APOST.DEMONSTR.FINANCEIRAS

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CURSOS DE GESTÃO
FINANCEIRA
APOSTILA DE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Apostila gentilmente cedida pelo
PROFESSOR PAULO F. MINOTTI.
Professor Ailton Galdino de Almeida
São Paulo
2011
PROGRAMA DA DISCIPLINA
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Objetivo
 Entender a função da Contabilidade e das diversas situações patrimoniais das
organizações,
desenvolvendo
conhecimentos
que
possibilitem
o
acompanhamento da evolução da Ciência Contábil e a atualização
predominante no universo científico e profissional. Apresentar os
fundamentos contábeis e desenvolver no estudante a habilidade de elaborar e
interpretar demonstrações contábeis.
Conteúdo Programático
 O Conceito de Contabilidade (breve histórico);
 A quem interessa a informação contábil;
 Principais Demonstrações Contábeis:
* O Balanço Patrimonial (Conceito);
* Estrutura do B.P. conforme Lei 6.404/76 – S. A .;
* Critérios de Classificação dos elementos patrimoniais;
* Forma de apresentação;
* Balanço Patrimonial Comparativo;
* Plano de Contas;
* Critério de Classificação:
- Ativo Circulante;
- Ativo Realizável a Longo Prazo;
- Ativo Permanente (Investimento, Imobilizado e Diferido);
- Passivo Circulante;
- Exigível a Longo Prazo;
- Resultado de Exercícios Futuros;
- Patrimônio Líquido (Capital, Reservas e Lucros Acumulados);
* A Demonstração do Resultado do Exercício (Conceito);
* Receita, Custo, Despesa e Resultado (Conceito);
* Algumas causas que fazem variar o Patrimônio Líquido;
* Ligação entre o B.P. e a D.R.E.;
 Análise das Demonstrações Financeiras:
* Um breve histórico;
* Técnicas de Análise dos Demonstrativos Financeiros:
- Análises Vertical e Horizontal;
- Índices (Liquidez, Endividamento, Atividade e Rentabilidade);
Estratégias de Ensino
 O curso contará com equilíbrio teórico-prático por meio de exposições e
discussão de casos práticos, utilizando:
* Aulas Expositivas;
* Aulas Reflexivas com análise de casos;
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* Dinâmica de Grupos;
* Seminários;
* Debates;
 Sempre será indicada a bibliografia básica e específica necessária ao
acompanhamento do curso e orientação do aluno na vida acadêmica e
profissional.
 A exposição será feita por meio de colocação dos pontos a serem discutidos
de forma esquemática, seguida de apresentação por parte do professor. Para
todas as exposições e para todos os pontos deverão ser utilizadas
apresentações de casos práticos.
Estratégias de Avaliação
 Duas provas teóricas/ práticas bimestrais e trabalhos individuais ou em grupo,
mais o projeto PIM, sempre envolvendo os assuntos voltados à gestão das
organizações, sendo que a média do semestre será constituída por 40% da
nota da P1, 40% da nota da P2 e 20% da nota do PIM.
Bibliografia
 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Curso de Contabilidade para Não Contadores: 3.ed.
São Paulo: Atlas, 1999/ 2000.
 MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial: 8.ed. São Paulo: Atlas,
1996.
 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SÃO PAULO.
Os
Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade e o
Código de Ética dos Contabilistas; Normas de Auditoria: 28.ed. São Paulo:
Millenium, 2000.
 IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; e GELBCKE, Ernesto Rubens.
Manual de Contabilidade das Sociedade por Ações: aplicável também às
demais sociedades; 2ª ed. São Paulo, Atlas, 1981 (2ªtiragem).
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Breve Histórico da Contabilidade
Temos os primeiros relatos da existência da contabilidade (primitiva) nas cavernas,
em que, os primatas controlavam de forma bem simples o seu rebanho. Mais
adiante encontramos no livro do Gênesis (Bíblia) os pastores contabilizando os seus
rebanhos e suas riquezas, a fim de, controlar seu patrimônio.
Porém, por volta de 1450 muitos clássicos da matemática foram traduzidos para o
italiano e publicados em latim. Em 1494 um monge franciscano chamado Luca
Paccioli publicou um notável livro: “Summa de Arithmetic, Geometria el
Proportionalità”. A Summa fixa os princípios básicos da álgebra e registra a
contabilidade pelo método das Partidas Dobradas. Embora não fosse inventada por
Paccioli, recebeu o mais extenso tratamento até então,
descrevendo todos os
métodos de contabilização que existiam naquela época espalhados e que se tinha
conhecimento (tanto por relatos verbais, como em pequenos livros que ensinavam
como registrar mercadorias e bens, etc.) e, devido a essa publicação, é considerado
até hoje o Pai da Contabilidade Moderna.
A principal regra contábil de seu livro e que ainda é utilizada atualmente na
Contabilidade, ou seja, perdura por mais de quinhentos anos, é o Método das
Partidas Dobradas (para cada débito registrado pela contabilidade, deverá ser
registrado um crédito de valor equivalente). Esse método evidencia as Origens de
recursos, bem como, sua Aplicação subsequente.
