‘ ‘ CURSOS DE GESTÃO FINANCEIRA APOSTILA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Apostila gentilmente cedida pelo PROFESSOR PAULO F. MINOTTI. Professor Ailton Galdino de Almeida São Paulo 2011 PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 Objetivo Entender a função da Contabilidade e das diversas situações patrimoniais das organizações, desenvolvendo conhecimentos que possibilitem o acompanhamento da evolução da Ciência Contábil e a atualização predominante no universo científico e profissional. Apresentar os fundamentos contábeis e desenvolver no estudante a habilidade de elaborar e interpretar demonstrações contábeis. Conteúdo Programático O Conceito de Contabilidade (breve histórico); A quem interessa a informação contábil; Principais Demonstrações Contábeis: * O Balanço Patrimonial (Conceito); * Estrutura do B.P. conforme Lei 6.404/76 – S. A .; * Critérios de Classificação dos elementos patrimoniais; * Forma de apresentação; * Balanço Patrimonial Comparativo; * Plano de Contas; * Critério de Classificação: - Ativo Circulante; - Ativo Realizável a Longo Prazo; - Ativo Permanente (Investimento, Imobilizado e Diferido); - Passivo Circulante; - Exigível a Longo Prazo; - Resultado de Exercícios Futuros; - Patrimônio Líquido (Capital, Reservas e Lucros Acumulados); * A Demonstração do Resultado do Exercício (Conceito); * Receita, Custo, Despesa e Resultado (Conceito); * Algumas causas que fazem variar o Patrimônio Líquido; * Ligação entre o B.P. e a D.R.E.; Análise das Demonstrações Financeiras: * Um breve histórico; * Técnicas de Análise dos Demonstrativos Financeiros: - Análises Vertical e Horizontal; - Índices (Liquidez, Endividamento, Atividade e Rentabilidade); Estratégias de Ensino O curso contará com equilíbrio teórico-prático por meio de exposições e discussão de casos práticos, utilizando: * Aulas Expositivas; * Aulas Reflexivas com análise de casos; 2 * Dinâmica de Grupos; * Seminários; * Debates; Sempre será indicada a bibliografia básica e específica necessária ao acompanhamento do curso e orientação do aluno na vida acadêmica e profissional. A exposição será feita por meio de colocação dos pontos a serem discutidos de forma esquemática, seguida de apresentação por parte do professor. Para todas as exposições e para todos os pontos deverão ser utilizadas apresentações de casos práticos. Estratégias de Avaliação Duas provas teóricas/ práticas bimestrais e trabalhos individuais ou em grupo, mais o projeto PIM, sempre envolvendo os assuntos voltados à gestão das organizações, sendo que a média do semestre será constituída por 40% da nota da P1, 40% da nota da P2 e 20% da nota do PIM. Bibliografia IUDÍCIBUS, Sérgio de. Curso de Contabilidade para Não Contadores: 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999/ 2000. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial: 8.ed. São Paulo: Atlas, 1996. CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SÃO PAULO. Os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade e o Código de Ética dos Contabilistas; Normas de Auditoria: 28.ed. São Paulo: Millenium, 2000. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; e GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedade por Ações: aplicável também às demais sociedades; 2ª ed. São Paulo, Atlas, 1981 (2ªtiragem). 3 Breve Histórico da Contabilidade Temos os primeiros relatos da existência da contabilidade (primitiva) nas cavernas, em que, os primatas controlavam de forma bem simples o seu rebanho. Mais adiante encontramos no livro do Gênesis (Bíblia) os pastores contabilizando os seus rebanhos e suas riquezas, a fim de, controlar seu patrimônio. Porém, por volta de 1450 muitos clássicos da matemática foram traduzidos para o italiano e publicados em latim. Em 1494 um monge franciscano chamado Luca Paccioli publicou um notável livro: “Summa de Arithmetic, Geometria el Proportionalità”. A Summa fixa os princípios básicos da álgebra e registra a contabilidade pelo método das Partidas Dobradas. Embora não fosse inventada por Paccioli, recebeu o mais extenso tratamento até então, descrevendo todos os métodos de contabilização que existiam naquela época espalhados e que se tinha conhecimento (tanto por relatos verbais, como em pequenos livros que ensinavam como registrar mercadorias e bens, etc.) e, devido a essa publicação, é considerado até hoje o Pai da Contabilidade Moderna. A principal regra contábil de seu livro e que ainda é utilizada atualmente na Contabilidade, ou seja, perdura por mais de quinhentos anos, é o Método das Partidas Dobradas (para cada débito registrado pela contabilidade, deverá ser registrado um crédito de valor equivalente). Esse método evidencia as Origens de recursos, bem como, sua Aplicação subsequente. Do método italiano de Paccioli para o atual, ressaltamos quatro diferenças ou evoluções naturais: - O sistema contábil tinha o objetivo de informar apenas o proprietário; - Os ativos e passivos do proprietário e do negócio se misturavam; - Não existia a idéia de período contábil; - Não existia um denominador comum monetário. 