Filosofia

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE
FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A filosofia se constituiu como pensamento racional e sistemático há mais de 2600
anos. A história desse pensamento traz consigo o problema de seu ensino, de modo que
a questão pedagógica do conhecimento filosófico é uma temática tão antiga quanto a
filosofia.
O problema já estava presente no embate entre o pensamento de Platão e as teses
dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de saber a relação entre o conhecimento e o
papel da retórica no ensino. Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de
persuasão, a prática do ensino da filosofia teria um efeito nulo sobre os jovens. Por outro
lado, ele também pensava que se o ensino de filosofia se limitasse à transmissão de
técnicas de sedução do ouvinte por meio de discursos, o perigo seria outro: a filosofia
favoreceria posturas nada elegantes, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento.
É por isso que a delimitação de uma boa estratégia para o ensino de filosofia é um
tema bastante debatido na história da filosofia. A preocupação maior é garantir que as
metodologias de ensino não deturpem o conteúdo da filosofia. A ideia de que em áreas
como, por exemplo, moral e política, praticamente não existem verdades absolutas é uma
tese frequentemente defendida pelos filósofos. Daí a importância que o ensino desses
temas dá ao exercício de analisar conceitos morais antigos e modernos, medir
perspectivas epistemológicas, identificar fontes de ideias, etc. Ocorre que, ao levar para a
sala de aula a discussão sobre esses temas, será inevitável o estranhamento que a
ausência de conclusões definitivas provocará nos estudantes. Essa é uma característica
da filosofia que deve, antes de tudo, ser muito bem compreendida e, de preferência, como
lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico.
A Filosofia se apresenta como exercício que possibilita ao estudante desenvolver
estilo próprio de pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação
de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida
ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.
A Filosofia caracteriza-se pela capacidade de indagação e crítica; qualidades de
sistematização, de fundamentação; combate a qualquer forma de dogmatismo e
autoritarismo; disposição para levantar novas questões, além da defesa radical da
emancipação humana do pensamento e da ação livres de qualquer forma de dominação.
Se perguntarmos a um matemático, a um historiador ou a qualquer outro homem
de saber, que corpo exato de verdades a sua ciência descobriu, a sua resposta durará o
tempo que estivermos dispostos a escuta-Ia. Mas se colocarmos a mesma questão a um
filósofo, se for sincero terá de confessar que o seu estudo não chegou a resultados
positivos como aqueles a que chegaram outras ciências. É verdade que isto se explica em
parte pelo fato de que assim que se torna possível um conhecimento exato acerca de
qualquer assunto, este assunto deixa de se chamar filosofia e passa a ser uma ciência
separada.
Isso não significa que a filosofia seja uma área do saber cujo trabalho termina tão
logo a ciência encontre uma resposta eficaz para um problema. Embora trabalhe com os
mesmos problemas, a abordagem filosófica é diferente. A filosofia é uma atividade que se
ocupa de questões cujas respostas estão longe de serem obtidas pela ciência. Russell diz
que problemas como a estrutura do universo, a origem das noções de bem e mal, os
efeitos que a consciência humana projeta sobre o mundo, etc., são temas discutidos mais
propriamente pela filosofia, porque eles ainda são desafiantes e carecem de respostas.
O ensino de filosofia terá neste estabelecimento de ensino, o caráter de desenvolver
o pensamento crítico do educando e para isso usará de diversas metodologias e buscará
conhecimento em diferentes fontes e autores, com vistas a alcançar os objetivos
propostos por esta disciplina, contemplando a história da cultura afro-brasileira, a cultura
indígena, a história do Paraná, o meio ambiente e o Programa Nacional de Educação
Fiscal.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia, sabe-se
que no Brasil, a Filosofia, enquanto disciplina escolar, figura nos currículos escolares
desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais, podemos delimitar quatro grandes
períodos do ensino de filosofia no Brasil:
1500- 1889: predominância do ensino jesuítico, sob as leis do Ratio Studiorum.
Nessa perspectiva, a filosofia era entendida como instrumento de formação moral e
intelectual, sob os cânones da Igreja Católica e do poder cartorial local.
1889-1961: durante este período, a filosofia fez parte dos currículos oficiais inclusive
figurando como disciplina obrigatória. Esta presença não significou, porém, um movimento
de crítica à configuração social e política brasileira que, nesse período, oscilou entre a
democracia formal, o populismo e a ditadura.
1961-1985: Com a lei 4024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória e, sobretudo, com