Do método italiano de Paccioli para o atual, ressaltamos quatro diferenças ou
evoluções naturais:
- O sistema contábil tinha o objetivo de informar apenas o proprietário;
- Os ativos e passivos do proprietário e do negócio se misturavam;
- Não existia a idéia de período contábil;
- Não existia um denominador comum monetário.
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Limitações
Uma das limitações da Contabilidade é a dificuldade em produzir demonstrações
financeiras uniformes e de fácil entendimento pela maioria dos interessados, pela
falta de um conjunto coerente de princípios e normas e de uma terminologia
definida. Esta é uma limitação que vem sendo reduzida, à medida que os órgãos
governamentais e de classe se mobilizam para melhorar as normas e procedimentos
para a produção e publicação das informações contábeis de forma global.
As decisões tomadas pelos usuários da informação contábil são influenciadas por
aspectos não quantitativos que, normalmente, escapam do alcance da contabilidade,
que só é capaz de registrar fatos avaliáveis monetariamente, no entanto é uma
limitação que não invalida o método contábil.
Evolução
O conhecimento Contábil deixou de ser exigência apenas do pessoal envolvido
diretamente com a contabilidade. Atualmente é exigido à todo o pessoal das áreas
operacionais, que passaram a ser os responsáveis pelo registro contábil de suas
próprias operações, através dos modernos sistemas contábeis que são integrados
aos sistemas operacionais e estão sob a responsabilidade dos diversos
departamentos da empresa.
Apresentação
O Contador atualmente não faz mais o serviço braçal dos registros (era da
Informática). A rapidez com que a comunicação se processa entre as pessoas,
empresas e países é instantânea, fazendo emergir o que se denomina de
“competitividade global”, por isso ensinamos Contabilidade., Participe ativamente de
todas as atividades, pois, acreditamos que as habilidades e competências adquiridas
ao final do curso serão extremamente úteis para sua vida profissional.
Usuários das Informações Contábeis
Os usuários da informação contábil estão divididos entre internos e externos.
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Os usuários internos são os sócios, acionistas, que acompanham presencialmente
ou não essas informações, a fim de, verificar o desenvolvimento do negócio
(retorno).
Os gestores da empresa, ou seja, os gerentes departamentais, os diretores e os
membros da presidência que utilizarão essas informações contábeis para verificar,
no papel, o real desempenho da empresa, podendo assim, estabelecer novas metas
e objetivos ou direcionar investimentos em áreas que não estão gerando resultado
satisfatório entre outros.
Acompanhando o desenvolvimento dos negócios da entidade, observando sua
rentabilidade, perspectivas de retorno e riscos envolvidos, ou seja, sabendo utilizar
essas informações contábeis, os interessados possuem uma poderosa ferramenta
de Gestão Econômico-financeira (fluxo contínuo).
Já os usuários externos são os bancos, os fornecedores, a fim de, verificar a
situação econômico-financeira da empresa para conceder créditos, ou seja, esses
verificarão a capacidade da empresa de saldar seus compromissos.
Os clientes (credibilidade), os investidores (risco/ retorno, a viabilidade do negocio),
o Governo (visando o aumento da arrecadação) que, conforme exista a necessidade
ou a iniciativa de Alavancagem Financeira para a empresa, somente será
concretizada com a apresentação dessas informações, instrumentalizadas nas
demonstrações financeiras.
O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais, por exemplo, da Economia
(escassez) e do Direito (legalização) que, entretanto, o estudam sob ângulos
diferentes da Contabilidade que o estuda nos seus aspectos quantitativos e
qualitativos, procurando entender no sentido mais amplo possível, as mutações
deste patrimônio em determinado período.
Apresentação do Patrimônio
No aspecto qualitativo entende-se a natureza dos elementos que compõem o
patrimônio, como por exemplo, o dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos
em moeda corrente, máquinas, automóveis, terrenos, estoques de materiais ou de
mercadorias, etc.
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No aspecto quantitativo entende-se como os valores dessa composição dos
elementos do patrimônio, isto é, o valor das máquinas, dos automóveis, dos
terrenos, dos estoques de materiais ou de mercadorias, etc.
PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
O objeto de todas as ciências sociais aplicadas é o que delimita o campo de
abrangência de uma disciplina. Na contabilidade o objeto é sempre o PATRIMÔNIO
de uma entidade, definindo um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com
terceiros, pertencentes a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre
nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza,
independentemente da sua finalidade, que pode ou não incluir o lucro.
O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais, por exemplo, da
Economia, da Administração e do Direito que, entretanto, o estudam sob ângulos
diferentes da Contabilidade que o estuda nos seus aspectos quantitativos e
qualitativos, procurando entender no sentido mais amplo possível, as mutações
deste patrimônio.
Na Contabilidade os aspectos qualitativos e quantitativos são expressos através das
demonstrações contábeis ou financeiras, que mostram de maneira coerente à
classificação das contas que envolvem o patrimônio.
