nas conseqüências das decisões de marketing como os acionistas, fornecedores, financiadores, órgãos governamentais, funcionários, consumidores locais e a sociedade em geral conforme mostrado na figura abaixo: Figura 2 Stakeholders em atividades de marketing Fonte: Marketing: Criando Valor para os Clientes 22 Portanto, compreende-se que o marketing voltado para o valor, pressupõe que valor para o ciente é o resultado da diferença entre as percepções do cliente quanto aos benefícios da compra e uso dos produtos e serviços e os custos em que eles incorrem para obtê-los. Pressupõem também que estes clientes têm disposição e capacidade de trocar quando os benefícios da troca são superiores aos custos de produtos e serviços quando em comparação a outras opções. Para Semenik & Bamossy (2001), o conceito de marketing é uma filosofia de negócio, cujo propósito fundamental é atender aos desejos e necessidades dos clientes. Tratamentos da evolução do marketing descrevem quatro orientações para a prática do marketing que são: orientação da produção, orientação do produto, orientação das vendas e orientação do marketing. Um retrato melhor fundamentado e profundo da evolução do marketing fornecido por Semenik & Bamossy apud Ronald Fullerton cita que: A Era dos Antecedentes – A gestação do marketing iniciou na Bretanha XVI e no século XVII na Alemanha e America do Norte. Neste período os primórdios do capitalismo se fizeram evidentes através de bancos, bolsas de valores e papel moeda. Daí surgiu às primeiras versões de instituições distribuidoras na forma de lojas fixas de varejo, propaganda, armazéns e etc. A Era das Origens – Nesta Era as enormes melhorias na produção e no transporte, combinadas a urbanização da população, permitiram o início dos mercados de massa e a intensificação da concorrência. A Era do Desenvolvimento Institucional – Nesta Era surgiram muitas práticas modernas de marketing como a propaganda, a pesquisa de mercado, a percepção numa melhor distribuição física e na expansão do varejo. A Era do Refinamento e da Formalização – Esta Era vem desde os anos 30 até os dias atuais, nela consiste a grande importância da prática de marketing no varejo, na distribuição física e na análise de mercado. Neste período que as atividades de marketing tornaram-se formalmente reconhecidas nas organizações. Desta forma, Semenik & Bamossy expressam que o conceito de marketing vem a ser apenas parte da iteração da evolução do marketing. Para a sua implementação na organização é necessário que a alta gerência assuma comprometidamente em termos de tempo e dinheiro, buscando entender os desejos dos clientes e elaborar um esforço de marketing que atenda aos 23 desejos e necessidades dos clientes. Neste contexto, Semenik & Bamossy, apud. Michael Hayes alerta que para a implementação do conceito de marketing ser bem sucedida em uma organização, é necessário tomar as seguintes providências: A gerência da cúpula deve definir o propósito da organização inteira com sendo a satisfação do cliente; A satisfação do cliente precisa ser definida em termos específicos e precisos de forma explícita que permitam guiar as ações de todas as partes da organização; A Alta gerência deve assegurar o compromisso para com o conceito de marketing e a satisfação do cliente. Certamente, será inestimável o valor da bem-sucedida concentração de esforços na satisfação do cliente através do conceito de marketing, manifestando capacidade competitiva superior e no sucesso duradouro conforme já descreve Semenik e Bamossy (2000, p.19). Para Stanton (2001), o conceito de marketing surgiu quando os executivos reconheceram que as atividades de marketing eram vitais para o sucesso de suas empresas, enfatizando a orientação ao cliente e a coordenação das atividades de marketing para se alcançar os objetivos de desempenhos. Assim ele diferencia marketing de vendas fazendo a seguinte comparação entre ambas: 24 Tabela 2 Comparação entre vendas e desejo do cliente Fonte: Marketing Vendas Ênfase no desejo do cliente. Ênfase no produto. Primeiramente determinam-se os desejos do Primeiramente desenvolve-se o produto e cliente e depois então se decide como fazer depois então se preocupa em vendê-lo e entregar um produto que satisfaça seus A Administração é orientada para o desejos. volume de vendas. Orientação para o lucro. O planejamento é de curto-prazo, em O planejamento é de longo-prazo, em termos de produtos e mercados atuais. termos de novos produtos, mercados futuros As necessidades dos vendedores são e crescimento futuro. salientadas. Os desejos dos compradores são salientados Marketing e valorizados todo o tempo. Percebe-se uma concordância entre os autores, Stanton (2001), Churchill (2003), Semenik & Bamossy (1996), a respeito de o marketing coordenado ser orientado para o cliente, fator essencial para se atingir os objetivos de desempenho da organização. Conclui-se, portanto, que o conceito de marketing foi fundamental para a compreensão da necessidade do marketing e seu emprego nas organizações, objetivando a satisfação dos clientes, bem como um melhor entendimento e emprego das atividades das organizações. 2.3 Importância do Marketing De acordo com Churchill (2003, p.4), “marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metais individuais e organizacionais”. Ou seja, entende-se como utilizar-se de métodos específicos que satisfaçam as necessidades do consumidor e que é necessária a sua sobrevivência. Por isso, o marketing não deve se preocupar apenas em encontrar o público-alvo da empresa, mas de satisfazê-lo oferecendo atendimento de qualidade e, conseqüentemente conquistar e fidelizar estes clientes de maneira a permitir a permanência da empresa no mercado. 25 Semenik & Bamossy (1996, p.16) reafirma que “marketing é antes de tudo uma filosofia de negócios que estabelece que o propósito fundamental de um negócio seja atender aos desejos e necessidades do cliente”. Justamente por isso é fundamental que a organizações trabalhem incansavelmente em prol da conquista e satisfação das necessidades destes clientes. Constatase após ler os autores citados acima que, a satisfação é antes de tudo uma necessidade vital para determinar e manter a sobrevivência de uma organização. Acerca disto, Churchill (2003, p.10) concorda com Semenik & Bamossy ao determinar que: Marketing voltado para o valor é uma orientação para se alcançar objetivos desenvolvendo valor superior para os clientes. Ele é uma extensão da orientação para marketing que se apóia em vários princípios e pressupostos sobre os clientes. (CHURCHILL, 2003, p.10) Para Stanton, (2001, p.21), o marketing é importante também na economia global, pois, o comércio internacional está crescendo três vezes mais rápido que a produção mundial, conforme cita em seu livro. Assim, reconhece a importância do marketing além de suas fronteiras nacionais e afirma que o crescimento econômico até em nações menos desenvolvidas, requerem muito da habilidade de desenvolver sistemas efetivos de marketing para produzir consumidores globais para matérias-primas e produção industrial. Semenik & Bamossy (2000), definem micro marketing como sendo atividades de marketing no contexto da organização individual, assim compreende-se que toda organização vai tomar decisões e se introduzir em atividades de marketing. Tais organizações podem tomar estas decisões investindo em grandes equipes de marketing ou, sem nenhum planejamento ou profissionais adequados, mas, no desespero. Logo, existem dois aspectos separados, porém inter-relacionados, do micro marketing numa organização: o papel das decisões do marketing mix que se refere às quatro áreas primárias do processo decisório associado ao marketing ou comumente chamado também de 4Ps (preço, praça, produto e promoção (distribuição), e o outro propósito da geração de receita que implica a gama de atividades desempenhadas numa organização típica de negócios, categorizados em quatro áreas de negócios tradicionais: contabilidade, finanças, administração e marketing. Com relação à contabilidade, esta é responsável por estabelecer os procedimentos da folha de pagamento, resumos do orçamento, respeitar a legislação tributária local, estadual e federal e administrar outras atividades inerentes a assuntos fiscais da organização. Os responsáveis 26 pelas finanças asseguram que os ativos recebam retorno sobre o investimento objetivado, tendo a função de equilibrar o caixa e a capitalização com eficiência. Já o propósito da administração dentro de uma organização abrange normas e procedimentos de pessoal e gerenciamento. O macro marketing refere-se às atividades de marketing no contexto de um sistema socioeconômico em geral. Semenik & Bamossy (1996, p.10), esclarecem que [...] o marketing preenche importantes papéis e propósitos relativos a uma economia e a uma sociedade porque o fluxo de bens e serviços é uma atividade inevitável [...] Assim, o papel econômico do macro marketing baseia-se na troca, ou seja, permuta de bens e serviços por dinheiro ou por outros bens e serviços. Não podemos deixar de citar outros propósitos do macro marketing como o propósito econômico e social que são também de suma importância para sua aplicação. Portanto, percebe-se que o marketing é fundamental nas organizações para traduzir com qualidade e veemência o valor da satisfação dos clientes. Tais satisfações devem ser alcançadas com objetividade e ética pelos profissionais de marketing. 2.4 Compostos de Marketing O marketing é composto de atividades usadas para criar valor e atingir os objetivos organizacionais, conforme Kotler (2006, p.37), o mix de marketing são as atividades controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo, tais atividades são denominadas de preço, praça, produto e promoção. Com relação ao preço, designa a quantidade de recursos ou dinheiro necessários para se adquirir o produto desejado. Praça é a distribuição de como serão entregues e como estarão disponíveis ao público-alvo. Em relação a produto, constitui as características, a qualidade e marca. Já promoção caracteriza a comunicação para informar, convencer e lembrar o cliente quanto ao produto. 