Método de Ginástica Imaginacional Nascimento (Exercícios sem Movimento Físico) Postulados/Premissas Básicas: Tudo que a mente humana é capaz de imaginar, já existiu, existe ou existirá latente, virtual ou potencialmente no universo... “Assim é, se assim lhe parece...” “Tudo é possível àquele que acredita...” “Imaginação” nada mais é do que “Imagem-em-ação...” “A ginástica é a ciência racional de nossos movimentos, de suas relações com nossos sentidos, inteligência, sentimentos e costumes, e o completo desenvolvimento de nossas faculdades. É a ciência do movimento racional, sujeito a uma disciplina e a um fim prático”. Amoros Por: Evaldo Nascimento 1 – DESCRIÇÃO O presente método consiste numa ginástica (exercícios em geral inclusive lutas, danças, iogas, jogos esportivos, etc.) feita sem movimentos físicos efetivos; apenas através da visualização de imagens mentais desses movimentos nas partes do corpo as quais se pretende exercitar. Utiliza o princípio do “ato reflexo” (caso, por exemplo, de pessoas que sofrem amputações, mas continuam sentindo como se os membros ainda existissem através da lembrança e visualização deles) e das transmissões dos impulsos nervosos (neuronais) por meio dos músculos e nervos. Ela parte do pressuposto de que é possível tonificar-se e desenvolver-se a musculatura, assim como eliminar toxinas e queimar calorias – talvez não no mesmo nível do que o real movimento físico --, apenas imaginando e executando mentalmente os exercícios propostos, acompanhados dos necessários e respectivos movimentos respiratórios de inspiração e expiração. A ginástica é efetuada preferencialmente com a pessoa deitada, mas pode ser praticada também com ela sentada ou mesmo em pé dependendo apenas do nível e capacidade de concentração de cada um. É recomendado, porém, que o praticante esteja em algum ambiente onde possa fechar os olhos e concentrar-se totalmente naquilo que pretende fazer. Orientado ou não por um instrutor, o praticante imagina-se executando aqueles exercícios que normalmente podem ser feitos em quaisquer academias de ginástica como abdominais, barras, levantamento de pesos, esteira, polichinelos, rotações de tronco, pular corda, corrida, flexões de braços e pernas, etc. A cada uma das partes de um movimento imaginado, o praticante inspira na primeira sequência e expira na segunda. Por exemplo, num exercício de abdominal, ele inspira quando se imagina flexionando o abdome em direção às pernas e inspira ao imaginar-se o distendendo para trás. Os exercícios obedecem sempre ao princípio psíquico-físico da visualização, ou seja, basta que o praticante tenha a capacidade mental e reflexiva de concentração para que possa ver-se e sentir-se realmente executando os exercícios propostos, a fim de que o método surta os efeitos desejados. Como nos métodos de ginástica que utilizam o efetivo movimento físico, os exercícios do Método Imaginacional Nascimento também são baseados no princípio da contração e distensão muscular, só que através da visualização mental dos respectivos exercícios. Ressalte-se que este é um Método experimental que ainda carece de ser testado e comprovado cientificamente. Ele pode ser utilizado por pessoas de quaisquer idades, uma vez que não requer real esforço físico podendo, ao contrário, contribuir para a melhoria geral da saúde; e tem a vantagem de poder ser executado em qualquer hora do dia ou da noite. Inclui-se na modalidade conhecida como “ginástica de conscientização corporal” a qual, segundo a Wikipédia, tem por objetivo “reunir novas propostas de abordagem do corpo na busca da solução de problemas físicos e posturais”. Embora esteja descrito com base nos movimentos e fundamentos da ginástica geral, o Método se aplica perfeitamente aos outros tipos conhecidos de ginásticas competitivas e não competitivas, a saber: Artística, Rítmica, Trampolim Acrobático, Acrobática, Natação, Jogos Esportivos em geral e