ppc filosofia - COLEGIO ESTADUAL JARDIM SANTA CRUZ

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Colégio Estadual Santa Cruz – Ensino Fundamental e Médio
Cascavel-Pr
Prof.: Marcos Aurélio Krüger
Blog:
www.filosofar.hdfree.com.br
Disciplina: Filosofia
Apresentação da Proposta Pedagógica Curricular-PPC
Histórico da Disciplina
Constituída como pensamento há mais de 2.600 anos, a Filosofia
traz consigo o problema do seu ensino, desde o embate entre o
pensamento de Platão e as teses dos Sofistas. Naquele momento,
tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da
retórica no ensino. Platão admitia que, sem uma noção básica das
técnicas de persuasão, a prática do ensino de Filosofia teria efeito nulo
sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de
Filosofia se limitasse à transmissão de “técnicas” de sedução do ouvinte,
por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia favoreceria
posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o
ensino de Filosofia, assunto muito debatido na história da disciplina, é
garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A
idéia de que em conteúdos como, por exemplo, moral e política
praticamente não existem verdades absolutas é tese defendida com
freqüência por filósofos. Ocorre que essa discussão, ao ser levada para
o ensino, torna inevitável o estranhamento que a ausência de
conclusões definitivas provoca nos estudantes e até mesmo em pessoas
conhecidas como pessoas formadoras de opiniões. Essa é uma
característica da Filosofia que, como lição preliminar a qualquer
conteúdo filosófico, deve ser muito bem compreendida.
Caracterização da Disciplina
Feliz aquele transfere o que sabe e aprende o que ensina.(Cora Coralina)
O pensamento é a grandeza do homem. (Pascal)
Os investimentos em conhecimento geram os melhores dividendos. (Benjamin Franklin)
Deixe que cada um exercite a arte que conhece. (Aristóteles)
Deus nos dá as nozes. Mas não as quebra. (Provérbio Alemão)
"A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo."(Merleau Ponty).
"Mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende."(Guimarães Rosa)
“A afetividade é a energia da ação.” (J. Piaget.)
“O saber que não vem da experiência não é realmente saber.” (Lev Vigotsky)
“O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa por outra pessoa.”(Lev Vigotsky)
“As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos, são sem dúvida
as oficinas da humanidade.” (Comenius)
"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisará passar, para atravessar o rio da
vida - ninguém, exceto você, só você." (F.Nietzsche)
A disciplina de Filosofia tem um árduo desafio e tarefa a cumprir
no cenário educacional brasileiro. Árduo, no sentido de, humildemente ir
ocupando o seu devido espaço na educação, pois, a sua carga horária
ainda é muito tímida em relação à necessidade presente de se resgatar
a “Reflexão Filosófica” acerca de tudo que nos rodeia, ou seja, diante
da avalanche de informações, ideologias, transformações sociais,
econômicas, políticas e científicas a reflexão filosófica naturalmente se
faz necessária.
Nada escapa à investigação filosófica. A amplitude de seu objeto
de estudo é tão vasta, que foge à compreensão de muitas pessoas, que
chegam a pensar ser a Filosofia uma atividade inútil. Entretanto, o seu
significado também é muito distorcido no conhecimento popular, que
muitas vezes a reduz a qualquer conjunto simplório de idéias
específicas, as "filosofias de vida", ou basicamente a um exercício
poético. A Filosofia deve estar vinculada à tradição filosófica, de modo
a confrontar diferentes pontos de vista e concepções, para que o
estudante perceba a diversidade de problemas e abordagens. Num
ambiente de investigação, análise e descobertas, pode-se garantir aos
educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora, sua
próprias questões e tentativas de respostas. Todavia, como sendo
praticamente o ponto de partida de todo o conhecimento humano
organizado, a Filosofia estudou tudo o que pôde, estimulando e
produzindo os mais vastos campos do saber, mas diferente da Ciência,
a Filosofia não é empírica, ou seja, não faz experiências. Mesmo porque
geralmente seus objetos de estudo não são acessíveis ao Empirismo.
Portanto, desta forma, temos a “RAZÃO e a INTUIÇÃO”, que são as
principais ferramentas da Filosofia, que tem como fundamento a
contemplação, o deslumbramento pela realidade, a vontade de
conhecer, e como método primordial a rigorosidade do raciocínio, para
atingir a estruturação do pensamento e a organização do saber.
Correndo o risco constantemente de cair no descaso e na banalidade
motivados pelo utilitarismo técnico imediatista, é comum ouvirmos o
seguinte questionamento...: para que Filosofia?, nesse contexto, cito
oportunamente Marilena Chauí:
“Não vemos nem ouvimos ninguém perguntar, por exemplo,
para que matemática ou física, para que a geografia ou
geologia, para que história ou sociologia, para que biologia
ou psicologia, para que astronomia ou química, para que
pintura, literatura, música ou dança. Mas todo mundo acha
muito natural perguntar: Para que Filosofia?
Em geral, essa pergunta costuma receber uma
resposta irônica, conhecida dos estudantes de filosofia: A
filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo
permanece tal e qual. Ou seja, a filosofia não serve pra
nada. Por isso, se costuma chamar de filósofo alguém
sempre distraído, com a cabeça no mundo da Lua, pensando
e dizendo coisas que ninguém entende, e que são
perfeitamente inúteis, portanto, o senso comum de nossa
sociedade considera útil o que dá prestígio, poder, fama e
riqueza. Julga o útil pelos resultados visíveis das coisas e