27 Os professores de mercadologia da FGV (2003, p.9), classificam o composto de marketing como sendo este um conjunto de ferramentas que a empresa utiliza na criação de valor para o cliente: produto, preço, promoção e ponto de distribuição. Churchill e Peter (2003, p.20), descrevem o composto de marketing como uma combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar objetivos da organização conforme a figura abaixo: Figura 3 Os quatro Ps Fonte: Marketing: Criando Valor para os Clientes Neste contexto, Churchill e Peter assemelham sua visão a de Kotler, pois, dizem que os elementos acima devem ser combinados de forma coerente para se obter a máxima eficácia. Na visão de ambos, produto refere-se ao que é oferecido aos clientes. Preço refere-se à quantidade de dinheiro e ou outros recursos solicitados pelo que é oferecido. Distribuição é a forma como os produtos e serviços são entregues aos mercados para tornarem-se disponíveis para as trocas, e por fim a promoção caracteriza-se pela forma com a qual os profissionais de marketing informam, convencem e lembram a seus clientes sobre os produtos e serviços ofertados. 28 2.4.1 – Produto De acordo com as definições de Churchill e Peter (2003, p.20) o produto é algo oferecido aos profissionais de marketing com o propósito do benefício da troca. Produtos neste caso vão além dos benéficos tangíveis e de forma mais ampla, incluem não só objetos físicos, serviços, pessoas, locais, organizações, idéias ou combinações desses elementos conforme explicita Kotler (1999, p.190). Dentre as características básicas do produto estão à qualidade, a apresentação ou embalagem e a marca como fatores de relevância. Na criação de um produto deve-se pensar sobre ele em três níveis como produto básico, que é exatamente o que se está comprando. Por exemplo, quando uma mulher compra um blush, ela busca muito mais do que um leve tom rosado para sua pele, ela busca beleza. O segundo nível é o produto real que consiste em cinco particularidades dentre as quais: nível de qualidade, características, marca e embalagem. O terceiro nível consiste no produto ampliado que, a partir do produto básico e do real oferece serviços e benefícios adicionais ao consumidor. O consumidor quando toma a decisão da compra, o faz levando em consideração os aspectos tangíveis e intangíveis do produto. É obvio que preço, via de distribuição e propaganda são conseqüência do estudo do produto e da identificação e localização daqueles a quem se destinam as vendas no mercado. O método pelo qual um produto é apresentado é um condutor diferenciador entre produtos concorrentes. É de suma importância, em virtude da grande concorrência existente hoje em dia, em qualquer segmento de mercado que se estude a qualidade do produto, objetivando conhecer e divulgar os pontos positivos em face à concorrência já instalada e até mesmo da futura. Kotler (1999, p.306) afirma que os varejistas devem se preocupar com o sortimento de produtos, mix de serviços e atmosfera da loja para diferenciar-se dos concorrentes semelhantes através de estratégias distintas de produto, seja oferecendo um produto que 29 nenhum concorrente tenha, através de exclusividade com fornecedores e parceiros, ou realizando eventos de impacto para seus produtos de destaque, ou ainda, finalmente oferecendo promoções exclusivas de produtos ainda em voga. Marca é um nome, termo, design, símbolo ou qualquer outra característica que identifique o bem ou serviço de outros vendedores. Os profissionais de marketing atribuem marcas a seus produtos para diferenciá-los dos concorrentes e para ajudar os compradores a tomar decisões de compra. (CHURCHILL e PETER, 2003, p.244) Fazer uso da marca é uma forma coerente e inteligente de distinguir produtos na mente dos consumidores potenciais. De acordo com Churchill e Peter o comprometimento com a compra de uma marca específica é chamado de lealdade de marca. Os autores distinguem fidelidade de lealdade quando esclarecem que a maior parte dos consumidores é fiel a uma marca quando adquire produtos como, por exemplo, ao comprar uma pasta de dente (colgate), maionese (Hellman’s), o consumidor está sendo fiel a marca. Porém, a partir do momento em que determina, por exemplo, que marca de saco para lixo e de ervilhas que comprará então ele estará sendo leal a uma marca. Desta forma, a marca beneficia tanto os compradores quanto aos vendedores, no momento em que estes estiverem fazendo pesquisa de compras, os compradores podem usar as marcas para controlar os vários itens que estão avaliando. Cabe a empresa fazer o planejamento do que será comercializado e considerar aspectos quantitativos, para saber quantas unidades do produto devem ser produzidas para atender a demanda do mercado, e também aspectos qualitativos, planejando-se o que será comercializado. Churchill e Peter (2003, p.245) enfatizam que normalmente os clientes procuram marcas para as quais tenham imagens positivas e evitam as com imagens negativas, considerações estas que devem ser levadas em conta quando demonstrar um produto. 2.4.2 Preço De acordo com Semenik & Bamossy (1996, p.352): “O custo monetário representado pelo preço de um produto é avaliado pelo consumidor em relação a outros custos de aquisição, tais como tempo, conveniência, oportunidade e risco. O preço tem valor importante para a empresa porque é o valor recebido pelos produtos que determina o nível de receita gerada pela empresa”. 30 Acerca disto compreende-se que este significado representa perspectivas tanto de compradores quanto de vendedores. Os compradores utilizam o preço como um padrão de medida a fim de julgar o valor e potencial de satisfação que percebem num produto. Por outro lado, os vendedores utilizam do preço para expressar valor aos clientes potenciais e gerar receita para a empresa. De acordo com Semenik & Bamossy (1996, p.353) [...] a determinação de um preço depende não apenas do reconhecimento das necessidades de custo e lucro, mas também dos desejos e motivações do público importante que irão avaliar o preço, ou seja, os clientes [...] Para Kotler (1999, p.235): [...] Preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço. Em um sentido mais amplo, preço é a soma dos valores que os consumidores trocam pelo benefício de possuírem ou usarem um produto ou serviço [...] Percebe-se que mesmo que indiretamente o público consumidor vai influenciar na decisão do preço final de um produto ou serviço. Fazendo uma comparação com ambos os autores, é possível compreender que o que dita o preço de um serviço ou produto é o mercado ao qual ele vai atender. Ou seja, se o serviço ou produto tem um preço exorbitante é fato de que se o cliente não agregar um “valor” a parte, este produto ou serviço não será vendido. Ainda sobre este assunto Churchill e Peter (2000, p.336) salientam que a estratégia de preços utilizada para determinados produtos e linhas de produtos deve apoiar os objetivos de marketing desenvolvidos durante o planejamento estratégico de marketing como: a) Segmentação e posicionamento – apoiando esforços de posicionamento do produto nos mercados-alvo; b) Vendas e lucros – obter níveis desejados de vendas e alcançar o nível projetado de lucros é de suma importância; c) Competitividade – Competir em termos de preço relativo ou participação de mercado; d) Sobrevivência – possibilitar a sobrevivência da organização; e) Responsabilidade Social – alcançar um padrão de responsabilidade social sustentável. Além disso, o processo de precificação envolve também os profissionais de marketing, que definem quais os seus reais objetivos. No entanto, uma vez que estes objetivos servirão de guia para a estratégia de preços escolhidas, estes devem dar suporte ao esforço de criar valor 31 para os mercados-alvo identificados e ajudar a alcançar os objetivos gerais do marketing de forma inteligente e criativa. Churchill e Peter (2000, p.341) salientam que ao definir preços, os profissionais de marketing também precisam levar em conta questões legais, conforme as contidas no Código de Defesa do Consumidor, que proíbem os preços abusivos e aumentos e discriminação de preços injustificados. Por fim, vale lembrar aos profissionais de marketing que é necessário ater-se aos limites de preços fixados pelos concorrentes. Para se cobrar mais que um concorrente é necessário um forte diferencial e poder de convencimento junto ao mercado-alvo para demonstrar que seu produto é superior em algum aspecto perante o concorrente, conforme Churchill e Peter (2000, p.341). Além disso, o preço é uma ferramenta efetiva do marketing que está relacionado ao benéfico percebido pelo consumidor, muito além do baseado apenas na produção. 2.4.3 Praça (ponto de distribuição) De acordo com Semenik & Bamossy (1996, p.541) a importância da distribuição no processo de marketing resulta do fato de as atividades do canal contribuir para a satisfação do cliente. Compreende-se que os participantes do canal de distribuição desenvolvam atividades bastante básicas que proporcionem utilidades de tempo, lugar e posse para os possíveis compradores. Já Churchill e Peter (2000, p.368) afirmam que um canal de destruição exige a realização de muitas tarefas ou funções, que podem ser dividas em três categorias, a saber: a) Transacionais – compra, venda e riscos; b) Logísticas – concentração, armazenamento, organização e distribuição física; c) Facilitação – financiamento, graduação e pesquisa de marketing. Sobre estes se faz necessário esclarecer que existem vários modelos de canais de distribuição, desde os mais clássicos e usuais até modelos mais sofisticados e singulares, desenvolvidos segundo a estratégia particular de cada empresa. Stanton (2001, p.348) afirma que o papel da distribuição dentro de um mix de marketing é levar o produto até seu mercado-alvo. Assim, a atividade mais importante é acertar sua venda e a transferência da propriedade do produto até o consumidor final. 32 Ainda de acordo com Stanton (2001, p.350) define canal de distribuição como: “um conjunto de pessoas e empresas envolvidas na transferência da propriedade de um produto, durante seu trajeto do produtor até o consumidor final ou usuário empresarial, incluindo tanto o produtor e o consumidor final do produto em sua forma atual, quanto quaisquer intermediários, como varejistas e atacadistas”. Para se projetar canais de distribuição que satisfaçam os clientes e ultrapassem a concorrência, é necessária uma abordagem organizada dotada de uma seqüência de quatro decisões, dentre as quais: especificar o papel da distribuição dentro do mix de marketing, selecionar o tipo de canal de distribuição, determinar a intensidade de distribuição adequada e escolher os membros de um canal específico. A empresa poderá vender sua produção ao atacadista, que por sua vez vende ao varejista e este ao consumidor final. A empresa pode também vender simultaneamente ao atacadista, varejista, distribuidor e representante, usando diferentes preços, dependendo da estratégia de canal utilizada. 