lição 1 - a ação cristã numa sociedade caótica

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LIÇÃO 1 - A AÇÃO CRISTÃ NUMA SOCIEDADE CAÓTICA
Não resta dúvida de que a sociedade contemporânea, no geral, enfrenta um caos sem precedente:
famílias esfaceladas, juventude desvirtuada, violência, imoralidade, desrespeito generalizado. Qual o
papel da Igreja Cristã frente a toda esta infeliz realidade? Tem a Igreja alguma responsabilidade
frente a este caos?
A História narra alguns exemplos notáveis das consequências do envolvimento da Igreja Cristã com
as causas sociais. Tais exemplos podem ser bem vistos na Europa e na América do século XVIII. O
Revavivamento Evangélico, que revolucionou ambos os continentes, não pode ser visto apenas em
termos de pregação do evangelho e conversão de pecadores a Cristo; ele suscitou também uma
vasta filantropia e afetou profundamente a sociedade nos dois lados do Atlântico.
JOHN WESLEY (1703-1791) nasceu em Epworth, Inglaterra, numa família de dezenove irmãos. Sua
“conversão” se deu em 1725. Logo depois passou a liderar de um pequeno grupo de estudantes
organizado pelo seu irmão mais novo, Charles, em Oxford, intitulado o “Clube Santo”. Este grupo
tornou-se uma associação, depois denominada “metodista” por causa do método de estudo da Bíblia
e da sua abnegação que incluía muitas obras de caridade. Em 1735 Wesley for para a Geórgia,
como missionário aos índios norte-americanos. Durante uma tempestade na travessia do oceano,
ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios a bordo do navio. A fé que tinham
diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhara Wesley constantemente durante a sua
juventude) dispôs Wesley à fé evangélica dos morávios. Voltou da Geórgia para a Inglaterra em
1738, onde entendeu que a conversão anterior fora apenas “religiosa” e passou então por uma
“conversão evangélica” depois de conhecer o morávio Pedro Bohler que o exortou a confiar somente
em Cristo para a sua salvação. Depois de uma rápida viagem para a Alemanha para visitar a
povoação morávia de Herrnhut, voltou para a Inglaterra e, juntamente com George Whitefield, que
também fora membro do Clube Santo, começou a pregar a salvação pela fé. Essa “nova doutrina”
era considerada redundante pelos sacramentalistas da Igreja Oficial que achavam que as pessoas já
eram suficientemente salvas em virtude do seu batismo na infância. Em 1739 a pregação de Wesley
e Whitefield resultou num reavivamento entre os mineiros de carvão em Kigswood. Este
reavivamento continuou sob a liderança direta de Wesley durante mais de 50 anos. Viajou cerca de
400.000 Km, por todas as partes da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda, pregando cerca de
40.000 sermões. Sua influência também se estendeu à América do Norte.
As mudanças sociais que se estenderam pela Inglaterra durante o período de reavivamento liderado
por Wesley são documentadas por J. Wesley Bready no seu livro England Befor And After Wesley (A
Inglaterra Antes e Depois de Wesley). Bready descreve a profunda selvageria de grande parte do
século XVIII que se caracterizou pela “cruel tornura de animais no esporte, a bebedeira bestial do
populacho, o tráfico desumano de negros africanos, o sequestro de compatriotas para a exportação
e venda como escravos, a mortalidade infantil, a obsessão universal pela jogatina, a selvageria do
sistema penitenciário e do código penal, a expansão devastadora da imoralidade, a prostituição do
teatro, a prevalência cada vez maior da ilegalidade, da superstição e da libertinagem, a corrupção e
o suborno na vida pública, a arrogância e a truculência das autoridades eclesiásticas... Todas estas
manifestações fazem crer que o povo britânico era, na época, talvez tão profundamente depravado e
corrupto quanto nenhum povo na cristandade.”.
Mas as coisas começaram a mudar. No século XIX a escravidão e o tráfico de escravos foram
abolidos, o sistema penitenciário foi humanizado, melhoraram as condições nas fábricas e nas
minas, a educação tornou-se acessível ao público, surgiram os sindicatos e assim por diante.
O mesmo se pode contar sobre os Estados Unidos no século passado. O envolvimento social foi
fruto da fé evangélica e irmão gêmeo do evangelismo. Isto pode se ver claramente em CHARLES G.
FINNEY. Através de suas pregações grandes multidões foram conduzidas à fé em Cristo. Finney cria
firmemente que o evangelho “libera um poderoso impulso rumo à reforma social” e, também, de que
a negligência da Igreja pela reforma social entristece o Espírito Santo e constitui um empecilho para
o reavivamento.
Através do Evangelismo de Finney, Deus levantou “um exército de jovens convertidos que se
tornaram os agentes do movimento reformador da sua época”. Em particular, “as forças que se
opuseram à escravidão (...) saíram principalmente de entre os convertidos nos reavivamentos de
Finney.”.
A História de Missões também comprova o casamento entre Missões e Ação Social. O missionário
itinerante carregava consigo uma sacola de medicamentos, sementes ou plantas novas ou
selecionadas e um rebanho melhorado. Foram missionários que revolucionaram a economia de
Gana ao introduzirem o café e o cacau plantados por famílias e indivíduos em suas próprias terras.
Um missionário, James Mckean, transformou a vida da Tailância do Norte ao eliminar suas três
maiores pragas: varíola, malária e lepra. Os missionários desempenharam um papel muito
importante na abolição do trabalho forçado no Congo. Resistiram ao comércio de escravos no Sul do
Pacífico. Lutaram ferrenhamente pelos direitos humanos no combate ao ópio, à atadura dos pés e à
exposição de meninas recém-nascidas na China. Abriram guerra à queima das viúvas, ao infanticídio
e à prostituição sagrada na India; e, acima de tudo, romperam a escravidão social e econômica do
sistema de castas que afetava os inferiorizados e marginalizados.