das ações, identificando utilidade e a famosa expressão
“levar vantagem em tudo”. Desse ponto de vista, a
filosofia é inteiramente inútil e defende o direito de ser
inútil.
Não poderíamos, porém, definir o útil de outra
maneira?
Platão definia a filosofia como um saber verdadeiro
que deve ser usado em benefício dos seres humanos.
Descartes dizia que a filosofia é o estudo da
sabedoria, conhecimento perfeito de todas as coisas que os
humanos podem alcançar para o uso da vida, a conservação
da saúde e a invenção das técnicas e das artes.
Kant afirmou que a filosofia é o conhecimento que a
razão adquire de si mesma para saber o que pode conhecer
e o que pode fazer, tendo como finalidade a felicidade
humana.
Marx declarou que a filosofia havia passado muito
tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava,
agora, de conhecê-lo para transformá-lo, transformação que
traria justiça, abundância e felicidade para todos.
Merleau Ponty escreveu que a filosofia é um
despertar para ver e mudar o mundo.
Espinosa afirmou que a filosofia é um caminho árduo
e difícil, mas que pode ser percorrido por todos, se
desejarem a liberdade e a felicidade.
Qual seria então a utilidade da filosofia?
Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do
senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão
às ideais dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se
buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da
história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas
nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada
um de nós e à nossa sociedade os meios para serem
conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a
liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos
dizer que a filosofia é a mais útil de todos os saberes de que
os seres humanos são capazes. (Fim da citação).
Portanto, a filosofia enquanto disciplina
caracterizasse como
prática livre e ativa, que age, formando espíritos livres e reflexivos
capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo,
exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para
assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações
contemporâneas(...) é considerada como atividade filosófica – que não
deixa de discutir livremente nenhuma idéia, que se esforça em precisar
as definições exatas das noções utilizadas, em verificar a validade dos
raciocínios, em examinar com atenção os argumentos do outros –
permite a cada um aprender e pensar por si mesmo(...) (Unesco,
1995).
Objetivo Geral
Propiciar aos alunos uma educação para convivência democrática,
com atitudes sociais, que respeitem o outro e que estejam preparadas
para considerarem seus pontos de vista e sentimentos a ponto de
alterarem suas próprias opiniões a respeito de assuntos de significância
e de permitirem conscientemente que suas próprias perspectivas sejam
alteradas por terceiros. Neste sentido, o papel dessa disciplina é o de
preencher a lacuna entre o “pensar e o agir”, formando cidadãos que
saibam ouvir, dialogar ativamente e, acima de tudo, que tomem
decisões e realizem julgamentos, os quais estejam preparados para
colocarem em prática, onde o sujeito envolvido torna-se, ao mesmo
tempo objeto e sujeito do conhecimento.
O ensino da filosofia no ensino
médio tem o papel , de
desenvolver no aluno a “atitude filosófica”, ou seja, uma atitude
investigativa, interrogativa, que pergunte o que, como e por que a
coisa, a idéia ou o valor é. Contudo, se esta coisa, idéia ou valor existe
e como é que é, então, é preciso questionar o que é pensar, como é
pensar e porque há o pensar – interrogando sempre a si mesmo, o
mundo e as suas possíveis verdades.
Portanto, a disciplina de Filosofia busca fornecer ao educando o
instrumental básico à elaboração de uma reflexão sobre o mundo, e
sobre si mesmo no mundo, de forma a possibilitar-lhe a conquista de
uma autonomia crescente no seu pensar e agir enquanto cidadão que
possui direitos e deveres.
Toda essa prática sempre acompanhada oportunamente de
literatura pertinente, e de relações interdisciplinares, ou seja, manter
relações com as outras disciplinas e seus respectivos conceitos
devidamente contextualizados no contexto sócio-históricos. “Levando
em consideração que o conhecimento prévio do aluno seja o
ponto de partida para novas indagações e problematizações
filosóficas”. (DCE-pag.28) Visando o acréscimo construtivo do “novo
conceito” por parte daquele que aprende.
Objetivos Específicos
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aprender e fixar a leitura interpretativa de textos teóricos em seus
respectivos tempo histórico, bem como, respeito aos autores
clássicos;
aprender novos conceitos, fixá-los, saber relacioná-los entre si e
aplicá-los em sua realidade;
reconhecer-se como ser produtor de cultura e, portanto, da
história;
compreender a produção do pensamento como enfrentamento dos
desafios humanos;
compreender o papel da reflexão, em especial, o da filosófica;
situar-se como cidadão no mundo em que vive, percebendo o seu
caráter histórico e a sua dimensão de liberdade;
compreender o conhecimento como possibilidade de libertação
social;
compreender o pensamento do seu mundo como síntese de
diferentes culturas anteriores e concomitantes a ele;
elaborar criticamente seu próprio pensar a partir de
notícias/análises de jornais/revistas e de suas vivências concretas.
construir textos argumentativos;
estabelecer relações hipertextuais dentro da disciplina bem como
relações interdisciplinares em ambiente virtual.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdo Básico
– Conteúdo Específico
1º Ano – Ensino Médio
MITO E FILOSOFIA

