Título do Projeto: Organização da Assistência nos Serviços de Atenção às Urgências: Uma proposta de Educação Permanente. Coordenação do Pólo de Educação Permanente - Metropolitana II, Baixada Projeto: Litorânea e Parati Instituição Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa Executora: EEAAC/UFF Instituição de Apoio à Execução Fundação Euclides da Cunha Orçamentária: Diretora Profª Sidênia Alves Sidrião de Alencar Mendes Vice Diretora Profª Vera Maria Sabóia Data: setembro de 2004 Grupo de Trabalho Profª Ana Lúcia Abrahão da Silva Profª Andréia Pereira Escudeiro Profª Sidênia Alves Sidrião Mendes Colaboração Drª Berenice Gonçalves Prof Manoel Martins Prof. Marcelo Escudeiro Profª Simone Cruz Machado 1 1. Identificação e caracterização do problema Os grandes centros urbanos têm apresentado significativa proporção de óbitos por causas externas. Estas podem ser traduzidas pela violência gerada pelos baixos índices de empregabilidade, má distribuição de renda, entre inúmeros outros fatores que direta ou indiretamente contribuem para o crescimento dessas taxas, além de ser a primeira causa de anos potenciais de vida perdidos. Segundo o Ministério da Saúde, no município do Rio de Janeiro, no ano de 2000 cerca de 84,9% das pessoas que morreram na faixa etária de 15-19 anos foram vítimas de causas externas. Do mesmo modo, da totalidade das mortes ocorridas nas idades entre 10-14 anos, 65,2 % correspondem a causas externas e nas idades entre 20-49 anos, o percentual é de 39,1% desta estatística. Esta informação é alarmante, uma vez que se concentra na faixa etária de adultos jovens, ou seja, pessoas que perdem a vida antes mesmo de tê-la iniciado. Dentre as causas externas, o acidente de trânsito é responsável por grande parte destes óbitos. É possível enumerar diferentes modos de combater a violência no trânsito, que vão desde ações educativas até as punitivas, como as multas. Contudo, é fato que em paralelo as medidas de cunho preventivo e ações de intervenção direta a vítima precisam ser organizadas para reduzir o tempo de internação em hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de socorro. Portanto, a questão da violência torna-se um grave problema a ser enfrentado e combatido por todos os setores da sociedade, em particular pelo setor saúde, pois saúde, não é apenas ausência de doenças, mas a resultante de inúmeros fatores, dentre os quais destaca-se o bem estar social. Nesta perspectiva, estas informações demonstram que o Brasil em termos epidemiológicos passa por uma transição no seu perfil que se caracteriza por um crescente de mortes causadas por doenças crônico-degenerativas e causas externas. Entretanto, ainda é significativo o número de mortes causadas por doenças infecciosas e parasitárias. Este aspecto parece fundamental para destacar que somente situando em conjunturas específicas é que se pode conseguir responder mais satisfatoriamente às exigências das complexas dimensões deste processo. 2 Enfrentar o problema do atendimento de urgências nos centros urbanos requer ações imediatas em curto prazo e outras de médio e longo prazo, que significam na sua totalidade uma resposta que promova o suporte de vida para os cidadãos, aqui entendida na dimensão da prevenção e da promoção da saúde. Neste sentido, o Ministério da Saúde instituiu pela portaria n° 737 de maio de 2001 uma política com o objetivo de reduzir a morbimortalidade dos acidentes. Assim, surge a proposta do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) como uma resposta aos altos índices de morte por acidentes. Esta proposta enfatiza que: A organização de uma rede de atenção integral para atendimento às urgências, organizando o fluxo dos pacientes da atenção básica até a alta complexidade, é uma das prioridades do Ministério da Saúde. Neste contexto, o SAMU tem um forte potencial ordenador da assistência, como forma de responder a todas demandas de urgência, sejam elas no domicílio, no local de trabalho, em vias públicas ou onde o paciente vier a precisar do SUS. Todos os recursos necessários podem ser oferecidos, independentemente de sua complexidade. (www. Saúde.gov.br, em 01/09/04) Entretanto, se faz presente a adoção de estratégias de formação para os profissionais que atuam nos serviços de urgência e emergência, bem como articulação intersetorial, conforme apontam as seguintes portarias: Portaria n.º 737/GM de 16 de maio de 2001 e a Portaria nº 1863/GM de 29 de setembro de 2003. Nesse contexto, o Pólo de Educação Permanente do Estado do Rio de Janeiro – Metropolitana II - trabalhando na lógica da mudança e da transformação do processo de trabalho em saúde, especificamente na linha da atenção da urgência e emergência, apoiado na portaria n.º 737/01 do Ministério da Saúde, que instituiu o SAMU, propõe para o conjunto dos municípios da Metropolitana II, Baixa Litorânea e Parati (Silva Jardim, Rio Bonito, Itaboraí, Tanguá, São Gonçalo, Niterói, Marica, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Cabo Frio, Armação de Búzios, Araruama, Saquarema, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Arraial do Cabo e Parati), a constituição de ações cooperativas que possam contribuir na educação permanente dos profissionais que atuam direta e indiretamente na atenção a urgência e emergência. Estabelecer a pactuação e a negociação permanente entre os atores das ações e serviços do SUS, docentes e estudantes da área da saúde é uma das ações esperada pelo Pólo de Educação Permanente. Art. 7º - Os projetos apresentados pelos Pólos de Educação Permanente em Saúde para o SUS serão acreditados pelo Ministério 3 da Saúde, de acordo com as “Orientações e Diretrizes para a Operacionalização da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do SUS para a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores para o setor” (Portaria No 198/GM/MS) Nessa articulação, proporcionada pelo Pólo, pode-se incluir a busca e a mobilização de compromissos mútuos que resultem em medidas concretas na organização dos serviços de urgência e emergência dos Municípios citados, com vistas a redução das taxas de morbimortalidade por acidentes por meio da Educação Permanente para os profissionais de saúde. 2. Diagnóstico inicial dos municípios No primeiro semestre de 2004, os municípios de Tanguá, Marica, Silva Jardim, Rio Bonito, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói participaram de um primeiro momento de aproximação da proposta de educação permanente para SAMU desenvolvido pela Escola de Enfermagem da UFF em parceria com outras unidades da Universidade. Neste momento participaram: Motoristas Tanguá Marica Silva Jardim Rio Bonito Itaboraí São Gonçalo Niterói 06 07 09 11 08 49 01 Auxiliar/técnico Tangua Marica Silva Jardim Rio Bonito São Gonçalo 06 06 13 02 47 Médicos e Enfermeiros Tangua Marica Silva Jardim Rio Bonito Itaboraí São Gonçalo 01 00 01 19 20 33 4 TOTAL de 239 profissionais Este primeiro diagnóstico aponta para um quantitativo expressivo de profissionais que operam os serviços de urgência e emergência nestes municípios e que se incorporam na proposta do SAMU. Por outro lado, nos oferece um perfil da região da metropolitana II a ser considerado pela proposta de Educação Permanente, extensivo aos municípios da baixada litorânea e Parati. 3. Justificativa Seguramente, saúde, hoje, possui um caráter pluridimensional, dado a sua definição na VIII Conferência Nacional de Saúde. Do ponto de vista teórico, operar neste campo é um desafio constante, já que os objetos da saúde são trabalhados em diferentes campos conceituais. Empiricamente, a intenção é apreendê-lo. Nesse movimento, as disciplinas que conjugam a base científica deste empreendimento possuem, cada uma delas, limites epistemológicos importantes. (Nunes, 1995.) Por outro lado, a compreensão do modo como os determinantes sociais do processo saúde/doença, do modo de trabalho em saúde e da ideologia dos profissionais que atuam nesta área, oferecem situações distintas para a solução dos problemas em saúde, nestes incluídos a violência. Esta situação lembra Mario Testa, (1992) são dimensões que não devem ser pensadas como algo descolado das questões de poder e História. Espaços de autonomia dos profissionais de saúde, em que poucos elementos de intervenção tecnológica (equipamentos) estão presentes. Espaços que podem e devem ser pensados permanentemente, como transformação das práticas. Uma reflexão crítica em ação nas redes de serviços. Educação Permanente, que segundo Roschke é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e ensinar se incorporam ao quotidiano das organizações e ao trabalho. Assim, a resolução dos problemas decorrentes da precária assistência as urgências e emergências requer a conjugação de diferentes interesses e a atualização técnico-científica, como focos de transformação das práticas. Neste processo de discussão os caminhos e arranjos destinados a um conjunto de profissionais que trabalham em instituições detentoras de certo grau de autoridade e reconhecimento da população, podem resultar em um modo de 5 trabalho em saúde dependente de uma série de saberes que se pode de maneira geral, denominar de tecnologias. Segundo Emerson Merhy (1997), as tecnologias são classificadas em leve; leve-dura e dura. “... tecnologia não é confundida aqui exclusivamente com instrumento (equipamento) tecnológico, e nem é valorizada como algo necessariamente positivo, pois damos a este termo uma imagem dos saberes que permitem, em um processo de trabalho específico, operar sobre recursos na realização de finalidades perseguidas e postas para este processo produtivo”1. Nessa perspectiva o Ministério da Saúde com a portaria 2048/GM de 5 de novembro de 2002, Capítulo VII, aponta para uma prática onde, “as urgências não se constituem em especialidade médica ou de enfermagem e nos cursos de graduação a atenção dada à área ainda é bastante insuficiente. No que diz respeito à capacitação, habilitação e educação continuada dos trabalhadores do setor, observa-se ainda a fragmentação e o baixo aproveitamento do processo educativo tradicional e a insuficiência dos conteúdos curriculares dos aparelhos formadores na qualificação de profissionais para as urgências, principalmente, em seu componente pré-hospitalar móvel. Também se constata a grande proliferação de cursos de iniciativa privada de capacitação de recursos humanos para a área, com grande diversidade de programas e conteúdos e cargas horárias, sem a adequada integração à realidade e às diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS”. Logo, o modo de trabalho em saúde depende centralmente do modelo de atenção eleito. Porém, a origem do modelo assistencial foi construída sobre alicerces biológicos, fragmentados e mecanicistas. No entanto, os problemas de saúde são apresentados sob ângulos diferentes, com múltiplos enfoques; na sua grande maioria, semi-estruturados (violência urbana), abalando o modo de intervenção vigente, ou pelo menos levantando questionamentos. A interação entre diferentes áreas de conhecimento, oferece um leque amplo de soluções para problemas semi-estruturados, ao mesmo tempo em que cria espaço interdisciplinar, possibilitando a formação de profissionais comprometidos e integrados a uma prática solidária, eficaz e coletiva. 