PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A filosofia se constituiu como pensamento racional e sistemático há mais de 2600 anos. A história desse pensamento traz consigo o problema de seu ensino, de modo que a questão pedagógica do conhecimento filosófico é uma temática tão antiga quanto a filosofia. O problema já estava presente no embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de saber a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da filosofia teria um efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, ele também pensava que se o ensino de filosofia se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte por meio de discursos, o perigo seria outro: a filosofia favoreceria posturas nada elegantes, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento. É por isso que a delimitação de uma boa estratégia para o ensino de filosofia é um tema bastante debatido na história da filosofia. A preocupação maior é garantir que as metodologias de ensino não deturpem o conteúdo da filosofia. A ideia de que em áreas como, por exemplo, moral e política, praticamente não existem verdades absolutas é uma tese frequentemente defendida pelos filósofos. Daí a importância que o ensino desses temas dá ao exercício de analisar conceitos morais antigos e modernos, medir perspectivas epistemológicas, identificar fontes de ideias, etc. Ocorre que, ao levar para a sala de aula a discussão sobre esses temas, será inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provocará nos estudantes. Essa é uma característica da filosofia que deve, antes de tudo, ser muito bem compreendida e, de preferência, como lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico. A Filosofia se apresenta como exercício que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. A Filosofia caracteriza-se pela capacidade de indagação e crítica; qualidades de sistematização, de fundamentação; combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, além da defesa radical da emancipação humana do pensamento e da ação livres de qualquer forma de dominação. Se perguntarmos a um matemático, a um historiador ou a qualquer outro homem de saber, que corpo exato de verdades a sua ciência descobriu, a sua resposta durará o tempo que estivermos dispostos a escuta-Ia. Mas se colocarmos a mesma questão a um filósofo, se for sincero terá de confessar que o seu estudo não chegou a resultados positivos como aqueles a que chegaram outras ciências. É verdade que isto se explica em parte pelo fato de que assim que se torna possível um conhecimento exato acerca de qualquer assunto, este assunto deixa de se chamar filosofia e passa a ser uma ciência separada. Isso não significa que a filosofia seja uma área do saber cujo trabalho termina tão logo a ciência encontre uma resposta eficaz para um problema. Embora trabalhe com os mesmos problemas, a abordagem filosófica é diferente. A filosofia é uma atividade que se ocupa de questões cujas respostas estão longe de serem obtidas pela ciência. Russell diz que problemas como a estrutura do universo, a origem das noções de bem e mal, os efeitos que a consciência humana projeta sobre o mundo, etc., são temas discutidos mais propriamente pela filosofia, porque eles ainda são desafiantes e carecem de respostas. O ensino de filosofia terá neste estabelecimento de ensino, o caráter de desenvolver o pensamento crítico do educando e para isso usará de diversas metodologias e buscará conhecimento em diferentes fontes e autores, com vistas a alcançar os objetivos propostos por esta disciplina, contemplando a história da cultura afro-brasileira, a cultura indígena, a história do Paraná, o meio ambiente e o Programa Nacional de Educação Fiscal. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia, sabe-se que no Brasil, a Filosofia, enquanto disciplina escolar, figura nos currículos escolares desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais, podemos delimitar quatro grandes períodos do ensino de filosofia no Brasil: 1500- 1889: predominância do ensino jesuítico, sob as leis do Ratio Studiorum. Nessa perspectiva, a filosofia era entendida como instrumento de formação moral e intelectual, sob os cânones da Igreja Católica e do poder cartorial local. 1889-1961: durante este período, a filosofia fez parte dos currículos oficiais inclusive figurando como disciplina obrigatória. Esta presença não significou, porém, um movimento de crítica à configuração social e política brasileira que, nesse período, oscilou entre a democracia formal, o populismo e a ditadura. 