2.4.4 Promoção (Comunicação de Marketing) De acordo com Kotler (1999, p. 324) a natureza de cada ferramenta de promoção – propaganda, venda pessoal, promoção de vendas e relações públicas – tem características e custos distintos. É função, entretanto, dos profissionais de marketing compreender estas características para selecionarem corretamente suas ferramentas. Desta forma a propaganda contribui para o mix de promoção total podendo atingir grandes quantidades de compradores geograficamente dispersos a um baixo custo por exposição. Em contrapartida a venda pessoal é a ferramenta mais eficiente em certos estágios do processo de compra, particularmente na criação de preferências, convicções e ações do comprador. Já a promoção de vendas inclui um amplo sortimento de ferramentas como cupons, concursos, descontos, prêmios e etc.. De acordo com Churchill e Peter (2000, p. 446) antes que os consumidores ou compradores organizacionais possam adquirir um produto, precisam saber o que é o produto, como ele 33 proporciona valor e onde pode ser encontrado. Assim, fornecer informações é a meta do elemento composto de marketing tradicionalmente conhecido como promoção. “Comunicação é a transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor, de modo que ambos a entendam da mesma maneira. Dessa forma, um anúncio impresso, um cupom, um spot de rádio, um comercial de televisão ou qualquer outra comunicação de marketing devem transmitir claramente o significado pretendido”. Ainda de acordo com os autores, o processo de comunicação envolve ainda: a) Fonte – determina qual informação será comunicada; b) Codificação – o processo de converter uma mensagem em um grupo de símbolos que representam imagens ou conceitos; c) Meio de comunicação – o sistema que transpor a mensagem, como televisão, rádio, mídia impressa, discurso ao vivo ou música; d) Receptor – a pessoa ou grupo para quem a mensagem é destinada; e) Decodificação – o processo de converter o grupo de símbolos nas imagens ou conceitos contidos em uma mensagem; f) Ruído – sons físicos, mal-compreendidos ou outras distrações que fazem com que um receptor não consiga decodificar corretamente a mensagem; g) Feedback – a resposta do receptor a uma mensagem. Segundo Churchill e Peter (2000, p.451) os profissionais de marketing precisam criar uma comunicação que rompa a desordem criada por todas as outras mensagens, de forma que o público-alvo pelo menos preste atenção a ela. Ainda de acordo com os autores todas as fases da comunicação são importantes para o esforço de marketing, uma falha em qualquer uma delas pode provocar perturbação na comunicação entre a organização e seu público. Dentre os diversos tipos de comunicação, Kotler (2003 p.439), fala da importância do marketing direto nas organizações, pois, “Marketing direto consiste em comunicações diretas dirigidas a consumidores individuais cuidadosamente selecionados e destinadas não somente a obter deles uma resposta imediata, mas também a cultivar relacionamentos duradouros com eles”. 34 Churchill e Peter (2000, p.452) advertem que o composto de comunicação de marketing combina quatro diferentes elementos para se criar uma estratégia geral da comunicação de marketing: a) Propaganda: qualquer anúncio ou comunicação persuasiva veiculada nos meios de comunicação de massa durante determinado período e num determinado espaço pagos ou doados por um indivíduo, companhia ou organização; b) Venda pessoal: venda que envolve interação pessoal com o cliente; c) Promoção de vendas: a pressão de marketing feita dentro e fora da mídia e aplicada durante um período pré-determinado e limitado no âmbito do consumidor, do varejista ou do atacadista, a fim de estimular a experiência com um produto e aumentar a demanda ou a disponibilidade; d) Publicidade: comunicação vista como não paga de informações sobre a companhia ou o produto, geralmente na forma de algum tipo de mídia. Assim sendo, compreende-se que a comunicação de marketing é ferramenta de extrema valia que envolve questões legais e éticas com o objetivo de satisfazer as necessidades dos clientes. 2.5 Satisfação do Consumidor Um fator determinante e de máxima importância na concepção de satisfação do cliente é compreendido a partir de um mandamento de marketing citado por Stanton (2001, p.218) que afirma ser o primeiro mandamento de marketing: “conheça seu cliente e o segundo que é conheça seu produto”. E endossado por Semenik & Bamossy (1996, p.19), quando ambos afirmam que a satisfação é a base para o conceito de marketing: “um princípio-guia para o sucesso no mercado”. Logo, uma empresa consegue servir melhor seus consumidores e sobreviver, se produzir e colocar no mercado produtos e serviços que satisfaçam a um desejo. Em consulta a literatura de ambos os autores pode-se constatar diversos exemplos de empresas que obtiveram sucesso ao programar o conceito de marketing pela concentração de seus esforços na satisfação do cliente, que é o objetivo deste trabalho. A satisfação deve ser vista como um processo contínuo, pois os clientes sempre procuram informações sobre o produto ao adentrar a loja, por isso é de suma importância que os 35 vendedores tenham conhecimento técnico da suas atividades. Objetivando proporcionar a satisfação de seus clientes de forma rápida e eficaz, sanando dúvidas e conquistando-os, estabelecendo assim o marketing de relacionamento. De acordo com Kotler e Armstrong (1999, p.394) a satisfação do cliente depende do desempenho do produto percebido com relação às suas expectativas. Uma vez atendida às expectativas, o cliente ficará satisfeito, uma vez excedido tais expectativas, ele ficará encantado. Senão atendidas as sua expectativas, ele ficará insatisfeito. Existem várias ferramentas para se medir a satisfação dos clientes utilizadas pelas empresas como, por exemplo: sistemas de reclamações e sugestões, pesquisas sobre níveis de satisfação dos clientes, comprador-fantasma, análise do cliente perdido, cuidados com a avaliação da satisfação dos clientes. Todas estas ferramentas se bem utilizadas podem servir como termômetro de satisfação e reconhecimento das atitudes a serem corrigidas objetivando a satisfação dos clientes. Ainda sobre satisfação, pode-se medir também a satisfação do cliente interno da empresa, ou seja, seus funcionários. Funcionários bem treinados, motivados e satisfeitos certamente serão reflexo de um atendimento satisfatório, favorecendo a fidelização. A apresentação pela satisfação de necessidades concentra-se em fazer perguntas e ouvir as respostas dos clientes para definir seus desejos e necessidades. Uma vez identificados, os vendedores apresentam benefícios de seus produtos ou organizações e o modo como podem satisfazer as necessidades e resolver problemas. As apresentações por satisfação de necessidades são conduzidas para identificar e resolver problemas para os clientes. (CHURCHILL e PETER, 2000, p.515). É cabível aos vendedores fazer a apresentação de várias maneiras para seus clientes como exemplo: Venda face a face – ao vender pessoalmente a aparência física é fundamental, pois os clientes potenciais geralmente formam impressões sobre vendedores e suas organizações com base em suas aparências; Venda por telefone – as organizações podem reduzir custos com visitas de vendas mantendo vendedores que façam suas apresentações utilizando outros meios de 36 comunicação como telefone e e-mail. Estes vendedores podem localizar mais clientes, a um custo mais baixo e em menor tempo. Independente da forma de venda é fundamental que o profissional esteja preparado para atender as expectativas de seus clientes de forma eficiente e encantadora. 2.6 Comportamento do Consumidor A respeito do comportamento do consumidor em conformidade com Parente e Stanton sabese que o consumidor é uma categoria intricado em constante mutação e que os fatores que influenciam o processo de decisão de compra são as forças sociais e grupais como: cultura, subcultura, classe social e grupos de referência, forças psicológicas tais quais: motivação, percepção, aprendizado e personalidade. Conforme citado por Stanton (2001, p.113), o processo de decisão de compra vem de um estágio lógico do consumidor para chegar a uma decisão através de reconhecimento da necessidade, identificação de alternativas, avaliação destas alternativas, decisão e comportamento pós-compra. Já de acordo com Parente (2000, p.111) “entender o comportamento do consumidor serve de base para uma resposta adequada da empresa para seus clientes”. Churchill e Peter (2000, p.146) definem comportamento do consumidor como: [...] Os pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influências sobre eles que determinam mudanças. O estudo do comportamento do consumidor muitas vezes centra-se no processo de compra deste e na variedade de forças que o modelam [...]. Assim, o processo de compra do consumidor inclui cinco etapas, a saber: 1) Reconhecimento das necessidades: este reconhecimento pode vir de uma necessidade interna como fome, cansaço ou desejo de impressionar o outro. Ou pode vir de necessidades externas como um convite ou um anúncio de rádio. 2) Busca de informações: podem ocorrer através de fontes internas, que são as informações armazenadas na memória da pessoa. Fontes de grupos, consumidores podem consultar outras pessoas para obter informações para suas compras. Fontes de marketing, informações contidas nas embalagens, mostruários de produtos, 37 vendedores e etc. Fontes públicas, fontes independentes dos profissionais de marketing e outros consumidores e finalmente, fontes de experimentação, onde os consumidores podem experimentar produtos manuseando-os, cheirando-os, provandoos. 3) Avaliando alternativas: com base nas informações coletadas, os consumidores identificam e avaliam maneira de satisfazer suas necessidades e desejos. 4) Decidindo a compra: depois de considerar as opções possíveis, os consumidores podem fazer uma compra. 