A efetividade da mobilização neurodinâmica como tratamento da dor lombar. Ralph Fernando Rosas Introdução: A dor na coluna é uma situação que quase todas as pessoas que conhecemos já tiveram pelo um dia na vida. Muita gente falta ao trabalho por fortes dores na coluna lombar ou ainda justamente a profissão da pessoa causa a dor lombar, seja por más posições ou suporte de peso, etc. Existe uma variedade grande de tipos de tratamento para a dor lombar (ou lombalgia): antiinflamatórios, analgésicos, fisioterapia, repouso, entre outros.Muitas queixas de dor que os pacientes referem podem ser devidas a alterações na estrutura nervosa. Além de dor, que normalmente é a principal queixa, é muito comum pacientes com lombalgias (dores lombares) referirem formigamento e/ou dormência (irradiação) nos membros inferiores (MMII). Justifica-se uma pesquisa assim, pelo simples motivo de que nove (9) em cada dez (10) seres humanos têm, tiveram ou terão dores na coluna ao longo de suas vidas (OMS 4). As dores lombares são um problema de saúde pública importante e sério (pelo menos 35 adultos em 1000 realizam consultas médicas por esse motivo ao ano. . Palavras-chave: *fisioterapia, mobilização neural, estudos transversais Métodos A população será composta de todos os indivíduos da lista de espera da Clínica Escola de Fisioterapia da Unisul encaminhados com problema de dor na coluna lombar. A amostra será composta de todos os indivíduos que se encaixarem nos critérios descritos abaixo: → Critérios de inclusão: Idade entre 20 e 45 anos [grande prevalência da lombalgia]; Ter dor lombar pelo tempo mínimo de 2 meses [tempo indicado pela OMS1]; Estar atuante em sua profissão [para o paciente não estar afastado de suas atividades laborais]; Ser inativo (sedentário) [a dor lombar pode advir de alguma atividade física]. → Critérios de exclusão: Faltar a qualquer uma das consultas; Já ter sido internado (em um ambiente hospitalar) alguma vez por motivo de dor lombar [pois a causa da mesma poderia ser uma lesão grave e não só má postura, p.ex.]; Praticar atividade física nos finais de semana; Não conseguir realizar corretamente a posição de alguma mobilização neural (por qualquer motivo). Espera-se encontrar um número mínimo de 50 indivíduos. Os pacientes serão recrutados através da lista de espera da clínica mencionada e farão uma avaliação fisioterapêutica para triagem, onde p.ex., serão feitos a escala visual analógica (EVA) para medir a dor, formigamento e a dormência, A EVA consiste em uma linha de 10 cm sendo que no ponto inicial equivalente a 0 cm significa ‘Sem dor’ e no ponto final 10 cm significa ‘Pior dor possível’. Será pedido ao paciente para que o mesmo faça um traço nessa linha de 10 cm que corresponda ao valor de sua dor no momento dessa avaliação. A mesma EVA será usada para dormência e formigamento (0 = sem dormência e 10 = pior dormência possível; 0 = sem formigamento e 10 = pior formigamento possível). Os pacientes inclusos na amostra realizarão 10 (dez) consultas fisioterapêuticas, a 1ª para a avaliação da EVA, 8 (oito) para a realização da MN e a última para a reavaliação da EVA. Essas 10 (dez) consultas serão em dias consecutivos. A MN será feita sempre às 1800h para evitar possíveis variações circadianas nos efeitos da mesma. Cada posição de MN será feita uma vez em cada membro inferior sendo que levará um minuto em cada posição na primeira consulta, dois minutos na segunda e assim consecutivamente, para todos os pacientes. A EVA consiste em uma linha de 10 cm sendo que no ponto inicial equivalente a 0 cm significa ‘Sem dor’ e no ponto final 10 cm significa ‘Pior dor possível’. Será pedido ao paciente para que o mesmo faça um traço nessa linha de 10 cm que corresponda ao valor de sua dor no momento dessa avaliação. A mesma EVA será usada para dormência e formigamento (0 = sem dormência e 10 = pior dormência possível; 0 = sem formigamento e 10 = pior formigamento possível). 2 Os pacientes inclusos na amostra realizarão 10 (dez) consultas fisioterapêuticas, a 1ª para a avaliação da EVA, 8 (oito) para a realização da MN e a última para a reavaliação da EVA. Essas 10 (dez) consultas serão em dias consecutivos. A MN será feita sempre às 1800h para evitar possíveis variações circadianas nos efeitos da mesma. Cada posição de MN será feita uma vez em cada membro inferior sendo que levará um minuto em cada posição na primeira consulta, dois minutos na segunda e assim consecutivamente, para todos os pacientes. Ao fim das 9 (nove) consultas, a reavaliação será feita para se refazer a EVA e onde será questionado aos pacientes o quanto relatam que melhoraram com o tratamento (porcentagem subjetiva) em relação à dor, dormência e formigamento em membros inferiores. Para as porcentagens subjetivas de melhora (dor, dormência e formigamento) será perguntado ao paciente: “De 0 a 100%; sendo que 0% o sr.(a) não teve melhora nenhuma e 100% o sr.(a) teve total alívio da sua dor (dor, dormência e formigamento); quanto o sr.(a) acha que melhorou?”. O valor fornecido pelo paciente será utilizado como o valor para a porcentagem subjetiva de melhora. Resultados de discussão o teste Wilcoxon mostrou que houve diferença entre o membro superior dominante e o não dominante à realização do teste neurodinâmico do ULNT1 (p<0,001). Conclusões: A partir deste estudo foi possível analisarque o resultado do projeto foi significativo para a manobra de ULNT1,aonde foi realizado no tempo correto,estes resultados serão úteis para a pratica dessa manobra na clinica escola de fisioterapia,seria fundamental estudar a durabilidade dos efeitos produzidos na manobra. Referências 1 BUTLER, David S.; JONES, Mark A.. Mobilização do sistema nervoso. 1. ed. Barueri: Manole, 2003. 265 p. 2 SHACKLOCK, Michael. Neurodinâmica clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 3 MacAULEY, D. Back pain and physiotherapy. BMJ. v.329, p.694-695, 2004. 4 http://www.who.int/en/ 5 MOSELEY, L. Combined physiotherapy and education is efficacious for chronic low back pain. Australian Journal of Physiotherapy. v.48, p.297-302, 2002. 6 GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas; 2002. 7 LEOPARDI, M. T. Metodologia da pesquisa na saúde. 2ª ed. rev. e atual. Florianópolis: UFSC, 2002. 294 p. 8 VIEIRA, S. HOSSNE, W. S. Metodologia científica para a área de saúde. Rio de Janeiro: Campus; 2002.