4 Limitações Uma das limitações da Contabilidade é a dificuldade em produzir demonstrações financeiras uniformes e de fácil entendimento pela maioria dos interessados, pela falta de um conjunto coerente de princípios e normas e de uma terminologia definida. Esta é uma limitação que vem sendo reduzida, à medida que os órgãos governamentais e de classe se mobilizam para melhorar as normas e procedimentos para a produção e publicação das informações contábeis de forma global. As decisões tomadas pelos usuários da informação contábil são influenciadas por aspectos não quantitativos que, normalmente, escapam do alcance da contabilidade, que só é capaz de registrar fatos avaliáveis monetariamente, no entanto é uma limitação que não invalida o método contábil. Evolução O conhecimento Contábil deixou de ser exigência apenas do pessoal envolvido diretamente com a contabilidade. Atualmente é exigido à todo o pessoal das áreas operacionais, que passaram a ser os responsáveis pelo registro contábil de suas próprias operações, através dos modernos sistemas contábeis que são integrados aos sistemas operacionais e estão sob a responsabilidade dos diversos departamentos da empresa. Apresentação O Contador atualmente não faz mais o serviço braçal dos registros (era da Informática). A rapidez com que a comunicação se processa entre as pessoas, empresas e países é instantânea, fazendo emergir o que se denomina de “competitividade global”, por isso ensinamos Contabilidade., Participe ativamente de todas as atividades, pois, acreditamos que as habilidades e competências adquiridas ao final do curso serão extremamente úteis para sua vida profissional. Usuários das Informações Contábeis Os usuários da informação contábil estão divididos entre internos e externos. 5 Os usuários internos são os sócios, acionistas, que acompanham presencialmente ou não essas informações, a fim de, verificar o desenvolvimento do negócio (retorno). Os gestores da empresa, ou seja, os gerentes departamentais, os diretores e os membros da presidência que utilizarão essas informações contábeis para verificar, no papel, o real desempenho da empresa, podendo assim, estabelecer novas metas e objetivos ou direcionar investimentos em áreas que não estão gerando resultado satisfatório entre outros. Acompanhando o desenvolvimento dos negócios da entidade, observando sua rentabilidade, perspectivas de retorno e riscos envolvidos, ou seja, sabendo utilizar essas informações contábeis, os interessados possuem uma poderosa ferramenta de Gestão Econômico-financeira (fluxo contínuo). Já os usuários externos são os bancos, os fornecedores, a fim de, verificar a situação econômico-financeira da empresa para conceder créditos, ou seja, esses verificarão a capacidade da empresa de saldar seus compromissos. Os clientes (credibilidade), os investidores (risco/ retorno, a viabilidade do negocio), o Governo (visando o aumento da arrecadação) que, conforme exista a necessidade ou a iniciativa de Alavancagem Financeira para a empresa, somente será concretizada com a apresentação dessas informações, instrumentalizadas nas demonstrações financeiras. O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais, por exemplo, da Economia (escassez) e do Direito (legalização) que, entretanto, o estudam sob ângulos diferentes da Contabilidade que o estuda nos seus aspectos quantitativos e qualitativos, procurando entender no sentido mais amplo possível, as mutações deste patrimônio em determinado período. Apresentação do Patrimônio No aspecto qualitativo entende-se a natureza dos elementos que compõem o patrimônio, como por exemplo, o dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda corrente, máquinas, automóveis, terrenos, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. 6 No aspecto quantitativo entende-se como os valores dessa composição dos elementos do patrimônio, isto é, o valor das máquinas, dos automóveis, dos terrenos, dos estoques de materiais ou de mercadorias, etc. PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O objeto de todas as ciências sociais aplicadas é o que delimita o campo de abrangência de uma disciplina. Na contabilidade o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma entidade, definindo um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros, pertencentes a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode ou não incluir o lucro. O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais, por exemplo, da Economia, da Administração e do Direito que, entretanto, o estudam sob ângulos diferentes da Contabilidade que o estuda nos seus aspectos quantitativos e qualitativos, procurando entender