Temos como as principais demonstrações contábeis o Balanço Patrimonial e a
Demonstração de Resultado do Exercício (que iremos direcionar nossa atenção).
Seguidas da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Fluxo de Caixa.
Para representar o Patrimônio a Contabilidade utiliza-se do Balanço Patrimonial, a
palavra balanço dá a idéia de equilíbrio, portanto, temos o equilíbrio do patrimônio
na seguinte figura:
BENS E
OBRIGAÇÕES
DIREITOS
Aplicações
=
Origens
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Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial (de acordo com a Lei 6404/76) tem por finalidade apresentar
a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando,
portanto, uma posição estática.
Conforme o artigo 178 (da mesma Lei) “no balanço, as contas serão classificadas
segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar
o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.
Bens, Direitos E Obrigações
Os BENS (imóveis, terrenos, automóveis, máquinas, estoque de mercadorias entre
outros) e os DIREITOS (dinheiro em caixa, dinheiro em bancos, contas a receber,
aplicações financeiras, entre outros) são encontrados do lado do esquerdo do
Balanço Patrimonial, denominado ATIVO da entidade. Eles representam as
aplicações de recursos que a mesma faz.
Os Bens podem ser: Tangíveis: tem forma física, são palpáveis, exemplos: obras de
arte, veículos, imóveis, máquinas, estoque de mercadorias, dinheiro em caixa,
móveis e utensílios, equipamentos, ferramentas, etc; Intangíveis: são incorpóreos,
isto é, não constituídos de matéria, normalmente se apresentam como marcas
(Coca-cola, Mcdonalds, Nike, etc.) e as patentes (invenções).
As OBRIGAÇÕES (fornecedores a pagar, impostos a pagar, empréstimos a pagar,
capital social, reservas, lucro acumulado entre outros) são encontradas do lado
direito do Balanço Patrimonial, denominado de PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
da entidade. Elas representam as fontes ou origem de recursos.
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis e
através da qual podemos apurar a situação patrimonial-financeira de uma empresa
em um determinado momento. Nesta demonstração estão claramente evidenciados
o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da empresa, conforme exemplo abaixo:
Exemplos de contas do ATIVO: caixa, bancos, aplicações financeiras, clientes,
mercadorias, estoques, contas a receber, veículos, máquinas, terrenos, marcas e
patentes, imóveis entre outras (tudo aquilo que satisfaz uma necessidade e que se
pode atribuir um preço).
Exemplos de contas do PASSIVO: fornecedores, impostos, salários a pagar,
empréstimos bancários, financiamentos, dívidas ativas, dividendos a pagar, capital
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social, reservas, lucro ou prejuízos acumulados entre outras (tudo aquilo que se
encontra no poder da empresa mas que pertence a terceiros e aos sócios).
BENS + DIREITOS = OBRIGAÇÕES
Na Contabilidade os aspectos quantitativos (valores dos elementos do patrimônio) e
qualitativos (composição dos elementos do patrimônio) são expressos através das
demonstrações contábeis ou financeiras, que mostram de maneira coerente à
classificação das contas que envolvem o patrimônio. Temos como as principais
demonstrações contábeis o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do
Exercício, além de outras demonstrações que evidenciam também outros aspectos
sobre as mutações ocorridas durante um determinado período, mas vamos enfocar
basicamente as duas mais importantes de forma simples (veremos como é
composta cada grupo dessa demonstração no capítulo: Principais Demonstrações
Contábeis).
Exemplo da constituição de uma empresa e registrar os fatos desde o início
(ilustração apenas do Balanço Patrimonial e as mutações na lousa):
João e Mateus fundaram uma empresa para comercializar fios e cabos elétricos, a J.
M. Comércio de Fios e Cabos Elétricos Ltda, com capital social de R$ 500.000,00
integralizados (50% cada sócio) em dinheiro;
Abertura de conta bancária para a J. M. Com. Fios e Cabos Elétricos Ltda,
depositando R$ 300.000,00;
A empresa adquiriu um veículo (para transporte de materiais) e pagou em cheque
R$ 50.000,00;
A empresa adquiriu um imóvel para instalar sua sede e pagou R$ 300.000,00, sendo
R$ 50.000,00 em dinheiro e o restante mediante transferência eletrônica bancária.
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Ou seja, mudou a composição dos bens, porém, o total continua o mesmo, os sócios
aplicaram o dinheiro no veículo (equilíbrio).
Veremos adiante a estrutura do Balanço Patrimonial, focando item por item.
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
Critérios de Classificação
Como já foi visto anteriormente, de acordo com a Lei 6404/76 no seu artigo 178, o B.
P. é dividido em Ativo e Passivo. A classificação das contas do Ativo é realizada em
ordem decrescente de grau de Liquidez, ou seja, o que já é moeda corrente ou o
que pode ser
convertido em moeda corrente (dinheiro) mais rápido. E a
classificação das contas do Passivo é realizada em ordem decrescente de grau de
Exigibilidade, isto é, de acordo com a data de vencimento da obrigação (que serão
liquidadas mais rapidamente). Observa-se, portanto, a seguinte estrutura (conforme
os parágrafos 1º e 2º do artigo 178 da Lei 6404/76):
Ativo:
- Ativo Circulante;
- Ativo Realizável a Longo Prazo;
- Ativo Permanente.