A BÍBLIA E O ENVOLVIMENTO SOCIAL DA IGREJA:
Estes tópicos serão desenvolvidos pelo professor em sala de aula, quando você, aluno, poderá fazer
as devidas anotações.
i)
Uma
Doutrina
ii)
Uma
Doutrina
iii)
Uma
iv)
Uma
v)
Uma
Doutrina
Doutrina
Doutrina
Mais
Abrangente
Mais
Abrangente
Mais
Mais
de
do
Abrangente
Abrangente
Mais
Abrangente
de
da
Deus:
Homem:
Cristo:
Salvação:
da
Igreja:
vi) Diaconia Prática
QUESTÕES PARA DEBATE:
a) Como a Igreja deve entender a ‘POLÍTICA”?
b) Religião e Política podem se misturar?
c) Como haverá de ser o evangelismo praticado por uma Igreja no Brasil, hoje?
E o que é política?
O conceito mais amplo de “política” denota a vida da cidade (polis) e as responsabilidades do
cidadão (polites); ou seja, tem a ver com o todo da nossa vida na sociedade humana. Política é a
arte de viver juntos em comunidade. De acordo com a definição mais limitada, no entanto, política é
a ciência de governar; é a preocupação com o desenvolvimento e a adoção de políticas específicas
que serão consagradas pela legislação.
LIÇÃO 2 - APRENDENDO COM O EXEMPLO DE JESUS
O Evangelho Segundo Lucas enfatiza de modo todo especial o significado universal da vinda de
Jesus. Enquanto Mateus começa sua genealogia a partir de Abraão a fim de destacar aos leitores
que Jesus é o Rei prometido de Israel, Lucas começa sua genealogia a partir de Adão. Lucas
apresenta Jesus como filho do pai de toda a humanidade; como o missionário de Deus, enquanto em
Mateus ele é visto mais como o Messias prometido de Israel.
Lucas enfatiza o significado do ministério de Jesus tanto em termos geográficos quanto em termos
sociais e culturais. Consideremos estes três aspectos de seu ministério e façamos as devidas
aplicações às nossas vidas e ao desafio de fazer Missões.
I. ROMPENDO AS BARREIRAS GEOGRÁFICAS
Em lucas 4 Jesus estava em Cafarnaum, onde centralizou seu ministério no início. Foi lá que ele
começou a pregar, ensinar e curar com autoridade. Foi até a casa de Simão e curou sua sogra. Nas
altas horas da noite, o povo lhe trazia os doentes, e ele os curava, devendo ter ficado um tanto
sobrecarregado com este ministério, pois lemos: “Sendo dia, saiu e foi para um lugar deserto; as
multidões o procuravam e foram até junto dele, e instavam para que não as deixasse.” (Lc 4:42).
“Espere aí! Não diga que já vai! O Senhor apenas começou seu ministério aqui. Esta cidade está
cheia de corrupção e pobreza, pecado e doença. O Senhor ainda não pode nos deixar!”
Qual foi a resposta de Jesus? “É necessário que eu anuncie o evangelho do Reino de Deus também
às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.” (vs. 43).
O Evangelho deve se espalhar. Não pode ficar parado em lugar algum! Já que o Evangelho é do
Reino, isto tem dimensões as mais amplas e universais possíveis. Fica, portanto, implícita sua
divulgação por toda parte, atravessando todas as barreiras geográficas. Tem que estar sempre em
movimento, até que todos recebam as boas novas. O ministério de Jesus demonstra uma
preocupação missionária que cruza as fronteiras geográficas, convocando a todos em todos os
lugares a assumirem a vida do Reino.
II. ROMPENDO AS BARREIRAS SOCIAIS
A missão de Jesus, contudo, não se resumiu a cruzar barreiras geográficas. Jesus também rompeu
barreiras sociais, pois ministrou a grupos sociais outrora negligenciados.
Por exemplo, observamos que três vezes Jesus foi à casa de um fariseu para jantar (Lc 7:36, 11:37,
14:1). Ele, portanto, não deixou de ministrar até mesmo à classe religiosa que mais se opunha a Ele.
Em outra ocasião, uma mulher pecadora ungiu os pés de Jesus com perfume (Lc 7:36-50). Jesus
não se preocupava com o estigma social que poderia receber por causa de sua simpatia e
disponibilidade para ministrar a todos igualmente, tanto àqueles que deveriam ser seus maiores
inimigos quanto aos que poderiam cuasar o maior escândalo para seu ministério. Aliás, pelo menos
segundo Lucas, havia, aparentemente, até uma ênfase - se não preferência - neste tipo de gente,
embora Jesus também tenha atendido à alta classe de líderes religiosos.
Até os publicanos foram objetos de seu amor e atenção. Eles eram as pessoas mais odiadas pelo
povo, consideradas exploradoras, em virtude dos altos impostos que cobravam, e traidoras, por
ajudarem a enriquecer o Estado romano. Jesus, apesar deste forte preconceito social, foi jantar na
casa de Levi (Lc 5:27-32). Mais ainda, ele se convidou à casa de Zaqueu, outro coletor de impostos
(Lc 19:1-10). Dessa forma, Jesus demonstrou concretamente que sua missão implicava em cruzar
todas as barreiras sociais, dando atenção especial para os grupos mais rejeitados da sociedade.
Por isso mesmo, Lucas revela enfaticamente o alcance que Jesus teve entre os pobres e oprimidos,
desde o princípio de seu ministério: Ele veio para evangelizar os pobres, libertar os cativos e
oprimidos e restaurar a vista aos cegos (Lc 4:18).
Decerto Ele ministrou também aos ricos, pois, provavelmente Zaquel e José de Arimatéria tinham
bons recursos financeiros. Todavia a forma de dirigirem suas riquezas tinha de mudar diante do
compromisso com Jesus! Assim, reparemos que, se Jesus fez uma opção preferencial pelos pobres,
certamente esta opção não era exclusiva.