no sentido mais amplo possível, as mutações deste patrimônio. Na Contabilidade os aspectos qualitativos e quantitativos são expressos através das demonstrações contábeis ou financeiras, que mostram de maneira coerente à classificação das contas que envolvem o patrimônio. Temos como as principais demonstrações contábeis o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício (que iremos direcionar nossa atenção). Seguidas da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Fluxo de Caixa. Para representar o Patrimônio a Contabilidade utiliza-se do Balanço Patrimonial, a palavra balanço dá a idéia de equilíbrio, portanto, temos o equilíbrio do patrimônio na seguinte figura: BENS E OBRIGAÇÕES DIREITOS Aplicações = Origens 7 Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial (de acordo com a Lei 6404/76) tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando, portanto, uma posição estática. Conforme o artigo 178 (da mesma Lei) “no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. Bens, Direitos E Obrigações Os BENS (imóveis, terrenos, automóveis, máquinas, estoque de mercadorias entre outros) e os DIREITOS (dinheiro em caixa, dinheiro em bancos, contas a receber, aplicações financeiras, entre outros) são encontrados do lado do esquerdo do Balanço Patrimonial, denominado ATIVO da entidade. Eles representam as aplicações de recursos que a mesma faz. Os Bens podem ser: Tangíveis: tem forma física, são palpáveis, exemplos: obras de arte, veículos, imóveis, máquinas, estoque de mercadorias, dinheiro em caixa, móveis e utensílios, equipamentos, ferramentas, etc; Intangíveis: são incorpóreos, isto é, não constituídos de matéria, normalmente se apresentam como marcas (Coca-cola, Mcdonalds, Nike, etc.) e as patentes (invenções). As OBRIGAÇÕES (fornecedores a pagar, impostos a pagar, empréstimos a pagar, capital social, reservas, lucro acumulado entre outros) são encontradas do lado direito do Balanço Patrimonial, denominado de PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO da entidade. Elas representam as fontes ou origem de recursos. O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis e através da qual podemos apurar a situação patrimonial-financeira de uma empresa em um determinado momento. Nesta demonstração estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da empresa, conforme exemplo abaixo: Exemplos de contas do ATIVO: caixa, bancos, aplicações financeiras, clientes, mercadorias, estoques, contas a receber, veículos, máquinas, terrenos, marcas e patentes, imóveis entre outras (tudo aquilo que satisfaz uma necessidade e que se pode atribuir um preço). Exemplos de contas do PASSIVO: fornecedores, impostos, salários a pagar, empréstimos bancários, financiamentos, dívidas ativas, dividendos a pagar, capital 8 social, reservas, lucro ou prejuízos acumulados entre outras (tudo aquilo que se encontra no poder da empresa mas que pertence a terceiros e aos sócios). BENS + DIREITOS = OBRIGAÇÕES Na Contabilidade os aspectos quantitativos (valores dos elementos do patrimônio) e qualitativos (composição dos elementos do patrimônio) são expressos através das demonstrações contábeis ou financeiras, que mostram de maneira coerente à classificação das contas que envolvem o patrimônio. Temos como as principais demonstrações contábeis o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício, além de outras demonstrações que evidenciam também outros aspectos sobre as mutações ocorridas durante um determinado período, mas vamos enfocar basicamente as duas mais importantes de forma simples (veremos como é composta cada grupo dessa demonstração no capítulo: Principais Demonstrações Contábeis). Exemplo da constituição de uma empresa e registrar os fatos desde o início (ilustração apenas do Balanço Patrimonial e as mutações na lousa): João e Mateus fundaram uma empresa para comercializar fios e cabos elétricos, a J. M. Comércio de Fios e Cabos Elétricos Ltda, com capital social de R$ 500.000,00 integralizados (50% cada sócio) em dinheiro; Abertura de conta bancária para a J. M. Com. Fios e Cabos Elétricos Ltda, depositando R$ 300.000,00; A empresa adquiriu um veículo (para transporte de materiais) e pagou em cheque R$ 50.000,00; A empresa adquiriu um imóvel para instalar sua sede e pagou R$ 300.000,00, sendo R$ 50.000,00 em dinheiro e o restante mediante transferência eletrônica bancária. 9 Ou seja, mudou a composição dos bens, porém, o total continua o mesmo, os sócios aplicaram o dinheiro no veículo (equilíbrio). Veremos adiante a estrutura do Balanço Patrimonial, focando item por item. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL Critérios de Classificação Como já foi visto anteriormente, de acordo com a Lei 6404/76 no seu artigo 178, o B. P. é dividido em Ativo e Passivo. A classificação das contas do Ativo é realizada em ordem decrescente de grau de Liquidez, ou seja, o que já é moeda corrente ou o que pode ser convertido em moeda corrente (dinheiro) mais rápido. E a classificação das contas do Passivo é realizada em ordem decrescente de grau de Exigibilidade, isto é, de acordo com a data de vencimento da obrigação (que serão liquidadas mais rapidamente). Observa-se, portanto, a seguinte estrutura (conforme os parágrafos 1º e 2º do artigo 178 da Lei 6404/76): Ativo: - Ativo Circulante; - Ativo Realizável a Longo Prazo; - Ativo Permanente. Passivo: - Passivo Circulante; - Passivo Exigível a Longo Prazo; 1 0 - Resultado de Exercícios Futuros; - Patrimônio Líquido. No Ativo aparecerão em primeiro lugar às contas que se converterão em dinheiro mais rapidamente e, a seguir, as contas mais lentas de realização de caixa, ou seja, seguindo o artigo 178, estabelece que as contas estarão dispostas em ordem decrescente de Grau de Liquidez; Já no Passivo serão destacadas, prioritariamente, as contas de deverão ser pagas mais rapidamente e, a seguir, aquelas que serão liquidadas em longo prazo, ou seja, segundo o artigo acima citado, estabelece que as contas estarão, neste grupo, dispostas em ordem decrescente de Grau de Exigibilidade. Balanço Patrimonial Comparativo Quando existe a apresentação do balanço da empresa com informações de exercícios anteriores, numa forma comparativa com os do exercício, a fim de analisar a evolução patrimonial da mesma em determinado período. ATIVO A Lei 6.404/76 (Lei das S .A .) dispõem no seu artigo 179 que as contas de Disponibilidades são as primeiras a serem apresentadas no balanço dentro do Ativo Circulante. Ativo Circulante Classifica-se no Ativo Circulante àquelas contas que já estão disponíveis em moeda corrente (dinheiro) ou que se converterão em dinheiro no período considerado curto prazo, ou seja, até 365 dias do exercício seguinte. 1 1 Exemplo das contas mais utilizadas: Caixa: dinheiro, cheques para depósito imediato, valores em contas bancárias (sem limite de crédito, cheque especial, etc.), numerário em trânsito e depósitos vinculados. Aplicações: Aplic. Financeiras de Liquidez Imediata, Títulos do Tesouro Nacional, Certificado de Depósito Bancário. Contas a Receber: representa um dos mais importantes ativos das empresas em geral, devido se originarem das vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes. Todavia, podem também ter vencimentos a longo prazo, e serão classificadas como Realizável a Longo Prazo. Duplicatas a Receber: oriundas da venda á prazo de mercadorias já entregues ou serviços já executados, criando assim um direito a receber. Títulos a Receber: ser originam das próprias contas normais a receber de clientes, as quais, quando vencidas e não pagas, podem ser renegociadas mediante troca por Títulos a Receber (Notas Promissórias) com novos prazos de vencimentos, normalmente acrescidos de juros. Estoques: representa também um ativo de extrema importância relacionado ao capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. O estoque é o capital investido em mercadorias para venda. É essencial sua correta mensuração para que o lucro líquido do exercício seja coeso e real, evitando problemas de sub ou superdimensionamento do mesmo (acompanhamento e contagem física periódica). Ativo Realizável a Longo Prazo Seguindo a mesma natureza do Ativo Circulante, porém, àquelas que tenham sua realização certa ou provável, após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da empresa, que não constituírem negócios usuais na exploração o objeto da empresa. Ou seja, nenhum participante da companhia pode tomar empréstimos da mesma, para abrir qualquer tipo de negócio que concorra com a companhia. 1 2 Ativo Permanente Verifica-se de acordo com a Lei 6.404/76, no seu artigo 179, uma subdivisão do Ativo Permanente em: Investimentos, Imobilizado e Diferido. Investimentos: Englobam todas as participações na forma de ações ou quotas em outras empresas de caráter permanente. Exemplo de conta: Participação Permanente em Outras Sociedades. Imobilizado: Englobam os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial”. Ou seja, todos os bens de natureza duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Estes serão corrigidos e atualizados conforme sua utilização (Depreciação, Amortização e Exaustão) podendo ser Tangíveis ou Intangíveis (conforme abordado na página 11). Exemplo de contas: Terrenos, Veículos, Máquinas, Ferramentas, Instalações, Obras Civis, Móveis e Utensílios, Equipamentos, etc. Diferido: De acordo com o item V do artigo 179 da Lei das S. A . define que serão classificadas “as aplicações de recursos em despesa que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, se caracterizando por serem Intangíveis”. Exemplo de contas: Projetos Futuros, Marcas, Patentes, etc. PASSIVO As obrigações da empresa são apresentadas no passivo exigível, que se divide em Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo, conforme define o artigo 180 da Lei 6.404/76: “ As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo se vencerem em prazo maior, observando o disposto no parágrafo único do artigo 179 (Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social seguinte, a classificação do prazo terá por base esse ciclo)”. 