Passivo:
- Passivo Circulante;
- Passivo Exigível a Longo Prazo;
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- Resultado de Exercícios Futuros;
- Patrimônio Líquido.
No Ativo aparecerão em primeiro lugar às contas que se converterão em dinheiro
mais rapidamente e, a seguir, as contas mais lentas de realização de caixa, ou seja,
seguindo o artigo 178, estabelece que as contas estarão dispostas em ordem
decrescente de Grau de Liquidez;
Já no Passivo serão destacadas, prioritariamente, as contas de deverão ser pagas
mais rapidamente e, a seguir, aquelas que serão liquidadas em longo prazo, ou seja,
segundo o artigo acima citado, estabelece que as contas estarão, neste grupo,
dispostas em ordem decrescente de Grau de Exigibilidade.
Balanço Patrimonial Comparativo
Quando existe a apresentação do balanço da empresa com informações de
exercícios anteriores, numa forma comparativa com os do exercício, a fim de
analisar a evolução patrimonial da mesma em determinado período.
ATIVO
A Lei 6.404/76 (Lei das S .A .) dispõem no seu artigo 179 que as contas de
Disponibilidades são as primeiras a serem apresentadas no balanço dentro do Ativo
Circulante.
Ativo Circulante
Classifica-se no Ativo Circulante àquelas contas que já estão disponíveis em moeda
corrente (dinheiro) ou que se converterão em dinheiro no período considerado curto
prazo, ou seja, até 365 dias do exercício seguinte.
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Exemplo das contas mais utilizadas:
Caixa: dinheiro, cheques para depósito imediato, valores em contas bancárias (sem
limite de crédito, cheque especial, etc.), numerário em trânsito e depósitos
vinculados.
Aplicações: Aplic. Financeiras de Liquidez Imediata, Títulos do Tesouro Nacional,
Certificado de Depósito Bancário.
Contas a Receber: representa um dos mais importantes ativos das empresas em
geral, devido se originarem das vendas a prazo de mercadorias e serviços a
clientes. Todavia, podem também ter vencimentos a longo prazo, e serão
classificadas como Realizável a Longo Prazo.
Duplicatas a Receber: oriundas da venda á prazo de mercadorias já entregues ou
serviços já executados, criando assim um direito a receber.
Títulos a Receber: ser originam das próprias contas normais a receber de clientes,
as quais, quando vencidas e não pagas, podem ser renegociadas mediante troca
por Títulos a Receber (Notas Promissórias) com novos prazos de vencimentos,
normalmente acrescidos de juros.
Estoques: representa também um ativo de extrema importância relacionado ao
capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e
comerciais. O estoque é o capital investido em mercadorias para venda. É essencial
sua correta mensuração para que o lucro líquido do exercício seja coeso e real,
evitando problemas de sub ou superdimensionamento do mesmo (acompanhamento
e contagem física periódica).
Ativo Realizável a Longo Prazo
Seguindo a mesma natureza do Ativo Circulante, porém, àquelas que tenham sua
realização certa ou provável, após o término do exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da empresa,
que não constituírem negócios usuais na exploração o objeto da empresa. Ou seja,
nenhum participante da companhia pode tomar empréstimos da mesma, para abrir
qualquer tipo de negócio que concorra com a companhia.
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Ativo Permanente
Verifica-se de acordo com a Lei 6.404/76, no seu artigo 179, uma subdivisão do
Ativo Permanente em: Investimentos, Imobilizado e Diferido.
Investimentos: Englobam todas as participações na forma de ações ou quotas em
outras empresas de caráter permanente.
Exemplo de conta: Participação Permanente em Outras Sociedades.
Imobilizado: Englobam os direitos que tenham por objeto bens destinados à
manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial”. Ou seja, todos os
bens de natureza duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e
do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade.
Estes serão corrigidos e atualizados conforme sua utilização (Depreciação,
Amortização e Exaustão) podendo ser Tangíveis ou Intangíveis (conforme abordado
na página 11).
Exemplo de contas: Terrenos, Veículos, Máquinas, Ferramentas, Instalações, Obras
Civis, Móveis e Utensílios, Equipamentos, etc.
Diferido: De acordo com o item V do artigo 179 da Lei das S. A . define que serão
classificadas “as aplicações de recursos em despesa que contribuirão para a
formação do resultado de mais de um exercício social, se caracterizando por serem
Intangíveis”.
Exemplo de contas: Projetos Futuros, Marcas, Patentes, etc.
PASSIVO
As obrigações da empresa são apresentadas no passivo exigível, que se divide em
Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo, conforme define o artigo 180 da Lei
6.404/76: “ As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de
direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante quando
vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo se vencerem
em prazo maior, observando o disposto no parágrafo único do artigo 179 (Na
companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o
exercício social seguinte, a classificação do prazo terá por base esse ciclo)”.