1 MERHY, Emerson Elias. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: A informação e o dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalho em saúde. In Agir em Saúde: Um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997, p.127. 6 4. Objetivos e Metas Objetivos Geral: A partir das discussões sobre a formação do profissional de saúde e a necessidade de construção de uma proposta de transformação do modo como vem sendo realizada a atenção à urgência e emergência, construir uma proposta de educação permanente para trabalhadores da saúde capaz de enfrentar o desafio que é a reorganização dos serviços a partir da lógica da integralidade. Específico: A partir de discussões relativas a questões de violência urbana traçar competências e habilidades que estruturem um curso de Educação Permanente, centrado no atendimento a urgência e emergência, mas tendo a constituição de práticas técnicas e críticas, éticas e humanísticas como elemento norteador no desenvolvimento da formação. Contribuir para a organização dos serviços de saúde, que atualmente encontra várias limitações que interferem no resultado do processo de trabalho em saúde. Se a formação é entendida como meio de mudança, ela ao mesmo tempo, é condicionante do modo como as instituições formadoras operam o processo ensino-aprendizagem –– em sua grande maioria com enfoque centrado no biológico. Meta Introduzir a lógica de educação permanente em 30% do processo de trabalho das equipes de saúde, que atendam urgência e emergência na região de abrangência do Pólo de Educação Permanente da Metropolitana II, Baixada Litorânea e Parati. 7 5. Proposta de Educação Permanente Apresentação A formação aqui proposta pressupõe qualificar a assistência e promover a capacitação continuada das equipes de saúde do Sistema Único de Saúde na Atenção às Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e humanização coadunada a uma prática pedagógica que conjugue as questões próprias da técnica e da ciência a uma formação humanística crítica e rigorosa. Este último componente é imprescindível para formação de sujeitos numa perspectiva de romper com padrões mecanicistas, possibilitando uma melhor compreensão da sociedade e de suas diversidades, contribuindo para mudança nas atitudes e na sua inserção no processo de trabalho em saúde. Segundo a Portaria nº 1863/GM em 29 de setembro de 2003, a “capacitação e educação continuada das equipes de saúde de todos os âmbitos da atenção, a partir de um enfoque estratégico promocional, abarcando toda a gestão e atenção pré-hospitalar fixa e móvel, hospitalar e pós-hospitalar, envolvendo os profissionais de nível superior e os de nível técnico, em acordo com as diretrizes do SUS e alicerçada nos pólos de educação permanente em saúde”. Vale ressaltar que o setor saúde é formado por uma extensa rede de serviços primários, secundários e terciários, caracterizando a complexidade do cuidado em saúde. Nesta perspectiva, propõe-se uma reordenação de conhecimentos que estruturem a formação de profissionais de saúde que direta ou indiretamente contribuam com a organização do sistema de urgência e emergência, integrando remoções e atendimentos hospitalares. Outro aspecto desse novo olhar refere-se à necessidade de instrumentalizar o profissional em conceitos relativos ao processo de trabalho em saúde. Busca-se detalhar as várias facetas deste processo de trabalho: a integração/interação dos profissionais de saúde e as atividades especificas de cada um; o cuidado e a atenção prestada; a relação do usuário com a instituição e com os profissionais; o percurso e os entraves encontrados pelos usuários no interior das organizações de saúde. 8 Público – Alvo/Carga Horária Profissionais do APH Móvel: Condutores de veículos Tipo B,C e D com carga horária de 200 horas. Condutores de Veículos de Urgência do Tipo A com carga horária 64 horas, Telefonistas – Auxiliares de Regulação e Rádio-Operadores com carga horária de 56 horas, Profissionais da Área da Saúde que atuam no APH móvel, a saber: Auxiliares e Técnicos de Enfermagem - CH 154 horas Enfermeiros - CH - 130 horas Médicos - CH 120 horas Outro foco está relacionado os profissionais que trabalhem na área pré hospitalar: Unidades de Atenção Primária, Unidades Básicas, Unidades do Programa de Saúde da Família, Médico de Família, etc.. quais sejam: Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem - CH 60 horas Médicos - 60 horas Unidades não hospitalares (SPAs) e Hospitalares de Urgências Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem - CH 108 horas Médicos Clínicos Gerais - CH 170 horas Médicos Pediatras - CH 132 horas. Objetivos Explorar a capacidade crítica e o diálogo, preparando o aluno/profissional para o trabalho interdisciplinar; Conduzir o aprendizado no sentido da reflexão e da criação de sujeitos coletivos, atores co-responsáveis pelas ações envolvidas no interior das unidades de saúde; Detalhar as várias faces do processo de trabalho em saúde, interagindo com o usuário dos serviços; Constituir os meios materiais (área física e equipamentos) e organizar corpo qualificado de instrutores e multiplicadores; 9 Capacitar os profissionais oriundos ou não da área de saúde que atuam nas urgências de forma a contribuir para a redução da mortalidade por complicações e / ou evitar as complicações e iatrogenias pós trauma; Proporcionar através do processo ensino–aprendizagem a reprodução de novos agentes multiplicadores, objetivando uma assistência adequada e qualificada aos profissionais oriundos ou não da área de saúde que atuam nas urgências contribuindo para a diminuição dos índices de morbi-mortalidade da população alvo. Metodologia Considerando que o Pólo de Educação Permanente Metropolitana II Baixada Litorânea/Parati abrange dois agrupamentos de municípios e um município isolado que apresentam situações diferenciadas em relação à construção e articulação da proposta do SAMU, tornou-se necessária a descrição das etapas do projeto de educação permanente com uma abordagem que compreenda os momentos diferentes das realidades regionais e suas especificidades. Dessa forma, os municípios da baixada litorânea e Parati: Módulo de sensibilização para a proposta do SAMU, com a discussão: das portarias que apóiam e estruturam a política de urgência e emergência; elaboração de diagnóstico da região; mapeamento dos principais acidentes locais; mapaeamento da morbimortalidade por acidentes locais; identificação da rede de serviços de apoio as ações de urgência e emergência. Para os demais municípios, que já ultrapassaram a fase de diagnóstico inicial, a proposta estrutura-se na lógica da educação permanente, com a discussão dos problemas enfrentados durante o processo de trabalho em urgência e emergência. 10 Estratégia pedagógica Adeptos da pedagogia da problematização, a proposta visa construir a partir de dados reais, originados da prática e do processo de trabalho dos profissionais e de informações, como por exemplo, indicadores e perfil da condição do atendimento ao usuário, respostas aos problemas evidenciados e estimular a discussão. Esta parte da metodologia corresponde a 70% das atividades programadas. Assim, optou-se por organizar grupos de cerca de 10 profissionais, com um monitor/apoiador para cada grupo. A idéia é que o monitor/apoiador faça ofertas de problemas que emergem da prática dos serviços e que ao mesmo tempo estimule a reflexão/ação/reflexão e a construção coletiva de soluções aos entraves vividos no cotidiano da atenção a urgência e emergência. Além da dinâmica participativa, cerca de 30% da carga horária será destinada a exposição dialogadas, pois reconhecemos que parte do conteúdo a ser discutido durante a proposta concentra-se em uma área técnica assistencial. Avaliação A avaliação será planejada considerando-se 3 (três) de suas dimensões fundamentais que articulam o processo como um todo incluindo a proposta de educação permanente, a saber: a) Diagnóstica inicial: permitirá detectar os atributos que os alunos já possuem, contribuindo para a estruturação do processo de ensinoaprendizagem a partir do conhecimento de base dos mesmos. A avaliação diagnóstica inicial deve tentará recolher evidências sobre as formas de aprender dos alunos, seus conhecimentos e experiências prévios, seus erros e preconcepções. Dessa forma permite o ajuste da proposta. b) Formativa: permitirá identificar o nível de evolução dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. A análise dos trabalhos será feita no sentido de discutir o processo de apreensão dos conhecimentos, desenvolvimento e aprimoramento de destrezas, construção de valores e qualidades pessoais. c) Recapitulativa: apresentar-se-á como um processo de síntese da aprendizagem, sendo o momento que se permitirá reconhecer se houve o alcance dos resultados esperados em função das situações de ensino e 11 aprendizagem planejadas. Este tipo de avaliação será proposta mediante estratégias/instrumentos das dimensões anteriores, porém, aproximando-se mais diretamente das situações de trabalho. Perfil de conclusão Ao final o aluno/profissional será capaz de integrar e interagir, como sujeito operante no espaço dos serviços de saúde, potencializando as mudanças que seguem com a descentralização e as inovações das ações de coordenação no sistema de saúde. Pela compreensão crítica dos objetivos e pelo entendimento sobre o modo de trabalho, o profissional opera neste território sem perder o princípio maior que rege suas ações - os usuários e o principio de Universalização do sistema. Organização Curricular Com a proposta de Educação Permanente, em que muitos alunos já estão inseridos na prática dos serviços de saúde, optou-se por uma organização modular, capaz de oferecer conteúdos teóricos e o exercício da prática. Dessa forma esses módulos permitem de certo modo flexibilizar a discussão de acordo com o diagnóstico da região/município, como exemplo temos por um lado a região de praias, que abrange os municípios de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, cuja a freqüência de casos de afogamento é muito maior do que nos município de Silva Jardim que demandam com maior freqüência outro tipos de acidentes, como é o caso de Parati com a proximidade da usina nuclear. A flexibilidade empregada possibilita itinerários distintos com ênfase diferenciada de acordo com o diagnóstico e perfil dos municípios. Entretanto, o módulo Organização e Política de Saúde no Brasil apresenta conteúdos fundamentais para tratar as demais questões presentes nos demais módulos, como a construção do diagnóstico local. Outra vantagem da estrutura modular e possibilitar a inserção de profissionais de distintos níveis de escolaridade e formação. 