Seguro agrícola precisa de avanços para ser - Cepea

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"
Piracicaba, 10 de setembro de 2013.
HF BRASIL: Seguro agrícola precisa de avanços para ser vantajoso ao produtor
Levantamento do Cepea indica as principais formas de proteção para as lavouras de hortifrutícolas
Cepea, 10 – As opções de seguro agrícola ainda são muito restritas no Brasil. Somente algumas
intempéries – como granizo e geadas – são cobertas e beneficiam apenas culturas consideradas
prioritárias pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento (Mapa). A equipe da revista
Hortifruti Brasil, do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP,
indica na edição deste mês as principais formas de proteção para as lavouras de hortifrutícolas e os
caminhos para que o mercado de seguro possa ser mais vantajoso para o produtor.
O setor de frutas e hortaliças é o segundo segmento que mais utiliza o seguro agrícola no País, atrás
apenas dos grãos. Segundo pesquisadores do Cepea, as lavouras de hortifrutícolas são muito sensíveis
aos eventos climáticos e vários de seus produtos são classificados como prioritários, pela importância
na economia de determinadas regiões, como uva, maçã e tomate.
Segundo dados do Mapa, 85% de todas as apólices de seguros são da região Sul do País. O Nordeste,
importante polo produtivo de frutas, praticamente não aparece nas estatísticas de seguro, já que as
apólices não cobrem secas, por exemplo. De acordo com a entrevista do professor da Esalq, Vitor
Ozaki, faltam seguros customizados para cada produto e região e que possam interessar agricultores
de várias localidades, ampliando a adesão e reduzindo custos.
No geral, os produtores mais expostos aos riscos de granizo são os que têm mantido o seguro agrícola.
Essa concentração do perfil do segurado aumenta o gasto médio da apólice. Apesar da subvenção do
governo – 60% para frutas e 40% para hortaliças – o valor médio do prêmio tem aumentado nos
últimos anos no setor hortifrutícola.
Além da concentração do perfil de risco, as culturas que mais contratam também são restritas. Em
2012, uva e maçã corresponderam a 88% do total de apólices de frutas. Entre as hortaliças, tomate e
cebola lideram com 90%. Ainda assim, produtores consultados pelo Cepea reclamam que, quando
precisam resgatar o prêmio, muitas seguradoras avaliam erroneamente as perdas e levam em
consideração somente os frutos danificados, por exemplo, e não as plantas como um todo.
Uma das opções apresentadas pela publicação é o seguro rural, um conceito mais amplo que abrange
outros tipos de serviços como cobertura para a atividade pecuária, para o patrimônio do produtor e até
mesmo seguro de vida.
Há, também, outras formas de se proteger de prejuízos com o ganizo, como o investimento em telas
ou coberturas específicas para esse fim. O governo lançou neste ano programas de auxílio para
adquirir e instalar as telas, como o Moderinfra (Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem).
CAIXA POSTAL 132 • 13400-970 • PIRACICABA - SP • BRASIL • TEL: 19 3429-8837 • FAX: 19 3429-8829
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"
Piracicaba, 10 de setembro de 2013.
A revista defende discussões entre produtores, seguradoras e governo para se chegar a um consenso
sobre as formas de seguro mais adequadas a cada região e lavoura, levando em conta a dinâmica do
setor produtivo. A falta de informações históricas sobre perdas nas culturas é indicada como um
entrave para se definir novos modelos de seguros.
Entidades de classe, casas de agriculturas e centros de pesquisa podem desenvolver um papel
importante, formatando um sistema de informação de apoio ao mercado de seguros. Quanto mais
estatísticas, mais fácil fica desenhar um seguro atrativo e de baixo custo para o produtor.
Confira a análise completa no site do Cepea: http://cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/. Estão disponíveis
também:
 Últimas informações sobre o mercado da: banana, batata, cebola, cenoura, citros, folhosas,
maçã, mamão, manga, melão, tomate e uva.
Outras informações sobre o mercado hortifrutícola: www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/ e por meio do
Laboratório de Informação do Cepea: 19-3429-8836 / 8837 e [email protected]
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