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A classificação das contas do Passivo obedecerá ao Grau de Exigibilidade.
Passivo Circulante
É representado pelas obrigações da empresa cuja liquidação se espera que ocorra
dentro do exercício social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da
empresa, se este for superior a esse prazo. Exemplos de contas que encontraremos
nesse grupo: Fornecedores, Empréstimos e Financiamentos, Impostos a Pagar,
Salários a Pagar, Juros e Comissões a Pagar, Debêntures, entre outras desse
segmento.
Passivo Exigível a Longo Prazo
É representado pelas obrigações da empresa cuja liquidação seja exigida num prazo
superior ao exercício social seguinte, ou que supere o ciclo operacional da empresa.
Exemplos de contas desse grupo: Empréstimos e Financiamentos L. P.,
Renegociações de Impostos a Pagar L. P., Debêntures L. P., entre outras desse
segmento.
Resultado de Exercícios Futuros
De acordo com o artigo da Lei 6.404/76, serão classificadas como Resultados de
Exercícios Futuros as receitas antecipadas diminuídas dos custos e despesas a elas
correspondentes.
Os três grupos do Passivo, acima citados, são considerados como Capital de
Terceiros, devido terem sua origem no mercado.
Patrimônio Líquido
Representado pelas obrigações que empresa possui em relação aos sócios e
acionistas (interno), considerado também como Capital Próprio. De acordo com a Lei
6.404/76, é dividido em:
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- Capital Social: que representa valores recebidos pela empresa, incorporados
formalmente ao capital através de contrato social;
- Reserva de Capital: que representam os valores recebidos que não transitaram
pelo seu Resultado como receitas;
- Reservas de Lucros: que representam lucros obtidos pela empresa, retidos com
finalidade específica;
- Lucros ou Prejuízos Acumulados: que são também resultados obtidos, mas retidos
sem finalidade específica (quando lucros), ou à espera de absorção futura (quando
prejuízos).
Abaixo veremos um exemplo simples de Balanço Patrimonial da Empresa ABCD
Ltda divulgado em 31/12/X5:
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
Circulante
Circulante
Disponibilidades...............R$ 2.200,00
Clientes............................R$ 2.300,00
Estoque............................R$ 5.500,00
Fornecedores a Pg...........R$ 5.300,00
Impostos a Pg..................R$ 2.250,00
Exigível a Longo Prazo
Realizável a Longo Prazo
Empréstimos (L.P.)...........R$ 3.100,00
Clientes (LP).....................R$ 2.000,00
Ctas a Receber (LP).........R$ 500,00
Financiamentos (L.P.)......R$ 2.900,00
Permanente
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Máquinas..........................R$ 2.450,00
Capital Social...................R$ 5.000,00
Terrenos...........................R$ 5.050,00
Lucros Acumulados..........R$ 1.450,00
TOTAL ATIVO...............R$ 20.000,00
TOTAL PASSIVO..........R$ 20.000,00
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Resultado, Receita, Custo, Despesa e Lucro/ Prejuízo
O que é Resultado em Contabilidade?
Resultado: consiste na diferença do confronto entre Receitas e os Custos e
Despesas correspondentes a um determinado período.
A Demonstração do Resultado do Exercício é a apresentação, em forma resumida,
das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstradas
de forma a destacar o resultado líquido do período.
De acordo com o artigo 187 da Lei das S. A . estabelece a ordem de apresentação
das receitas, custos e despesas, nessa demonstração, para fins de publicação.
“§ 1º - Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua
realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a
essas receitas e rendimentos”.
Essas
conceituações da
lei
representam
basicamente
dois
princípios
de
contabilidade:
1 – O Princípio da Realização: as receitas são reconhecidas no exercícios em que
são realizadas, sendo que a realização ocorre quando do fornecimento de bens ou
serviços em troca de dinheiro ou de outro tipo de ativo, tal como os títulos a receber.
Assim sendo, esse princípio norteia a contabilização de vendas de bens e de
serviços e o conseqüente registro das contas a receber.
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2 – O Princípio ou Regime de Competência: as receitas, custos e despesas são
contabilizadas como tais no período da ocorrência do seu fato gerador e não quando
são recebidos ou pagos em dinheiro.
O Balanço Patrimonial, como vimos acima, demonstra toda a composição do
patrimônio da empresa, especificando os bens, direitos e obrigações. E também
vimos que existe uma conta chamada Lucros Acumulados no passivo (mais
detalhadamente no Patrimônio Líquido). E como chegamos a esse valor? Como
podemos apurar o resultado e concluirmos se a empresa proporcionou lucro ou
prejuízo no desenvolvimento de suas atividades?
A resposta é simples, podemos apurar o resultado através do confronto das receitas
com os custos e despesas que a empresa obteve no decurso normal de suas
atividades.