1 3 A classificação das contas do Passivo obedecerá ao Grau de Exigibilidade. Passivo Circulante É representado pelas obrigações da empresa cuja liquidação se espera que ocorra dentro do exercício social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da empresa, se este for superior a esse prazo. Exemplos de contas que encontraremos nesse grupo: Fornecedores, Empréstimos e Financiamentos, Impostos a Pagar, Salários a Pagar, Juros e Comissões a Pagar, Debêntures, entre outras desse segmento. Passivo Exigível a Longo Prazo É representado pelas obrigações da empresa cuja liquidação seja exigida num prazo superior ao exercício social seguinte, ou que supere o ciclo operacional da empresa. Exemplos de contas desse grupo: Empréstimos e Financiamentos L. P., Renegociações de Impostos a Pagar L. P., Debêntures L. P., entre outras desse segmento. Resultado de Exercícios Futuros De acordo com o artigo da Lei 6.404/76, serão classificadas como Resultados de Exercícios Futuros as receitas antecipadas diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes. Os três grupos do Passivo, acima citados, são considerados como Capital de Terceiros, devido terem sua origem no mercado. Patrimônio Líquido Representado pelas obrigações que empresa possui em relação aos sócios e acionistas (interno), considerado também como Capital Próprio. De acordo com a Lei 6.404/76, é dividido em: 1 4 - Capital Social: que representa valores recebidos pela empresa, incorporados formalmente ao capital através de contrato social; - Reserva de Capital: que representam os valores recebidos que não transitaram pelo seu Resultado como receitas; - Reservas de Lucros: que representam lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade específica; - Lucros ou Prejuízos Acumulados: que são também resultados obtidos, mas retidos sem finalidade específica (quando lucros), ou à espera de absorção futura (quando prejuízos). Abaixo veremos um exemplo simples de Balanço Patrimonial da Empresa ABCD Ltda divulgado em 31/12/X5: Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Disponibilidades...............R$ 2.200,00 Clientes............................R$ 2.300,00 Estoque............................R$ 5.500,00 Fornecedores a Pg...........R$ 5.300,00 Impostos a Pg..................R$ 2.250,00 Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo Empréstimos (L.P.)...........R$ 3.100,00 Clientes (LP).....................R$ 2.000,00 Ctas a Receber (LP).........R$ 500,00 Financiamentos (L.P.)......R$ 2.900,00 Permanente PATRIMÔNIO LÍQUIDO Máquinas..........................R$ 2.450,00 Capital Social...................R$ 5.000,00 Terrenos...........................R$ 5.050,00 Lucros Acumulados..........R$ 1.450,00 TOTAL ATIVO...............R$ 20.000,00 TOTAL PASSIVO..........R$ 20.000,00 1 5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Resultado, Receita, Custo, Despesa e Lucro/ Prejuízo O que é Resultado em Contabilidade? Resultado: consiste na diferença do confronto entre Receitas e os Custos e Despesas correspondentes a um determinado período. A Demonstração do Resultado do Exercício é a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período. De acordo com o artigo 187 da Lei das S. A . estabelece a ordem de apresentação das receitas, custos e despesas, nessa demonstração, para fins de publicação. “§ 1º - Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos”. Essas conceituações da lei representam basicamente dois princípios de contabilidade: 1 – O Princípio da Realização: as receitas são reconhecidas no exercícios em que são realizadas, sendo que a realização ocorre quando do fornecimento de bens ou serviços em troca de dinheiro ou de outro tipo de ativo, tal como os títulos a receber. Assim sendo, esse princípio norteia a contabilização de vendas de bens e de serviços e o conseqüente registro das contas a receber. 