Aeróbica (competitivas); Contorcionismo, Cerebral, Laboral, Localizada de Academias (aparelhos, lutas, danças, iogas); Natural, Corretiva, de Compensação e de Conservação; e Hidroginástica (não competitivas). Isto porque não há limites para a mente e suas influências, bastando que o praticante consiga visualizar-se executando cada modalidade. Como nas ginásticas tradicionais e já reconhecidas, recomendase que os movimentos visualizados sejam feitos pelo menos durante uma hora por dia. 2 – EMBASAMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO O presente Método encontra embasamento técnico-científico nas recentes constatações de que a força do pensamento é realmente capaz de influir de forma bem definida sobre as ações e reações elétricas e psíquicofísico-químicas dos músculos e nervos, mesmo que estes não estejam em “efetivo movimento”. É o caso, por exemplo, da recém-inventada cadeira de rodas movida a pensamento pelos japoneses. Além disso, durante a execução do método proposto, que vem sendo testado experimentalmente pelo autor do mesmo, as partes sobre as quais se lança o impulso nervoso são virtualmente movimentadas. Galvonômetro Ressalte-se que o método encontra apoio, ainda, na descoberta de Luigi Galvani (1737-1798), inventor do galvanômetro, e no trabalho do cientista suíço-alemão Emil Heinrich Du Bois-Reymond (1818-1896), professor de fisiologia em Berlim, discípulo e sucessor de Johannes Müller. Este conseguiu usar um novo e sensível tipo de galvanômetro desenvolvido por ele, para detectar o que ele chamou de "corrente de ação" no nervo de um sapo. Ele foi chamado assim porque Du Bois-Reymond notou uma pequena variação negativa do potencial elétrico de repouso em eletrodos metálicos conectando o nervo do batráquio ao galvanômetro, somente quando a estimulação do nervo (mecânica ou elétrica) eliciava uma resposta do músculo. Ele demonstrou que este fenômeno de "variação negativa" também ocorre em músculos estriados e é a causa primária da contração muscular (princípio de funcionamento da ginástica proposta pelo presente Método). Além disso, segundo o texto científico “A Descoberta da Bioeletricidade – a Condução Nervosa”, do PhD Renato M.E. Sabbatini, “os neurônios não existem isoladamente: eles também se conectam uns aos outros formando as chamadas cadeias neuronais, as quais transmitem informações a outros neurônios ou músculos. Por essas cadeias caminham os impulsos nervosos. Dois tipos de fenômenos estão envolvidos no processamento do impulso nervoso: elétrico e químico. Os eventos elétricos propagam um sinal dentro de um neurônio, e o químico transmite o sinal de um neurônio a outro ou a uma célula muscular. O "engate" ou junção entre um neurônio e outro é feito através do fenômeno conhecido como sinapse. Sinapses nervosas são os pontos onde as extremidades de neurônios vizinhos se encontram e o estímulo passa de um neurônio para o seguinte por meio de mediadores físico-químicos, os neurotransmissores. As sinapses ocorrem no contato das terminações nervosas (axônios) com os dendritos. O contato físico não existe realmente, pois as estruturas estão próximas, mas há um espaço entre elas (fenda sináptica). Dos axônios são libertadas substâncias (neurotransmissores), que atravessam a fenda e estimulam receptores nos dendritos e assim transmitem o impulso nervoso de um neurônio para o outro. “Um impulso nervoso é a transmissão de uma alteração elétrica ao longo da membrana do neurônio a partir do ponto em que ele foi estimulado. A direção normal do impulso no organismo é do corpo celular para o axônio (ver artigo sobre a estrutura do neurônio na edição no. 8 da Revista Cérebro & Mente). Esse impulso nervoso, ou potencial de ação, é uma alteração brusca e rápida da diferença de potencial transmembrana. Normalmente a membrana do neurônio é polarizada em repouso, sendo que o potencial é negativo (-70 mV). O potencial de ação consiste