Toda entidade produz ou comercializa ou presta serviço no mercado e essa
atividade, seja ela qual for, para que seja desenvolvida é necessário que a entidade
tenha que desembolsar um valor respectivo para que isso ocorra (despesa com
mão-de-obra, salários, energia elétrica, propaganda, despesa com combustível,
aluguel, manutenção de maquinário, depreciação, custo do produto ou da
comercialização e prestação de serviço entre outros), ou seja, DESPESA (conta
devedora) é todo o desembolso monetário que se emprega de forma indireta para
que a atividade da entidade tenha o seu desenvolvimento normal e CUSTO (conta
devedora) é todo o valor monetário gasto diretamente para a produção do objeto ou
mercadoria a ser comercializada, ou seja, são recursos econômicos consumidos
pela atividade empresarial com o objetivo de gerar receitas.
A RECEITA (conta credora) se caracteriza pelo recebimento em dinheiro de toda a
venda ou comercialização ou prestação de serviço realizada pela entidade a
terceiros, ou seja, a entidade estipula um preço para venda do seu produto,
comercialização ou prestação de seu serviço e com esse valor, supõe-se, que a
entidade cubra suas despesa e custos. São os recursos econômicos gerados pela
atividade empresarial.
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Assim caso esse valor supere as despesas e custos do decorrer do período, estará
gerando um Excedente, o qual denominamos de LUCRO, caso esse valor
acumulado de receita seja inferior ao valor das despesas e custos no decorrer do
período, não será gerado um excedente monetário, será gerado uma falta que é
denominada de PREJUÍZO.
RECEITA $ - CUSTOS e DESPESAS $ = LUCRO ou PREJUÍZO
Existem dois critérios para se apurar o Resultado de uma empresa, são eles:
- Regime de Caixa: um critério pouco utilizado, considera-se como receita todas as
entradas de caixa provenientes de vendas de produtos ou serviços e considera-se
como custo ou despesas todas as saídas de caixa destinadas a pagamentos em
geral.
- Regime de Competência de Exercícios: citado anteriormente, é um critério
amplamente utilizado pelas empresas para apuração de seus resultados e consiste
em considerar como receita de um período as vendas efetivamente realizadas
naquele período, independente do seu recebimento, e considera as despesas no
período em que ocorre o fato gerador e não no período em que é paga. Exemplo:
Paga-se o salário todo o 5ºdia útil do mês seguinte (prazo legal para se fazer o
pagamento), esta folha de pagamento soma R$ 5.000,00 e será paga portanto
apenas em fevereiro. Pelo regime de competência, a Contabilidade deverá
considerar o valor de R$ 5.000,00 como Despesa com Pessoal no mês de Janeiro,
período em que foram consumidos os recursos e que os colaboradores exerceram
sua mão de obra.
A Demonstração do Resultado do Exercício tem uma abordagem mais específica do
que o balanço que envolve todo o patrimônio, a DRE como é mais conhecida no
meio contábil, tem seu foco no confronto das receitas e despesas (custo), o qual se
origina o lucro ou prejuízo da empresa.
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Veremos a Demonstração de Resultado do Exercício da Empresa ABCD Ltda,
apresentado em 31/12/19X5, de forma simples com valores fictícios como exemplo:
Demonstração do Resultado do Exercício
RECEITAS (com Vendas ou Serviços Prestados)......................R$ 20.590,00
(-) IMPOSTOS...............................................................................R$ 3.450,00
- ICMS................................R$ 1.550,00
- IPI.....................................R$ 1.400,00
- PIS/COFINS......................R$ 500,00
(-) CUSTO DA MERCADORIA / SERVIÇO VENDIDA.....................R$ 9.083,00
(=) LUCRO BRUTO OU RECEITA LÍQUIDA......................................R$ 8.057,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS.......................................................R$ 5.857,00
- DESP. COM VENDAS........R$ 2.350,00
- DESP. COM PESSOAL.......R$ 1.770,00
- DESP. ADMINISTRAT.........R$ 1.280,00
- DESP. MAT. LIMPEZA........R$ 457,00
(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA.................................R$ 2.200,00
(-) IMPOSTO DE RENDA ................................................................R$ 750,00
(=) LUCRO OU PREJUÍZO................................................................R$ 1.450,00
Analisando basicamente visualizamos a trajetória no período demonstrado das
receitas, despesas e custos da entidade de forma simples e objetiva para o leitor,
seja ele, um empresário, banqueiro, fornecedor, sócio entre outros.
Algumas causas que fazem variar o Patrimônio Líquido
Existem algumas operações que atingem o Patrimônio Líquido da empresa, fazendo
com que o seu saldo se modifique (variações).
As principais operações são: Integralização de Capital Social por parte dos sócios e
acionistas empresa (esse fato irá aumentar a conta de capital, fazendo com que
exista uma variação positiva no PL); Saída de um dos sócios ou acionistas da
empresa (esse fato irá diminuir a conta de capital social, gerando ma variação
negativa no PL); Obtenção de Lucro no exercício (esse fato aumentará a conta
Lucros Acumulados, gerando assim uma variação positiva no PL), entre outras.
