LEONARDO GORLA NOGUEIRA TÍTULO: Determinação do potencial biológico e antioxidante de extratos de casca de raiz de Maytenus ilicifolia (Celastraceae). DATA DA DEFESA: 17/12/2009 RESUMO: O gênero Maytenus (Celastraceae), atualmente compreende cerca de 80 espécies distribuídas por todo território brasileiro. A espécie Maytenus ilicifolia é conhecida popularmente pelos nomes de espinheira-santa, espinheira-diva, salva-vidas, sombra de touro, cancerosa e coromilho do campo, e utilizada contra hiperacidez e ulcerações do estômago. Com o objetivo de caracterizar o potencial biológico desta planta, foi estudada a atividade antibacteriana e antioxidante do extrato diclorometânico (DCM), frações, subfrações e duas substâncias puras (maitenina e catequina) isoladas das cascas de raízes de M.ilicifolia, obtidas por maceração a frio. Foi utilizada a técnica de diluição em microplacas frente às bactérias Staphylococcus aureus ATCC 25923, Enterococcus faecalis ATCC 29212, Bacillus subtilis ATCC 19659, Escherichia coli ATCC 25922 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. A concentração inibitória mínima (CIM) para o extrato e as substâncias testadas, expresso como a menor concentração capaz de inibir crescimento bacteriano foi avaliada em microplacas contendo meio líquido aos quais foram adicionados extratos, frações, substâncias puras e antibióticos, sendo estes últimos usados como controles positivos. Para a atividade antioxidante foram realizados ensaios espectrofotométricos do 2,2'-Azinobis-3- etilbenzotiazolina-6-acido sulfônico (ABTS.+); do íon hipoclorito (OCl-) e da taurina-cloramina (via oxidação do 3,3’,5,5’, tetrametilbenzidina), utilizando como padrões quercetina e cisteína. Foi demonstrada forte atividade da maitenina com CIM de 0,48 µg/mL para as bactérias Gram positivas, e a catequina não apresentou atividades contra as bactérias testadas. Na avaliação da atividade antioxidante o extrato DCM e a maitenina não foram tão eficazes quanto a atividade da catequina que apresentou IC50 para ABTS+ (2,76 µg/mL); OCl- (14,65 µg/mL) e taurinacloramina (23,20 µg/mL). Estes resultados sugerem que M.ilicifolia apresenta constituintes bioativos, sendo relevante a continuidade destes ensaios.