12 Características Gerais do Currículo Módulo:Organização e Política de Saúde no Brasil Destinado aos municípios da baixada litorânea e Parati. Conteúdo Política de Saúde no Brasil. Descrição Abrange as dimensões que estruturam o sistema de saúde brasileiro, ultrapassando a ênfase da ausência de doença como requisito para obter saúde Competências Organizar o trabalho de acordo com a estrutura hierárquica da organização do sistema de saúde vigente. Interpretar e aplicar a legislação referente ao sistema de saúde e seus princípios que orientam a sua organização Concepções sobre Abrange as dimensões que Organizar o trabalho de Saúde e Doença estruturam o processo saúdeacordo com a estrutura doença, ultrapassando a ênfase hierárquica da organização da ausência de doença como do sistema de saúde requisito para obter saúde. vigente. Identificar os princípios que orientam o sistema de saúde vigente. Identificar funções de responsabilidade no interior da equipe de trabalho. Produção e disseminação de informação em saúde Construção do Diagnóstico da urgência e emergência no município e na localidade Compreende as possibilidades pelas vias da comunicação, de trabalhar a informação dentro do contexto da saúde. Compreende o mapeamento dos riscos de acidentes da população. Correlacionar formas de participação do cidadão no interior das organizações de saúde Interpretar os códigos da comunicação, utilizando-os no processo de gestão. Empregar vocabulário técnico específico na comunicação com os diferentes profissionais da área e com os usuários Interpretar códigos e funções dos serviços. 13 Características específicas do currículo: Nesta sessão será apresentada a proposta de acordo com a categoria profissional. A - Profissionais Não Oriundos da Área da Saúde A-1 - Profissionais da Área de Segurança, Bombeiros e Condutores de Veículos de Urgência do Tipo B, C e D: MÓDULOS Atenção as Urgências (Bases Teóricas da Regulação Médica) Técnicas de Regulação Médica (Central de Regulação e Equipamento s) Conceitos básicos de Anatomia e Fisiologia CONTEÚDO Histórico do serviço préhospitalar móvel. Perfil profissional; Apresentação do serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel de sua cidade Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 – Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Conceitos de ética médica ligada ao APH Manejo de equipamentos da central de urgência (rádios), veículos e materiais utilizados no APH móvel, rotinas operacionais. Anatomia topográfica: regiões anatômicas e noções gerais de anatomia topográfica. Aparelhos e sistemas: anatomia e fisiologia dos aparelhos e sistemas do corpo humano: em especial esquelético, cardíaco, respiratório. COMPETÊNCIAS Trabalho em equipe Conhecer os conceitos da Portaria e as competências dos profissionais da área de segurança, incluindo as corporações militares. Manuseio do sistema de rádio e técnicas de comunicação. Conhecimento das principais divisões anatômicas, regiões anatômicas, e noções de anatomia topográfica. Conhecimento dos aspectos morfológicos e fisiológicos dos diversos aparelhos para 14 Avaliação Inicial da Cena Exame da cena e mecanismos de lesões. Conhecer normas de biossegurança, materiais e métodos decontrole de infecções. Conhecer as principais doenças transmissíveis Abordagem do paciente. Abordagem Primária e secundária da vítima; Utilização de parâmetros anatômicos de avaliação de vitalidade Manejo de Vias Aéreas/Ressuscitação Cardiopulmonar Obstrução/Desobstrução de Vias Aéreas. Sinais e Sintomas de parada cardiorrespiratória. . Técnicas de reanimação cardiopulmonar em adulto e criança. Materiais e equipamentos utilizados em reversão de parada cardiorrespiratória. Materiais e Equipamentos utilizados em oxigênioterapia. formulação de correlação anátomoclínica. Conhecer a importância do exame da cena do acidente para identificar sinais de gravidade. Saber correlacionar a cenas com os mecanismos de lesões. Utilizar técnicas e métodos de controle de infecções. Realizar a abordagem primária e secundária para reconhecer sinais e sintomas de gravidade em situações que ameaçam a vida de forma imediata e as lesões dos diversos segmentos. Saber utilizar a escala de Glasgow e de trauma assim como as suas interpretações. Reconhecer e manejar obstrução de vias aéreas; Realizar oxigênioterapia. Conhecer equipamentos utilizados em parada cardiorespiratória Estar habilitado para técnicas de RCP 15 Trauma músculoesquelético e imobilizações Trauma Músculo Esqueléticos e seus sinais e sintomas. Técnicas relativas à imobilização de extremidades lesadas. Materiais e equipamentos utilizados para a imobilização de extremidades lesadas. Tipos de ferimentos; Curativos e Bandagens; hemorragia; choque hipovolêmico; Técnicas de Suporte Básico de Vida para o tratamento do choque hipovolêmico Traumatismo s específicos Transporte de vítima Assistência ao Parto e Cuidados com o Recém Nascido Afogamento Traumatismo Cranioencefálico Traumatismo Raquimedular Trauma Torácico e Abdominal Trauma de Face Trauma na Criança e na Gestante Agravos por eletricidade Queimaduras Materiais e equipamentos utilizados para a remoção de vítimas de acidentes. Técnicas de remoção de vítimas de acidentes: rolamento, elevações, retirada de veículos, transporte com ou sem a utilização de materiais e equipamentos. Técnicas relativas à remoção de vítimas de acidentes aquáticos e em altura com especial cuidado à coluna vertebral. Trabalho de Parto - período expulsivo Cuidado com o Recém-Nascido Fisiologia abordagem. e técnicas de Reconhecer os diversos tipos de trauma músculoesquelético Executar técnicas de imobilização de extremidades lesadas com equipamentos adequados. Reconhecer os diversos tipos de ferimentos, hemorragias, choque hipovolêmico; Possuir habilidades psicomotoras relativas às aplicações de técnicas de curativos e bandagens com controle de hemorragias e suporte básico nos casos de choque hipovolêmico. Conhecer as peculiaridades e prestar o atendimento inicial nos diversos traumatismos específicos Saber utilizar materiais e equipamentos para remoção de vítimas de acidentes nas diversas situações encontradas. Possuir habilidades psicomotoras relativas ao atendimento ao parto normal e cuidados com o recém-nascido Conhecer as peculiaridades e prestar 16 Peculiaridades no atendimento o atendimento inicial. Intoxicação Exógena Reconhecimento e peculiaridades no atendimento inicial a vítimas de intoxicações exógenas. Emergências Clínicas Peculiaridades e Atendimento inicial de emergências clínicas mais freqüentes Conceito Princípios de Controle da Cena Triagem, tratamento e transporte. Conceitos / Legislação Princípios de atendimento Conhecer as peculiaridades e prestar o atendimento inicial a vítimas de intoxicação exógena. Conhecer as peculiaridades e prestar o atendimento inicial Saber manejar situações de acidentes com múltiplas vítimas. Acidentes com múltiplas Vítimas e Catástrofes Acidentes com produtos perigosos Rotinas de atendimento pronto socorro; Rotinas de atendimento maternidade. de Estágios em Ambulâncias Vivência atendimento de Avaliação teórica e pratica do curso Salvamento** Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Estágios hospitalares prática Conceitos e técnicas de: Salvamento terrestre; Salvamento em alturas; Salvamento aquático; Materiais e equipamentos de Prestar o atendimento inicial de maneira adequada garantindo a segurança da equipe e das vítimas Conhecer fluxo de atendimento dos hospitais da rede hierarquizada Presenciar atendimento das emergências. Familiarização com a rotina de serviço Participação de atendimento de vítimas em situações reais Demonstrar conhecimentos adquiridos Conhecimento e habilidade psicomotora para realização de salvamento terrestre, aquático e em alturas 17 A - 2 – Condutor de Veículos de Urgência do Tipo A MÓDULOS Atenção as Urgências (Bases Teóricas da Regulação Médica) Geografia e estrutura urbana da cidade Papel do condutor de veículos de urgência CONTEÚDO Histórico do serviço préhospitalar móvel. Perfil profissional; Apresentação do serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel de sua cidade Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 – Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Conceitos de ética médica ligada ao APH Trabalho em equipe Apresentação da geografia e estrutura urbana da cidade Manejo de equipamentos da central de regulação de urgências COMPETÊNCIAS Dominar os conceitos da Portaria, a regulação médica das urgências e os fluxos da central de regulação. Identificar as funções do condutor de veículos de urgência. Dominar o funcionamento e organização do APH móvel de sua cidade Identificar ruas/logradouros/ bairros da cidade Identificar a localização dos serviços de saúde da cidade Identificar as portas de entrada dos serviços de urgência hospitalares e não hospitalares Identificar endereços e regiões de difícil acesso Identificar a localização dos serviços de saúde da cidade Identificar serviços em locais de difícil acesso. Dominar a geografia da região para viabilizar rotas alternativas Estabelecer contato com a central de regulação de urgências. Operar o sistema de radio comunicação para contato com a central. Dominar o uso de códigos de rádio, conforme protocolos do serviço. Descrever a cena das ocorrências, identificando sinais de risco. 