de uma redução rápida da negatividade da membrana até 0mV e inversão deste potencial até valores de cerca de +30mV, seguido de um retorno também rápido até valores um pouco mais negativos que o potencial de repouso de -70mV. “Como resultado das demonstrações experimentais realizadas por Luigi Galvani e seus seguidores, a natureza elétrica da função nervo-músculo estava finalmente desvendada. Entretanto, a prova direta somente poderia ser feita quando os cientistas conseguissem medir ou detectar as correntes elétricas naturais geradas nas células nervosas e musculares. Galvani não tinha a tecnologia necessária para medir essas correntes, porque elas eram muito pequenas. Os electroscópios, os dispositivos medidores usados naquele tempo, não eram sensíveis o suficiente. Como resultado, o estudo da bioeletricidade quase desapareceu do cenário científico até 1827”. Em 1826, Johannes Müller (1801-1858), um notável psicólogo e fisiologista alemão, propôs a sua teoria da "energia nervosa específica", a qual defendia que os diferentes nervos (ótico, auditivo, etc) transmitiam uma espécie de "código", que identificava a sua origem ao cérebro. Sua proposição, válida até hoje, foi, no entanto baseada no vitalismo, uma doutrina filosófica errônea, que afirmava que a vida era caracterizada por uma "energia vital" intrínseca. Entretanto, a teoria de Müller foi importante como o início de uma escola inteiramente nova do pensamento neurofisiológico, o qual eventualmente refutaria o vitalismo como um conceito válido em biologia. O palco para as descobertas revolucionárias sobre a função nervosa que seriam feitas nas próximas décadas tinha como pano de fundo os avanços que estavam sendo realizados continuamente no conhecimento anatômico sobre o sistema nervoso. Em 1836, Robert Remak descreveu axônios mielinizados e não-mielinizados. No ano seguinte, Jan Purkynje descreveu células cerebelares e identificou o núcleo e os processos neuronais. Novamente em 1838, ele e Remak sugeriram que as fibras nervosas são unidas (ou seja, a fibra nervosa ou axônio é um processo emergindo da célula nervosa). Em 1839, Theodor Schwann propôs a teoria celular, ou seja, que o sistema nervoso é composto de células neuronais individuais. A partir de estudos, realizados em coxas de rã Luigi Galvani descobriu que músculos e células nervosas eram capazes de produzir eletricidade, que ficou conhecida então como a eletricidade galvânica. Mais tarde, Galvani demonstrou que ela é originária de reações químicas. Na segunda metade do século XVIII, Luigi Aloisio Galvani começou a pesquisar sobre a aplicação terapêutica da eletricidade. Após dez anos de pesquisa publicou “Sobre as forças de eletricidade nos movimentos musculares”, onde concluía que os músculos armazenavam eletricidade (do mesmo modo que uma garrafa de Leiden) e os nervos conduziam essa eletricidade. Em seus estudos, dissecando rãs em uma mesa, enquanto conduzia experimentos com eletricidade estática, um dos assistentes de Galvani tocou em um nervo ciático de uma rã com um escalpelo metálico, o que provocava uma reação muscular na região tocada sempre que eram produzidas faíscas em uma máquina eletrostática próxima. Tal observação fez com que Galvani investigasse a relação entre a eletricidade e a animação - ou vida. Por isso é atribuída a Galvani a descoberta da bioeletricidade. Galvani criou então o termo eletricidade animal para descrever aquilo que era capaz de ativar os músculos daquele espécime. Juntamente com seus contemporâneos, ele reparou que aquela ativação muscular era gerada por um fluído elétrico que era conduzido aos músculos através dos nervos. Esse fenômeno foi então apelidado de "galvanismo", por sugestão dada por seu colega e, em alguns momentos, adversário intelectual, Alessandro Volta. As investigações e descobertas de Galvani levaram à invenção da primeira bateria elétrica, mas não por ele, que não percebia a