Outro grupo desprezado pela sociedade, que recebeu a atenção e a preocupação de Jesus, foi o das
mulheres. Lucas faz menção desta dimensão do ministério de Cristo quarenta e três vezes, enquanto
Marcos e Mateus juntos a fazem apenas quarenta e nove vezes. Além disso, Lucas dá ênfase
especial ao fato de os primeiros missionários (quem testifica da ressurreição de Jesus) serem todos
mulheres (23:55-24:12). Num mundo onde o papel da mulher não possúia prestígio nenhum, este
fato é significativo e revelador. Além disso, só Lucas destaca as mulheres que acompanhavam e
sustentavam nosso Senhor em sua missão (8:1-3).
III. ROMPENDO AS BARREIRAS CULTURAIS E RELIGIOSAS
Jesus alcançou até os samaritanos, aqueles meio-judeus desprezados e marginalizados pelos
judeus. Mas não só os alcançou como também fez deles heróis quando contou a história do bom
samaritano (Lc 10:29-37). Imagine o aborrecimento dos fariseus quando ouviram esta história!
Interessante é que, dos dez leprosos que Jesus curou, o único que voltou para agradecer era o
samaritano (Lc 17:11-19).
Outro escândalo cultural e religioso que Jesus causou foi seu tratamento para com o centurião
romano. Os judeus colocavam os gentios fora da esfera do amor e atividade de Deus (a não ser que
se tornassem judeus). Contudo, quando esse soldado romano pediu que Jesus curasse seu servou,
confiando apenas na palavra afirmativa de fazê-lo, Jesus afirmou: “... nem mesmo em Israel achei fé
como esta.” (Lc 7:9).
CONCLUSÃO
Onde devemos pregar o Evangelho? - “a todas as nações” (Lc 24:47). Assim como, no início de seu
ministério, Jesus não foi detido ou atrasado por barreiras geográficas, mas teve de ir às outras
cidades, semelhantemente, no final desse ministério Ele exorta seus discípulos a irem a todas as
nações. Esta exortação nos pertence hoje. A responsabilidade é nossa. Esperemos apenas até que
do alto sejamos revestidos do poder (Lc 24:49).
Observemos que a dimensão da grande comissão é tão extensa quanto a humanidade, isto é,
abarca todas as áreas geográficas, classes sociais e culturas.
A responsabilidade está sobre nossos ombros. “Vós sois testemunhas destas coisas” (Lc 24:48), é
uma afirmação que inclui todos os cristãos. É nossa rsponsabilidade levar o Evangelho a todas as
nações. Se não o fizermos, deixaremos até de ser Igreja, pois este envio para o mundo faz parte de
sua essência.
LIÇÃO 3 - O ESPÍRITO SANTO, AUTOR E REALIZADOR DE MISSÕES
Na lição anterior vimos como o Evangelho de Lucas nos apresenta o ministério de Jesus como um
modelo para missões. Nesta lição queremos continuar estudando um livro de Lucas, só que sua
segunda obra - Atos dos Apóstolos. Em Atos temos o foco centralizado no ministério de Jesus
ressurreto, atuando por meio do Espírito Santo na Igreja. No final do primeiro volume (Evangelho),
Jesus exortou seus discípulos a que esperassem pelo poder do alto, o poder do Espírito Santo. No
início do segundo, eles o receberam, e a expansão missionária da Igreja começa.
Não podemos subestimar a necessidade do poder do Espírito Santo na realização de Missões. É
uma experiência animadora ver homens e mulheres responderem ao mandamento de testemunhar
com oração e, revestidos do poder do alto, pregarem o Evangelho porque tiveram um encontro
inesquecível com o Senhor. Mesmo não entendendo perfeitamente a grande comissão, pregam com
convicção e resultados, pois, quando o Espírito se apodera deles, há um impulso irresistível de
testemunhar.
I. O ESPÍRITO SANTO COMO AUTOR E REALIZADOR DE MISSÕES
O pré-requisito para o cumprimento da tarefa missionária é o poder do Espírito Santo (At 1:8).
Precisamos de um poder sobrenatural para lutar contra um inimigo sobrenatural. Com a vinda do
Espírito, a Igreja compreendeu as palavras de Jesus: “em verdade, em verdade vos digo que aquele
que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto
do Pai.” (Jo 14:12). No discurso que contém esse versículo, o Espírito Santo é central (Jo 14:16), e
os discípulos devem esperá-lo.
Ele não é apenas o autor, mas também o realizador de missões. Com sua vinda sobre os primeiros
discípulos houve o sinal sobrenatural de “línguas”, que indicava claramente que o Evangelho deveria
ser pregado a todas as raças e nações. Podemos dizer que o Espírito garante o sucesso missionário
no mundo.
II. O ESPÍRITO SANTO COMO PROMOTOR DE MISSÕES
O Espírito Santo está por trás de todos os acontecimentos em Atos. Ele é quem atuava quando:
* a Igreja se iniciou com 3.000 e depois 5.000 convertidos (2:41, 4:4);
* Pedro e os outros discípulos testemunharam ousadamente frente à perseguição (3:11-26);
* Os primeiros seguidores venceram o egoísmo e deram liberalmente à obra do Senhor (4:32-37);
* morreu o primeiro mártir, mostrando vitória gloriosa sobre a perseguição (6:8-7:60);
* o Evangelho da salvação alcançou o primeiro lar gentio (11:12);
* a mensagem de perdão espalhou-se pela Etiópia e África (8:27-29);
* as Igrejas na Judéia, Galiléia e Samaria vieram a se estabelecer firmemente (9:31);
* a maravilhosa Igreja missionária de Antioquia começou a prosperar em preparação para seu envio
de missionários (11:22-26);
* o amor mútuo das primeiras comunidades cristãs manifestou-se através da coleta incentivada pelo
profeta de Ágabo (11:28-29);
* a Igreja de Antioquia lançou seu programa missionário (13:2);
* Paulo venceu seu primeiro inimigo, Elimas, em Chipre (13:9);
* os apóstolos alegraram-se na preseguição em Antioquia da Psídia (13:50-52);
* os apóstolos reconheceram a obra entre os gentios e pronunciaram liberdade da lei para os
cristãos gentios (15:28);
* Paulo foi impedido de continuar na Ásia, sendo dirigido à Europa; um marco missionário
significante (16:6-10);
* os líderes foram escolhidos para tomar conta da Igreja local em Éfeso (20:28).