18 Suporte básico de vida Realização de medidas de suporte básico de vida Direção defensiva Técnicas Defensiva Acidentes com produtos perigosos Noções sobre acidentes com produtos perigosos de Direção Identificar necessidade de articular outros serviços para atendimento na cena da ocorrência e comunicar à central Auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida Auxiliar a equipe nas imobilizações e transporte de vítimas Identificar todos os tipos de materiais existentes nos veículos de socorro e sua utilidade, a fim de auxiliar a equipe de saúde Realizar medidas reanimação cardiorespiratória básica Identificar sinais de gravidade em situações de urgência traumática, clínica, obstétrica, psiquiátrica Aplicar conhecimentos para abordagem de pacientes graves em urgência clínica, traumática, psiquiátrica, pediátrica, obstétrica Aplicar técnicas de direção defensiva. Utilizar sinais sonoros e luminosos nas situações de urgência. Viabilizar a sinalização e segurança da cena. Dominar a legislação do transporte de perigosas. Aplicar técnicas de abordagem de veículos com produtos perigosos. Aplicar normas de segurança na exposição a produtos perigosos. Auxiliar na organização da cena em situações de acidentes com cargas perigosas 19 A - 3 - Telefonistas – Auxiliares de Regulação e Rádio-Operadores MÓDULOS CONTEÚDO Atenção as Urgências Apresentação do programa e atividade de integração Geografia e estrutura urbana da cidade Conhecimento da geografia e estrutura urbana da cidade Serviço de atendiment o préhospitalar móvel Apresentação do serviço de atendimento préhospitalar móvel (APH móvel) Papel da telefonista auxiliar de regulação e do rádio operador Funções da telefonista auxiliar de regulação médica e do rádio operador COMPETÊNCIAS Dominar o programa a ser desenvolvido. Participar do desenvolvimento de técnicas de grupos. Dominar a localização de ruas/logradouros da cidade. Identificar as regiões dos chamados e associar com os endereços das solicitações. Conhecer endereços dos serviços de saúde da cidade Conhecer o conteúdo da Portaria 2048 GM/MS 05/11/ 2002 e compreender seus conceitos. Compreender o papel do médico regulador de urgência e os fluxos da central de regulação. Conhecer as funções do telefonista auxiliar de regulação médica e do rádio operador. Acolher as chamadas telefônicas de acordo com a rotina preconizada pela instituição. Operar o sistema de rádio da central, estabelecendo o contato com todos os meios integrados à central. Reconhecer palavras-chaves na regulação. Responder às situações que independem da resposta médica, de acordo com os protocolos do serviço. Estabelecer o contato com as equipes das unidades móveis no despacho das missões. Monitorar o deslocamento dos veículos de urgência e estabelecer o controle operacional sobre a frota. Realizar os registros pertinentes de acordo com a rotina do serviço. Manejar os equipamentos de telefonia para comunicação com os usuários e os serviços, de acordo com a rotina da instituição. Manejar os equipamentos de radio comunicação, através do 20 uso de códigos conforme rotina preconizada pela instituição. Manejar equipamentos de informática, se houver, de acordo com a rotina do serviço. B - Profissionais Oriundos da Área da Saúde B-1-Auxiliares e Técnicos de Enfermagem MÓDULOS Sistema de saúde e rede hierarquizad a de assistência CONTEÚDO Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048, de 5 de novembro de 2002 – Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Apresentação das rotinas, fluxos e protocolos do serviço, do sistema de saúde e das estruturas de comunicação COMPETÊNCIAS Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade Portaria 2048 GM/MS 05/11/ 2002, compreender seus conceitos e dominar as competências do auxiliar de enfermagem e do técnico de enfermagem no APH móvel Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio, uso de códigos, adoção de protocolos de serviço. 21 Urgências clínicas no paciente adulto Sofrimento respiratório agudo. Reconhecer sinais de disfunção respiratória na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DBPOC, Infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento, Aferir sinais vitais: freqüência cardíaca, respiratória, tensão arterial, temperatura, saturação, controle de glicemia Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave, de acordo com as orientações do médico regulador 22 Doenças circulatórias agudas Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico, enquanto aguarda medicalização do atendimento. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. Executar procedimentos de enfermagem, dentro dos limites de sua função, de acordo com a prescrição médica à distância (quando equipe de suporte básico) ou na presença do médico intervencionista. Reconhecer sinais de doenças circulatórios aguda: infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, AVC, quadros isquêmicos e edema agudo de pulmão. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos, de acordo com as orientações do médico regulador Estar habilitado para realização de monitorização cardíaca e eletrocardiográfica Realizar manobras de reanimação cardiorespiratória básica, enquanto aguarda medicalização do atendimento Conhecer todos equipamentos necessários para manejo de pacientes em situações de urgência circulatória e saber manejá-los 23 Doenças metabólicas Intoxicações exógenas Urgências clínicas na criança Sofrimento agudo Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Atendimento inicial do traumatizado grave TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Trauma de extremidades respiratório Reconhecer sinais de agravos metabólicos agudos tais como: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outros Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle e tratamento inicial, de acordo com as orientações do médico regulador na central ou da presença do médico intervencionista na cena da ocorrência Dominar técnicas de aferição da glicemia, administração de medicamentos e infusões, dentro dos limites de sua função Reconhecer sinais de intoxicação exógena na cena da ocorrência Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos quadros de intoxicação exógena, de acordo com as orientações do médico regulador Reconhecer sinais de disfunção respiratória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites e descrevê-los ao médico regulador na central de regulação Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave, de acordo com as orientações do médico regulador Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção ventilatória, respiratória e circulatória. Descrever ao médico regulador os sinais observados 24 Choque e hemorragias Trauma de face Queimaduras Quase afogamento Trauma na gestante Lesões por eletricidade Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos Urgências psiquiátrica s Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento nos pacientes traumatizados em atendimento, através da observação na cena dos acidentes Ser capaz de avaliar o traumatizado grave e prestar o atendimento inicial nas medidas de suporte básico à vida Adotar medidas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma em face, controle de choques e hemorragias, trauma na gestante, queimaduras, quase afogamento, lesões por eletricidade, acidentes com múltiplas vítimas e acidentes com produtos perigosos. Reconhecer os riscos na cena dos acidentes e transmiti-los à central de regulação, para que sejam ativados os demais serviços necessários nas cenas das ocorrências. Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência na cena das ocorrências. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento. Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança das equipes de APH (vítimas agressivas em situações de risco para si e para os outros) Adotar medidas no manejo dos pacientes agressivos, psicóticos e suicidas. Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e todas as complicações obstétricas na cena da ocorrência Descrever ao médico regulador os sinais observados nas pacientes em atendimento 25 Cesárea pós-mortem Materiais e equipament os do serviço préhospitalar móvel Controle e conservação de materiais e equipamentos de suporte ventilatório, circulatório, aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte Estágios em Ambulância s Avaliação teórica e pratica do curso Salvamento Vivencia pratica atendimento de Provas escritas e práticas de avaliação de conhecimento Conceitos e técnicas de: Salvamento terrestre; Salvamento em alturas; Salvamento aquático; Materiais e equipamentos Estar habilitado para auxiliar no atendimento à gestante em trabalho de parto normal Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos para o APH Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos Aplicar as rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de vítimas em situações reais Demonstrar conhecimentos adquiridos Conhecimento e habilidade psicomotora para realização de salvamento terrestre, aquático e em alturas B - 2 - Enfermeiros MÓDULOS Sistema de saúde e rede hierarquizad a de assistência CONTEÚDO Serviço de atendimento préhospitalar (APH) móvel COMPETÊNCIAS Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade 26 Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048, de 5 de novembro de 2002 Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Urgências clínicas no paciente adulto Sofrimento respiratório agudo Portaria 2048 GM/MS 05/11/ 2002, compreender seus conceitos e dominar as competências do enfermeiro no APH móvel Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio, uso de códigos, adoção de protocolos de serviço Reconhecer sinais de disfunção respiratória na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DPOC, Infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave, de acordo com as orientações do médico regulador Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico, enquanto aguarda medicalização do atendimento Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico e avançado