eletricidade separada da biologia. Galvani não via a eletricidade como essência da vida, ao qual ele percebia ter uma natureza intrínseca e inerente à vitalidade. Desse modo, foi Alessandro Volta quem construiu a primeira bateria elétrica que ficou conhecida como a pilha voltaica. Como Galvani acreditava, toda a vida é de fato elétrica - pelo fato de todas as coisas vivas serem compostas de células, e cada célula tem um potencial celular - a eletricidade biológica tem as mesmas bases químicas para o fluxo de corrente elétrica entre células eletro-químicas --, desse modo podendo ser resumida de alguma maneira fora do corpo. A intuição de Volta estava correta também. A pesquisa de Galvani foi extensa no campo da anatomia comparativa. Era um entusiástico em clarear, estudando animais, a estrutura e as funções do corpo humano, e uma significativa parte do seu trabalho foi dedicada a esta pesquisa. Em 1762, ele publicou "De Ossibus", um estudo físico médico cirúrgico, um verdadeiro tratado da estrutura do osso, funções e patologia. A pesquisa mais importante de Galvani foi desenvolvida no campo da eletro-fisiologia, a qual começou em 1780, ou talvez antes, continuou por uma década, e resumiu no famoso Commentarius de viribus elctricitatis in motu musculari. Este trabalho primeiramente apareceu entre os panfletos no volume VII do Bononiensis Scientiarum et Artium Instituto atque Academia Commentarii. Foi então publicado separadamente, no ano seguinte, em uma versão editada e anotada por seu sobrinho e apoiador, Giovanni Aldini, e expandido pela carta de Don Bassiano Carminati a Galvani e a resposta posterior. Antes do Commentarius, Galvani escreveu diversos itens sobre eletricidade animal, nos quais vemos onde sua teoria se desenvolveu. Há cinco manuscritos de Galvani que foram publicados postumamente: Ensaio da Força dos Nervos na relação com a eletricidade (datada de 25 de Novembro de 1782), uma anotação sobre "Conexões e diferenças entre respiração, chama e sonda de uma garrafa de Leyden”, uma anotação datada de 30 de Outubro de 1786 e intitulada “De animale electricitate”, uma intitulada “Electricitas Naturalis” e datada de 16 de Agosto de 1787, e outra em latim (sem título no manuscrito de Galvani) sobre movimento dos músculos produzidos pela eletricidade. A publicação do Commentarius foi uma sensação na comunidade científica mundial e começou a longa controvérsia com Alessandro Volta. Preso a este debate, o qual foi conduzido de uma maneira muito calma, se considerada a severidade de alguns argumentos contemporâneos, foi a publicação do “Tratado de Uso e Efeito do Arco Condutor na Contração do Músculo” seguido pelo Suplemento ao mesmo tratado (em nenhum dos trabalhos o nome do autor foi mencionado), foram provavelmente atraídos a Galvani por outro nome que fora proposto: Giovanni Aldini e as anotações da eletricidade Animal endereçada a Lazzaro Spallanzani. Contrologia Encontra respaldo, também, na teoria da “Contrologia”, de Joseph Pilates; embora se diferencie desta no sentido de que o “Método Pilates”, apesar de também destacar a importância do controle do físico e da respiração, não dispensa o efetivo movimento do corpo durante a sua ginástica, conforme explicita: “As aulas são tranquilas, os movimentos são feitos com poucas repetições, mas exigem esforço (com a ginástica imaginacional não há esforço físico) e muita concentração, tornando-os mais eficientes. Dessa forma, o praticante não os realiza de forma automática”. Neurociência Apóia-se, ainda, nos princípios e pesquisas desenvolvidas pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis no Instituto Internacional de Neurociência de Natal (Rio Grande do Norte). Recentemente ele descobriu a possibilidade de controlar membros mecânicos à distância, novas próteses. De acordo com reportagens, “o fato vai permitir um dia que a atividade elétrica do nosso cérebro se liberte definitivamente