5) Avaliando a compra: depois de adquirir o produto ou serviço é que o consumidor avalia formal ou informalmente o resultado da compra. Em particular, eles consideram se ficaram satisfeitos com a experiência da compra e com o bem ou serviço que adquiriram. De acordo com Semenik e Bamossy (1996, p.206) o processo de decisão de compra até o uso e posse dos produtos desempenha um papel importante na vida das pessoas. Devido à difusão do consumo, os profissionais de mercado recorreram a conceitos ligados à psicologia, sociologia, antropologia e ao comportamento do consumidor objetivando melhor entender o comportamento de compra. Daí existe entre estes autores, Churchill e Peter uma concordância sobre o processo de decisão de compra. 2.7 Pesquisa de Marketing A pesquisa de marketing consiste na utilização de projetos formais que tendem obter dados de forma empírica e objetiva para detectar problemas ou oportunidades específicas relacionadas ao marketing de produtos e serviços, conforme salienta Samara (2002, p. 6). Partindo deste pressuposto, concorda-se ser de máxima importância sua utilização para se caracterizar os objetivos deste trabalho, bem como para identificar as reais necessidades de mudanças. De acordo com Churchill e Peter (2000, p. 125) o processo de pesquisa de marketing inicia com a formulação do problema. Esta formulação é conseqüência de uma pergunta sem resposta acerca de um produto ou serviço. Por exemplo, talvez uma equipe de desenvolvimento de produtos queira saber que preço os compradores estarão dispostos a 38 pagar por um novo produto ou, um gerente de publicidade quer saber se uma campanha publicitária está conseguindo resultados satisfatórios. Enfim, quando os profissionais de marketing necessitam de informações, eles devem descrever o problema e os tipos de informações que poderão ajudá-los a tomar uma decisão. Ainda acerca da pesquisa de marketing é necessário fazer um planejamento de pesquisa, que devem ser fruto da seleção de ferramentas de pesquisas adequadas definidas por profissionais de marketing qualificados. O processo de planejar a coleta da análise de dados é conhecido como projeto de pesquisa e podem ser classificados como: 1) Pesquisa exploratória: pesquisa que procura descobrir idéias e percepções e gerar hipóteses; 2) Pesquisa descritiva: pesquisa que estuda com que freqüência algo ocorre ou que relação existe entre duas variáveis; 3) Pesquisa causal: pesquisa que procura esclarecer relações do tipo causa-efeito. De acordo com Kotler (1999, p. 78) a definição de pesquisa de mercado consiste em quatro etapas que são a definição do problema e dos objetivos da pesquisa, desenvolvimento do plano, implementação do plano de pesquisa e finalmente, interpretação e apresentação dos resultados da pesquisa. Kotler afirma que a definição do problema e dos objetivos da pesquisa é o passo mais difícil do processo. Acerca deste estudo é certo afirmar que mais pesquisas serão feitas com o intuito de contribuir para melhoria deste referencial teórico. É notório da necessidade de se conhecer mais autores e aprofundar nas pesquisas científicas de suas considerações, o que será feito ao longo desta pesquisa. 39 2.8 Segmentação de mercado De acordo com Kotler e Armstrong (1999, p. 160) segmentação de mercado consiste em compradores, que diferem de formas quanto aos desejos, recursos, localidades, atitudes de compra e práticas de compra. Como estes compradores têm necessidades e desejos próprios, tudo funciona como se cada um deles fosse um mercado potencial separado. Contudo, não há uma maneira única de segmentar um mercado e os profissionais de marketing devem ter diferentes variáveis de segmentação isoladas e combinadas, para encontrar a melhor forma de visualizar a estrutura do mercado. Para Churchill e Peter (2000, p.209) as inúmeras maneiras de segmentar mercados de consumo variam da idade dos consumidores, suas atitudes e comportamento de compra. Semenick & Bamossy (1996, p.132) definem segmentação de mercado como: “processo de tomada do mercado total heterogêneo (diverso) e de sua divisão em segmentos ou submercados menores que sejam mais homogêneos (similares) nas características físicas e comportamentais relacionadas com a compra dos produtos ou serviços da empresa”. A segmentação de mercado é vista pelos autores acima como uma vantagem competitiva, pois, mesmo com diversos produtos sendo comercializada em massa para amplos e diversos grupos consumidores, uma empresa pode identificar com sucesso uma necessidade específica dentro de um grupo de consumidores e trabalhar especificamente para desenvolver um produto ou serviço adequado para aquele grupo. Churchill e demais autores concordam que as maneiras de segmentar um mercado são descritos abaixo pelo primeiro autor citado (2000, p.209) como: 1) Segmentação demográfica: processo de dividir o mercado com base em características da população como: sexo, idade, raça ou etnia, nível de renda, ocupação, nível de instrução, tamanho e composição familiar; 2) Segmentação geográfica: processo de dividir o mercado com base na localização e outros critérios geográficos, como densidade populacional ou clima. 3) Segmentação psicográfica: processo de dividir o mercado com base em como as pessoas conduz sua vida, incluindo suas atividades, interesses e opiniões. 4) Segmentação por sentimentos e pensamentos: processo de segmentar um mercado de acordo com o que os consumidores pensam e sentem sobre o serviço ou produto. 40 5) Segmentação por comportamento de compra: processo de dividir o mercado com base nos benefícios que os clientes desejam. 6) Bases múltiplas para segmentação: índice de classificação potencial por mercados localizados que inclui diversas variáveis diferentes baseadas na geodemografia que é a ligação entre dados demográficos e geográficos de cidades, bairros ou comunidades. Enfim, todos estes modelos de segmentação servem para dividir o mercado e trabalhar os mesmos de forma individualizada. 2.9 Marketing de Relacionamento O marketing de relacionamento objetiva criar, manter e aprimorar intensidade nos relacionamentos com os clientes, conforme explicam Kotler & Armstrong (2003, p.474). Diferenciando-se do marketing tradicional que se concentra na atração de novos clientes. A chave para a construção de relacionamentos duradouros é a criação de valor e satisfação superiores para o cliente. Clientes satisfeitos têm maior probabilidade de se tornar clientes fiéis, e clientes fiéis têm maior probabilidade de dar à empresa uma participação maior em sua preferência. (KOTLER & ARMSTRONG, 2003, P.475). Justamente por isso, considera-se serem as pedras fundamentais do relacionamento: valor e satisfação do cliente, pois, clientes satisfeitos continuam a comprar o que satisfazem suas expectativas. De acordo com Madruga (2006, p.23) o marketing de relacionamento é: Composto por diversas engrenagens, como foco em estratégias empresariais para a longevidade da relação com clientes, comunicação personalizada bidirecional, múltiplos pontos de contato, novas formas de segmentação de mercado, estrutura organizacional descentralizada e mensuração em tempo real da satisfação dos clientes. Constata-se que a adoção de marketing de relacionamento requer esforço concentrado de objetivos definidos e criteriosos para caracterizar relacionamento satisfatório para ambas as partes. De acordo com Mirian Schmitt e André de Almeida F. Silva, Peppers & Rogers Group do Brasil (19/02/2009), hoje, devido à competição acirrada e à crise econômica, as organizações estão repensando seus modelos de negócio. Conseqüentemente, trocando estratégias de curtoprazo, com foco apenas em produtos, por um planejamento mais equilibrado, que considere, 41 também, a relação da empresa com seus clientes e que traga resultados sustentáveis no longo prazo. Nesse contexto, as organizações voltaram a investir em ferramentas de CRM, pois têm consciência de sua importância e eficiência de resultados. Conforme Madruga (20006, p.22) a empresa que decidir praticar conscientemente o marketing de relacionamento na sua plenitude precisará desenvolver ao menos seis funções: 1) Elaboração conjunta de uma nova visão e cultura empresarial voltada para os clientes e parceiros; 2) Construção de objetivos de marketing de relacionamento conectados à visão e sempre de natureza límpida; 3) Estabelecimento das estratégias de marketing de relacionamento voltadas para a criação de valores em conjunto com os clientes; 4) Implementação de ações táticas com foco no relacionamento colaborativo com clientes; 5) Obtenção de benefícios mútuos, isto é, empresas e clientes tiram proveito da cooperação ocorrida em vários momentos de contato; 6) Direção da ação, capacitação e envolvimento dos colaboradores da empresa para relacionamentos superiores. O marketing de relacionamento é uma extensão melhorada do marketing de fidelização, pois, preza não somente por satisfazer, mas, por trocar relações saudáveis e satisfatórias com seus clientes, mantendo-os na organização por tempo indeterminado. De acordo com Kotler (1999, p. 297) marketing de relacionamento significa criar, manter e acentuar sólidos relacionamentos com os clientes e outros públicos. Cada vez mais, o marketing vem transferindo o foco das transações individuais para a construção de relacionamentos que contêm valor e redes de oferta de valor. Desta forma, o marketing de relacionamento está voltado para o longo prazo, oferecendo valor de longo prazo aos clientes e conseqüentemente satisfação também de longo prazo. Existem conforme Kotler e Armstrong (1999, p. 398) três métodos que podem ser adotados pelas empresas de criação de valor para o cliente: financeiro, social e estrutural. Estes benefícios contribuirão efetivamente para a satisfação dos clientes e conseguintemente para um relacionamento duradouro. 42 Desta forma, conclui-se que a extensão de fidelização de clientes é o marketing de relacionamento e que vejo como sua definição a ação de manter relacionamentos e trocas saudáveis e satisfatórios com os clientes de longo-prazo de forma eficiente, harmônica e mais econômica. 