Assim, o Espírito Santo acompanhava todos os passos decisivos na expansão missionária da Igreja.
III. O ESPÍRITO SANTO COMO O PODER PARA MISSÕES
O Espírito Santo foi derramado apenas quatro vezes em Atos. Cada uma das conquistas na
expansão missionária foi acompanhada por sinais milagrosos. A primeira vez foi a vinda do Espírito
no Pentecoste (2:1-13); a segunda, quando o Evangelho alcançou a Samaria, a primeira cidade não
judia (8:14-17); a terceira, quando Pedro pregou à primeira família gentia, a de Cornélio, em
Cesaréia (10:44-45) e, finalmente, a quarta, quando Paulo conseguiu demonstrar a diferença entre o
Evangelho de Jesus e a pregação de João Batista (19:1-6). Todas as vezes o próprio Espírito Santo
marcou, milagrosamente, a introdução de uma nova fase na tarefa missionária a nós confiada.
O resultado destes despertamentos, onde o Espírito é derramado sobre as pessoas, é fruto
permanente. Os 3.000 convertidos da pregação de Pedro perseveravam (2:42, veja 11:24)!
IV. O ESPÍRITO SANTO COMO ESTRATEGISTA DE MISSÕES
Em Atos 1:8 encontramos uma estratégia geral que, de fato corresponde ao desdobramento da
expansão missionária da Igreja. Anote quais as estratégias adotadas pela Igreja dos apóstolos, sob a
orientação do Espírito, no cumprimento da grande comissão (estas informações serão apresentadas
pelo professor na sala de aula).
1a. estratégia:
2a. estratégia:
3a. estratégia:
LIÇÃO 4 - DESENVOLVENDO UMA MENTE CRISTÃ
Para vivermos numa sociedade não cristã é necessário nos munirmos de uma mente cristã.
Podemos definir “mente cristã” como uma mente que captou as pressuposições básicas da Escritura
e está completamente informada da verdade bíblica. Por conseguinte, é a mente que consegue
pensar com integridade cristã sobre os problemas do mundo contemporâneo.
Em Romanos 12 o apóstolo Paulo usa a expressão “a renovação da vossa mente”. Ele acabara de
dirigir seu famoso apelo aos leitores romanos, rogando-lhes que, em gratidão pelas misericórdias de
Deus, apresentassem seu corpo como “sacrifício vivo” e como “culto racional”. Prossegue então
explicando como é que o povo de Deus pode servi-lo neste mundo, mostrado as duas alternativas
que temos:
1ª.) Podemos nos “conformar” ou “adaptar” a este mundo ou época, com seus padrões (ou falta
destes), seus valores (geralmente materialistas) e seus alvos (egocêntricos e pagãos). Esta é a
alternativa mais simples, pois não é fácil resistir à cultura dominante, assim como não é fácil resistir à
ventania.
2ª.) Esta é a alternativa à qual nos exorta a Palavra: a não nos conformarmos com este mundo, mas
“transformar-nos” pela renovação da mente a fim de discernirmos a boa e perfeita vontade de Deus.
A mente renovada que o cristão deve ter, produz um efeito radical, já que capacita seu detentor a
discernir e aprovar a vontade de Deus, transformando assim sua conduta.
Se quisermos viver corretamente temos que pensar corretamente! Se quisermos pensar com
integridade precisamos ter uma mente renovada, pois uma vez renovada, nossos interesses já não
seguirão as propostas do mundo, mas a vontade de Deus, que nos transforma.
Esta mente renovada começa a ser formada com a conversão. Há um claro contraste. Nossa antiga
perspectiva nos levava a nos conformar à multidão; nossa nova visão nos induz a uma nãoconformidade moral, em virtude da vontade de Deus. A palavra grega “metanóia”, que é traduzida
como “arrependimento” significa literalmente “mudança de mente”!
A MENTE DE CRISTO:
Paulo escreve não apenas sobre uma “mente renovada”, mas também sobre “a mente de Cristo”. Ele
exorta os filipenses: “Tende em vós o mesmo sentimento (ou a mesma mente) que houve também
em Cristo Jesus.” (Fp 2:5). Isto é: à proporção que estudamos os ensinamentos e o exemplo de
Jesus e submetemos a mente conscientemente ao domínio de sua autoridade (Mt 11:29),
começamos a pensar como Ele. A mente de Cristo é gradativamente formada dentro de nós pelo
Espírito Santo, que é o Espírito de Cristo. Passamos a ver as coisas através da sua perspectiva, e
nossa visão se faz semelhante à dele. Nosso alvo deve ser o de poder dizer: “temos a mente de
Cristo” (I Co 2:16).
Stott divide a história bíblica em quatro temas principais, os quais devem ser conhecidos pelos
cristãos para capacitá-los a terem a verdadeira perspectiva de Deus realizando seu propósito.
Conhecer estas quatro realidades permite ao cristão entender como se encaixam todas as coisas;
uma forma de integrar à nossa compreensão a possibilidade de pensarmos com clareza até mesmo
sobre as questões mais complexas. Eis aqui, portanto, os quatro eventos que correspondem a
quatro realidades: primeiro, Criação; segundo, a Queda; terceiro, a Redenção; e quarto, a
Consumação.
Estes quatro eventos ou épocas, especialmente relacionados entre si, nos ensinam grandes
verdades acerca de Deus, do homem e da sociedade, verdades essas que direcionam nosso
pensamento cristão.