1961-1985: Com a lei 4024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória e, sobretudo, com a lei 5692 /1971, em pleno regime militar, o currículo escolar não dá espaço para o ensino e estudo da filosofia. A filosofia desaparece totalmente dos currículos escolares do Ensino Médio durante a ditadura militar, principalmente por não servir aos interesses econômicos e técnicos do momento, que visavam formar um cidadão produtivo, porém não crítico. O pensamento critico deveria ser reprimido, bem como as possíveis ações dele decorrentes. 1985 aos dias atuais: durante as duas últimas décadas, o ensino de filosofia no nível médio tem sido amplamente discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais (Resolução CEB/CNE n. 3/98 e PCNEM de 1999) seja mantê-Io em posição de saber transversal às disciplinas do currículo. A LDB de 1996, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio, o estudante deverá "dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania". O caráter transversal dos conteúdos filosóficos, que aparece com bastante clareza na resolução 03/98 DCENEM, não cumpre a exigência da LDB quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, uma vez que joga a Filosofia para a transversalidade. Esta disciplina, a partir de 2007, tornou-se obrigatória em âmbito nacional e certamente iniciou seu processo de consolidação, já que é no espaço escolar que a filosofia pode exercer aquilo que lhe é próprio: o exercício do pensamento crítico, da resistência, da criação e reelaboração do conhecimento. A Filosofia torna vivo esse espaço escolar, povoando-o de sujeitos que exercitam sua inteligência buscando, no diálogo e no embate entre as diferenças, a sua convivência e a construção da sua história. OBJETIVOS GERAIS O tratamento disciplinar da Filosofia - e sua inserção no Ensino Médio responde a uma demanda social que requer, dos sujeitos, a tomada de posições, que tenham autonomia nos julgamentos, que confrontem argumentos e respeitem a palavra do outro. A Filosofia, entendida como um conjunto de conhecimentos que recebem um tratamento disciplinar, tem seu lugar na formação do jovem estudante do Ensino Médio. A presença dessa disciplina no currículo do Ensino Médio justifica-se, também, pela sua inegável capacidade de dialogar com outras disciplinas e contribuir para reafirmá-Ias enquanto momento de um processo de formação orgânico, cumulativo, criativo e crítico que chamamos de educação. Assim, a disciplina de Filosofia irá contribuir, em especial, para a ressignificação da experiência do aluno, para afirmar sua singularidade e problematizar seus valores, formando-o para uma leitura e olhar mais críticos sobre a realidade. Contribuir na formação de sujeitos livres, porque, além da abertura para a reflexão sobre temas relacionados à política, à ética, à estética, à ciência, ao conhecimento e à existência, irá possibilitar aos educandos o acesso às produções teóricas e culturais da Filosofia elaboradas pela humanidade. Para que estes objetivos sejam alcançados serão estudados diferentes textos filosóficos, fazendo-se discussões e debates para que os educandos consigam analisar criticamente textos escritos e saibam argumentar sobre os mesmos e tenham condições de compreender sua realidade a partir de estudo teórico e possam agir sobre a mesma. Assim, podemos afirmar que o aprendizado dos conteúdos, como mediadores da reflexão filosófica, deve recorrer, necessariamente, à tradição filosófica, confrontando diferentes pontos de vistas e concepções, de modo que o estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Num ambiente de diálogo investigativo, de redescobertas e re-criações, pode-se garantir aos educandos a possibilidade de elaborarem, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas. Nesse sentido, cabe ao ensino da filosofia mobilizar os discentes para o conhecimento, problematizando, investigando e criando conceitos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Os conteúdos propostos estão baseados no documento “Diretrizes Curriculares da Educação ( Disciplina de Filosofia)” da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Os conteúdos estruturantes serão: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. Sendo que: Mito e Filosofia será o conteúdo de introdução à Filosofia, seguido pela Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1º ANO DO ENSINO MÉDIO MITO E FILOSOFIA - Origem da Filosofia - Etimologia do termo “Filosofia” - Condições históricas e sociais que contribuíram para o surgimento da filosofia. - Condições