2.10 Marketing de varejo Conforme Parente (2000, p.22) varejo são todas as atividades que englobam o processo de venda de produtos e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor. Assim, comércio varejista é qualquer instituição cuja atividade principal consiste no varejo através da venda de produtos e serviços para o consumidor final. Churchill (2000, p.416) define varejista como o intermediário que vende principalmente para consumidores finais. Segundo o mesmo cabe ao varejista também criar valor para os consumidores pelo atendimento de seus desejos e necessidades. Abaixo Churchill cita algumas maneiras pelas quais os varejistas podem criar valor tanto para os fabricantes e atacadistas, quanto para os clientes: Para os fabricantes e atacadistas Colocando os produtos à disposição dos consumidores Coletando e divulgando dados sobre os consumidores e seu comportamento de compra; Assumindo riscos na compra de produtos perecíveis; Promovendo os produtos dos fabricantes; Oferecendo serviços eficientes de distribuição física. Para os clientes Colocando os produtos à disposição no momento e no lugar em que os consumidores desejam comprá-los; Facilitando as compras ao aceitar cartões de crédito ou oferecer planos de pagamento e venda de produtos em pequenas quantidades; Tornando conveniente ou prazerosa a experiência de comprar; Oferecendo variedade de marcas para que os consumidores possam fazer comparações; 43 Fornecendo serviços especiais como entrega ou alterações/consertos nos produtos. 2.10.1 – Ciclo de vida do Varejo De acordo com Parente (2000, p.37), o ciclo de vida que é um conceito clássico de marketing, encontra também aplicação no varejo, conforme no produto, o formato varejista também atravessa quatro estágios que são: Introdução: período em que o novo formato é introduzido no mercado. Nessa fase, existe pouco ou nenhum concorrente direto, os lucros são baixo por causa dos custos de desenvolvimento e dos ajustes que o novo modelo ainda terá que percorrer. Crescimento: nessa fase o modelo alcança aceitação de mercado, pois muitos varejistas desenvolvem lojas no novo formato, o que ajuda a propagar ainda mais rapidamente o novo conceito. Esta fase é um período de expansão dos lucros, pois o mercado já atingiu alto volume, porém sem estar ainda saturado. Maturidade: é a fase de estabilidade das vendas, pois o novo formato já alcançou a aceitação nos mercados potenciais. A concorrência torna-se muito intensa, em função do aumento das vendas de uma empresa faz-se à custa da diminuição da fatia de concorrentes. Há uma tendência para a diminuição progressiva dos lucros. Declínio: é o estágio em que as vendas e o lucro do formato varejista já começam a declinar, cedendo espaço para modelos mais competentes e melhores ajustados ao mercado. 2.10.2 – Classificação de Varejistas De acordo com Boone & Kurtz (1998, p. 356), existe uma constante mudança nas demandas dos consumidores, e embora não tenha sido desenvolvido nenhum sistema de classificação universal para estes, existem pontos que podem ser tomados por base como: Esforço de compra despendido pelo cliente; Serviços que lhe são oferecidos; Linha de produtos comercializados; Locais onde se dão as transações comerciais e no varejo Forma de propriedade. Já Cobra (1997, p.345), classifica os varejistas da seguinte forma: 44 Pequeno varejista: o comércio brasileiro é constituído por pequenas lojas comum ou de dois donos, onde trabalham geralmente em família. Varejo geral: são lojas que vendem diversos segmentos num mesmo local; Franquia: são lojas que vendem uma marca, porém, com contrato de exclusividade da linha de produtos ou de serviço do seu fornecedor; Loja especializada: operam com uma grande variedade de poucos produtos, como lojas de brinquedos e joalherias. É reconhecida por seu principal produto de venda; Ruas de comercio especializado: são ruas onde está centralizado um tipo de loja específico, como Rua Tamoios em Belo Horizonte, que vende ferragens; Lojas de departamentos: lojas que oferecem linhas de produtos específicas; Cadeia de lojas: existem vários tipos, como eletrodomésticos, móveis e mercadorias genéricas; Lojas independentes: são lojas de roupas, bijuterias e etc. Vão desde boutique a artigos em geral; Cooperativas de varejo: são criadas com o objetivo de oferecer economia de escala de compra, com preços menores quando realizadas compras em grande volume; Lojas de desconto: são lojas que não oferecem conforto, nem sofisticação, pois eliminam serviços como entrega e embalagem. Em função desta redução de custo fixo oferecem preços mais competitivos; Lojas de fábrica: são lojas que vendem produtos direito da fábrica com defeito ou não, e assim o próprio produtor pode vendê-los a preços menores ao consumidor final; Shopping centers: é a centralização de várias lojas em um mesmo prédio, onde sua administração é de maneira a não permitir uma concorrência interna prejudicial.. Embora com classificações distintas, compreende-se que o varejo exerce grande importância no marketing, pois, através deste é possível estabelecer critérios para a aplicação do marketing. Acerca deste referencial teórico entende-se ser de suma importância para identificar e conceituar os mais diversos aspectos deste trabalho. 45 2.11 Marketing de serviços Conforme descreve Kotler (2002, p.25), o crescimento dos serviços têm sido uma das maiores tendências mundiais dos últimos anos, pois, as organizações que prestam serviços mudaram radicalmente com o passar dos anos. Os profissionais têm de enfrentar a concorrência acirrada, a crescente insatisfação do público, as tecnologias altamente mutáveis e outras mudanças ocorridas no ambiente externo. Os serviços vão desde o ato de depositar dinheiro no banco, viajar de avião, consultar um médico, orientar-se com um advogado, cortar o cabelo. Na verdade, os serviços podem ser puros, ou seja, não incluindo componente físico, como uma consultoria, ou incluir um componente físico forte, como uma refeição rápida. Para Kotler, a definição de serviço é: Um serviço consiste em uma ação, desempenho ou ato que é essencialmente intangível e não acarreta necessariamente a propriedade do que quer que seja. Sua criação pode ou não estar vinculada a um produto material. (KOTLHER, 2002, p.283). Kotler afirma ainda existirem três níveis de serviços que são; Serviço Essencial – é o nível mais fundamental dos serviços e responde as perguntas básicas como: O que o cliente quer na verdade: Qual a necessidade que o serviço realmente atende? Serviço Percebido – referente à percepção do cliente quanto ao serviço prestado; Serviço Ampliado – é o serviço adicional prestado ao cliente, que vão além dos serviços percebidos, compondo conseqüentemente um serviço ampliado. Em contrapartida Bateson (2001, p.33), afirma existir uma dicotomia entre produto puro e serviço puro, pois, um produto puro implica que o consumidor obtém somente o benefício do produto, sem valor agregado pelo serviço; da mesma forma que um serviço puro assume não haver elemento “produto” no serviço que o consumidor recebe. Kotler e Armstrong (2000, p.224), destacam que quanto a natureza os serviços possuem as seguintes características: 46 Intangibilidade – os serviços não podem ser vistos, tocados, sentidos, ouvidos ou cheirados antes da compra. Ou seja, um cliente não tem como obter o resultado do serviço antes da compra. Objetivando reduzir esta incerteza, os compradores buscam “sinais” da qualidade do serviço e tiram suas conclusões pelo ambiente, equipamentos, comunicações, que é o que podem ver. Inseparabilidade dos serviços – quer dizer que estes não podem ser separados de seus fornecedores, sejam estes pessoas ou máquinas. Se um empregado do prestador de serviços for quem fornece o serviço, este é automaticamente parte do serviço não podendo ser separado do mesmo. Variabilidade dos serviços – significa que a qualidade deles depende de quem os fornece, bem como de quando e como estes são fornecidos. Como exemplo: hotéis de uma mesma rede – podem ter uma reputação diferente de fornecer melhores serviços do que outros. Perecibilidade dos serviços – significa que eles não podem ser armazenados para venda ou uso posterior. Um psicanalista pode aplicar uma multa ao paciente que não compareceu a consulta marcada porque o valor do serviço só existia naquele instante e desapareceu por o paciente não compareceu. Perceber-se que embora os serviços não sejam tangíveis, sua importância se dá também através de sensações, que são experiências que podem ou não acarretar em satisfação para os clientes. Em concordância com Kotler, Fitzsimmons (2005, p. 30), define serviço como uma experiência perecível, intangível, desenvolvido para um consumidor que desempenha o papel de co-produtos. Ele afirma ser de extrema importância o papel do consumidor para dar ou não valor ao serviço. Desta forma, é possível compreender que os serviços devem ser considerados parte do processo de satisfação do cliente, seja numa empresa que vende produtos/serviços simultaneamente ou não. 47 3 METODOLOGIA 3.1 Tipos da Pesquisa Esta pesquisa se caracteriza como uma pesquisa quantitativo-qualitativa, descritiva, pois, irá descrever o nível de satisfação dos clientes em relação ao atendimento da empresa especificamente estudada. De acordo com Vergara (2007, p.47) “a pesquisa descritiva expõe as características de determinada população ou fenômeno e não tem o compromisso de explicá-los.” 3.2 Quanto aos meios Quanto aos meios, a pesquisa classifica-se como sendo uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Irá fundamentar-se quanto à bibliografia no estudo em livros, revistas e sites indicados e reconhecidos academicamente. De acordo com Vergara (2007), a pesquisa bibliográfica fornece instrumento analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, podendo também esgotar-se em si mesma. Caracteriza-se também por documental, pois, serão utilizados documentos internos da empresa e a pesquisa de campo ocorrerá junto aos clientes técnicos. É também um estudo de caso porque se limita a uma organização específica, a Ferragens Roma. 3.3 Universo O universo da pesquisa foi constituído pelo total de elementos que possuem a característica para o referido estudo. Neste caso, o universo pesquisado era constituído por todos os clientes técnicos ativos da empresa ora estudada, considerando-se neste caso, ser um número de aproximadamente 172 pessoas, sem necessidade de elaboração de planos amostrais. 3.4 Instrumento de coleta de dados O universo foi pesquisado com a aplicação de questionário com perguntas abertas e fechadas direcionadas a todos os clientes técnicos. 