Viver como servos de Deus num mundo como o de hoje é, sem dúvida, um grande desafio face a
complexidade dos problemas da ética pessoal e social que nos confrontam. Soluções prontinhas,
servidas de bandeja, são geralmente impossíveis de se conseguir. Atalhos simplistas, que ignorem
as questões reais são inúteis. Ao mesmo tempo, ceder ao desespero não é uma atitude cristã. Para
nosso encorajamento, devemos lembrar que Deus nos concedeu quatro dádivas:
1º. Ele nos deu uma mente com que pensar. Fez-nos criaturas inteligentes e racionais. Ele ainda
nos proíbe de nos comportarmos como cavalos e mulas que não têm entendimento, e nos admoesta
a que, no juízo, não sejamos meninos, mas adultos. (leia Sl 32:9 e 1Co 14:20);
2º. Ele nos deu a Bíblia que testifica de Cristo, a fim de orientar e controlar nossa forma de pensar. À
medida que absorvemos seus ensinos nossos pensamentos vão pouco a pouco se conformando aos
dele;
3º. Ele nos deu o Espírito Santo, o Espírito da verdade, que nos abre as Escrituras e nos ilumina a
mente, a fim de compreendê-las e aplicá-las.
4º. Ele nos deu a comunidade cristã como contexto no qual podemos desenvolver nosso raciocínio.
Sua heterogeneidade é a melhor salvaguarda contra qualquer coisa que tente nos ofuscar, pois na
Igreja há gente de ambos os sexos e de todas as idades, temperamentos, experiências e culturas.
Com estas quatro dádivas, especialmente se as relacionarmos entre si - mente, livro-texto, mestre e
escola - poderemos desenvolver uma mente cada vez mais cristã e aprender a ser mais racionais na
nossa maneira de pensar.
LIÇÃO 5 - O CRISTÃO: TESTEMUNHA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A morte de Jesus Cristo e Sua posterior ressurreição dentre os mortos é a doutrina central da
teologia cristã e o fato principal dos seus ensinos. O testemunho do Novo Testamento é que a
ressurreição de Jesus é o pronto decisivo da fé cristã.
1. A Ressurreição de Cristo: doutrina central da Igreja
Em I Coríntios 15 encontramos uma síntese da doutrina da ressurreição, bem como um relato das
testemunhas oculares deste grandioso fato.
Leia I Cor 15 e responda:
a) O que aconteceria à fé cristã se Cristo não houvesse ressuscitado? (vs. 14 e 17)
b) Qual seria a consequência para nós, se Cristo não houvesse ressuscitado? (vs. 17 e 18)
c) O que poderíamos dizer dos cristãos, se Cristo não houvesse ressuscitado? (v. 19)
Se não houvesse a certeza da ressurreição de Cristo, os crentes apelariam para as filosofias
hedonistas de vida: “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (v. 32). A Palavra de Deus
deixa bem claro neste capítulo que o evento da ressurreição de Cristo separa o Cristianismo de
outras filosofias.
- apóstolo Paulo também ensina a centralidade da ressurreição em outras passagens. Em Romanos
1:3-4 declara ter sido provado que Jesus era o Filho de Deus, Cristo e Senhor mediante a Sua
ressurreição.
- leia também Romanos 14:9 e anote a conseqüência da vitória de Jesus sobre a morte:
- leia Romanos 10:9-10 e observe que a fé na ressurreição de Cristo é fundamental à ___________.
- a ressurreição de Cristo é para nós garantia de algo muito importante. Leia I Co 15:20, 2 Co 4:14 e
I Ts 4:14 e anote o que é isto tão importante:
2. A Ressurreição de Cristo: base da pregação missionária
Em Lucas 24, texto que narra a experiência dos discípulos que caminhavam para Emaús e que
tiveram oportunidade de viajar com Jesus ressurreto, sem que percebessem isto. Nos versos 25 e 26
encontramos Jesus enfatizando que sua morte e ressurreição era a mensagem central do Antigo
Testamento! E esta foi a base da pregação dos primeiros cristãos: o testemunho missionário é a
proclamação de que Cristo ressuscitou dentre os mortos.
Observe as palavras que Pedro pronunciou a grande multidão, no dia do Pentecostes em Jerusalém,
conforme
Atos
2:22-32.
Anote
os
pontos
principais
do
sermão
de
Pedro:__________________________
Agora leia o discurso que Paulo fez na sinagoga de Antioquía da Psídia e observe os pontos
principais, conforme Atos 13:2939:_______________________________________________________
Em Atenas, no areópago, Paulo provocou polêmica ao incluir em seu discurso um tema que para
muitos gregos causava espanto. Leia Atos 17:30-33 e anote a que o apóstolo se referiu:
_______________
Fica claro que crentes primitivos como os apóstolos Pedro e Paulo reconheciam que esse evento
fornecia a reinvidicação central do cristianismo. Com a ressurreição, a mensagem cristã da vida
eterna está segura, e se baseia na realidade da vitória de Jesus sobre a morte. Sem a ressurreição,
a mensagem cristã é reduzida à de uma filosofia humana.
3. Enfrentando Heresias e Incredulidade
Desde o início da Igreja nos deparamos com as tentativas de se desacreditar na doutrina da
ressurreição de Cristo e na ressurreição dos salvos por Cristo. Tanto em I Co 15:12 e 2 Tm 2:18
temos indicações de pessoas que negavam a ressurreição corpórea de Cristo. A história tem
mostrado ridículas teorias que pipocam com explicações esdrúxulas para a ressurreição. Há, por
exemplo, a “teoria do desmaio” (Cristo teria simplesmente desmaiado, e não morrido!!!); a “teoria da
alucinação” (todas as centenas de testemunhas teriam passado por alucinações coletivas!!!); “teoria
do mito” (a ressurreição seria lendária).
Estas e outras tentativas de negar a ressurreição de Cristo esbarram nas evidências históricas: os
testemunhos oculares dos aparecimentos de Jesus (citados nos Evangelhos e em I Co 15), as vidas
transformadas dos discípulos (há uma inegável transformação nas vidas dos discípulos de
covardes/amedrontados para intrépidos pregadores a partir da ressurreição), o túmulo vazio, a
incapacidade de os líderes judeus desmentirem essas asseverações.
Conforme Paulo escreveu em I Co 15:12-20, a ressurreição é o centro da fé e da teologia cristãs.