a lei 5692 /1971, em pleno regime militar, o currículo escolar não dá espaço para o ensino
e estudo da filosofia. A filosofia desaparece totalmente dos currículos escolares do Ensino
Médio durante a ditadura militar, principalmente por não servir aos interesses econômicos
e técnicos do momento, que visavam formar um cidadão produtivo, porém não crítico. O
pensamento critico deveria ser reprimido, bem como as possíveis ações dele decorrentes.
1985 aos dias atuais: durante as duas últimas décadas, o ensino de filosofia no
nível médio tem sido amplamente discutido, embora a tendência das políticas curriculares
oficiais (Resolução CEB/CNE n. 3/98 e PCNEM de 1999) seja mantê-Io em posição de
saber transversal às disciplinas do currículo.
A LDB de 1996, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio, o estudante
deverá "dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício
da cidadania". O caráter transversal dos conteúdos filosóficos, que aparece com bastante
clareza na resolução 03/98 DCENEM, não cumpre a exigência da LDB quanto à
necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, uma vez que joga a Filosofia para
a transversalidade.
Esta disciplina, a partir de 2007, tornou-se obrigatória em âmbito nacional e
certamente iniciou seu processo de consolidação, já que é no espaço escolar que a
filosofia pode exercer aquilo que lhe é próprio: o exercício do pensamento crítico, da
resistência, da criação e reelaboração do conhecimento. A Filosofia torna vivo esse
espaço escolar, povoando-o de sujeitos que exercitam sua inteligência buscando, no
diálogo e no embate entre as diferenças, a sua convivência e a construção da sua
história.
OBJETIVOS GERAIS
O tratamento disciplinar da Filosofia - e sua inserção no Ensino Médio responde a
uma demanda social que requer, dos sujeitos, a tomada de posições, que tenham
autonomia nos julgamentos, que confrontem argumentos e respeitem a palavra do outro.
A Filosofia, entendida como um conjunto de conhecimentos que recebem um
tratamento disciplinar, tem seu lugar na formação do jovem estudante do Ensino Médio. A
presença dessa disciplina no currículo do Ensino Médio justifica-se, também, pela sua
inegável capacidade de dialogar com outras disciplinas e contribuir para reafirmá-Ias
enquanto momento de um processo de formação orgânico, cumulativo, criativo e crítico
que chamamos de educação.
Assim, a disciplina de Filosofia irá contribuir, em especial, para a ressignificação da
experiência do aluno, para afirmar sua singularidade e problematizar seus valores,
formando-o para uma leitura e olhar mais críticos sobre a realidade.
Contribuir na formação de sujeitos livres, porque, além da abertura para a reflexão
sobre temas relacionados à política, à ética, à estética, à ciência, ao conhecimento e à
existência, irá possibilitar aos educandos o acesso às produções teóricas e culturais da
Filosofia elaboradas pela humanidade.
Para que estes objetivos sejam alcançados serão estudados diferentes textos
filosóficos, fazendo-se discussões e debates para que os educandos consigam analisar
criticamente textos escritos e saibam argumentar sobre os mesmos e tenham condições
de compreender sua realidade a partir de estudo teórico e possam agir sobre a mesma.
Assim, podemos afirmar que o aprendizado dos conteúdos, como mediadores da
reflexão filosófica, deve recorrer, necessariamente, à tradição filosófica, confrontando
diferentes pontos de vistas e concepções, de modo que o estudante perceba a
diversidade de problemas e de abordagens. Num ambiente de diálogo investigativo, de redescobertas e re-criações, pode-se garantir aos educandos a possibilidade de
elaborarem, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas.
Nesse sentido, cabe ao ensino da filosofia mobilizar os discentes para o
conhecimento, problematizando, investigando e criando conceitos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos propostos estão baseados no documento “Diretrizes Curriculares da
Educação ( Disciplina de Filosofia)” da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Os conteúdos estruturantes serão: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética;
Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. Sendo que: Mito e Filosofia será o
conteúdo de introdução à Filosofia, seguido pela Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia
Política, Filosofia da Ciência e Estética.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
MITO E FILOSOFIA
- Origem da Filosofia
- Etimologia do termo “Filosofia”
- Condições históricas e sociais que contribuíram para o surgimento da filosofia.
- Condições para o surgimento da Filosofia
- Importância da Filosofia
- Definições de Filosofia
- Objeto da Filosofia
- Reflexão crítica
- Saber filosófico
- características da filosofia inicial;
- condições históricas, políticas e culturais para o surgimento da Filosofia;
- filósofos pré-socráticos (possibilidade de trabalho com fragmentos de textos).
- Saber mítico
- O que é mito?
- características do mito;
- funções do mito;
- mitos e rituais gregos;