48 3.5 Limitações do método Dentre as limitações acerca desta pesquisa destaca-se ao fato da mesma abranger somente ao público técnico da empresa ora estudado, não sendo constituído também pelo consumidor final. 49 4 ANÁLISE DOS DADOS A análise dos dados foi feita com o auxílio do Excel. Através de gráficos identificando o percentual de respostas coletadas previamente. 4.1 Preparação para coleta de dados A realização desta pesquisa se deu entre 15/01/2009 à 17/03/2009. Durante este período os funcionários das quatro lojas da empresa, aplicaram o questionário tendo como respondentes os arquitetos, engenheiros e decoradores, freqüentadores da loja. O questionário foi aplicado durante a visita destes, a loja. 4.2 Análise dos Dados Coletados 33% M asculino Feminino 67% Gráfico 1: Gênero do respondente FONTE: Dados primários / 2009 De acordo com o gráfico acima, conclui-se que 33% dos respondentes correspondem ao gênero masculino e 67% dos respondentes correspondem ao gênero feminino, porcentagem considerável, todavia não surpreendente, tendo em vista que durante a pesquisa foi notório observar que a maioria dos clientes técnicos da empresa corresponde ao gênero feminino. No entanto, embora o gênero masculino tenha se mostrado menos relevante do que o percentual feminino observa-se ser um público a ser explorado, devido ao bom índice de freqüência no comércio de ferragens e no grande poder de persuasão que este público exerce sobre seus 50 clientes. Além disso, foi comum observar a freqüência deste público nas lojas, fator este, preponderante para futuros investimentos. 35% 30,71% 29,13% 30% 25% 23,62% 20% 14,17% 15% 10% 5% 2,36% 0% 21-30 31-40 41-50 51-60 +de 61 Gráfico 2: Faixa etária dos respondentes FONTE: Dados primários / 2009 Com relação à idade dos respondentes pesquisados obteve-se um percentual de 59,8% de clientes com 31 a 50anos, estes são profissionais em sua maioria com mais tempo de experiência no mercado. Em contrapartida, 23,6% dos respondentes correspondem à faixa etária de 21 a 30 anos, são pessoas que estão iniciando na profissão. Os respondentes com mais de 51 anos correspondem a 14,2% das respostas que, se somados aos 2,4% com mais de 61 anos, correspondem a 18,6% dos respondentes. Logo, é um público com características específicas, que possuem um nível de exigência quanto à qualidade, garantia e funcionamento dos produtos superior à de menos idade. Em sua maioria têm clientes mais velhos e conservadores, que primam por produtos clássicos, normalmente mais 51 caros e com maior dificuldade de serem encontrados. Por isso, são considerados também mais difíceis de serem agradados. 60% 48,82% 50% 37,00% 40% 30% 20% 12,60% 10% 0,79% 0,79% Muito insatisfeito Insatisfeito 0% Indiferente Satisfeito Muito satisfeito Gráfico 3: O ambiente físico possui iluminação adequada FONTE: Dados primários / 2009 De acordo com o gráfico acima se pode concluir que 48,8% dos respondentes consideraram como satisfatória a iluminação das lojas. Já 37% concluíram estar muito satisfeitos com o tipo de iluminação. Um percentual correspondente a 12,6% consideraram a iluminação como fator indiferente ao ambiente físico e apenas 1,6% responderam insatisfeitos e muito insatisfeitos com a iluminação. No entanto, nenhum destes respondeu o que faltava para se tornarem muito satisfeitos. Percebe-se que a iluminação das lojas é considerada satisfatória para o público técnico freqüentador. No entanto, vale ressaltar que por ser tratar de um comércio deve sempre ater-se para iluminação com o objetivo de melhor compor a exposição de seus produtos. No caso em uma das lojas pesquisadas percebeu-se que a iluminação à noite deixava o público em dúvida 52 sobre a cor das peças, o que indiretamente está relacionado com a iluminação do ambiente, ou a falta dela. 43,31% 45% 40,15% 40% 35% 30% 25% 20% 13,39% 15% 10% 5% 2,36% 0,79% 0% Muito Insatisfeito Indiferente insatisfeito Satisfeito Muito satisfeito Opinião Gráfico 4: O ambiente físico apresenta ventilação apropriada FONTE: Dados primários / 2009 Com relação à ventilação do ambiente físico da Ferragens Roma, concluiu-se que 83,5% dos respondentes estão satisfeitos ou totalmente satisfeitos com o tipo de ventilação oferecido pela loja. Já 13,4% dos respondentes consideram a ventilação indiferente para a transação de suas compras. Apenas, 3,1% dos entrevistados disseram-se insatisfeitos com o tipo de ventilação. No entanto, considerando-se o somatório de clientes indiferentes, insatisfeitos e muito insatisfeitos, sugere-se uma verificação do sistema de ventilação do ambiente, a fim de promover uma satisfação total por parte de seus freqüentadores. 53 39,37% Muito satisfeito 48,03% Opinião Satisfeito 8,66% Indiferente 3,15% Insatisfeito Muito insatisfeito 0,79% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Gráfico 5: No ambiente físico, o showroom é bem distribuído FONTE: Dados primários / 2009 De acordo com 39,4% dos respondentes, o showroom das lojas é bem distribuído e eles estão muito satisfeitos com a disposição das mercadorias. Já 48% dos respondentes estão satisfeitos. No entanto, embora em menor proporção, 12,6% dos respondentes consideraram-se indiferentes, insatisfeitos ou muito insatisfeitos com o showroom. Percebe-se dentre estes que o principal motivo está relacionado com a quantidade de itens comercializados pela loja em pequeno espaço físico. Diante da observação feita durante a aplicação dos questionários percebe-se que os respondentes vêem o ambiente como “cheio” e confuso na disposição das mercadorias. Sugere-se uma reestruturação da disposição das mercadorias e uma melhor distribuição do espaço físico da loja. 54 44,09% 45% 40% 35,43% 35% 30% 25% 20% 14,96% 15% 10% 5% 3,94% 0,79% 0% Muito insatisfeito Insatisfeito Indiferente Satisfeito Muito satisfeito Opinião Gráfico 6: No ambiente físico o mobiliário FONTE: Dados primários / 2009 Com relação ao mobiliário oferecido pela empresa aos clientes técnicos, constatou-se que 79,5% dos respondentes vêem como satisfatória a disposição do mobiliário. No entanto, 15% dos respondentes se mostraram indiferentes ao mobiliário, não o considerando fator de relevância para suas transações. O somatório dos insatisfeitos totalizou 4,7% dos respondentes. No entanto, visto que o mobiliário contribui para tornar o ambiente mais aconchegante para decoradores, arquitetos, engenheiros e clientes finais, público este que é por formação mais criteriosa e genuinamente exigente; sugere-se maior ênfase neste aspecto objetivando uma plena satisfação por parte dos mesmos, acarretando assim uma permanência maior na loja, que conseqüentemente possibilitará o aumento de suas compras e também nas vendas. 55 60% 55,12% 50% 40% 35,43% 30% 20% 10% 0,79% 0,79% 7,87% Satisfeito Indiferente Muito satisfeito Opinião Insatisfeito Muito insatisfeito 0% Gráfico 7: O ambiente físico é agradável para a realização de suas transações FONTE: Dados primários / 2009 De acordo com o gráfico acima, 90,5% dos respondentes consideram o ambiente agradável para suas transações. Até porque, conforme as respostas dos gráficos anteriores com relação à iluminação, ventilação e mobiliários que são considerados satisfatórios pelos respondentes, podem perfeitamente serem consideradas como conseqüência a satisfação com o ambiente físico. Apenas 9,5% alternaram suas respostas como indiferentes, insatisfeitos ou muito insatisfeitos. Ainda assim, deve-se considerar uma melhor disposição do ambiente físico, visando agradar também a estes respondentes. 56 0,79% 46,46% Muito insatisfeito Insatisfeito 0,79% 8,66% 43,31% Indiferente Satisfeito Muito satisfeito Gráfico 8: Existe funcionário disponível para atendê-lo FONTE: Dados primários / 2009 Após a leitura do gráfico acima, constata-se que a maior parte dos respondentes, 89,8% considera que existe funcionário disponível para atendê-lo quando vai à loja. No entanto, mesmo que em número muito pequeno, 2,6% dos respondentes ainda se sentem insatisfeitos ou muito insatisfeitos com o número de funcionários disponíveis para a execução do atendimento. Logo, sugiro treinamento para os funcionários mobilizando-os a dar atenção aos clientes que ainda não estiverem sendo plenamente atendida, uma espécie de pré-atendimento, permitindo assim que estes se sintam percebidos e conseqüentemente melhor atendidos. Isto porque esta clientela é “especial”, pois, é formadora de opinião e executam alto volume de compras. Assim sendo são os co-responsáveis pelo faturamento da loja e tem de estar plenamente satisfeitos. 57 Muito satisfeito 50,39% Satisfeito Opinião 41,73% Indiferente Insatisfeito 7,09% 0,00% Muito insatisfeito 0,79% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Gráfico 9: Os funcionários se preocupam em responder as suas perguntas FONTE: Dados primários / 2009 Constata-se que de acordo com 92,1% dos respondentes, os funcionários se preocupam em responder adequadamente as perguntas que lhe são feitas. No entanto, menos de 1% não se consideram satisfeitos com as respostas dadas pelos funcionários. Percebe-se que este é um ponto favorável da empresa que deve ser trabalhado para satisfazer constantemente o público. No entanto, ressalta-se a necessidade de investimento constante no treinamento e aprimoramento dos funcionários que permitirão que estes estejam sempre aptos a um melhor atendimento e uma busca constante de estreitar e manter um bom relacionamento com os clientes. 58 60% 51,18% 50% 40% 35,43% 30% 20% 9,45% 10% 0,79% 3,15% 0% Muito insatisfeito Insatisfeito Indiferente Satisfeito Muito satisfeito Opinião Gráfico 10: O número de funcionários na loja é suficiente FONTE: Dados primários / 2009 Conforme o gráfico acima se pode concluir que os respondentes vêem como suficiente o numero de funcionários na loja. Totalizando 86,7% o percentual de satisfeitos. Assim, podemos concluir não ser necessário o aumento do número de funcionários na empresa. 59 0,6 0,5 0,4 0,3 Porcentagem de pessoas 0,2 0,1 0 Muito insatisfeito Indiferente Muito satisfeito Gráfico 11: As respostas obtidas são claras e objetivas FONTE: Dados primários / 2009 A maior parte dos respondentes considera que as respostas obtidas são claras e objetivas, com um percentual de 52% das respostas, mas o índice de clientes técnicos que avaliam como satisfeito é de 41,7%, sendo assim, conclui-se que 93,7% dos respondentes estão satisfeitos com as respostas obtidas por parte da empresa. Vale lembrar apenas que o treinamento e aprimoramento dos funcionários devem ser constantes. 