Esse evento é o sinal de que os ensinos de Jesus foram aprovados por Deus (At 2:22-23) e,
portanto, continua a fornecer uma base para a fé cristã em nossos dias. É a garantia da realidade da
vida eterna para todos aqueles que confiam no Evangelho.
4. O Significado de Testemunhar da Ressurreição de Cristo
Vamos refletir um pouco em I Pedro 3: 7-18. No versículo 11 há uma pergunta que o apóstolo
direciona a nós, que já sabemos que Cristo ressuscitou e que breve voltará para julgar a todos. Leia
este
versículo
e
anote
a
pergunta
que
nos
é
feita:
_________________________________________________
Exatamente. Saber que Cristo ressuscitou implica em grande responsabilidade para nós. Abaixo,
anote os procedimentos que devemos adotar diante da grande verdade de que Cristo ressuscitou, é
Senhor e voltará para julgar a todos:
1o.) _____________________________________________________________________________
2o.) _____________________________________________________________________________
3o.) _____________________________________________________________________________
4o.) _____________________________________________________________________________
O mundo precisa saber que Jesus é Vivo. Que Ele morreu pelos nossos pecados, mas que
ressuscitou e reina. Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. (Rm 10:9)
LIÇÃO 6 - SENDO SAL E LUZ
(Mateus 5: 13-16)
Uma das mais tristes condições que um cristão pode assumir na sociedade em que vive é a
alienação. Dizer "sou um alienado" significa: "não consigo mais me relacionar com a sociedade e, o
que é ainda pior, não há nada que eu possa fazer."
Não foi para sermos pessoas alienadas que Cristo nos chamou, mas para sermos SAL e LUZ. Era
esta a expectativa que Ele tinha para os seus seguidores, expressa tão detalhadamente no Sermão
do Monte.
Leia Mateus 5: 13-16
Todo o mundo conhece o sal e a luz. Eles se encontram praticamente em todas as partes do mundo.
Jesus conhecia sua utilidade prática e, por isso, usou-os para ilustrar a influência que ele esperava
que seus discípulos exercessem na sociedade humana. O que ele quis dizer com isso? Vejamos
quatro verdades:
1ª Os cristãos são fundamentalmente diferentes dos não cristãos
As duas imagens separam as duas comunidades uma da outra. O mundo é escuro - Jesus explica - ,
vocês devem ser luz. O mundo está se decompondo; vocês devem ser o sal e impedir que ele
apodreça. Usando uma linguagem coloquial diríamos que eles são tão diferentes quanto água e
vinho, óleo e água.
Este é um dos principais temas da Bíblia inteira. Deus chama do mundo um povo para si mesmo e a
vocação do seu povo é ser "santo " ou "diferente ".
Leia I Pedro 1: 15,16)
2ª Os cristãos devem impregnar a sociedade não cristã
Embora os cristãos sejam ( ou devessem ser ) moral e espiritualmente distintos dos não cristãos,
eles não devem se segregar socialmente. Pelo contrário, sua luz deve brilhar nas trevas e seu sal
penetrar a carne em estado de putrefação. Os cristãos devem mergulhar na sociedade.
Lembremo-nos do exemplo de Jesus que rompeu barreiras culturais, religiosas e sociais para estar
junto daqueles que necessitavam Foi muito criticado por isso, mas ensinou que "veio buscar e salvar
os que estavam perdidos". Assim, nós também, devemos afetar a sociedade a fim de que vejam as
nossas boas obras.
3ª Os cristãos podem influenciar a sociedade não cristã
Somos hoje um número muito significativo de pessoas que se dizem cristãs. Há mais de 20 anos
atrás, nos Estados Unidos, 69 milhões de americanos professavam sua fé pessoal em Jesus Cristo e
67% de toda a população era composta por membros de igrejas evangélicas. Então, vem a pergunta:
"Por que esse grande exército de soldados cristãos não tem tido mais sucesso no combate às forças
do
mal?"
Nós, cristãos, temos o hábito de lamentar a deterioração dos padrões do mundo com um farisaico ar
de grande desalento. Criticamos sua violência, desonestidade, imoralidade, desrespeito para com a
vida humana e sua ganância materialista. Mas, de quem é a culpa? Onde está a luz? Onde está o
sal? Onde está a igreja?
É pura hipocrisia da nossa parte colocar a culpa na sociedade. O Senhor Jesus disse que nós
tínhamos que ser o sal e a luz. Portanto, se a escuridão e a decomposição existem, a falha é nossa
e temos que assumir a culpa.
4ª. Os cristãos devem manter a sua característica distintiva
Se o sal deixa de ser sal, não presta pra nada. Se a luz deixa de brilhar, perde o efeito. Portanto, se
nós que nos dizemos seguidores de Cristo queremos fazer algo de positivo por Ele, temos que
atentar para dois requisitos;
temos que imergir na vida do mundo
temos que evitar nos misturar com o mundo
Chamamos isso de dupla identidade da Igreja (santidade e mundanidade). O restante do Sermão do
Monte vai completará o que significa ser sal e luz: uma lealdade ainda maior (a do coração) , um
amor ainda mais amplo (até pelos nossos inimigos), uma ambição muito mais nobre (buscar em
primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça)
Conclusão
Este propósito e esta expectativa de Cristo deveriam ser suficientes para superar o nosso senso de
alienação. É até possível que sejamos rejeitados ou desprezados por alguns no nosso trabalho ou
em nossa comunidade local.
No entanto, deveríamos nos determinar, pela sua graça, a nos infiltrar em algum segmento secular
da sociedade e ali erguer a bandeira de Cristo, mantendo, sem comprometimentos seus estandartes
de amor, bondade e verdade.