Filosofia: origens
- etimologia do termo “filosofia”;
- contexto histórico-social do surgimento da filosofia;
- condições para o surgimento da filosofia.

Saber mítico
- características do mito;
- funções do mito;
- mitos e rituais gregos;
- mitos e rituais de outros povos.

Saber filosófico
- características da filosofia inicial;
- condições históricas, políticas e culturais para o surgimento da Filosofia;
 filósofos pré-socráticos (possibilidade de trabalho com fragmentos de textos).

Relação Mito e Filosofia
- Mito e Filosofia: formas de conhecimento do real;
- surgimento da filosofia: ruptura abrupta do conhecimento mítico ou formulação
progressiva de uma nova forma de conhecimento?;
- as implicações político-sociais do surgimento da filosofia (conservação de privilégios x
novas reivindicações das classes emergentes).

Atualidade do mito
- os possíveis significados/necessidades do pensamento mítico (imaginação, fabulação,
interpretação do real, expressão de desejos humanos...);
- mitos e rituais contemporâneos.

O que é Filosofia?
- características da atitude filosófica (reflexão, questionamento, criticidade, radicalidade,
sistematicidade...);
- principais períodos da história da filosofia e suas características essenciais;
- campos de investigação da filosofia (antes e a partir da modernidade).
*Exploração dos conteúdos com utilização de trechos de textos filosóficos.
TEORIA DO CONHECIMENTO

O que é conhecimento?
- conhecimento enquanto compreensão e explicação do real, enquanto crença justificada;
- sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer.

O problema da verdade
- distinção entre realidade (coisa) e verdade (juízo sobre a coisa);
- concepções de verdade (aletheia – verdade como evidência das coisas; veritas –
verdade como correspondência, como enunciado correto acerca de coisas; emunah –
verdade como confiança nas coisas que virão, convenção e consenso);
- critérios de verdade (evidência, coerência, consenso, comunicabilidade...);

As formas de conhecimento
- conhecimento de senso comum;
- conhecimento científico;
- conhecimento filosófico;
- conhecimento intuitivo;
- conhecimento religioso.

Origens do conhecimento
- conhecimento inato;
- conhecimento empírico ou sensorial;
- conhecimento racional;
- conhecimento a priori e a posteriori.

Possibilidade do conhecimento
- Dogmatismo: a certeza do conhecimento verdadeiro;
- Ceticismo absoluto: impossibilidade do conhecimento verdadeiro;
- Ceticismo relativo: suspensão do juízo – conhecimento apenas no domínio do provável;
-Criticismo: as condições de possibilidade do conhecimento.
- reflexão sobre possíveis conseqüências de cada postura na vida prática (moral, política,
ciência, religião...).

A questão do método
- o que é método, importância do método;
- método indutivo;
- método dedutivo;
- formulação de hipóteses;
- ciências, métodos e suas implicações.