- mitos e rituais de outros povos.
- Relação Mito e Filosofia
- Mito e Filosofia: formas de conhecimento do real;
- Passagem do mito para a filosofia
- Surgimento da filosofia: ruptura abrupta do conhecimento mítico ou formulação
progressiva de uma nova forma de conhecimento?;
- as implicações político-sociais do surgimento da filosofia (conservação de privilégios x
novas reivindicações das classes emergentes).
- Atualidade do mito
- os possíveis significados/necessidades do pensamento mítico (imaginação, fabulação,
interpretação do real, expressão de desejos humanos...);
- mitos e rituais contemporâneos.
- O que é Filosofia?
- características da atitude filosófica (reflexão, questionamento, criticidade, radicalidade,
sistematicidade...);
- principais períodos da história da filosofia e suas características essenciais;
 campos de investigação da filosofia (antes e a partir da modernidade).
TEORIA DO CONHECIMENTO
- O que é conhecimento?
-conhecimento enquanto compreensão e explicação do real, enquanto crença
justificada;- sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer.
- Possibilidades do conhecimento
- Dogmatismo: a certeza do conhecimento verdadeiro;
- Ceticismo absoluto: impossibilidade do conhecimento verdadeiro;
- Ceticismo relativo: suspensão do juízo – conhecimento apenas no domínio do provável;
-Criticismo: as condições de possibilidade do conhecimento.
- reflexão sobre possíveis conseqüências de cada postura na vida prática (moral, política,
ciência, religião...).
- Origens do Conhecimento
-conhecimento inato;
- conhecimento empírico ou sensorial;
- conhecimento racional;
- conhecimento a priori e a posteriori.
- As formas de conhecimento
- conhecimento de senso comum;
- conhecimento científico;
- conhecimento filosófico;
- conhecimento intuitivo;
- conhecimento religioso.
- O problema da verdade
- distinção entre realidade (coisa) e verdade (juízo sobre a coisa);
- concepções de verdade (aletheia – verdade como evidência das coisas; veritas –
verdade como correspondência, como enunciado correto acerca de coisas; emunah –
verdade como confiança nas coisas que virão, convenção e consenso);
-critérios de verdade (evidência, coerência, consenso, comunicabilidade...);
- A questão do método
- o que é método, importância do método;
- método indutivo;
- método dedutivo;
- formulação de hipóteses;
- ciências, métodos e suas implicações.
- Conhecimento e lógica
- o problema de Parmênides e Heráclito e o surgimento da lógica;
- lógica: princípios e critérios para o pensar racional;
- lógica tradicional/aristotélica (termos, proposições, princípios lógicos, relações entre
proposições, silogismo);
 lógica matemática/simbólica (noções: símbolos, tabelas de verdade).
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
ÉTICA
- Ética e moral
- diferentes valores/ valores morais;
- o que é moral?;
- o que é ética?
- Juízo de valor
- a construção dos valores morais no tempo e no espaço;
- a finalidade da moral;
- Virtudes e vícios
- Pluralidade ética
- Algumas elaborações éticas no curso da história ocidental (ética racional, ética dos
desejos, ética da vontade, ética do dever, ética das possibilidades...);
- Implicações éticas na condução da política, da ciência, das religiões, etc.
- Ética e violência
- as diferentes formas de violência;
- diferentes conceitos de violência em culturas diversas;
- violência e ideologias implícitas em formulações éticas;
- ética e controle da violência.
- Razão, desejo e vontade
- desejo/paixões e vida moral;
- vontade/decisão e vida moral;
- razão (conhecimento/ignorância) e vida moral;
- a heteronomia e a autonomia do sujeito.
- Liberdade: autonomia do sujeito e necessidade das normas
- liberdade e determinismo;
- o caráter histórico e social da moral:
- o caráter pessoal da moral;
- a formação do sujeito moral;
- responsabilidade, dever e liberdade;
 características do sujeito moral.
FILOSOFIA POLÍTICA
- Relações entre comunidade e poder
- o que é Filosofia Política?;
- o que é poder; o que é poder político?;
- o que é o Estado;
- finalidade do Estado;
- Estado, poder e violência;
- comunidade e exercício da política.
- Liberdade e igualdade política
- o conflito entre liberdade e igualdade política;
- proposta liberal x proposta socialista;
- regimes totalitários e regimes democráticos.
- Política e Ideologia
- o que é ideologia?
- conhecimento, política e ideologia;
- ideologia e totalitarismos;
- implicações políticas na ciência, na ética, na arte, na religião, etc.
– Esfera pública e privada
- características e delimitações da esfera pública e da esfera privada;
- interesse particular e interesse comum;
- individualismo, consciência de si e consciência social;
- interferências e limites da esfera pública na esfera privada e vice-versa.
- Origens do poder político
- poder despótico ou patriarcal;
- a “invenção” da política;
- o poder teológico-político;
- as teorias contratualistas;
- as teorias revolucionárias.
- Cidadania formal e/ou participativa
- cidadania de direito e cidadania de fato;
- cidadania participativa;
 democracia e representatividade política.