LIÇÃO 7 - ARREPENDIMENTO
Texto básico: Mateus 21: 28-32
A doutrina do arrependimento é um ensino ausente em muitas igrejas em nossos dias. Tem se
pregado sermões superficiais que diluem a idéia do pecado, oferecendo muito e exigindo pouco
demais. Temos visto "conversões " que não evidenciam, na prática, o fruto do arrependimento, ou
seja, uma transformação, mudança radical de vida. ( II Co 5:17; Mt 12:33 )
A palavra grega para arrependimento é metanoia que é derivada de meta - "depois ", e neo "compreender " , literalmente significa: "Reflexão posterior", ou "mudança de mente". Todavia o seu
sentido bíblico vai além, significando uma mudança de rumo, mudança de direção, de atitude. Este é
o significado da palavra.
Em Mateus 21: 28-31, o Senhor Jesus nos dá lições claras sobre o arrependimento.
I. A lição do primeiro filho
CONFISSÃO DE FÉ SEM ARREPENDIMENTO GERA UMA DEVOÇÃO MERAMENTE EXTERIOR
a) Os ouvintes de Jesus
Naquela ocasião, os ouvintes de Jesus eram os fariseus, indivíduos que viviam na ilusão pensando
que eram muito justos, não se vendo a si mesmos como pecadores ou desobedientes. Mas, apesar
de serem religiosos, conforme é visto nesta parábola, não estavam mais próximos do reino do que
uma prostituta.( Mt 21:31)
b) Devoção meramente exterior
O primeiro filho na parábola contada por Jesus representa os fariseus, e a lição que esse
personagem nos ensina é que corremos o risco de vivermos um cristianismo só de aparências, pois
podemos estar dizendo que vamos fazer, mas nunca fazemos.
Isto é bastante comum em nossos dias. Muitos crentes que freqüentam os cultos da igreja, que se
batizam, dão o dízimo, mas não obedecem. Por quê? PORQUE NÃO HOUVE ARREPENDIMENTO.
Temos quer Ter em mente que Jesus não se impressiona com nossas palavras piedosas. Ele quer
ver os frutos, as evidências de nosso cristianismo em obras de obediência.
( Mateus 7: 21-23; Mt 6:5,16-18 , Mt 23:3 )
II. A lição do segundo filho
CONFISSÃO DE FÉ ACOMPANHADA DE ARREPENDIMENTO GERA UMA VIDA DE
OBEDIÊNCIA À VONTADE DE DEUS
Observe que o segundo filho quando recebeu a ordem do pai disse: "Não quero". Esta é por
natureza a nossa resposta às ordens de Deus. Como já vimos, a palavra "arrependimento" significa
um redirecionamento da vontade humana. Assim, o segundo filho embora a princípio não quisesse
fazer a vontade do pai, arrependido, mudou de posição.
Igualmente precisamos desprezar nossos pecados, confessá-los, abandoná-los, fazer as devidas
reparações e tomar as devidas providências para não repetirmos o erro. Poderemos pecar - e vamos
- ,mas o processo de santificação não pode ser interrompido.
Leia o exemplo de Zaqueu em Lucas 19: 8,9
III. O arrependimento engloba o homem todo
a) Engloba o homem intelectualmente ( Mt 12: 41; Lc 11:32)
O arrependimento se inicia quando há reconhecimento do pecado. O homem desperta para a
seriedade que seu pecado tem para Deus. Este é o primeiro passo do arrependimento: quando eu
compreendo que algo está errado.
b) Engloba o homem emocionalmente ( II Co 7:10; Jó 42:6 )
Uma pessoa pode até entristecer-se sem estar arrependida, como foi o caso de Judas. (Mt 27:3-5 ),
ou do moço rico ( Mt 19:16-22) . Entretanto, o genuíno arrependimento sempre vem acompanhado
por tristeza. ( Sl 51:17)
c) Engloba o homem volitivamente ( Lc 15: 17-20)
A vontade do homem é afetada. Lembra-se do filho pródigo? Em Lucas 15:17-20, somos informados
de que ele "caiu em si", compreendeu que algo estava errado, mas não ficou só nisso. "Levantou-se
e foi..." Houve uma tomada de decisão. Não haverá arrependimento verdadeiro até que tenhamos
feito algo a respeito do pecado. Não basta saber que é errado, ou ficar triste por Ter pecado. O
pecado precisa ser abandonado.
Conclusão
Iniciamos o nosso estudo dizendo que a doutrina do arrependimento anda muito ausente em nossas
igrejas. Talvez esteja aí a razão de tantas incoerências nas vidas dos cristãos. As nossas igrejas
precisam de pessoas praticantes da palavra e não somente ouvintes. Pessoas que dizem sim à voz
do Senhor, mas que também obedecem a essa voz.
LIÇÃO 8 - A VOLTA DE JESUS E A URGÊNCIA MISSIONÁRIA
Grande parte dos ensinos de Jesus trata do reino de Deus. O assunto marcou o ministério de Jesus
do início (Mc1:15) ao fim. (At 1:3). As parábolas, sua maneira popular de ensinar, focalizam tanto o
assunto que, freqüentemente são chamadas "parábolas do reino". De fato, nos evangelhos há mais
de 70 referências de Jesus ao reino.
O ensino de Jesus sobre o reino também tem a ver com Missões, pois foi justamente este assunto
que ele abordou com os discípulos no período entre a ressurreição e a ascensão, preparando-os
para o Pentecoste e a explosiva expansão missionária da Igreja. Por isso o assunto é de muitíssima
importância para Missões.
O reino de Deus possui dois aspectos temporais:
1.Ele já está presente pois a vinda de Jesus o inaugurou ( Lc 11:20; Mt 12:28 )
2.Seu cumprimento ainda não se deu, porque aguarda a volta de Jesus ( Mt 13:40-41)
Vejamos algumas características desse reino com relação à obra missionária:
O ESCOPO DO REINO É UNIVERSAL
Jesus ensina a perspectiva missionária universal do Antigo Testamento. Ensina que no último dia
muita gente virá do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e tomará lugar à mesa no reino de
Deus. ( Lc 13: 29 ) As bênçãos do reino de Deus são para todos os povos do mundo
É muito preciosa essa descrição do reino como uma festa. Mas, antes de sua realização um convite
deve ser enviado às nações, a fim de que os convidados venham à festa. Este é o trabalho de
Missões.