1 6 2 – O Princípio ou Regime de Competência: as receitas, custos e despesas são contabilizadas como tais no período da ocorrência do seu fato gerador e não quando são recebidos ou pagos em dinheiro. O Balanço Patrimonial, como vimos acima, demonstra toda a composição do patrimônio da empresa, especificando os bens, direitos e obrigações. E também vimos que existe uma conta chamada Lucros Acumulados no passivo (mais detalhadamente no Patrimônio Líquido). E como chegamos a esse valor? Como podemos apurar o resultado e concluirmos se a empresa proporcionou lucro ou prejuízo no desenvolvimento de suas atividades? A resposta é simples, podemos apurar o resultado através do confronto das receitas com os custos e despesas que a empresa obteve no decurso normal de suas atividades. Toda entidade produz ou comercializa ou presta serviço no mercado e essa atividade, seja ela qual for, para que seja desenvolvida é necessário que a entidade tenha que desembolsar um valor respectivo para que isso ocorra (despesa com mão-de-obra, salários, energia elétrica, propaganda, despesa com combustível, aluguel, manutenção de maquinário, depreciação, custo do produto ou da comercialização e prestação de serviço entre outros), ou seja, DESPESA (conta devedora) é todo o desembolso monetário que se emprega de forma indireta para que a atividade da entidade tenha o seu desenvolvimento normal e CUSTO (conta devedora) é todo o valor monetário gasto diretamente para a produção do objeto ou mercadoria a ser comercializada, ou seja, são recursos econômicos consumidos pela atividade empresarial com o objetivo de gerar receitas. A RECEITA (conta credora) se caracteriza pelo recebimento em dinheiro de toda a venda ou comercialização ou prestação de serviço realizada pela entidade a terceiros, ou seja, a entidade estipula um preço para venda do seu produto, comercialização ou prestação de seu serviço e com esse valor, supõe-se, que a entidade cubra suas despesa e custos. São os recursos econômicos gerados pela atividade empresarial. 1 7 Assim caso esse valor supere as despesas e custos do decorrer do período, estará gerando um Excedente, o qual denominamos de LUCRO, caso esse valor acumulado de receita seja inferior ao valor das despesas e custos no decorrer do período, não será gerado um excedente monetário, será gerado uma falta que é denominada de PREJUÍZO. RECEITA $ - CUSTOS e DESPESAS $ = LUCRO ou PREJUÍZO Existem dois critérios para se apurar o Resultado de uma empresa, são eles: - Regime de Caixa: um critério pouco utilizado, considera-se como receita todas as entradas de caixa provenientes de vendas de produtos ou serviços e considera-se como custo ou despesas todas as saídas de caixa destinadas a pagamentos em geral. - Regime de Competência de Exercícios: citado anteriormente, é um critério amplamente utilizado pelas empresas para apuração de seus resultados e consiste em considerar como receita de um período as vendas efetivamente realizadas naquele período, independente do seu recebimento, e considera as despesas no período em que ocorre o fato gerador e não no período em que é paga. Exemplo: Paga-se o salário todo o 5ºdia útil do mês seguinte (prazo legal para se fazer o pagamento), esta folha de pagamento soma R$ 5.000,00 e será paga portanto apenas em fevereiro. Pelo regime de competência, a Contabilidade deverá considerar o valor de R$ 5.000,00 como Despesa com Pessoal no mês de Janeiro, período em que foram consumidos os recursos e que os colaboradores exerceram sua mão de obra. A Demonstração do Resultado do Exercício tem uma abordagem mais específica do que o balanço que envolve todo o patrimônio, a DRE como é mais conhecida no meio contábil, tem seu foco no confronto das receitas e despesas (custo), o qual se origina o lucro ou prejuízo da empresa. 1 8 Veremos a Demonstração de Resultado do Exercício da Empresa ABCD Ltda, apresentado em 31/12/19X5, de forma simples com valores fictícios como exemplo: Demonstração do Resultado do Exercício RECEITAS (com Vendas ou Serviços Prestados)......................R$ 20.590,00 (-) IMPOSTOS...............................................................................R$ 3.450,00 - ICMS................................R$ 1.550,00 - IPI.....................................R$ 1.400,00 - PIS/COFINS......................R$ 500,00 (-) CUSTO DA MERCADORIA / SERVIÇO VENDIDA.....................R$ 9.083,00 (=) LUCRO BRUTO OU RECEITA LÍQUIDA......................................R$ 8.057,00 (-) DESPESAS OPERACIONAIS.......................................................R$ 5.857,00 - DESP. COM VENDAS........R$ 2.350,00 - DESP. COM PESSOAL.......R$ 1.770,00 - DESP. ADMINISTRAT.........R$ 1.280,00 - DESP. MAT. LIMPEZA........R$ 457,00 (=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA.................................R$ 2.200,00 (-) IMPOSTO DE RENDA ................................................................R$ 750,00 (=) LUCRO OU PREJUÍZO................................................................R$ 1.450,00 Analisando basicamente visualizamos a trajetória no período demonstrado das receitas, despesas e custos da entidade de forma simples e objetiva para o leitor, seja ele, um empresário, banqueiro, fornecedor, sócio entre outros. Algumas causas que fazem variar o Patrimônio Líquido Existem algumas operações que atingem o Patrimônio Líquido da empresa, fazendo com que o seu saldo se modifique (variações). As principais operações são: Integralização de Capital Social por parte dos sócios e acionistas empresa (esse fato irá aumentar a conta de capital, fazendo com que exista uma variação positiva no PL); Saída de um dos sócios ou acionistas da empresa (esse fato irá diminuir a conta de capital social, gerando ma variação negativa no PL); Obtenção de Lucro no exercício (esse fato aumentará a conta Lucros Acumulados, gerando assim uma variação positiva no PL), entre outras. 