60 60% 48,03% 50% 40,94% 40% 30% 20% 10,24% 10% 0,79% 0,00% 0% Muito insatisfeito Insatisfeito Indiferente Satisfeito Muito satisfeito Opinião Gráfico 12: A apresentação física do funcionário é adequada FONTE: Dados primários / 2009 Sobre o fator a apresentação física de o funcionário ser adequada, concluiu-se 88.9% dos respondentes estarem de acordo com a apresentação dos funcionários. Salienta-se que não houve respondentes insatisfeitos e apenas, 0,79% muito insatisfeitos. Destes, não foi possível obter uma conclusão precisa sobre o que os causa insatisfação. No entanto, foi possível detectar durante a pesquisa que a falta de identificação dos funcionários como crachá, por exemplo, irritou profundamente os respondentes. Deve-se considerar que mesmo sendo os respondentes em sua maioria clientes constantes, faz-se necessário a identificação dos funcionários através botons, crachás, permitindo assim que estes possam ser chamados pelo próprio nome por parte dos respondentes. Ressalto que esta é uma característica primordial para estreitar a relação entre vendedor e cliente. 61 51,97% Muito satisfeito 38,58% Satisfeito Opinião 8,66% Indiferente Insatisfeito 0,00% Muito insatisfeito 0,79% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Gráfico 13: A linguagem utilizada é adequada FONTE: Dados primários / 2009 Os respondentes em sua maioria assinalaram ser adequada a linguagem utilizada, totalizando 90,6% dos respondentes. Os insatisfeitos não chegaram a 0,8%. No entanto, conforme ao gráfico anterior que questionava sobre a apresentação física do funcionário, percebe-se não serem estes fatores negativos para a empresa na visão dos respondentes. 62 43,31% 45% 44,09% 40% 35% 30% 25% 20% 11,81% 15% 10% 5% 0,79% 0,00% 0% Muito insatisfeito Insatisfeito Indiferente Satisfeito Muito satisfeito Opinião Gráfico 14: O atendimento é ágil FONTE: Dados primários / 2009 Com relação ao atendimento o índice de maior expressividade foi de 87,4 dos respondentes considerarem muito satisfeitos e satisfeitos quanto à agilidade no atendimento. No entanto, 11,8% dos respondentes consideram indiferença. Percebe-se portando a necessidade de diferenciar o tipo de atendimento de acordo com cada cliente com o objetivo de se fazer perceber totalmente como diferencial. 63 Muito insatisfeito 0,79% 0,00% 10,24% Insatisfeito Indiferente 51,18% 37,80% Satisfeito Muito satisfeito Gráfico 15: Educação/gentileza/cordialidade FONTE: Dados primários / 2009 De acordo com 89% dos respondentes, o nível de educação por parte dos funcionários durante o atendimento é satisfatório ou muito satisfatório, restando 10,2% que se declararam indiferentes. O percentual de muito insatisfeitos não excedeu 0,8% dos respondentes. 64 50,39% Muito satisfeito 37,80% Opinião Satisfeito 11,02% Indiferente Insatisfeito Muito insatisfeito 0% 0,00% 0,79% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Gráfico 16: Os funcionários estão motivados para atendê-lo FONTE: Dados primários / 2009 Quanto à motivação dos funcionários para atender aos respondentes, percebeu-se que 88,2% dos respondentes consideram estarem os funcionários motivados, em contrapartida 11% declararam-se indiferentes as motivações dos funcionários. Portanto, conclui-se que praticamente 99% dos respondentes vêem de forma positiva a motivação dos funcionários para atendê-los. 65 Telefone Fax 13 1 88 Visita à loja Email 111 24 Outro Gráfico 17: Forma de comunicação com a Ferragens Roma FONTE: Dados primários / 2009 De acordo com o gráfico sobre os meios de comunicação da Ferragens Roma constata-se que a maioria dos respondentes freqüenta o ambiente físico da loja para a realização de suas transações. Em segundo lugar utilizam o telefone para o mesmo fim. Os outros meios de comunicação utilizados em menor escala. Portanto, a partir desta constatação sugere-se que a empresa continue buscando cada vez mais novidades, qualidade em atendimento e relacionamento satisfatório com seus clientes. Pois, visto que a maioria vai a loja é fundamental que se invista constantemente em atendimento, showroom, lay-out e etc. 66 10,23% Sem resposta 81,10% Opinião Sempre 8,66% Quase Dificilmente 0,00% Nunca 0,00% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Gráfico 18: O método pelo qual é transmitida a informação é satisfatório FONTE: Dados primários / 2009 De acordo com o gráfico acima, percebe-se que 81,1% dos respondentes consideraram que o método pelo qual é transmitido a informação ser sempre satisfatório. No entanto, 10% dos respondentes não opinaram e 8,7% consideraram que quase sempre a informação é satisfatória. Este gráfico complementa as informações do gráfico que demonstra se os funcionários se preocupam em responder as perguntas e se estas respostas são satisfatórias. Percebe-se haver satisfação por parte dos respondentes quanto a estes aspectos. 67 Sem resposta 3,1% 2,4% 3,1% Muito satisfeito 3,1% 8,7% 9,4% 20,5% 32,3% 31,5% Satisfeito 34,6% Indiferente Insatisfeito 44,9% 48,8% 16,5% 20,5% 0,8% 6,3% 7,1% 6,3% Muito insatisfeito 0% 10% 20% Jornal Promocional 30% Site 40% 50% 60% E-mail Gráfico 19: Meios de comunicação com a Ferragens Roma FONTE: Dados primários / 2009 Com relação aos meios de comunicação percebe-se uma discrepância entre os diversos meios de comunicação. Notoriamente a grande maioria mostra-se indiferente ao Jornal Promocional distribuído pela empresa, totalizando 48% e ao site e e-mail respectivamente. Percebe-se que os meios de comunicação da empresa são desconhecidos ou pouco utilizados pela maioria dos respondentes. A maioria dos indiferentes desconhece os tipos de comunicação da empresa o que certamente acarreta em desinformação. Portanto, sugere-se uma comunicação mais eficaz com os respondentes tanto por jornal, e-mail e site da empresa. 68 60% 50,39% 50% 33,86% 40% 30% 20% 13,39% 10% 1,57% 0,79% Muito insatisfeito Insatisfeito 0% Indiferente Satisfeito Muito satisfeito Opinião Gráfico 20: As necessidades são plenamente atendidas FONTE: Dados primários / 2009 De acordo com o gráfico acima, 50,4% dos respondentes sentem-se plenamente atendidos, estes, se somados aos muito satisfeitos representam um total de 89.3% dos respondentes. Ainda assim, sugere-se maior investimento no relacionamento com os clientes. Objetivando estreitar e manter cada vez mais a relação. 69 Muito satisfeito 44,88% Opinião Satisfeito 44,09% 9,45% Indiferente Insatisfeito 0,79% Muito insatisfeito 0,79% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% Gráfico 21: Os funcionários estão bem capacitados e treinados para atender os clientes FONTE: Dados primários / 2009 Considera-se, portanto, estarem os funcionários plenamente capacitados e treinados para atender aos clientes 95% dos respondentes, o que é bastante positivo sobre o ponto de vista da veracidade da informação por parte da empresa. 70 50% 45,67% 45% 40,94% 40% 35% 30% 25% 20% 12,60% 15% 10% 5% 0,79% 0,00% 0% Muito insatisfeito Insatisfeito Indiferente Satisfeito Muito satisfeito Opinião Gráfico 22: O atendimento, em geral, tem apresentado a qualidade esperada FONTE: Dados primários / 2009 Com relação ao atendimento em geral, constata-se que 86,61% dos respondentes estão satisfeitos. No entanto, os que se classificaram como indiferentes devem ser trabalhados, com o intuito de se aumentar cada vez mais a satisfação deles e promover maior qualidade da relação estabelecida entre ambos. Ao analisar estas informações, justamente com o gráfico seguinte sobre o atendimento ser compatível com o necessário percebe-se haver um número de indiferentes e insatisfeitos totalizado 15%. Logo, fortalecendo as afirmativas anteriores, sugerem-se investimentos em treinamento e capacitação de funcionários, mudanças significativas de showroom, promoções e investimentos na qualidade dos produtos e serviços. 71 Sem resposta 0,79% 41,73% Muito satisfeito 41,73% Satisfeito 12,60% Indiferente Insatisfeito Muito insatisfeito 0% 2,36% 0,79% 10% 20% 30% 40% Gráfico 23: O desempenho do atendimento é compatível com o necessário FONTE: Dados primários / 2009 50% 72 5 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO As Ferragens Roma atuam no ramo de acabamentos e ferragens finas, no comércio varejista. A empresa foi funda em 08 de outubro de 1982 e tem como principais clientes, arquitetos, engenheiros e decoradores, bem como o consumidor final. A empresa tem sua loja matriz no centro de Belo Horizonte e as demais filiadas localizadas no Ponteio Lar Shopping, Shopping Minas Casa e bairro de Santo Antônio respectivamente. Seu principal diferencial é a vasta linha de puxadores composta por mais de dois mil (2000) itens, além de numerosas linhas de acessórios para banheiro, cozinha e armários. Com o intuito de estar sempre evoluindo, a empresa aposta nas últimas tendências obedecendo sempre seu objetivo principal e também sua missão que é atender seus clientes com excelência e presteza, proporcionando sua satisfação total. A visão da empresa é de tornar-se referência em seu segmento e seus valores pregam excelência no atendimento, qualidade nos produtos que comercializa ética e transparência em suas ações. A partir destes objetivos a Ferragens Roma procura capacitar seus funcionários através de treinamentos constantes, para atender os principais objetivos da organização. O responsável pela empresa é seu diretor geral, abaixo dele encontra-se a gerente geral que é responsável por todos os demais setores. Abaixo deste, em linha estão os departamentos de recursos humanos, departamento financeiro, departamento de compras e gerência de vendas/administrativo, sendo deste a responsabilidade pelo setor administrativo, compras e de vendas conforme descrito no organograma abaixo. Quadro 1 - Organograma das Ferragens Roma Fonte: Recursos Humanos das Ferragens Roma Diretor Gerente Geral Departamento Financeiro Recursos Humanos Compras Matriz Gerente de Vendas / Administrativo Ponteio Lar Shopping Contorno Minas Casa Setor de Vendas Setor de Vendas Setor de Vendas Setor de Vendas Setor Administrativo Setor Administrativo Setor Administrativo Setor Administrativo 73 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A satisfação do cliente