para o surgimento da Filosofia - Importância da Filosofia - Definições de Filosofia - Objeto da Filosofia - Reflexão crítica - Saber filosófico - características da filosofia inicial; - condições históricas, políticas e culturais para o surgimento da Filosofia; - filósofos pré-socráticos (possibilidade de trabalho com fragmentos de textos). - Saber mítico - O que é mito? - características do mito; - funções do mito; - mitos e rituais gregos; - mitos e rituais de outros povos. - Relação Mito e Filosofia - Mito e Filosofia: formas de conhecimento do real; - Passagem do mito para a filosofia - Surgimento da filosofia: ruptura abrupta do conhecimento mítico ou formulação progressiva de uma nova forma de conhecimento?; - as implicações político-sociais do surgimento da filosofia (conservação de privilégios x novas reivindicações das classes emergentes). - Atualidade do mito - os possíveis significados/necessidades do pensamento mítico (imaginação, fabulação, interpretação do real, expressão de desejos humanos...); - mitos e rituais contemporâneos. - O que é Filosofia? - características da atitude filosófica (reflexão, questionamento, criticidade, radicalidade, sistematicidade...); - principais períodos da história da filosofia e suas características essenciais; campos de investigação da filosofia (antes e a partir da modernidade). TEORIA DO CONHECIMENTO - O que é conhecimento? -conhecimento enquanto compreensão e explicação do real, enquanto crença justificada;- sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer. - Possibilidades do conhecimento - Dogmatismo: a certeza do conhecimento verdadeiro; - Ceticismo absoluto: impossibilidade do conhecimento verdadeiro; - Ceticismo relativo: suspensão do juízo – conhecimento apenas no domínio do provável; -Criticismo: as condições de possibilidade do conhecimento. - reflexão sobre possíveis conseqüências de cada postura na vida prática (moral, política, ciência, religião...). - Origens do Conhecimento -conhecimento inato; - conhecimento empírico ou sensorial; - conhecimento racional; - conhecimento a priori e a posteriori. - As formas de conhecimento - conhecimento de senso comum; - conhecimento científico; - conhecimento filosófico; - conhecimento intuitivo; - conhecimento religioso. - O problema da verdade - distinção entre realidade (coisa) e verdade (juízo sobre a coisa); - concepções de verdade (aletheia – verdade como evidência das coisas; veritas – verdade como correspondência, como enunciado correto acerca de coisas; emunah – verdade como confiança nas coisas que virão, convenção e consenso); -critérios de verdade (evidência, coerência, consenso, comunicabilidade...); - A questão do método - o que é método, importância do método; - método indutivo; - método dedutivo; - formulação de hipóteses; - ciências, métodos e suas implicações. - Conhecimento e lógica - o problema de Parmênides e Heráclito e o surgimento da lógica; - lógica: princípios e critérios para o pensar racional; - lógica tradicional/aristotélica (termos, proposições, princípios lógicos, relações entre proposições, silogismo); lógica matemática/simbólica (noções: símbolos, tabelas de verdade). 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ÉTICA - Ética e moral - diferentes valores/ valores morais; - o que é moral?; - o que é ética? - Juízo de valor - a construção dos valores morais no tempo e no espaço; - a finalidade da moral; - Virtudes e vícios - Pluralidade ética - Algumas elaborações éticas no curso da história ocidental (ética racional, ética dos desejos, ética da vontade, ética do dever, ética das possibilidades...); - Implicações éticas na condução da política, da ciência, das religiões, etc. - Ética e violência - as diferentes formas de violência; - diferentes conceitos de violência em culturas diversas; - violência e ideologias implícitas em formulações éticas; - ética e controle da violência. - Razão, desejo e vontade - desejo/paixões e vida moral; - vontade/decisão e vida moral; - razão (conhecimento/ignorância) e vida moral; - a heteronomia e a autonomia do sujeito. - Liberdade: autonomia do sujeito e necessidade das normas - liberdade e determinismo; - o caráter histórico e social da moral: - o caráter pessoal da moral; - a formação do sujeito moral; - responsabilidade, dever e liberdade; características do sujeito moral. FILOSOFIA POLÍTICA - Relações entre comunidade e poder - o que é Filosofia Política?; - o que é poder; o que é poder político?; - o que é o Estado; - finalidade do Estado; - Estado, poder e violência; - comunidade