Conhecimento e lógica
- o problema de Parmênides e Heráclito e o surgimento da lógica;
- lógica: princípios e critérios para o pensar racional;
- lógica tradicional/aristotélica (termos, proposições, princípios lógicos, relações entre
proposições, silogismo);
- lógica matemática/simbólica (noções: símbolos, tabelas de verdade).
*Exploração dos conteúdos com utilização de trechos de textos filosóficos.
2º Ano Ensino Médio
ÉTICA

Ética e moral
- diferentes valores/ valores morais;
- o que é moral?;
- o que é ética?
- a construção dos valores morais no tempo e no espaço;
- a finalidade da moral;

Liberdade: autonomia do sujeito e necessidade das normas
- liberdade e determinismo;
- o caráter histórico e social da moral:
- o caráter pessoal da moral;
- a formação do sujeito moral;
- responsabilidade, dever e liberdade;
- características do sujeito moral.

Razão, desejo e vontade
- desejo/paixões e vida moral;
- vontade/decisão e vida moral;
- razão (conhecimento/ignorância) e vida moral;
- a heteronomia e a autonomia do sujeito.

Ética e violência
- as diferentes formas de violência;
- diferentes conceitos de violência em culturas diversas;
- violência e ideologias implícitas em formulações éticas;
- ética e controle da violência.

Pluralidade ética
- algumas elaborações éticas no curso da história ocidental (ética racional, ética dos
desejos, ética da vontade, ética do dever, ética das possibilidades...);
- implicações éticas na condução da política, da ciência, das religiões, etc.
*Exploração dos conteúdos com utilização de trechos de textos filosóficos.
FILOSOFIA POLÍTICA

Relações entre comunidade e poder
- o que é Filosofia Política?;
- o que é poder; o que é poder político?;
- o que é o Estado;
- finalidade do Estado;
- Estado, poder e violência;
- comunidade e exercício da política.

Esfera pública e privada
- características e delimitações da esfera pública e da esfera privada;
- interesse particular e interesse comum;
- individualismo, consciência de si e consciência social;
- interferências e limites da esfera pública na esfera privada e vice-versa.

Origens do poder político
- poder despótico ou patriarcal;
- a “invenção” da política;
- o poder teológico-político;
- as teorias contratualistas;
- as teorias revolucionárias.

Liberdade e igualdade política
- o conflito entre liberdade e igualdade política;
- proposta liberal x proposta socialista;
- regimes totalitários e regimes democráticos.

Cidadania formal e/ou participativa
- cidadania de direito e cidadania de fato;
- cidadania participativa;
- democracia e representatividade política.

Política e Ideologia
- o que é ideologia?
- conhecimento, política e ideologia;
- ideologia e totalitarismos;
- implicações políticas na ciência, na ética, na arte, na religião, etc.
*Exploração dos conteúdos com utilização de trechos de textos filosóficos.
3º Ano Ensino Médio
FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Concepções de ciência
- o que é Filosofia da Ciência?;
- a etimologia do termo “ciência”;
- características da atitude científica;
- ciência x tecnologia;
-.concepções de ciência: racionalista/dedutiva, empirista/indutiva e construtivista.

A questão do método científico
- a separação entre filosofia e ciência;
- método científico tradicional (positivista/verificacionista) e o critério de verdade;
- etapas do método indutivo tradicional;
- as críticas ao método tradicional (falseacionismo, revoluções científicas, anarquismo
epistemológico...).

Contribuições e limites da ciência
- o estabelecimento da ciência como instituição social;
- o desenvolvimento científico: cumulativo ou por ruptura?;
- provisoriedade do conhecimento científico.

Ciência e ideologia
- cientificismo;
- ilusão da neutralidade científica;
- razão instrumental.

Ciência e ética
- o problema do uso das ciências;
- possibilidades e limites para as ciências da natureza e para as ciências humanas;
- direcionamento dos benefícios da ciência;
- ciência e poder.
*Exploração dos conteúdos com utilização de trechos de textos filosóficos.
ESTÉTICA

Natureza da arte
- o que é arte?;
- arte e conhecimento intuitivo, sensibilidade, imaginação, sentimento, expressão, criação;
- finalidades/funções da arte (função utilitarista: finalidade pedagógica, social, religiosa,
política; função naturalista: foco no conteúdo com finalidade representativa; função
formalista: foco nos elementos composicionais com finalidade contemplativa);

Filosofia e arte
- o que é a Estética?;
- etimologia do termo “estética”;
- a experiência estética e a produção artística como questão determinada históricosocialmente ;
- a questão do gosto.

Categorias estéticas
- o feio, o belo, o sublime, o trágico, o cômico e o grotesco.