dos limites físicos impostos por nossos corpos”. O cientista mostrou esse processo de ida e volta de informações entre um cérebro de verdade e um robô com os experimentos realizados numa macaca conhecida como “Aurora”. A primata foi ensinada a jogar videogame, estimulada com o prêmio de suco de laranja a cada acerto. Capaz de jogar durante horas, Aurora aprendeu a ganhar, e inclusive a trapacear. Enquanto o animal aprendia a jogar, a tempestade cerebral produzida era registrada com computadores que criavam modelos matemáticos, extraindo os comandos responsáveis pelo movimento. Essa informação era enviada a outra sala onde um braço robótico aprendia a fazer os movimentos de Aurora pela decodificação dos modelos matemáticos. A macaca via numa tela esse braço robótico e ia incorporando-o o próprio. Quatro semanas depois, foi aprendendo a jogar imaginando os movimentos, sem a ação motora (mesmo princípio de funcionamento proposto no Método de Ginástica Imaginacional Nascimento). É a própria tempestade elétrica que alimenta agora os 21 modelos que movimentam o braço robótico. O cérebro da Aurora conseguiu se livrar dos limites físicos e agir à distância, só pelo pensamento. Ou seja, o autor do presente método imaginacional defende que se é possível que a força do pensamento faça com que todas essas ações se realizem efetivamente, também é bem possível que os efeitos da visualização dos movimentos físicos de ginástica surtam os efeitos desejados e esperados nos respectivos músculos e na massa corpórea como um todo. O cérebro, grande simulador e estimulador Para explicar a descoberta que demonstra o cérebro como um grande simulador, Nicolelis apresentou outra macaca, a Idoya. O experimento que foi realizado com Idoya, a primeira macaca a andar como os seres humanos, de forma bipedal numa esteira, mostra sua atividade cerebral e seus padrões de locomoção enquanto caminha na esteira (outra prova, segundo o autor do presente método imaginacional, de que as pessoas podem realmente movimentar seus músculos e tirarem proveito disso simplesmente se imaginando fazendo o respectivo exercício). Idoya realizava essa atividade na costa leste da Carolina do Norte e sua atividade cerebral era enviada para Kyoto, no Japão, onde um robô decodificava a tempestade cerebral da primata. O robô era projetado na frente da macaca, e ela tinha assim a impressão de que eram suas próprias pernas (princípio de “visualização” similar também ao proposto pelo presente Método). Com esse experimento, o médico demonstrou que uma simulação produzida por bilhões de neurônios interconectados se amplia, incorporando novas ferramentas como se fossem do próprio cérebro. O corpo passa a terminar agora nos limites da ferramenta que o cérebro controla. O sonho de criar um corpo artificial O conferencista explicou que o objetivo de todos os seus experimentos, além de estudar as tempestades do cérebro que mostram nossos desejos, experiências, temores, é usar a interface cérebro-máquina para reabilitar o movimento em casos de lesões medulares. Cérebros que ainda sonham em vasculhar o mundo e não podem realizar isso porque foram privados da função motora se beneficiarão de uma medula espinhal eletrônica possibilitada por uma veste robótica, um novo corpo que o paciente vai usar como seu (o autor da ginástica imaginacional acredita que esta também poderá criar um novo padrão físico nos corpos daqueles que a praticarem). O engenheiro Gordon Cheng, colega de Nicolelis no Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, maior roboticista do mundo, é quem está criando essa veste. Ginástica Cerebral O “Método Imaginacional Nascimento” baseia-se, além disso, nos pressupostos da Ginástica Cerebral, que nasceu da necessidade de se manter o cérebro constantemente em exercício. De acordo com a sua descrição, a importância dela deve-se ao fato de que para que todo o trabalho de resgate e cruzamento de