Comportamento de indivíduos, perante situações de stress Para começar, deve-se ter uma noção do que realmente é o stress: O stress, é a reacção emocional, física e cognitiva que um indivíduo tem, numa situação que lhe exige demais dele próprio (como pode acontecer na condução das redes em situação critica de alarmes, trovoadas, temporal, problemas intrínseco ao próprio SEE). Também as mudanças bruscas no estilo de vida e a exposição a um ambiente cada vez mais complicado levam a sentir um determinado tipo de angústia. Sentimo-nos desprotegidos e envolvidos em situações traumatizantes É de notar que um mínimo de stress é necessário, pois, a total ausência tende a fazer desaparecer a motivação e a gerar um tédio insuportável. Além disso, representa também uma resposta útil do nosso organismo, como reacção de alarme ou de defesa. Mas o nível mínimo a que nos referimos é muito variável e depende da pessoa em questão. Cada pessoa reage de forma diferente a possíveis factores de stress. Se saltar de pára-quedas é um passatempo e um divertimento para uns, para outros só a ideia já é aterradora. Várias Causas para o Stress: Ameaças súbitas: incêndios, explosões, acidentes; Violência urbana diária; Desequilíbrio dos mecanismos de defesa individuais; Acidentes ou ocorrências com lesões corporais importantes; Sensação de insegurança; Perda da estabilidade económica, como ser demitido; Doenças prolongadas; Intervenções cirúrgicas; Morte de pessoas próximas; Mudanças imprevistas; Aquisição de dívidas e de compromissos difíceis de honrar; Conflitos permanentes no trabalho ou em casa. Conjunto de problemas que ocorram praticamente em simultâneo (maior relação com o stress dos operadores) Efeitos do Stress: Há cinco principais categorias de efeitos negativos: o o o o o Efeitos Subjectivos: ansiedade, agressividade, apatia, falta de paciência, depressão, fatiga, frustração, nervosismo e solidão, de entre outros. Efeitos Comportamentais: Consumo ilegal de drogas, distúrbios emocionais, excesso do tabaco e de álcool, instabilidade, etc. Efeitos Cognitivos: Falta de concentração, incapacidade para tomar de decisões, lapsos de memória, etc. Efeitos Fisiológicos: Aumento da pressão arterial, suores, falta de ar, etc. Efeitos sobre a Organização: Distracção, más relações, má produtividade, má qualidade do trabalho, insatisfação pelo emprego, etc. Apesar de ser possível um indivíduo apresentar efeitos em mais que uma das categorias acima indicadas, apenas se torna mais grave a situação quando o stress é frequente e intenso. É de referir que a adrenalina, até certo ponto, pode ser positiva, visto que pode melhorar o desempenho global do indivíduo. Comportamentos Tipo A e Tipo B: Os indivíduos com um comportamento Tipo A, caracterizam-se por ser agressivos, ambiciosos com dificuldade em relaxar, sempre apressado, sob tensão e estarem constantemente a tentar fazer mais e mais em menos tempo, passando por cima do que for preciso. Do outro lado está o comportamento Tipo B, que é mais contemplativo, mais descontraído pouco ou nada agressivo, menos ambicioso, realista nos seus objectivos e não demasiado crítico consigo e com os outros. Como se pode verificar, os Tipos A e B representam extremos opostos. Mas a maioria das pessoas identifica-se num ponto intermédio. Desde uma pessoa no seu estado normal até uma pessoa no estado de stress vão três fases: Fase de alarme (aguda) É quando surge uma nova situação ao indivíduo. O cérebro recebe e analisa os estímulos que lhe chegam dos sentidos e compara com a informação que já tem armazenada. Se chega á conclusão que o organismo não dispõe de recursos para responder a essa nova situação envia um sinal de alarme que vai libertar a hormona adrenalina e entre outras coisas aumenta o ritmo cardíaco, dilatam as pupilas, os músculos ficam tensos e a boca fica seca. Mas até aqui tudo é normal. Fase de resistência Durante a fase de resistência o organismo fica sujeito ao estímulo proveniente da nova situação e está sempre em alto nível de actividade. Dependendo da capacidade física do indivíduo, mais tarde ou mais cedo começam a surgir sintomas de cansaço. Fase de esgotamento (exaustão) Se a actividade dura muito tempo a resistência do organismo esgota-se e surge o stress (neste caso Distress) que se converte num perigo se acontece frequentemente. Conclusão No centro de comando, os operadores, que estão a conduzir a rede, numa situação normal, vão recebendo os alarmes, processando-os logo de seguida. Contudo numa situação de perturbação os alarmes poderão ter uma cadencia muito grande, e aí o operador não tem possibilidade alguma de processar toda a informação, podendo assim entrar numa situação de stress. Assim é neste contexto que se insere o nosso trabalho, minimizando assim as situações de stress dos operadores, podendo estes, estar mais aptos para tomar melhores decisões. Assim se conclui que o trabalho a realizar poderá ter um impacto positivo na condução da rede por parte do operador.