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A ligação entre o Balanço Patrimonial e a D. R. E.
Evidencia-se no Balanço Patrimonial os bens direitos e obrigações, devidamente
classificados nas contas Patrimoniais, de acordo com a Lei 6.404/76, e através das
contas de Resultados (receitas x custos e despesas), podemos fazer uma ligação
das informações de ambas as demonstrações, devido uma completar a outra de
forma a explicitar a real situação em que se encontra o negócio como um todo,
como está sendo gerido, se de maneira satisfatória ou não, uma vez que, podemos
verificar as mutações a coleta, o registro, o controle e a divulgação desse Patrimônio
no conjunto dessas contas.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Por volta de 4.000 a.C., a principal atividade econômica da época era o pastoreio.
Sendo assim o controle da riqueza da época era a variação do rebanho. A
comparação do mesmo rebanho em períodos distintos é uma análise simples,
porém, útil para aquela situação.
Ao falarmos sobre a Análise das Demonstrações Financeiras, estamos nos referindo
à interpretação das informações contábeis elaboradas pelo setor de contabilidade, a
fim de, auxiliar os Gestores na Tomada de Decisão, visando a melhoria da situação
econômico-financeira da mesma, ou seja, visando à manutenção da SOLVÊNCIA da
empresa ao atuar no mercado.
A Análise das Demonstrações Financeiras é tão antiga quanto a Contabilidade,
tendo em vista que, a ciência contábil, na sua essência, se ocupava apenas com o
registro e controle do Patrimônio, porém, ao verificarmos essas informações já
estamos fazendo algum tipo de análise para futura tomada de decisões.
As principais análises que iremos abordar são:
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- Análise Vertical e Horizontal;
- Análise de Liquidez;
- Análise de Endividamento;
- Análise de Rentabilidade;
- Análise de Atividade.
Vamos tratar esse tópico de maneira especial devido ser à base do sucesso dos
Gestores dentro das organizações.
Análise Vertical e Horizontal
Basicamente calcula-se a proporção de uma conta em relação à outra,
VERTICALMENTE nas demonstrações financeiras, ou seja, a composição das
contas proporcionalmente em determinado exercício social, e pode ser comparado
com a porcentagem do exercício posterior ou anterior, analisando o crescimento ou
redução das contas que compõem o objeto de estudo da contabilidade, O
PATRIMÔNIO.
É possível verificar o comportamento dos itens das demonstrações financeiras,
HORIZONTALMENTE, sendo necessário no mínimo dois anos, para se realizar
essa análise. Utiliza-se um ano base - 100% (denominador) e o posterior como
numerador, para verificar aumento ou redução de determinada conta de um período
para outro.
Análise dos Indicadores Financeiros e Econômicos
Iremos abordar o Patrimônio da empresa através de vários ÍNDICES. São eles o da
Liquidez, Endividamento, Atividade e Rentabilidade através de fórmulas que
possibilitam uma visão sistêmica (global) da empresa.
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
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Tem seu foco nos recursos a receber e a pagar da empresa, ou seja, irá analisar se
a mesma tem condições de saldar suas dívidas, tanto de curto como de longo prazo.
Com esse índice é possível visualizar a capacidade de pagamento da entidade.
Temos quatro índices de Liquidez utilizados para análise:
1) LIQUIDEZ CORRENTE
=
ATIVO
CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE
Este índice irá demonstrar quantos reais a empresa possui para cada R$ 1,00 que a
mesma assumiu de dívida, a curto prazo.
2) LIQUIDEZ SECA
=
ATIVO CIRC. – ESTOQUE
PASSIVO CIRCULANTE
Este índice irá demonstrar o mesmo do anterior, porém, com mais especificidade
devido não considerar o valor aplicado no Estoque.
3) LIQUIDEZ IMEDIATA =
DISPONIBILIDADES (CX + BCOS)
PASSIVO CIRCULANTE
Este índice, como o próprio nome diz, considera a capacidade de pagamentos das
dívidas IMEDIATAMENTE, considerando apenas os valores a disposição.
4) LIQUIDEZ GERAL
PRAZO
=
ATIVO CIRC. + ATIVO REALIZÁVEL L.
PASSIVO CIRC. + EXIGÍVEL L. PRAZO
Este índice já aborda de maneira mais complexa a capacidade de pagamento da
empresa, evidenciando recursos de curto e longo prazo.
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Nessa análise, lembramos que o Ativo (aplicação de recursos) é financiado por
capitais de terceiros (Passivo Circulante + Passivo Exigível L.Prazo) e capitais
próprios (Patrimônio Líquido), pois ambos são origens de recursos. Estes índices
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evidenciarão a forma que a organização utiliza os seus recursos (mais recursos
próprios ou de terceiros).
Nesse quesito é aconselhável que as empresas utilizem o endividamento de curto
prazo para financiar o ativo circulante, e o endividamento de longo prazo para
financiar o ativo permanente.