é premissa fundamental para o sucesso e a melhoria contínua de um negócio. A elaboração deste trabalho permitiu uma análise sobre o nível de satisfação dos clientes da empresa ora estudada e possibilitou também a identificação de possíveis melhorias para satisfazer ainda mais seus clientes. Através da pesquisa quantitativa descritiva foi possível avaliar o grau de satisfação dos clientes técnicos da empresa, composto de arquitetos, engenheiros e decoradores. A partir da análise da pesquisa pode-se perceber que, embora em sua maioria, tivessem declarado muito satisfeitos em relação ao atendimento, ambiente físico e meio de comunicação da empresa, perceberam-se durante a aplicação da pesquisa, através de conversas informais com os respondentes, algumas sugestões com relação a possíveis melhorias para satisfazer ainda mais os clientes. Tais sugestões estão descritas abaixo: Espaço físico – os clientes, de modo geral, estão satisfeitos com o espaço físico do ambiente, porém, salientam que as lojas do Minas Casa e Ponteio Lar Shopping são pequenas, e tem uma infinidade de itens, o que dificulta em demasia a observação e identificação das peças; Site – de acordo com os respondentes o site da empresa é ineficiente e tem seus itens codificados não em conformidade com o descrito na loja. Tal situação gera o contratempo da demora da identificação das mesmas. Além disso, os respondentes alegaram que o site está desatualizado e incompleto. Jornal Promocional – embora seja de grande valia para a organização, os jornais distribuídos pela empresa têm chegado de forma “indiferente” a maioria do públicoalvo, no caso, respondentes. Das observações acima, a primeira já foi revista pela organização. Não pelo resultado deste trabalho, pois, a mudança ocorreu durante o estudo do mesmo. Com relação ao espaço físico das lojas do Ponteio e Minas Casa, ambos já foram revistos e devidamente modificados, por iniciativa do proprietário da empresa. No entanto, com relação ao site, sugiro uma reestruturação do mesmo, de modo a torná-lo mais eficiente e atrativo para seus clientes. Considerando-se que em sua maioria, o público da empresa é técnico, e até mesmo o grande número de consumidores finais que realizam suas 74 transações pela internet. É de extrema valia que esta grande possibilidade de vendas, esteja devidamente estruturada para atender as expectativas dos clientes. Por ser de conhecimento através desta pesquisa que seus clientes têm interesse em executar suas transações pela internet, bem como fazer consultas etc. é fundamental que a empresa reestruture esta área para melhor atender seus clientes. Vale ressaltar que a maiorias dos respondentes fizeram críticas com o fato do site ser desatualizado, as lojas não oferecerem internet e por a empresa não dispor de orçamentos por e-mail, de forma ágil, que na opinião dos respondentes é de extrema importância. Com relação ao jornal promocional, é fundamental que ele seja destinado também ao público técnico. Aliás, em conversa informal durante a pesquisa, os respondentes salientaram que gostariam de ser beneficiados com jornal promocional específico e dotados de descontos especiais. Talvez aí, uma oportunidade de estreitar e manter relacionamento satisfatório com os clientes. Percebe-se que o público técnico vê na empresa uma “parceira” para realização de seus projetos, no entanto, este mesmo público salienta não se sentir devidamente “amparado” pela empresa. Embora dito informalmente, os respondentes alegaram que a Ferragens Roma não os diferencia do público final quando estes são também compradores na loja. Motivo este pelo qual muitos preferem não fazer suas compras pessoais no estabelecimento, partindo assim para comprar nos concorrentes, que oferecem algum tipo de “diferenciação” na venda para o público técnico. Uma sugestão é oferecer a este público descontos maiores na aquisição dos produtos. Quanto à motivação por parte dos funcionários durante ao atendimento, percebe-se que embora a maioria dos respondentes julgue-se satisfeitos, sugere-se investir em treinamento para que os funcionários tornem-se capacitados para fazer, se necessário, pré-atendimento, possibilitando assim identificar o tipo de atendimento necessário de acordo com cada cliente, proporcionando desta forma um diferencial. Ressalto que os respondentes declararam-se satisfeitos com o atendimento, mas, não deixaram de comentar que este poderia ser melhor se, por exemplo, um vendedor não esperasse terminar de atender a um cliente para saudar outro ou simplesmente demonstrar que este será atendido assim que possível. Ou seja, os respondentes expressaram claramente que gostariam 75 de se sentir “importantes” para os funcionários. Muitos alegaram que chamam os vendedores pelo nome, mas, nunca são respondidos desta forma por eles, mesmo sendo clientes da empresa a mais de 10 anos. Mimos como água e café também foram citados na pesquisa. Os respondentes alegam que a loja não oferece nenhum tipo de conforto para a realização de suas transações. Por isso, insisto que o treinamento é a melhor forma de aprimorar o conhecimento dos funcionários, e primar pela excelência no atendimento. Pois, com a grande competitividade que o mercado oferece, é fundamental que o diferencial da empresa esteja sim, no atendimento. Até porque os respondentes são certamente, o mais valioso recurso da organização, justamente por serem formadores de opinião e responsáveis pelo estreitamento da relação entre a empresa e o consumidor final. Desta forma, sugere-se também que a empresa realize estudos futuros objetivando esclarecer qual é a opinião do público técnico sobre outros aspectos da empresa e de como a esta poderá se beneficiar destas informações, com o intuito de melhorar e estabelecer continuamente o melhor atendimento possível e um bom relacionamento com este público. É válido ressaltar que o fato desta pesquisa ter sido realizada pelos próprios funcionários, pode ter havido sim, inibição por parte dos respondentes, nas informações prestadas. Por isso, aconselho o investimento em pesquisas para saber como pensam e o que desejam estes clientes. 76 REFERÊNCIAS BATESON, John E. G, K. Douglas hoffman. Marketing de Serviços – 4 ed. – Porto Alegre: Bookman, 2001, 495 p. BOONE, Louis E, Kurtz David L. Marketing Contemporâneo. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC 1998. 564p. CHURCHIL, Gilbert Jr, Peter Paul J. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2003. 626p. COBRA, Marcos. Marketing Básico: uma abordagem brasileira. 4. ed. São Paulo: Atlas 1997. 552p. DIAS, Roberto Sérgio Coordenação, Professores do Departamento de Mercadologia da FGVEAESP e Convidados. Gestão de Marketing. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 539p. ETZEL, Michael J., Walker, Bruce J., Stanton, William J. Marketing – São Paulo, Makron Books, 2001. 743p. FITZSIMMONS, James A., Fitzsimmons Mona J. Administração de Serviços - 4 ed. – Porto Alegre: Bookman, 2005. 564p. KOTLER, Philip, Hayes Thomas, Bloom N. Paul. Marketing de Serviços Profissionais - 2 ed. Barueri, Manole, 2002. 511p. KOTLER, Philip, Gary Armstrong. Princípios de Marketing. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. 593p. MADRUGA, Roberto. Guia de Implementação de Marketing de Relacionamento e CRM. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 251p. MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre; Bookman. 2001. PARENTE, Juraci. Varejo no Brasil: Gestão Estratégica. São Paulo: Atlas, 2000. 388p. PEPPERS, Rogers Group. – [email protected] SAMARA, Beatriz Santos e Barros, José Carlos de. Pesquisa de Marketing – Conceitos e Metodologia – 3ª edição – São Paulo: Prentice Hall, 2002. 259p. SEMENIK, Richard J, Bamossy Gary J. Global. São Paulo: Saraiva 2001. 574p. Princípios de Marketing: uma perspectiva VERGARA, S.C. Projetos e Relatórios de pesquisa em Administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 92p. 77 78 ANEXOS 79 CARACTERIZAÇÃO DO RESPONDENTE Gênero ( ) Feminino ( ) Masculino Faixa Etária ( ) 21 a 30 ( ) 31 a 40 ( ) 41 a 50 ( ) 51 a 60 ( ) + de 61 EM RELAÇÃO AO AMBIENTE FÍSICO DA FERRAGENS ROMA ITENS AVALIADOS Muito Insatisfeit o Insatisfe ito Indifer ente Satisfeit o Muito Satisfeit o 2.1) Possui iluminação adequada 2.2) Apresenta ventilação apropriada 2.3) O show-room é bem distribuído 2.4) O mobiliário é agradável 2.5) Considera o ambiente agradável para a realização de suas transações O que falta para você ficar muito satisfeito?__________________________________________________________________ Quando precisa se comunicar com a Ferragens Roma para solicitação de esclarecimentos, qual o meio que mais utiliza? ( ) Telefone ( ) Fax ( ) Visita a loja Qual? _______________ ( ) e-mail ( ) Outro. Qual? ________________ O método pelo qual é transmitida a informação é satisfatório? ( ) nunca ( ) dificilmente ( ) quase sempre ( ) sempre EM RELAÇÃO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO COM A FERRAGENS ROMA ITENS AVALIADOS EM RELAÇÃO AO FUNCIONAMENTO DA FERRAGENS ROMA ITENS AVALIADOS Muito Insatisfeit o Insatisfe ito Indifere nte Satisfeit o Muito Satisfeit o Existe funcionário disponível para atendê-lo Os funcionários se preocupam em responder às suas perguntas O número de funcionários na loja é suficiente As respostas obtidas são claras e objetivas A apresentação física do funcionário A linguagem utilizada é adequada O atendimento é ágil Os funcionários procedem de forma educada Os funcionários estão motivados para atendê-lo Existe funcionário disponível para atendê-lo O que falta para você ficar muito satisfeito?__________________________________________________________ Muito Insatisfeit o Insatisfe ito Indifer ente Satisfeit o Muito Satisfeit o Jornal promocional Site e-mail O que falta para você ficar muito satisfeito?_________________________________________________________ EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DA FERRAGENS ROMA ITENS AVALIADOS Muito Insatisfeit o Insatisfe ito Indifer ente Satisfeit o As suas necessidades são plenamente atendidas Os funcionários estão bem capacitados e treinados para atender os clientes O atendimento, em geral, tem apresentado a qualidade esperada O desempenho do atendimento é compatível com o necessário O que falta para você ficar muito satisfeito?_________________________________________________________ Muito Satisfeit o