1 9 A ligação entre o Balanço Patrimonial e a D. R. E. Evidencia-se no Balanço Patrimonial os bens direitos e obrigações, devidamente classificados nas contas Patrimoniais, de acordo com a Lei 6.404/76, e através das contas de Resultados (receitas x custos e despesas), podemos fazer uma ligação das informações de ambas as demonstrações, devido uma completar a outra de forma a explicitar a real situação em que se encontra o negócio como um todo, como está sendo gerido, se de maneira satisfatória ou não, uma vez que, podemos verificar as mutações a coleta, o registro, o controle e a divulgação desse Patrimônio no conjunto dessas contas. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Por volta de 4.000 a.C., a principal atividade econômica da época era o pastoreio. Sendo assim o controle da riqueza da época era a variação do rebanho. A comparação do mesmo rebanho em períodos distintos é uma análise simples, porém, útil para aquela situação. Ao falarmos sobre a Análise das Demonstrações Financeiras, estamos nos referindo à interpretação das informações contábeis elaboradas pelo setor de contabilidade, a fim de, auxiliar os Gestores na Tomada de Decisão, visando a melhoria da situação econômico-financeira da mesma, ou seja, visando à manutenção da SOLVÊNCIA da empresa ao atuar no mercado. A Análise das Demonstrações Financeiras é tão antiga quanto a Contabilidade, tendo em vista que, a ciência contábil, na sua essência, se ocupava apenas com o registro e controle do Patrimônio, porém, ao verificarmos essas informações já estamos fazendo algum tipo de análise para futura tomada de decisões. As principais análises que iremos abordar são: 2 0 - Análise Vertical e Horizontal; - Análise de Liquidez; - Análise de Endividamento; - Análise de Rentabilidade; - Análise de Atividade. Vamos tratar esse tópico de maneira especial devido ser à base do sucesso dos Gestores dentro das organizações. Análise Vertical e Horizontal Basicamente calcula-se a proporção de uma conta em relação à outra, VERTICALMENTE nas demonstrações financeiras, ou seja, a composição das contas proporcionalmente em determinado exercício social, e pode ser comparado com a porcentagem do exercício posterior ou anterior, analisando o crescimento ou redução das contas que compõem o objeto de estudo da contabilidade, O PATRIMÔNIO. É possível verificar o comportamento dos itens das demonstrações financeiras, HORIZONTALMENTE, sendo necessário no mínimo dois anos, para se realizar essa análise. Utiliza-se um ano base - 100% (denominador) e o posterior como numerador, para verificar aumento ou redução de determinada conta de um período para outro. Análise dos Indicadores Financeiros e Econômicos Iremos abordar o Patrimônio da empresa através de vários ÍNDICES. São eles o da Liquidez, Endividamento, Atividade e Rentabilidade através de fórmulas que possibilitam uma visão sistêmica (global) da empresa. ÍNDICES DE LIQUIDEZ 2 1 Tem seu foco nos recursos a receber e a pagar da empresa, ou seja, irá analisar se a mesma tem condições de saldar suas dívidas, tanto de curto como de longo prazo. Com esse índice é possível visualizar a capacidade de pagamento da entidade. Temos quatro índices de Liquidez utilizados para análise: 1) LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Este índice irá demonstrar quantos reais a empresa possui para cada R$ 1,00 que a mesma assumiu de dívida, a curto prazo. 2) LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRC. – ESTOQUE PASSIVO CIRCULANTE Este índice irá demonstrar o mesmo do anterior, porém, com mais especificidade devido não considerar o valor aplicado no Estoque. 3) LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONIBILIDADES (CX + BCOS) PASSIVO CIRCULANTE Este índice, como o próprio nome diz, considera a capacidade de pagamentos das dívidas IMEDIATAMENTE, considerando apenas os valores a disposição. 4) LIQUIDEZ GERAL PRAZO = ATIVO CIRC. + ATIVO REALIZÁVEL L. PASSIVO CIRC. + EXIGÍVEL L. PRAZO Este índice já aborda de maneira mais complexa a capacidade de pagamento da empresa, evidenciando recursos de curto e longo prazo. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO Nessa análise, lembramos que o Ativo (aplicação de recursos) é financiado por capitais de terceiros (Passivo Circulante + Passivo Exigível L.Prazo) e capitais próprios (Patrimônio Líquido), pois ambos são origens de recursos. Estes índices 2 2 evidenciarão a forma que a organização utiliza os seus recursos (mais recursos próprios ou de terceiros). Nesse quesito é aconselhável que as empresas utilizem o endividamento de curto prazo para financiar o ativo circulante, e o endividamento de longo prazo para financiar o ativo permanente. Seria favorável também um endividamento maior a longo prazo para que a empresa tenha espaço para gerar recursos que saldarão suas dívidas, ou seja, fará com que a entidade trabalhe com folga periódica (tempo) para saldar suas dívidas. Temos três índices de endividamento utilizados para análise, são eles: 1) Participação de Capitais de terceiros sobre Recursos Totais: Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo = PASSIVO TOTAL Para cada R$ 1,00 de obrigações que a empresa possue, R$ X são capitais de terceiros, ou seja, quanto representam os recursos de terceiros em relação a sua dívida total. 2) Garantia de Capital Próprio em relação ao Capital de Terceiros: Patrimônio Líquido = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo Para cada R$ 1,00 de capitais de terceiros totais que a empresa possue, tem R$ X de capital próprio (dos sócios); 3) Composição de Endividamento: Passivo Circulante = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 2 3 Para cada R$ 1,00 de capitais de terceiros totais que a empresa possue, tem R$ X de dívidas de curto prazo, ou seja, que terão de ser saldadas em espaço menor de tempo. ÍNDICE DE ATIVIDADE Neste índice evidenciaremos a atividade operacional da empresa do ponto de vista de suas Vendas, Compras e de Estoque. Através dessa importante ferramenta de análise poderemos verificar quantos dias, em média, a empresa necessita para receber suas vendas, pagar suas compras e renovar o seu estoque. Fórmula: ÍNDICE DE ATIVIDADE = P.M.R.V. + P.M.R.E = P.M.P.C X Onde: P.M.R.V. = Prazo Médio de Recebimentos de Vendas; P.M.R.E. = Prazo Médio de Renovação de Estoques; P.M.P.C.= Prazo Médio de Pagamento de Compras. Calculamos esses Prazos Médios da seguinte forma: P.M.R.V. = 360 (dias) x Duplicatas a Receber Médias Vendas P.M.R.E. = 360 (dias) x Estoques Médios = X dias Custo das Vendas/Serviços P.M.P.C. = 360 (dias) x Fornecedores Médios = X dias Compras = X dias O Índice de Atividade ideal acontece quando o valor é igual ou inferior a 1 (um), pois, dessa forma a empresa terá condições de pagar suas compras com recursos próprios do recebimento das vendas e renovação do estoque. Quando esse índice é superior a 1 (um) significa que a empresa leva mais tempo para receber recursos e renovar estoques e, consequentemente, tem que captar recursos para pagar suas compras antes desses recebimentos, ou seja, ela necessita de capital de giro (cash) para suportar o período em que ficará desprovida de recursos (exemplo no gráfico periódico). O período em aberto, é o tempo que a 2 4 empresa vai necessitar de recursos de terceiros para continuar trabalhando normalmente no mercado, sem interromper o seu ciclo operacional. ÍNDICES DE RENTABILIDADE Quando falamos de Rentabilidade, estamos nos referindo aos RESULTADOS da empresa (indicadores econômicos). Os aspectos de retorno sobre o capital investido, conhecido no mercado internacional como ROI (Return On Investiment), ou TRI (Taxa de Retorno sobre Investimentos), atribuído à empresa Du Pont (o método Du Pont), já desenvolvido e conhecido em outros países do globo, no entanto, pouco conhecido no Brasil. Analisar a capacidade da entidade de maximizar o seu patrimônio através da combinação dos itens do ativo, que serão base para geração de Receita e, por conseqüência, o LUCRO, o poder de ganho da empresa. O objetivo então é calcular a taxa de lucro, isto é, comparar o lucro em valores absolutos com outros valores que guardam alguma relação com o mesmo. 1) Taxa de Retorno de Investimento: T.R.I. = Lucro Líquido (Para cada R$ 1,00 investido na empresa, ela Ativo Médio Total ganha R$ X) Obs: Com esse índice apurado, é possível analisar o Pay Back, ou seja, tempo médio de retorno do investimento, utilizando a seguinte fórmula: Pay Back = 100% T.R.I. = X anos. 2) Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido: T.R.P.L. = Lucro Líquido (Para cada R$ 1,00 investido pelos sócios, há Patrim. Líquido Médio um ganho de R$ X) 3) Margem de Lucro sobre as Vendas: Margem Bruta = Lucro Bruto (Para cada R$ 1,00 vendido,a empresa ganha Vendas R$ X, para pagar os sócios e os gastos) Margem Operacional = Lucro Operacional (Para cada R$ 1,00 vendido a Vendas empresa ganha R$ X de L.O.) 2 5 Margem Líquida = Lucro Líquido Vendas (Para cada R$ 1,00 vendido sobram R$ X para empresa de Lucro Líquido) ÍNDICES PADRÃO Após trabalhar com todos esses índices, podemos compará-los aos ÍNDICES PADRÃO, que são os índices próprios para cada área em específico, divididos por Ramo de Atividade, e assim, verificar a situação da empresa analisada em relação as concorrentes no mercado – (é possível ter acesso aos índices padrão no site do SERASA). 2 6