Executar procedimentos de enfermagem de acordo com a prescrição médica à distância ou na presença do médico intervencionista 27 Doenças circulatórias Doenças metabólicas Intoxicações exógenas Urgências clínicas na criança Sofrimento respiratório agudo Reconhecer sinais de doença circulatória aguda: infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, AVC, quadros isquêmicos e edema agudo de pulmão Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos, de acordo com as orientações do médico regulador Estar habilitado para realização de monitorização cardíaca e eletrocardiográfica Realizar manobras de reanimação cardiorespiratória básica, enquanto aguarda medicalização do atendimento Conhecer todos equipamentos necessários para manejo de pacientes em situações de urgência circulatória e saber manejá-los Reconhecer sinais de doença metabólica na cena da ocorrência tais como: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outros Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos metabólicos agudos Dominar técnicas no manejo do paciente com sinais de agravos de doença metabólica Reconhecer sinais de intoxicação exógena na cena da ocorrência Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos quadros de intoxicação exógena, de acordo com as orientações do médico regulador Realizar os procedimentos de enfermagem nos atendimentos dos casos de intoxicação exógena Reconhecer sinais de disfunção respiratória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: mal 28 Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Atendimento inicial do paciente politraumatizado TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Trauma de extremidades Choque e hemorragias Trauma de face Queimaduras Quase afogamento Trauma na gestante Lesões por eletricidade Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos Urgências psiquiátrica s Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites Reconhecer sinais de gravidade e descrevê-los ao médico regulador da central de regulação Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico e avançado Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção ventilatória, respiratória e circulatória Ser capaz de avaliar o traumatizado grave e prestar o atendimento inicial nas medidas de suporte básico à vida Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes traumatizados em atendimento Auxiliar o médico intervencionista nos cuidados de suporte avançado à vida Adotar medidas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, controle de choques e hemorragias, queimaduras, quase afogamento, lesões por eletricidade, acidentes com múltiplas vítimas e acidentes com produtos perigosos Estar habilitado para todas as técnicas no manejo do paciente traumatizado grave Reconhecer os riscos na cena dos acidentes e transmiti-los à central de regulação, para que sejam ativados os demais serviços necessários nas cenas dos eventos Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência na cena das ocorrências Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança das equipes de APH (vítimas agressivas em situações de risco para si e para os outros) Adotar medidas no manejo dos pacientes agressivos, psicóticos e 29 Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Cesárea pósmortem Materiais e equipament os do serviço préhospitalar móvel Controle e conservação de materiais e equipamentos de suporte ventilatório, circulatório,aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte Estágio em Ambulância Vivência pratica de atendimento Salvamento Conceitos e técnicas de: Salvamento terrestre; Salvamento em alturas; Salvamento aquático; Materiais e equipamentos suicidas. Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e todas as complicações obstétricas na cena da ocorrência Descrever ao médico regulador os sinais observados nas pacientes Estar habilitado para prestar o atendimento à gestante em trabalho de parto normal Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN Manejar equipamentos para transporte de RN de risco (incubadora de transporte) Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos para o APH Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos Realizar a gestão dos materiais e equipamentos utilizados no APH Definir rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais Capacitar a equipe de enfermagem e demais profissionais do APH para manuseio de materiais e equipamentos, rotina de desinfecção de materiais, equipamentos e de veículos Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de vítimas em situações reais Conhecimento e habilidade psicomotora para realização de salvamento terrestre, aquático e em alturas B - 3 - Médicos 30 MÓDULOS Sistema de saúde e rede hierarquizad a de assistência CONTEÚDO Apresentação da Portaria GM/MS 2048 de 5 de novembro de 2002 Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde, Perfil profissional Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares. Conhecer a estrutura e missão de cada serviço de saúde local. Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada Conhecer o serviço e/ou a proposta de funcionamento do serviço de atendimento préhospitalar móvel de sua cidade/região. Conhecer os antecedentes históricos da regulação médica das Urgências. Conhecer as bases éticas da regulação médica das urgências. Dominar a nosologia da regulação médica das urgências e estar habilitado para a correta avaliação do risco de cada solicitação. Estar apto a cumprir toda as etapas do processo de regulação seja de casos primários, seja de secundários. Serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel. Regulação Médica das Urgências Histórico Bases Teóricas e Éticas Nosologia e avaliação de risco Etapas da Regulação Protocolos Acidentes COMPETÊNCIAS Conceito Dominar os conceitos da Portaria em relação à rede de atenção integral às urgências, bem como as competências do médico regulador. Conhecer os protocolos de regulação de urgência e exercer as técnicas de regulação médica Saber manejar situações de 31 com múltiplas Vítimas e Catástrofes Urgências clínicas no paciente adulto Princípios de Controle da Cena Triagem, tratamento e transporte. Sofrimento respiratório agudo acidentes com múltiplas vítimas. Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de disfunção respiratória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DBPOC, Infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão, e outros; Decidir pela melhor terapêutica a partir da descrição dos sinais de gravidade pelas equipes Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico e avançado Dominar técnicas de suporte ventilatório: intubação traqueal, cricotireoidostomia, drenagem torácica, toracocentese Doenças circulatórias Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de disfunção circulatória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: Infarto Agudo do Miocárdio, Angina Instável, AVC, Quadros Isquêmicos, Edema Agudo de Pulmão, outros Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos Ter noções de eletrocardiografia Realizar manobras de reanimação cardiorespiratória avançada 32 Doenças metabólicas Urgências clínicas na criança Intoxicações exógenas Quadros agudos respiratórios Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de doença metabólica quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outros Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos metabólicos agudos Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de intoxicações exógenas quando na cena da ocorrência; Adotar medidas para controle e tratamento iniciais dos quadros de intoxicação exógena: manejo respiratório, uso de antídotos e medicamentos e esvaziamento gástrico Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de disfunção respiratória quando na cena da ocorrência nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites e outros; Decidir pela melhor terapêutica a partir da descrição dos sinais de gravidade pelas equipes Adotar medidas para controle da disfunção respiratória grave; Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico e avançado Dominar técnicas de 33 Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Atendimento inicial do paciente politraumatizado TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Trauma na gestante Trauma de extremidades Choque e hemorragias Trauma de face Queimaduras Quase afogamento Choque elétrico Acidentes com produtos perigosos Urgências psiquiátrica s Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas manutenção da via aérea: intubação traqueal (oro/naso), cricotireoidostomia, drenagem de tórax, toracocentese Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção respiratória, ventilatória e circulatória quando na cena dos acidentes; Orientar as equipes quanto aos cuidados a serem prestados às vítimas traumatizadas para controle da respiração/ventilação e da circulação; Ser capaz de avaliar e prestar o atendimento inicial ao paciente traumatizado grave Adotar medidas específicas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma de face e no controle de choques e hemorragias, Queimaduras, Quase afogamento, Choque elétrico, Acidentes com produtos perigosos. Estar habilitado para a realizar as técnicas de imobilização e remoção. Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência, quando na cena das ocorrências; Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança das equipes de APH; Adotar medidas no manejo dos pacientes agressivos, psicóticos e 34 Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Cesárea pós-mortem Estagio em Central de regulação Estágio em Ambulância Vivencia atendimento pratica de Vivência atendimento pratica de suicidas Reconhecer sinais de gravidade, a partir da regulação, com base na solicitação da população bem como através da descrição das vítimas atendidas pelas equipes à distância; Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e todas as complicações obstétricas, quando na cena da ocorrência; Estar habilitado para prestar o atendimento inicial à gestante em trabalho de parto normal e parto com distócia e outras complicações obstétricas e prevenir complicações Prestar o atendimento ao RN normal e prematuro Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN. Manejar equipamentos para transporte de RN de risco (incubadora de transporte) Estar habilitado para realizar cesariana pós mortem Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de regulação Familiarização com a rotina de serviço e participar de atendimento de vítimas em situações reais 35 Profissionais do Atendimento Pré-Hospitalar Fixo e Hospitalar: A - Atenção Primária à Saúde, aqui consideradas as Unidades Básicas de Saúde e o Programa de Saúde da Família: A-1- Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem: MÓDULOS CONTEÚDO COMPETÊNCIAS Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência. Serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel. Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 – Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria e as competências do auxiliar de enfermagem e do técnico de enfermagem no APH móvel Apresentação das rotinas, fluxos e protocolos do serviço, do sistema de saúde e das estruturas de comunicação. Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio, uso de códigos, adoção de protocolos de serviço. Acolhimento e triagem de risco Estar sensibilizado e habilitado para acolher os pacientes com quadros agudos que se apresentem à unidade sem consulta previamente agendada, avaliar preliminarmente o risco mediante protocolos previamente estabelecidos, e comunicar o médico assistente ou priorizar o atendimento, conforme pacto assistencial de cada unidade. Reconhecer sinais de disfunção cardio-respiratória nas patologias mais Urgências clínicas mais freqüentes no Sofrimento agudo dos sistemas cardiorespiratório, neurológico, 36 paciente adulto: metabólico e por intoxicações exógenas. prevalentes: crise asmática, DPOC, infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão, crise hipertensiva, infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, quadros isquêmicos. Reconhecer sinais das patologias neurológicas mais prevalentes: síndromes convulsivas, acidentes vasculares cerebrais, quadros infecciosos. Reconhecer sinais de agravos metabólicos agudos tais como: diabetes descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar. Reconhecer sinais de intoxicação exógena. Descrever estes sinais ao médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente. Relatar os casos agudos com sinais de gravidade ao médico assistente, para que os atendimentos possam ser priorizados. Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico, enquanto aguarda medicalização do atendimento. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. Executar procedimentos de enfermagem, dentro dos limites de sua função. Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos. Dominar técnicas de aferição da glicemia, administração de medicamentos e infusões, dentro dos limites de sua função, de acordo com a orientação do médico 37 Urgências clínicas na criança Sofrimento agudo por quadros infecciosos, febris, disfunções respiratórias, gastrintestinais, neurológicas, metabólicas, intoxicações exógenas e maus tratos. regulador ou prescrição do médico da unidade. Reconhecer sinais de disfunção respiratória de maior ou menor gravidade, de causa infecciosa ou não, nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites, broncopneumonia. Adotar medidas para controle desta disfunção, de acordo com as orientações do médico da unidade ou do médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente. Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança Urgências psiquiátricas Atendimento inicial do traumatizado grave TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Trauma de extremidades Choque e hemorragias Trauma de face Queimaduras Quase afogamento Trauma na gestante Lesões por eletricidade Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico. Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção ventilatória, respiratória e circulatória. Descrever ao médico da unidade ou ao médico regulador, quando o médico da unidade não estiver presente, os sinais observados nos pacientes traumatizados. Ser capaz de prestar o atendimento inicial, nas medidas de suporte básico à vida, adotar medidas no manejo do paciente vítima de trauma de qualquer natureza. Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Descrever ao médico regulador os sinais observados nos pacientes em atendimento, quando o médico da unidade não estiver presente. Reconhecer necessidade de acionar outros atores no 38 Urgências obstétricas Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança da equipe (pacientes agressivos em situações de risco para si e para os outros). Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e as complicações obstétricas. Descrever ao médico regulador os sinais observados nas pacientes em atendimento, quando o médico da unidade não estiver presente. Estar habilitado para auxiliar no atendimento à gestante em trabalho de parto normal. Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro. Materiais e equipamentos do atendimento às urgências. Controle e conservação de materiais, equipamentos e medicamentos de suporte ventilatório, circulatório, aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte. Manejar os equipamentos básicos necessários para suporte ventilatório ao RN. Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos. Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos, bem como a validade dos medicamentos. Aplicar as rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais. 39 A- 2 – Médicos: MÓDULOS CONTEÚDO Sistema de saúde e rede hierarquizad a de assistência Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Perfil profissional Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares Conhecer a estrutura e missão de cada serviço de saúde local Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada Serviço de atendimento préhospitalar (APH) móvel. Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade. Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Urgências clínicas no paciente adulto Sofrimento respiratório agudo. COMPETÊNCIAS Dominar os conceitos da Portaria e as competências do médico da central de regulação de urgência. Conhecer os protocolos de regulação de urgência e exercer as técnicas de regulação médica Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para controle da disfunção respiratória grave. Manejar os equipamentos de suporte ventilatório básico 40 Doenças circulatórias Doenças metabólicas Intoxicações exógenas Urgências clínicas na criança Urgências cirúrgicas traumáticas e não traumáticas no paciente adulto e na criança. Sofrimento agudo por quadros infecciosos, febris, disfunções respiratórias, gastrintestinais, neurológicas, metabólicas, intoxicações exógenas e maus tratos. Atendimento a pacientes vítimas de pequenos ferimentos/abscesso s. Acolher, reconhecer e diagnosticar as patologias mais prevalentes: Infarto Agudo do Miocárdio, Angina Instável, arritmias cardíacas, AVC e Edema Agudo de Pulmão; Adotar medidas terapêuticas para controle e tratamento inicial destes agravos. Ter noções de eletrocardiografia Realizar manobras de reanimação cardiorespiratória avançada Acolher, reconhecer e diagnosticar quadros agudos das doenças metabólicas mais prevalentes: diabete descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar e outras. Adotar medidas para controle e tratamento inicial destes agravos. Reconhecer sinais de intoxicações exógenas e adotar medidas para controle e tratamento iniciais destes quadros: manejo respiratório, uso de antídotos e medicamentos disponíveis, esvaziamento gástrico. Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de disfunção respiratória nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites e outros; Acolher, reconhecer e diagnosticar os sinais de distúrbio hidreletrolítico e metabólico. Acolher, reconhecer e diagnosticar os sinais de toxemia e buscar identificar a causa. Decidir pela melhor terapêutica e adotar medidas para controle das disfunções apontadas. Acolher, reconhecer e diagnosticar a maior ou menor gravidade das lesões. Realizar suturas simples e drenagem de pequenos abscessos. 41 Urgências psiquiátrica se neurológica s Urgências obstétricas Atendimento inicial do paciente politraumatizado TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Trauma na gestante Trauma de extremidades Choque e hemorragias Trauma de face. Queimaduras Quase afogamento Choque elétrico Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos. Choque hipovolêmico e/ou tóxico. Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas Convulsões Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Cesárea pósmortem Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de gravidade na vítima traumatizada grave: sinais de disfunção respiratória, ventilatória e circulatória. Ser capaz de prestar o atendimento inicial ao paciente traumatizado grave. Adotar medidas específicas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma de face e no controle de choques e hemorragias, Queimaduras, Quase afogamento, Choque elétrico, Acidentes com múltiplas vítimas, Acidentes com produtos perigosos. Estar habilitado para a realizar as técnicas de imobilização e remoção. Acolher e reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Reconhecer necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança da equipe. Adotar medidas terapêuticas iniciais no manejo dos pacientes convulsivos, agressivos, psicóticos e suicidas. Acolher, reconhecer e diagnosticar trabalho de parto normal, parto distócico e as principais complicações obstétricas, como DHEG e hemorragias. Estar habilitado para prestar o atendimento inicial à gestante em trabalho de parto normal e parto com distócia e outras complicações obstétricas e prevenir complicações. Prestar o atendimento ao RN normal e prematuro Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN. 42 B – Profissionais das Unidades Não Hospitalares) e Hospitalares de atendimento às urgências B-1- Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares Enfermagem: * MÓDULOS Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência. CONTEÚDO COMPETÊNCIAS Serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) móvel Conhecer o funcionamento do serviço de APH móvel de sua cidade Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de novembro de 2002 – Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Dominar os conceitos da Portaria e as competências do auxiliar de enfermagem e do técnico de enfermagem