Estética e sociedade
- culturas / contextos histórico-sociais e conceitos diversos de arte;
- arte erudita, arte popular, arte de massa;
- indústria cultural;
- a educação estética.
*Exploração dos conteúdos com utilização de trechos de textos filosóficos.
Obs: o uso do conteúdo acima devidamente contextualizados requerem leituras constantes,
visão eclética, avaliações bilaterais de resultados. Pois, as ações humanas são dinâmicas e
constantes. Portanto, ensinar Filosofia não uma tarefa fácil, ou seja, ensinar a
“desbanalização do banal”, como diz o Filósofo Paulo Giraldelli da Unicamp-SP quando se
refere ao que seja Filosofia. Nesse contexto, habita o desafio constante da disciplina; ação,
métodos e recursos articulados envolvidos estrategicamente para trazer aos envolvidos no
processo ensino-aprendizagem, um sentido racional, inteligível àquilo que é dado como pronto
e acabado(banal)... e que essa prática torne-se hábito... e que nos tornemos cada vez mais
cidadãos responsáveis pelo mundo em que vivemos numa amplitude onde a educação seja um
constante devir humanizador...
Metodologia
Aulas expositivas articuladas com os recursos possíveis,
previamente e estrategicamente planejados organizados em quatro
momentos de acordo com:
- a sensibilização;
- a problematização;
- a investigação;
- a criação de conceitos.
A sensibilização é o ponto de partida para o estudo da disciplina,
através da sensibilização inicia-se o trabalho propriamente filosófico- a
problematização, a investigação, a criação de conceitos, o que não
significa dizer que a sensibilização não possa ocorrer diretamente a
partir do conteúdo (contextualizado) problematizado.
A partir do conteúdo em pauta, a problematização ocorre quando
professor e alunos levantam questões, identificando problemas que
emergirem da experiência vivida no contexto investigativo. Importante
ressaltar o estimulo constante de recursos que desperta interesse por
parte do envolvido, parte mais importante no processo educacional, ou
seja, o aluno. Ao problematizar, o professor convida o estudante a
analisar o problema, que se dá através da investigação filosófica. Ao
recorrer à História da Filosofia e aos clássicos, o estudante se defronta
com diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis
soluções já elaboradas que, embora não resolvam o problema, orientam
a discussão e, por fim, da própria contextualização através da fala(aulas
expositivas), ou de trabalhos escritos, hipertextuais, artísticos, surgem
naturalmente a criação de conceitos, num processo dialético.
Estratégias
As aulas serão ministradas com a utilização do livro didático,
artigos de jornais e revistas a partir de leituras reflexivas, debates,
produção de textos, seminários, construção de hipertextos em ambiente
virtual, produção de trabalho em grupo, análise de filmes, músicas,
aulas expositivas, discussão de temas atuais, pesquisas orientadas,
entrevistas, construção de paródias, bem como a integração com outras
disciplinas; visando a constante construção de um ambiente interativo,
intelectual, inclusivo, agradável, integrador e emancipador.
É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por
atividades investigativas individuais e coletivas que organizem e
orientem o debate
participativo.
filosófico,
dando-lhe
um
caráter
dinâmico
e
Recursos
-
Livro didático;
Net book;
Biblioteca;
TV Pen Drive, DVD;
Computador;
Aparelho de som;
Revistas e Jornais;
Giz e quadro negro;
Instrumentos Musicais.
Avaliação
A avaliação não visará quantificar ou medir “esse ou aquele” aluno
que sabe mais, mas sim, uma avaliação constante, considerando-se o
feedback, individual e coletivo, o resultado do processo ensinoaprendizagem como um todo, enfim, o resultado da: participação e
envolvimento, o esforço, apresentação de trabalhos, seminários,
atividades escritas objetivas e subjetivas; bem como a capacidade de
construir e tomar posições argumentativas discursivas subjacentes aos
temas e discursos estudados respeitando as particularidades intelectuais
de cada educando.
A avaliação de Filosofia se inicia com a sensibilização, com a
coleta do que o estudante pensava antes e o que pensa após o estudo,
ou seja, avaliação como um processo que se dá num processo e não
como um momento separado, visto em si mesmo e sim como um
processo bilateral num constante devir.
Portanto, a avaliação é um diagnóstico, com a função de subsidiar
e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensinoaprendizagem, pela qualidade com que professores, estudantes e a
própria instituição de ensino o constroem coletivamente.
Quando necessário, caso surgir, alguma dificuldade em relação ao
conteúdo da disciplina, será ofertada a recuperação paralela com
metodologia e recursos necessários.
Bibliografia
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia, Ed. Ática. São Paulo-SP, 2002.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Filosofia. SEED-Pr/
2006.
REZENDE, Antonio CURSO DE FILOSOFIA, 13ª ED. Rio de Janeiro –
Jorge Zahar
Vários autores - Filosofia. – Ensino Médio. 2 ed. Curitiba: SEED-PR,
2006.
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