e exercício da política. - Liberdade e igualdade política - o conflito entre liberdade e igualdade política; - proposta liberal x proposta socialista; - regimes totalitários e regimes democráticos. - Política e Ideologia - o que é ideologia? - conhecimento, política e ideologia; - ideologia e totalitarismos; - implicações políticas na ciência, na ética, na arte, na religião, etc. – Esfera pública e privada - características e delimitações da esfera pública e da esfera privada; - interesse particular e interesse comum; - individualismo, consciência de si e consciência social; - interferências e limites da esfera pública na esfera privada e vice-versa. - Origens do poder político - poder despótico ou patriarcal; - a “invenção” da política; - o poder teológico-político; - as teorias contratualistas; - as teorias revolucionárias. - Cidadania formal e/ou participativa - cidadania de direito e cidadania de fato; - cidadania participativa; democracia e representatividade política. 3º ANO DO ENSINO MÉDIO FILOSOFIA DA CIÊNCIA - Concepções de ciência - o que é Filosofia da Ciência?; - a etimologia do termo “ciência”; - características da atitude científica; - ciência x tecnologia; - concepções de ciência: racionalista/dedutiva, empirista/indutiva e construtivista. - Diferença entre senso comum e conhecimento científico; - O ideal científico; - A teoria científica nos diferentes períodos históricos: contribuições e limites; - O uso das ciências na atualidade; - A questão do método científico - a separação entre filosofia e ciência - método científico tradicional (positivista/verificacionista) e o critério de verdade; - etapas do método indutivo tradicional; - as críticas ao método tradicional (falseacionismo, revoluções científicas, anarquismo epistemológico...). - Contribuições e limites da ciência - o estabelecimento da ciência como instituição social; - o desenvolvimento científico: cumulativo ou por ruptura?; - provisoriedade do conhecimento científico. - Ciência e ideologia - cientificismo; - ilusão da neutralidade científica; - razão instrumental. - Ciência e ética - o problema do uso das ciências; - possibilidades e limites para as ciências da natureza e para as ciências humanas; - direcionamento dos benefícios da ciência; ciência e poder. ESTÉTICA -Natureza da arte - o que é arte?; - Funções da arte - Arte como forma de pensamento - Arte nos diferentes períodos históricos - Diferentes expressões da arte (música, dança, pintura, escultura, teatro...) - arte e conhecimento intuitivo, sensibilidade, imaginação, sentimento, expressão, criação; - finalidades/funções da arte (função utilitarista: finalidade pedagógica, social, religiosa, política; função naturalista: foco no conteúdo com finalidade representativa; função formalista: foco nos elementos composicionais com finalidade contemplativa); - Concepções estéticas - O naturalismo grego - Filosofia e arte - o que é a Estética?; - etimologia do termo “estética”; - a experiência estética e a produção artística como questão determinada históricosocialmente ; - a questão do gosto. - Categorias estéticas - o feio, o belo, o sublime, o trágico, o cômico e o grotesco. - Estética e sociedade - culturas / contextos histórico-sociais e conceitos diversos de arte;- arte erudita, arte popular, arte de massa; - indústria cultural; - a educação estética. METODOLOGIA DA DISCIPLINA No cenário, mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e uma contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que têm recorrência histórica e criação de conceitos que são ressignificados também historicamente, gera, em seus processos, discussões promissoras e criativas que podem desencadear ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico. É por essa razão que os conhecimentos, os processos filosóficos permanecem válidos e atuais e que o trabalho com estes processos, na disciplina de Filosofia, adquire relevância no contexto do Ensino Médio. A partir destas considerações a metodologia utilizada em sala de aula será a seguinte: aulas expositivas e dialogadas; uso do livro didático: “Filosofia”( SEED), para mobilização do conhecimento. debates; trabalhos em grupo e individuais; realização de trabalhos conceituais como forma de exercícios reflexivos; estudos de textos: literários, jornalísticos e imagens exposição e análise de filmes e músicas reflexão acerca de slides no multimídia e transparências no retroprojetor. uso da tv pendrive Tendo em vista os desafios contemporâneos para o ensino da Filosofia, segue em anexo um projeto sobre a diversidade da cultura afro-brasileira e indígena. Nessa perspectiva, após mobilizar os alunos para o conhecimento, o trabalho filosófico inicia-se com levantamento de questões, identificação de problemas e investigação de conteúdos, remetendo-os à realidade dos educandos, levando em consideração que todos os conteúdos explanados nos eixos estruturantes e específicos acima serão explorados com a utilização de trechos de textos filosóficos. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. A avaliação da disciplina será progressiva e contínua, pois tem em vista os objetivos expressos nos projetos de ensino. Para a realização das avaliações serão utilizados: Teste de aproveitamento oral; Apresentação de seminários; Provas escritas com ou sem consultas; Trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do conteúdo; Tarefas específicas para fazer em casa; Participação em sala de aula; Produção de textos. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO MITO E FILOSOFIA compreender fundamentalmente oque é mito e oque é filosofia, a relação que existe entre esses dois âmbitos; Conhecer como se deu e quais foram as condições que permitiram a passagem do mito à filosofia ; Compreender a diferença entre mito e filosofia e como ocorreu o nascimento da filosofia pela superação dos mitos. Perceber que os mesmos conflitos entre mito e razão, vividos pelos gregos, são problemas presentes, ainda hoje,em nossa sociedade; TEORIA DO CONHECIMENTO Qual a importância da teoria do conhecimento para a história da filosofia; Compreender historicamente que o surgimento do pensamento racional, conceitual , entre os os gregos, foi decisivo no desenvolvimento da cultura da civilização ocidental; Conhecer o contexto histórico e político do surgimento da filosofia; Compreender as questões sobre a origem, essência e certeza do conhecimento humano; As diferentes formas de conhecimentos, suas metodologias e o problema da verdade. 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ÉTICA Compreender os fundamentos e a finalidade da Ética bem como a sua relação com a política; Entender a relação entre o sujeito e a norma. Verificar o entendimento dos alunos sobre a ética e moral, bem como as diferenças éticas existentes na sociedade; Ser capaz de perceber que o agir fundamentado propícia consequências melhores e mais racionais que o agir sem razões ou justificativas. FILOSOFIA POLÍTICA Compreender as relações de poder e os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos; Problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, dentre outros; Analisar a compreensão dos alunos sobre a realidade politica, seu entendimento das relações de poder existentes, das ideologias, desenvolvendo o senso critico sobre as formas de governo e politicas existentes na sociedade contemporânea; 3º ANO DO MÉDIO FILOSOFIA DA CIÊNCIA Compreender o que é ciência, suas condições e possibilidades, sua intenção; Refletir criticamente o conhecimento cientifico; Entender que o conhecimento cientifico é provisório, jamais acabado ou definitivo, sempre tributário, de fundo ideológico, religioso, econômico, político e histórico; Verificar os avanços científicos no campo da bioética e suas implicações ético-politicas e sociais; ESTÉTICA Compreender o fundamentos da Estética enquanto reflexão sobre a beleza, a sensibilidade e a arte. Compreender a apreensão da realidade pela via da sensibilidade, percebendo que o conhecimento não é apenas resultado da atividade intelectual, mas fruto também da imaginação, da intuição e da fruição; O entendimento dos educandos para a realidade estética, verificando como esta pode estar a serviço de interesses econômicos, religiosos, sociais, políticos etc, ao longo da história. Os diferentes padrões de beleza e a relação belo e o grotesco. RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS A recuperação de estudos será feita de forma contínua no início da cada aula, com a retomada do conteúdo da aula anterior e após cada avaliação, não sendo atribuída a esta uma nota. Será feita pela professora em sala de aula, utilizando-se de recursos como TV pendrive, quadro, exposição de conteúdo oralmente e em debates com a turma. REFERÊNCIAS ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no Ensino Médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.o 64. A Filosofia e seu ensino. 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Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. VÁZQUEZ, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. São Paulo: Difel, 1984