no APH móvel Apresentação das rotinas, fluxos e protocolos do serviço, do sistema de saúde e das estruturas de comunicação. Estar habilitado para fluxos e rotinas operacionais do serviço: relação com os serviços de saúde, comunicação através do sistema de rádio, uso de códigos, adoção de protocolos de serviço. Estar sensibilizado e habilitado para acolher os pacientes com quadros agudos que se apresentem à unidade sem consulta previamente agendada, avaliar preliminarmente o risco mediante protocolos previamente estabelecidos, e comunicar o médico assistente ou priorizar o atendimento, conforme pacto assistencial de cada unidade. Acolhimento e triagem de risco 43 Manejo das Urgências clínicas mais freqüentes no paciente adulto, na sala de urgências. Manejo das Sofrimento agudo dos sistemas cardiorespiratório, neurológico, metabólico e por intoxicações exógenas. Sofrimento agudo por Reconhecer sinais de disfunção cardio-respiratória nas patologias mais prevalentes: crise asmática, DPOC, infecções respiratórias, quadros de obstrução por corpo estranho, edema agudo de pulmão, crise hipertensiva, infarto agudo do miocárdio, angina instável, arritmias, quadros isquêmicos. Reconhecer sinais das patologias neurológicas mais prevalentes: síndromes convulsivas, acidentes vasculares cerebrais, quadros infecciosos. Reconhecer sinais de agravos metabólicos agudos tais como: diabetes descompensado, coma hipoglicêmico, coma hiperosmolar. Reconhecer sinais de intoxicação exógena. Ser capaz de iniciar medidas de reanimação de suporte básico quando necessário, enquanto aguarda medicalização do atendimento. Manejar todos os equipamentos de suporte ventilatório. Executar procedimentos de enfermagem, dentro dos limites de sua função. Adotar medidas para controle e tratamento inicial dos agravos circulatórios agudos. Dominar técnicas de aferição da glicemia, administração de medicamentos e infusões, dentro dos limites de sua função, de acordo com a prescrição do médico da unidade. Reconhecer sinais de 44 Urgências clínicas na criança, na sala de urgências. quadros infecciosos, febris, disfunções respiratórias, gastrintestinais, neurológicas, metabólicas, intoxicações exógenas e maus tratos. Manejo das Urgências traumáticas no paciente adulto e na criança, na sala de urgências. Atendimento inicial do traumatizado grave TRM TCE Trauma torácico Trauma abdominal Trauma de extremidades Choque e hemorragias Trauma de face Queimaduras Quase afogamento Trauma na gestante Lesões por eletricidade Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos Manejo das Urgências psiquiátricas, na sala de urgências. Psicoses Tentativa de suicídio Depressões Síndromes cerebrais orgânicas disfunção respiratória de maior ou menor gravidade, nas patologias mais prevalentes: mal asmático, obstrução por corpo estranho, faringites, epiglotites, broncopneumonia. Reconhecer sinais de desidratação, de maior ou menor gravidade, nas patologias mais freqüentes. Reconhecer sinais de alteração no nível de consciência. Acionar o médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Adotar medidas para controle das disfunções mencionadas, de acordo com as prescrições do médico assistente. Manejar todos os equipamentos de suporte ventilatório. Reconhecer sinais de gravidade na vítima traumatizada seja de disfunção ventilatória, respiratória e/ou circulatória. Acionar o médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Ser capaz de prestar o atendimento inicial, nas medidas de suporte básico à vida. Adotar medidas no manejo do paciente vítima de trauma de qualquer natureza, de acordo com as prescrições do médico assistente. Reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Reconhecer necessidade 45 Manejo de Urgências obstétricas, na sala de urgências. Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Hipertensão na gestante e suas complicações Hemorragias Abortamento Manejo dos pacientes em observação. Alterações cardiorespiratórias, metabólicas, de nível de consciência e outras. de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando implicar a segurança da equipe (pacientes agressivos em situações de risco para si e para os outros). Acionar o médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Adotar medidas no manejo do paciente vítima de urgência psiquiátrica, de acordo com as prescrições do médico assistente. Reconhecer sinais de trabalho de parto normal, parto distócico e das complicações obstétricas. Reconhecer sinais de gravidade em casos de hemorragias genitais. Reconhecer sinais de gravidade em casos de hipertensão em gestantes. Acionar o médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Estar habilitado para auxiliar no atendimento à gestante em trabalho de parto normal. Estar habilitado para prestar o atendimento ao RN normal e prematuro. Manejar os equipamentos básicos necessários para suporte ventilatório ao RN. Adotar medidas no manejo das situações mencionadas, de acordo com as prescrições do médico assistente. Acompanhar atentamente os pacientes em observação, reconhecer alterações em seu quadro cardiorespiratório, metabólico e de 46 consciência, de acordo com o registro sistemático dos sinais vitais. Comunicar estas alterações ao médico assistente com a máxima brevidade, sempre que identificar sinais de gravidade. Materiais e equipamento s do atendimento às urgências. Controle e conservação de materiais, equipamentos e medicamentos de suporte ventilatório, circulatório, aferição de sinais vitais, materiais para imobilização e transporte. Observar com presteza as prescrições do médico assistente. Dominar o funcionamento de todos materiais e equipamentos. Dominar as técnicas de desinfecção e esterilização dos materiais e equipamentos, bem como a validade dos medicamentos. Aplicar as rotinas e protocolos de serviço para o uso dos equipamentos e materiais. Ser capaz de Capacitar a equipe de enfermagem para o manuseio de materiais e equipamentos, rotina de desinfecção de materiais e equipamentos. 47 B- 2 – Médico Clínicos Gerais: MÓDULOS CONTEÚDO Urgências cardiorespiratórias. Síncope Crise Hipertensiva Dor Torácica Infarto Agudo do Miocárdio Insuficiência Cardíaca Arritmias Cardíacas Choque Cardiogênico Edema Agudo de Pulmão Embolia Pulmonar Asma Pneumonias Urgências do Sistema Nervoso Central: Cefaléia Infecções intracranianas Convulsões Acidente Vascular Cerebral Coma Morte Encefálica Alterações comportamentais e estados confusionais agudos COMPETÊNCIAS Para todos os itens, abaixo Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para tratamento e/ou controle das patologias referidas. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. 48 Urgências Gastrintestinais Urgências Genito-urinárias: Urgências Endocrinológicas : Urgências Hematológicas: Urgências Vasculares: Urgências Oftalmológicas: Dor Abdominal Aguda Diarréia Aguda Hemorragia Digestiva Alta Hemorragia Digestiva Baixa Icterícia Insuficiência Hepática Colangite Pancreatite Aguda Ingestão de Corpo Estranho Ingestão de Cáusticos Dor pélvica Cólica Renal Infecção Urinária Insuficiência Renal Aguda Diabetes descompensado Hipoglicemia Insuficiência Supra-renal Alterações Hematológicas Graves Crise Falcêmica Tromboembolismo Arterial Rotura de Aneurismas Trombose Venosa Profunda Pé Diabético Conjuntivite Aguda Corpo Estranho Glaucoma Hordéolo Descolamento de Retina Trauma 49 Urgências Otorrinolaringoló gicas: Urgências em Saúde Mental: Urgências Traumáticas: Otalgia Corpo Estranho Rolha de Cerúmen Surdez Súbita Epistaxe Sinusite Labirintite Aguda Trauma Paciente Agitado/Violento Psicoses Depressões Risco de Suicídio Abstinência Alcoólica e outras Abordagem do Paciente Terminal e de sua Família Síndromes cerebrais orgânicas Sutura de Ferimentos e drenagem de Abscessos Politraumatizado Choque e hemorragias Trauma Raquimedular Trauma Crânio Encefálico Trauma torácico Trauma abdominal Trauma de face Trauma de extremidades Acolher e reconhecer sinais de gravidade das patologias psiquiátricas em situações de urgência. Reconhecer a necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando houver risco para o paciente e/ou para a equipe. Adotar medidas terapêuticas no manejo dos pacientes agressivos, psicóticos, depressivos, suicidas e em síndrome de abstinência. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. Realizar suturas de ferimentos e drenagem de abscessos. Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de gravidade na vítima traumatizada: sinais de disfunção respiratória, ventilatória e circulatória. Ser capaz de prestar o atendimento inicial ao paciente traumatizado grave. Adotar medidas específicas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma 50 Trauma na gestante Queimaduras Quase afogamento Choque elétrico Intoxicações e envenenamentos Acidentes com múltiplas vítimas Acidentes com produtos perigosos. Urgências ginecoobstétricas: Infecções Hipertensão Arterial Hemorragias Distúrbios Tromboembólicos Trabalho de parto normal Apresentações distócicas Cesárea pósmortem Manejo de equipamentos, soluções e medicamentos Cardioversor Respirador Monitor Oxímetro Bomba de Infusão Material de Imobilização e Remoção de face e no controle de choques e hemorragias, Queimaduras, Quase afogamento, Choque elétrico, Intoxicações e Envenenamentos, Acidentes com múltiplas vítimas, Acidentes com produtos perigosos. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para tratamento e/ou controle das patologias referidas, encaminhando adequadamente os casos que extrapolem a complexidade da unidade. Estar habilitado para prestar à gestante em trabalho de parto normal em período expulsivo. Prestar o atendimento ao RN normal e prematuro. Manejar os equipamentos necessários para suporte ventilatório ao RN. Manejar todos os equipamentos da sala de urgência. Estar habilitado para a realizar as técnicas de imobilização e remoção. Conhecer as soluções e os medicamentos disponíveis na unidade e ter domínio em relação à sua utilização. 