Seria favorável também um endividamento maior a longo prazo para que a empresa
tenha espaço para gerar recursos que saldarão suas dívidas, ou seja, fará com que
a entidade trabalhe com folga periódica (tempo) para saldar suas dívidas. Temos
três índices de endividamento utilizados para análise, são eles:
1) Participação de Capitais de terceiros sobre Recursos Totais:
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo =
PASSIVO TOTAL
Para cada R$ 1,00 de obrigações que a empresa possue, R$ X são capitais de
terceiros, ou seja, quanto representam os recursos de terceiros em relação a sua
dívida total.
2) Garantia de Capital Próprio em relação ao Capital de Terceiros:
Patrimônio Líquido
=
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Para cada R$ 1,00 de capitais de terceiros totais que a empresa possue, tem R$ X
de capital próprio (dos sócios);
3) Composição de Endividamento:
Passivo Circulante
=
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
2
3
Para cada R$ 1,00 de capitais de terceiros totais que a empresa possue, tem R$ X
de dívidas de curto prazo, ou seja, que terão de ser saldadas em espaço menor de
tempo.
ÍNDICE DE ATIVIDADE
Neste índice evidenciaremos a atividade operacional da empresa do ponto de vista
de suas Vendas, Compras e de Estoque. Através dessa importante ferramenta de
análise poderemos verificar quantos dias, em média, a empresa necessita para
receber suas vendas, pagar suas compras e renovar o seu estoque.
Fórmula:
ÍNDICE DE ATIVIDADE
=
P.M.R.V. + P.M.R.E =
P.M.P.C
X
Onde:
P.M.R.V. = Prazo Médio de Recebimentos de Vendas;
P.M.R.E. = Prazo Médio de Renovação de Estoques;
P.M.P.C.= Prazo Médio de Pagamento de Compras.
Calculamos esses Prazos Médios da seguinte forma:
P.M.R.V.
=
360 (dias) x Duplicatas a Receber Médias
Vendas
P.M.R.E.
=
360 (dias) x Estoques Médios = X dias
Custo das Vendas/Serviços
P.M.P.C.
=
360 (dias) x Fornecedores Médios = X dias
Compras
= X dias
O Índice de Atividade ideal acontece quando o valor é igual ou inferior a 1 (um), pois,
dessa forma a empresa terá condições de pagar suas compras com recursos
próprios do recebimento das vendas e renovação do estoque.
Quando esse índice é superior a 1 (um) significa que a empresa leva mais tempo
para receber recursos e renovar estoques e, consequentemente, tem que captar
recursos para pagar suas compras antes desses recebimentos, ou seja, ela
necessita de capital de giro (cash) para suportar o período em que ficará desprovida
de recursos (exemplo no gráfico periódico). O período em aberto, é o tempo que a
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empresa vai necessitar de recursos de terceiros para continuar trabalhando
normalmente no mercado, sem interromper o seu ciclo operacional.
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Quando falamos de Rentabilidade, estamos nos referindo aos RESULTADOS da
empresa (indicadores econômicos). Os aspectos de retorno sobre o capital
investido, conhecido no mercado internacional como ROI (Return On Investiment),
ou TRI (Taxa de Retorno sobre Investimentos), atribuído à empresa Du Pont (o
método Du Pont), já desenvolvido e conhecido em outros países do globo, no
entanto, pouco conhecido no Brasil.
Analisar a capacidade da entidade de maximizar o seu patrimônio através da
combinação dos itens do ativo, que serão base para geração de Receita e, por
conseqüência, o LUCRO, o poder de ganho da empresa. O objetivo então é calcular
a taxa de lucro, isto é, comparar o lucro em valores absolutos com outros valores
que guardam alguma relação com o mesmo.
1) Taxa de Retorno de Investimento:
T.R.I. =
Lucro Líquido
(Para cada R$ 1,00 investido na empresa, ela
Ativo Médio Total ganha R$ X)
Obs: Com esse índice apurado, é possível analisar o Pay Back, ou seja, tempo
médio de retorno do investimento, utilizando a seguinte fórmula:
Pay Back
=
100%
T.R.I.
=
X anos.
2) Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido:
T.R.P.L. =
Lucro Líquido
(Para cada R$ 1,00 investido pelos sócios,
há
Patrim. Líquido Médio um ganho de R$ X)
3) Margem de Lucro sobre as Vendas:
Margem Bruta
=
Lucro Bruto (Para cada R$ 1,00 vendido,a empresa ganha
Vendas
R$ X, para pagar os sócios e os gastos)
Margem Operacional = Lucro Operacional (Para cada R$ 1,00 vendido a
Vendas
empresa ganha R$ X de L.O.)
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Margem Líquida = Lucro Líquido
Vendas
(Para cada R$ 1,00 vendido sobram R$ X
para empresa de Lucro Líquido)
ÍNDICES PADRÃO
Após trabalhar com todos esses índices, podemos compará-los aos ÍNDICES
PADRÃO, que são os índices próprios para cada área em específico, divididos por
Ramo de Atividade, e assim, verificar a situação da empresa analisada em relação
as concorrentes no mercado – (é possível ter acesso aos índices padrão no site do
SERASA).
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