OS QUE FESTEJAM HERDAM O REINO
Jesus ensina que os gentios estarão não apenas entre os que festejam, mas também herdarão o
reino de Deus com os judeus crentes ( Mt 21:43 e At 26:16-18 ). Assim como Jesus enviou a Paulo
como missionário para colher os gentios para o reino de Deus, hoje também nos envia a fim de
colher as nações para o seu domínio.
O SINAL DE SUA VOLTA: MISSÃO CUMPRIDA
Quando os discípulos perguntaram qual seria o sinal de sua volta e da consumação deste período
intermediário (Mt 24:3), Jesus fez uma lista dos sinais do período histórico que precederia a sua volta
( Mt 24: 4-12 ) e depois respondeu à pergunta deles quanto a este sinal:
"E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações.
Então virá o fim." (Mt 24:14)
Isso deixa claro que o evangelho será pregado a todas as partes do mundo, bem antes da sua volta.
Quem fará isso? Seus enviados, seus missionários.
Nós somos os precursores de sua vinda. Quando você e eu tivermos respondido em obediência,
levando o evangelho até os confins da terra, então este mesmo Jesus voltará.
Missões, portanto, entram em penúltimo lugar na história divina da salvação. Esperamos a gloriosa
volta de Cristo e a consumação dos séculos - por último. Contudo, não de braços cruzados, pois o
último elemento virá só depois do penúltimo - a pregação do reino por todo o mundo. Por isso,
quando em outro lugar os discípulos perguntaram quando seria a restauração do reino, a resposta foi
a mesma - missões ( At 1:6-8 ).
Não nos preocupemos com os sinais ( épocas, tempos, etc) e, sim, com um sinal: a pregação do
reino a todas as nações.
ALCANÇANDO OS NÃO-ALCANÇADOS
Nosso alvo missionário é alcançar aqueles que não receberam o evangelho de Cristo. Leia Romanos
15:19-21 e veja o exemplo que o apóstolo Paulo nos dá. Isso significa que nossa estratégia deve ser
alcançar os povos que ainda não foram alcançados, não apenas geograficamente, mas também
culturalmente.
A grande comissão manda fazer discípulos de todas as nações, etnias, segundo o texto original ( Mt
28:19 ). A tradução "nações " é um tanto infeliz porque dá a idéia de países politicamente definidos,
em vez de grupos étnicos e povos culturalmente definidos. O mandamento é no sentido de discipular
as etnias.
Este conceito está mais próximo da idéia bíblica e ilumina imensamente a tarefa missionária atual.
No Brasil, há inúmeros grupos culturalmente distintos. Somente em São Paulo há um milhão de
japoneses, 430.000 portugueses, 400.000 italianos, 200.000 chineses e não poucos coreanos,
ciganos, alemães sírios e outros. No país há centenas de tribos indígenas.
No mundo, há aproximadamente 24.000 povos culturalmente definidos. Metade desses ainda não
possui uma igreja cristã que possa continuar o trabalho de evangelização. Cristão precisam cruzar
barreiras culturais para evangelizá-los.
CONCLUSÃO
Assim como a Bíblia começa com um escopo universal, com Deus criando os céus e a terra,
preparando o palco mais amplo possível de "missões", ela também termina com o mesmo tom,
dando-nos nada menos do que a visão gloriosa do reino, lembrando-nos que a salvação pela graça
se destina a ser oferecida a todos, universalmente: "A graça do Senhor Jesus Cristo seja com todos"
( Ap 22: 21)
LIÇÃO 9 - MULTIPLICANDO DISCÍPULOS
Você pode começar a se multiplicar espiritualmente hoje e começar um processo dinâmico que
alcance além de sua geração, que chegue até o próximo século. Esta pode ser a sua parte em levar
a cabo a Grande Comissão de Cristo (Mateus 28:18-20). Isto é algo que qualquer pessoa pode fazer,
em qualquer lugar, mas o melhor lugar para começar é a sua igreja local.
O que é um discípulo?
Responda você mesmo lendo essas três definições do próprio Jesus:
João8:31:
João 13: 34,35:
João 15:4,5:
Condições para o discipulado
A salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos."
( Billy Graham)
Leia os textos abaixo e veja se você está disposto a seguir tais condições:
Lucas 14:26-34 / II Cor 5:15
Discipulado no Antigo Testamento
Moisés e Josué: Dt 3:28
Elias e Eliseu ( II Re 2:9-11)
Davi e seus valentes
Pais e seus filhos Dt 4:9, 6:6,7
Discipulado no Novo Testamento
André - João 1:40-42
João - epístolas aos pastores
Barnabé - encorajou a Paulo e discipulou João Marcos
Áquila e Priscila - cuidaram de Apolo
( At 18:24-28)
VOCÊ TAMBÉM PODE MULTIPLICAR-SE!
Como fazer?
As epístolas de Paulo aos tessalonicenses nos trazem algumas boas dicas de como, na prática,
agirmos com os novos crentes:
1) Correspondência pessoal ( I Tess 1:1). Você ainda hoje pode usar este método, seja através de
cartas ou mesmo de estudos bíblicos que irão orientar o novo crente em sua caminhada.
2) Intercessão pessoal ( I Tess 1:2, 3:10; Ef 3:13,14)
Quanto tempo de oração você tem gasto pelos novos crentes?
3) Representantes pessoais ( I Tess 3:1-5). Timóteo foi usado como representante de Paulo quando
este não podia ir. Às vezes, não podemos dar atenção individualizada ao novo crente, mas podemos
mandar alguém que o faça.
4) Contato pessoal ( I Tess 2:18) Nada substitui este contato. Estar junto a um novo convertido ainda
é o melhor método.
Alguns lembretes:
Deus usa carne e sangue cheios do Espírito Santo para edificar vidas
Todos os gigantes de Deus foram homens fracos que fizeram grandes coisas para Deus, porque se
estribaram no fato de Deus estar com eles.
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