51 B - 2 – Médicos Pediatras: MÓDULOS Sistema de saúde e rede hierarquizada de assistência. Urgências respiratórias. CONTEÚDO Apresentação da Portaria GM/MS nº 2048, de 5 de novembro de 2002 – Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência Apresentação do sistema de saúde local e serviços relacionados com a saúde Asma Pneumonias Corpo Estranho Laringite Estrudulosa COMPETÊNCIAS Conhecer o Regulamento Técnico da Atenção às Urgências: diretrizes gerais e os componentes da rede assistencial. Entender o conceito de regulação médica das urgências, as funções e prerrogativas do médico regulador e saber claramente como se inserir e se relacionar com o sistema. Conhecer a organização do sistema de saúde local de acordo com a hierarquia dos serviços: rede básica, rede de urgência, considerando as portas hospitalares e não hospitalares. Conhecer a estrutura e missão de cada serviço de saúde local, dentro da rede de atenção às urgências. Conhecer horários de funcionamento dos serviços e capacidade instalada Para todos os itens, abaixo Acolher, reconhecer, diagnosticar e adotar medidas terapêuticas para tratamento e/ou controle das patologias referidas. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. 52 Urgências do Sistema Nervoso Central: Urgências Gastrintestina is: Cefaléia Meningites Encefalites Convulsões Coma Morte Encefálica Alterações comportamentais e estados confusionais agudos Dor Abdominal Aguda e recorrente Diarréia Aguda Vômitos Icterícia Ingestão de Corpo Estranho Hemorragia Digestiva Alta e Baixa Obstrução Intestinal Gastrite Úlcera Perfurada Dor pélvica Infecção Urinária Insuficiência Renal Aguda Urgências Alterações Hematológicas Hematológica Graves s, Crise Falcêmica Metabólicas e Desidratação Endócrinas: Diabetes descompensado Hipoglicemia Insuficiência Suprarenal Urgências Conjuntivite Aguda Oftalmológica Corpo Estranho s: Glaucoma Hordéolo Descolamento de Retina Trauma Urgências Genitourinári as 53 Urgências Otorrinolaring ológicas: Otalgia Corpo Estranho Rolha de Cerúmen Surdez Súbita Epistaxe Sinusite Labirintite Aguda Trauma Otorragia Urgências em Saúde Mental: Crianças Vítimizada Abordagem do Paciente Terminal e de sua Família Alterações de Nível de Consciência Urgências Traumáticas: Sutura de Ferimentos e drenagem de Abscessos Politraumatizado Choque e hemorragias Trauma Raquimedular Trauma Crânio Encefálico Trauma torácico Trauma abdominal Trauma de face Trauma de extremidades Queimaduras Quase afogamento Choque elétrico Intoxicações e envenenamentos Acolher e reconhecer sinais de gravidade em situações de urgência. Reconhecer a necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências psiquiátricas, quando houver risco para o paciente. Adotar medidas terapêuticas no manejo das patologias apontadas. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando o quadro apresentado exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. Realizar suturas de ferimentos e drenagem de abscessos. Acolher, reconhecer e diagnosticar sinais de gravidade na vítima traumatizada: sinais de disfunção respiratória, ventilatória e circulatória. Ser capaz de prestar o atendimento inicial ao paciente traumatizado grave. Adotar medidas específicas no manejo do trauma raquimedular, trauma cranioencefálico, trauma torácico, trauma abdominal, trauma de extremidades, trauma de face e no controle de choques e hemorragias, Queimaduras, Quase 54 Manejo de equipamento s, soluções e medicamento s Cardioversor Respirador Monitor Oxímetro Bomba de Infusão Material de Imobilização e Remoção afogamento, Choque elétrico, Intoxicações e Envenenamentos. Responsabilizar-se pelo encaminhamento adequado do paciente, quando a patologia apresentada exigir recursos terapêuticos e/ou diagnósticos inexistentes na unidade, mediante protocolos previamente pactuados e reconhecidos. Manejar todos os equipamentos da sala de urgência. Estar habilitado para a realizar as técnicas de imobilização e remoção. Conhecer as soluções e os medicamentos disponíveis na unidade e ter domínio em relação à sua utilização. 6 Resultados e impactos esperados Acreditamos que o projeto para além da Educação Permanente terá um grande impacto nas atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. O foco na promoção a saúde, articulado a discussão da atenção a vitima de violência urbana coloca a interdisciplinaridade, como ponto central das ações a serem desenvolvidas, com resultados positivos na formação e capacitação de sujeitos comprometidos com uma sociedade mais digna. 55 7 Orçamento CUSTO TOTAL DO PROJETO MATERIAL DE CONSUMO 2.549,10 ATUALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DA ESCOLA DE ENFERMAGEM PESSOA FÍSICA 161.230,00 14 760,00 ENCONTRO PRESENCIAL DESLOCAMENTO 507.280,00 47.125,00 DESPESAS OPERACIONAIS 108.231,62 TOTAL 841.175,72 Cronograma das Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 MESES ATIVIDADES Modulo básico Condutores de veículos Tipo B,C e D Condutores de Veículos de Urgência do Tipo A Telefonistas – Auxiliares de Regulação e Rádio-Operadores Auxiliares e Técnicos de Enfermagem Enfermeiros/médicos Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem (Atenção Básica) Médicos (Atenção Básica) Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem (SPAs) Médicos Clínicos Gerais (SPAs) Médicos Pediatras - (SPAs) 56 Cronograma de Desembolso ( incompleto - em fase de elaboração) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 MESES ATIVIDADES/VALOR DE DESEMBOLSO Encontro Presencial R$ Material De Consumo R$ Material Permanente R$ Deslocamento R$ Pessoa Física R$ 7 Equipe Profª. Andréia Pereira Escudeiro, M.Sc. Coordenador Geral Prof Wagner Martignoni de Figueiredo, Dout Vice-Coordenador Geral Nisval Magalhães Junior - Major Bombeiro Médico Coordenador Executivo Médico Profª. Cristina Lavoyer Escudeiro – D.Sc Coordenadora Executiva de Enfermagem Profª Marilda Andrade – D.Sc Coordenadora Executiva Profissionais não Oriundos da Área de Saúde Profª Enilda Moreira Carvalho Alves – M.Sc Coordenadora Administrativa Profª Bárbara Pompeu Christovam – M.Sc Assessora da Coordenação Administrativa · Professores Profª Ana Lucia Abrahão, D.Sc Profª Simone Cruz Machado, D. Sc. Prof. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D. Sc. Prof. Gilson Brito Alves Lima, D. Sc. Prof. Ricardo de Oliveira Souza, D. Sc Profª Zenith Rosa Silvino, D. Sc 57 Profª Cristina Lavoyer Escudeiro, D. Sc Profª Rosa Elena Rodrigues Leitão, D. Sc Profª Beatriz Guitton Renaud Batista de Oliveira, D.Sc Profª Fátima Helena do Espírito Santo, D. Sc Profª Marilda Andrade, D.Sc Prof Orlando Celso Longo, D.Sc Profª Isabel Cristina Fonseca Cruz, D.Sc Profª Helen Campos Ferreira Scultori da Silva, D. Sc Prof. Enéas Rangel Teixeira, D. Sc Profª Eliane Ramos Pereira, D. Sc Profª Rose Mary da Costa Rosa, D. Sc Profª Claudia Mara de Melo Tavares, D. Sc Prof Wagner Martignoni de Figueiredo – Dout. Profª Andréia Pereira Escudeiro, M.Sc Prof Antônio Macena de Figueiredo, MSc Profª Bárbara Pompeu Christovam, M.Sc Profª Liliane Belz dos Reis, M.Sc Prof James Hall, M.Sc Prof Luis dos Santos – M.Sc Profª Lygia Maria Fernandes Vieira Soares – M.SC Prof Roberto Baptista de Figueiredo – M.Sc Prof Robson Damião de Souza – M.Sc Profª Deise Ferreira de Souza Soares – M.Sc Profª Enilda Moreira Carvalho Alves – M.Sc Profª Miriam Marinho Chrizóstimo – M.Sc Profª Elizabeth Aquilino Bacchi – M.Sc Prof Herval José da Silveira – M. SC Robson Facina – Tenente Coronel Bombeiro Médico - UFF Nisval de Magalhães Junior – Major Bombeiro Médico - UFF Prof. Renato Lavoyer Escudeiro – Cap PM Médico - UFF Carlos Eduardo Camargo Cunho – Esp. - UFF Alfredo Jorge Vasconcelos Duarte – Esp. - UFF Diva Teresa Pilotto – Esp – UFF Tereza..................HUAP/UFF 58 Rinaldo Fábio Souza Tavares –Esp - UFF Wilber Moreira Fonseca – Esp – Hospital Copa D’Or Instrutores/apoiadores Profissionais graduados em medicina ou enfermagem. Monitores: Todos os nossos monitores são acadêmicos de medicina ou enfermagem com vivencia teórico prática em emergência. 9. Bibliografia (referenciada e consultada) BODSTEIN, Regina. "Assistência Médica na Agenda Pública", in Serviços Locais de Saúde: Construção de Atores e Políticas. Rio de Janeiro, Relume-Dumaré, 1993. CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. Reforma da Reforma: Repensando a Saúde São Paulo: Hucitec, 1992, 220 p. _________________. Subjetividade e administração de pessoal: considerações sobre modos de gerenciar o trabalho em equipes de saúde. In Agir em Saúde um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. ______________.O Anti-Taylor: sobre a invenção de um método para co-governar instituições de saúde produzindo liberdade e compromisso. In: Cadernos de Saúde Pública, 14:4, 1998, p863-870. DUNCAN, Schimidt e Guigliiiani. Medicina Ambulatorial: condutas clínicas em atenção primária, Porto Alegre, Artes Médicas, 1990. FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder, Rio de Janeiro, 10ª ed., Grall LTDA,1992. GIANINI, Reinaldo J., LITVOC, Julio e ELUF NETO, José. Agressão física e classe social. Rev. Saúde Pública, abr. 1999, vol.33, no.2, p.180-186. ISSN 0034-8910. JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e Patologia do Saber. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1976. JUDGE, Richard D.M.D. et alli. Clinical Diagnosis, EUA, Little, 5ª ed., 1989. MENDES, Eugênio Villaça. Uma Agenda para a Saúde, São Paulo, Hucitec, 1996. MERHY, Emerson Elias. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: A informação e o dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalho em saúde. In Agir em Saúde: Um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. _______________. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias em saúde: A informação e o dia de um serviço, interrogando e gerindo trabalho em saúde. In Agir em Saúde: Um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. NUNES, Everardo Duarte. A questão da interdisciplinaridadeno estudo da saúde coletiva in: CANESQUI, Ana Maria (org) Dilemas e Desafios das Ciência Sociais na Saúde Coletiva. Rio de Janeiro/ São Paulo: ABRASCO – HUCITEC, 1995 pág 95 – 113. MINAYO, Mª Cecília de Souza (org.).A Saúde em Estado de Choque, Rio de Janeiro, Espaço e Tempo, 3ª ed., 1992. NETO, Otávio Cruz. "Poder local participação e agir comunicativo" in Educação Razão e Paixão, Joaquim Alberto Cardoso (org.), Rio de Janeiro, Panorama ENSP, 1993. OMS, La crisis de la salud publica: reflexiones para el debate. Publicación Científica No 540, 1992. 59 POSSAS, Cristina. Epidemiologia e Sociedade Heterogeneidade Estrutural e Saúde no Brasil, São Paulo, Hucitec, 1989. TESTA, Mario, Pensar em Saúde. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992 60