3º ANO DO ENSINO MÉDIO
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
- Concepções de ciência
- o que é Filosofia da Ciência?;
- a etimologia do termo “ciência”;
- características da atitude científica;
- ciência x tecnologia;
- concepções de ciência: racionalista/dedutiva, empirista/indutiva e construtivista.
- Diferença entre senso comum e conhecimento científico;
- O ideal científico;
- A teoria científica nos diferentes períodos históricos: contribuições e limites;
- O uso das ciências na atualidade;
- A questão do método científico
- a separação entre filosofia e ciência
- método científico tradicional (positivista/verificacionista) e o critério de verdade;
- etapas do método indutivo tradicional;
- as críticas ao método tradicional (falseacionismo, revoluções científicas, anarquismo
epistemológico...).
- Contribuições e limites da ciência
- o estabelecimento da ciência como instituição social;
- o desenvolvimento científico: cumulativo ou por ruptura?;
- provisoriedade do conhecimento científico.
- Ciência e ideologia
- cientificismo;
- ilusão da neutralidade científica;
- razão instrumental.
- Ciência e ética
- o problema do uso das ciências;
- possibilidades e limites para as ciências da natureza e para as ciências humanas;
- direcionamento dos benefícios da ciência;

ciência e poder.
ESTÉTICA
-Natureza da arte
- o que é arte?;
- Funções da arte
- Arte como forma de pensamento
- Arte nos diferentes períodos históricos
- Diferentes expressões da arte (música, dança, pintura, escultura, teatro...)
- arte e conhecimento intuitivo, sensibilidade, imaginação, sentimento, expressão, criação;
- finalidades/funções da arte (função utilitarista: finalidade pedagógica, social, religiosa,
política; função naturalista: foco no conteúdo com finalidade representativa; função
formalista: foco nos elementos composicionais com finalidade contemplativa);
- Concepções estéticas
- O naturalismo grego
- Filosofia e arte
- o que é a Estética?;
- etimologia do termo “estética”;
- a experiência estética e a produção artística como questão determinada históricosocialmente ;
- a questão do gosto.
- Categorias estéticas
- o feio, o belo, o sublime, o trágico, o cômico e o grotesco.
- Estética e sociedade
- culturas / contextos histórico-sociais e conceitos diversos de arte;- arte erudita, arte
popular, arte de massa;
- indústria cultural;
- a educação estética.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No cenário, mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos valores éticos,
políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e uma
contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que têm recorrência histórica
e criação de conceitos que são ressignificados também historicamente, gera, em seus
processos, discussões promissoras e criativas que podem desencadear ações
transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico.
É por essa razão que os conhecimentos, os processos filosóficos permanecem
válidos e atuais e que o trabalho com estes processos, na disciplina de Filosofia, adquire
relevância no contexto do Ensino Médio.
A partir destas considerações a metodologia utilizada em sala de aula será a
seguinte:

aulas expositivas e dialogadas;

uso do livro didático: “Filosofia”( SEED), para mobilização do conhecimento.

debates;

trabalhos em grupo e individuais;

realização de trabalhos conceituais como forma de exercícios reflexivos;

estudos de textos: literários, jornalísticos e imagens

exposição e análise de filmes e músicas

reflexão acerca de slides no multimídia e transparências no retroprojetor.

uso da tv pendrive
Tendo em vista os desafios contemporâneos para o ensino da Filosofia, segue em
anexo um projeto sobre a diversidade da cultura afro-brasileira e indígena.
Nessa perspectiva, após mobilizar os alunos para o conhecimento, o trabalho filosófico
inicia-se com levantamento de questões, identificação de problemas e investigação de
conteúdos, remetendo-os à realidade dos educandos, levando em consideração que
todos os conteúdos explanados nos eixos estruturantes e específicos acima serão
explorados com a utilização de trechos de textos filosóficos.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui
uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o curso
da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educacional que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão
construindo coletivamente. A avaliação da disciplina será progressiva e contínua, pois tem
em vista os objetivos expressos nos projetos de ensino.
Para a realização das avaliações serão utilizados:

Teste de aproveitamento oral;

Apresentação de seminários;

Provas escritas com ou sem consultas;

Trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do conteúdo;

Tarefas específicas para fazer em casa;

Participação em sala de aula;

Produção de textos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1º ANO DO ENSINO MÉDIO

MITO E FILOSOFIA

compreender fundamentalmente oque é mito e oque é filosofia, a relação
que existe entre esses dois âmbitos;

Conhecer como se deu e quais foram as condições que permitiram a
passagem do mito à filosofia ;

Compreender a diferença entre mito e filosofia e como ocorreu o
nascimento da filosofia pela superação dos mitos.

Perceber que os mesmos conflitos entre mito e razão, vividos pelos gregos,
são problemas presentes, ainda hoje,em nossa sociedade;

TEORIA DO CONHECIMENTO

Qual a importância da teoria do conhecimento para a história da filosofia;

Compreender historicamente que o surgimento do pensamento racional,
conceitual , entre os os gregos, foi decisivo no desenvolvimento da cultura
da civilização ocidental;

Conhecer o contexto histórico e político do surgimento da filosofia;

Compreender as questões sobre a origem, essência e certeza do
conhecimento humano;

As diferentes formas de conhecimentos, suas metodologias e o problema
da verdade.
2º ANO DO ENSINO MÉDIO

ÉTICA

Compreender os fundamentos e a finalidade da Ética bem como a sua
relação com a política;

Entender a relação entre o sujeito e a norma.

Verificar o entendimento dos alunos sobre a ética e moral, bem como as
diferenças éticas existentes na sociedade;

Ser capaz de perceber que o agir fundamentado propícia consequências
melhores e mais racionais que o agir sem razões ou justificativas.

FILOSOFIA POLÍTICA

Compreender as relações de poder e os mecanismos que estruturam e
legitimam os diversos sistemas políticos;

Problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania,
justiça, dentre outros;

Analisar a compreensão dos alunos sobre a realidade politica, seu
entendimento
das
relações
de
poder
existentes,
das
ideologias,
desenvolvendo o senso critico sobre as formas de governo e politicas
existentes na sociedade contemporânea;
3º ANO DO MÉDIO

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Compreender o que é ciência, suas condições e possibilidades, sua
intenção;

Refletir criticamente o conhecimento cientifico;

Entender que o conhecimento cientifico é provisório, jamais acabado ou
definitivo, sempre tributário, de fundo ideológico, religioso, econômico,
político e histórico;

Verificar os avanços científicos no campo da bioética e suas implicações
ético-politicas e sociais;

ESTÉTICA

Compreender o fundamentos da Estética enquanto reflexão sobre a beleza,
a sensibilidade e a arte.

Compreender a apreensão da realidade pela via da sensibilidade,
percebendo que o conhecimento não é apenas resultado da atividade
intelectual, mas fruto também da imaginação, da intuição e da fruição;

O entendimento dos educandos para a realidade estética, verificando como
esta pode estar a serviço de interesses econômicos, religiosos, sociais,
políticos etc, ao longo da história. Os diferentes padrões de beleza e a
relação belo e o grotesco.
RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS
A recuperação de estudos será feita de forma contínua no início da cada aula, com
a retomada do conteúdo da aula anterior e após cada avaliação, não sendo atribuída a
esta uma nota. Será feita pela professora em sala de aula, utilizando-se de recursos como
TV pendrive, quadro, exposição de conteúdo oralmente e em debates com a turma.
REFERÊNCIAS
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no Ensino Médio como
experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.o 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo:
Cortez; Campinas, CEDES, 2004
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática. [obra disponível na Internet]
DUSSEL, H. Ética da Libertação. Petrópolis: vozes, 2000.
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
GRAMSCI, A. Maquiavel, a Política e o Estado Moderno. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1884.
MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando. São Paulo, Moderna, 2000.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica
de Filosofia. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Filosofia.
Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público)
REALE, G; ANTESERI, D. História da Filosofia. Vol.lIl. São Paulo: Paulus, 1991.
SOUZA BRANDÃO, J. DE. Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, 1997.
VASQUEZ, A.S. Convite à Estética. Tradução de Gilson Baptista Soares. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1999.
VÁZQUEZ, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. São Paulo: Difel, 1984
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