informações aconteça com eficácia e rapidez, é fundamental que o cérebro esteja com todas as suas sinapses devidamente desimpedidas, ativas, em forma e aptas a serem utilizadas. Só assim as informações arquivadas serão resgatadas no momento certo, no tempo necessário e circularão com rapidez, auxiliando nas decisões, com maior precisão, eficácia e agilidade. De acordo com a Wikipédia, esta forma de ginástica é praticada através de exercícios e movimentos coordenados do corpo que, executados de maneira apropriada, acessam e estimulam partes específicas do cérebro, antes pouco utilizadas e/ou desconectadas do conjunto cerebral (ora, se funciona assim no sentido do corpo para o cérebro, por que não haveria de funcionar também em sentido contrário, ou seja, do cérebro para o corpo? – grifo do autor do Método). Um exemplo dessa prática são ordens simples recebidas pelo cérebro, transmitidas ao corpo em forma de movimentos, que são gradativamente agilizadas. É o objetivo da ginástica cerebral, estimular os hemisférios do órgão, para que trabalhem simultânea e integralmente, o que oferece a possibilidade de utilização do cérebro de maneira total, em todo o seu potencial para memorização e aprendizado, com maior velocidade e eficiência. Nascida na década de 1970, na Universidade da Califórnia, esta modalidade é trabalhada junto aos princípios filosóficos e técnicos do tai chi chuan, da acupuntura e da yoga, a fim de aproveitar todo o potencial do cérebro. Física Quântica O Método Nascimento se fundamenta, além disso, na Física Quântica (a ciência que estuda e explica os efeitos da matéria invisível – e o pensamento é uma delas – sobre o mundo físico, visível). A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais como moléculas, átomos, elétrons, prótons e de outras partículas subatômicas (é o caso, mais uma vez, da energia do pensamento humano), muito embora também possa descrever fenômenos macroscópicos em diversos casos. A Mecânica Quântica é um ramo fundamental da física com vasta aplicação. A teoria quântica fornece descrições precisas para muitos fenômenos previamente inexplicados, tais como a radiação de corpo negro e as órbitas estáveis do elétron. Apesar de na maioria dos casos a Mecânica Quântica ser relevante para descrever sistemas microscópicos, os seus efeitos específicos não são somente perceptíveis em tal escala. Por exemplo, a explicação de fenômenos macroscópicos como a super fluidez e a supercondutividade só é possível se considerarmos que o comportamento microscópico da matéria é quântico (como o proposto no presente Método). A quantidade característica da teoria, que determina quando ela é necessária para a descrição de um fenômeno, é a chamada “constante de Planck", que tem dimensão de momento angular ou, equivalentemente, de ação. A mecânica quântica recebe esse nome por prever um fenômeno bastante conhecido dos físicos: a quantização. No caso dos estados ligados (por exemplo, um elétron orbitando em torno de um núcleo positivo) a Mecânica Quântica prevê que a energia (do elétron) deve ser quantizada. Este fenômeno é completamente alheio ao que prevê a teoria clássica. A física quântica é um produto da evolução da ciência na compreensão do universo. Ela mostra uma nova visão do homem e da realidade em que vive. No entanto, parece que a maior diferença está relacionada à posição que o homem ocupa no universo. Na visão quântica ele deixa de ser meramente um produto do meio, um fragmento de uma grande explosão que segue o seu destino pré-determinado através do universo. Ele deixa de ser um produto da matéria e passa a ser criador de sua própria realidade. Na física clássica de Newton a mente humana era considerada de pouco importância no contexto da realidade. Ela possuía pouca influência nos fenômenos físicos e naturais. Na física quântica a mente humana parece possuir um papel fundamental, pois preconiza que tudo está potencialmente contido em um universo virtual quântico e que se torna real através da interação de um observador (e um praticante) consciente. Eletromagnetismo do Pensamento O Método tem embasamento também no estudo do Eletromagnetismo do Pensamento Humano, pois “o pensamento é ondas eletromagnéticas que geram consciência que são palavras, ideias, saber, cultura, que formam o que é visto, cheirado, degustado e ouvido. Afinal, o cérebro é o organismo que nos possibilita desde o exercício do pensamento e do raciocínio, até o controle de todas as atividades de nosso corpo” (grifo do autor do Método). Teoricamente as transmissões eletromagnéticas do cérebro constituem ondas de energia eletroquímica que, uma vez transmitida, em nada difere das ondas eletromagnéticas ou radioelétricas conhecidas. Tendo sido gerada por campo elétrico muito reduzido (60 a 70 milivolts), teriam potência suficiente apenas para as comunicações internas, dentro da área do organismo humano, mais especificamente na cabeça. Mas variações de campo elétrico, sejam elas de que origem forem, constituem elementos de estudo de outra área, a do eletromagnetismo, cujas teorias mostram que seu alcance está ligado a uma série de fatores, entre eles a frequência, a potência, características específicas do meio, e uma série de outros. Seu raio de ação, portanto, não está limitado ao interior da cabeça, a não ser que essa seja totalmente blindada. Como o Ser Humano não possui tal tipo de blindagem, as ondas eletromagnéticas geradas pelo seu pensamento seguem as regras da Teoria Eletromagnética e, portanto, sua transmissão passa dos limites do organismo humano e se espalha ao seu redor. Para constatar essa energia gerada pelo pensamento e transmitida para fora do corpo, diversos laboratórios, entre eles o do Instituto do Pensamento da Universidade de Toronto, no Canadá, montaram verdadeiros arsenais de medição, constando de equipamentos de tomografia por emissão de pósitrons; tomografia computadorizada, magnetômetros de precisão; aparelhos de medição de fluxo sanguíneo e impulsos elétricos trafegando pelos neurônios; drogas que congelam a atividade cerebral em cobaias permitindo o seu estudo e diversos outros. Os magnetômetros de precisão utilizados hoje já conseguem medir o campo magnético correspondente às ondas geradas pelo pensamento humano, o que nos mostra claramente que o pensamento é transmitido pelo espaço externo ao corpo humano como qualquer onda de transmissão de rádio. Nesse momento do estudo voltamos ao tálamo. Sabemos que ele é o órgão que gera ondas como um radar para fazer uma varredura no hipocampo e nos lóbulos cerebrais localizados na área cortical. Sabemos também que essas ondas por ele geradas retornam alteradas pelas informações dessas áreas, momento esse caracterizado pela impressão de percepção dos eventos: luz, som, calor, frio, dor, umidade, cheiro, pressão, etc... Como sua percepção se dá por meio de captação de ondas, sua capacidade de captação não pode estar limitada às ondas por ele geradas, pois qualquer antena receptora está projetada em sintonia com uma determinada faixa de frequência, mas não consegue selecionar entre essas frequências aquela que foi por ela mesma gerada. Logo, qualquer onda que ao tálamo chegue, desde que esteja dentro da faixa de frequências para a qual ele foi projetado, será por ele captada. Assim sendo, cientificamente falando, o cérebro, enquanto pensa, gera ondas para o espaço exterior, mas também é capaz de receber as ondas eletromagnéticas que a ele chegam, desde que estejam na sua faixa de frequências. O cérebro entende as ondas que tramitam em suas sinapses por estarem todas seguindo os mesmos códigos, como em qualquer sistema de transmissão de dados por rádio frequência. OBS: As informações para tal embasamento foram retiradas de trabalhos disponibilizados na Internet. 3 – MODO DE EXECUÇÃO DE ALGUNS DOS MOVIMENTOS PROPOSTOS Abdominal -- Deitado, sob o comando ou não de um instrutor, o praticante visualiza -- e faz de forma imaginativa – com que o seu corpo flexione-se para frente e para trás, enquanto inspira quando levanta o abdome e expira ao distendê-lo; Flexão na Barra – Deitado, sentado ou mesmo de pé, visualizar-se de pé, na posição em que normalmente se executa o movimento físico neste tipo de instrumento; imaginar-se flexionando os braços e com eles levantando o corpo até que a linha dos ombros fique em posição perpendicular à barra imaginária, com a ponta do queixo sobre ela. Inspira-se ao subir (levantar o corpo) e expira-se ao descer (baixar o corpo); Apoio de Frente no Chão – Visualizar-se com as palmas das mãos apoiadas no chão, os braços esticados e os pés apoiados nas pontas dos dedos. Imaginar que se está flexionando os braços para baixo, expirando, e para cima, inspirando; Levantamento de Peso (Halteres) – Imaginar-se de pé ou mesmo sentado com os braços suspensos acima dos ombros sustentando um aparelho de halterofilismo de peso compatível com a condição física do praticante. Aspirar e imaginar-se levantando o aparelho até os braços ficarem esticados acima da cabeça; em seguida visualizar-se baixando os braços até os ombros, enquanto expira; Polichinelo – Através da visualização mental, se posicionar com as mãos junto ao corpo (em posição de sentido), assim como também os pés. Imaginar que está saltando para cima enquanto toma uma inspiração profunda, ao mesmo tempo em que bate com as palmas das mãos sobre a cabeça e afasta as pernas uma da outra; Afastamento de Pernas – Estando preferencialmente deitado, imaginar-se com as mãos sob as nádegas e as pernas estiradas, juntas, suspensas num ângulo de cerca de 45 graus distante do chão em relação ao tronco. Visualizar que está afastando lentamente uma perna da outra até que ambas fiquem distantes o máximo que o praticante suportar para em seguida voltar à posição inicial; Flexão de Pernas e Joelhos – Imaginando-se deitado com as pernas encolhidas, visualizar-se flexionando-as para a frente enquanto inspira, e recolhê-las para trás até à posição inicial, ao mesmo tempo em que expira. Os demais exercícios que compõem a Educação Física tradicional, a exemplo de correr, caminhar, saltitar, etc., assim como movimentos de lutas, danças, iogas e jogos esportivos em geral, também podem ser praticados e desenvolvidos através da visualização prática dos seus fundamentos e princípios básicos, como nos exemplos acima. OBS: A necessidade que o praticante sente de se espreguiçar ao final de cada bateria de exercícios aumenta ainda mais os efeitos salutares da ginástica, pois, como todos sabem, o ato de espreguiçar produz um maior flexionamento e relaxamento muscular. Os exercícios podem ser feitos em tempos alternados de “1-2”, “1-1”, “3-3”, “7-1”, conforme as modalidades dos movimentos. OBS: Recomenda-se que antes de iniciar a prática a pessoa seja submetida -- ou pelo menos assista -- a uma sessão de exercícios físicos tradicionais, bem como de lutas, danças, iogas e jogos esportivos em geral, a fim de que se familiarize e/ou condicione com os fundamentos básicos de cada modalidade e os respectivos efeitos sobre o corpo. Isto visa fazer com que o praticante saiba exatamente como dirigir o pensamento para cada ação reflexiva e visualizadora a ser executada no Método Imaginacional. 4 – SUGESTÕES PARA TESTAGEM CIENTÍFICA DE VALIDADE DO MÉTODO a) -- Através da medição das ondas cerebrais dos adeptos durante a prática dos exercícios com eletrodos colocados no seu couro cabeludo por meio de um sistema de eletroencefalograma padrão, que é conectado a um computador (a mesma técnica utilizada pelos cientistas que participaram da invenção da cadeira de rodas japonesa movida a pensamento). Tal sistema, segundo os cientistas, “é aplicado a cadeiras motorizadas e funciona com a interceptação de sinais enviados pelo cérebro à laringe, o que exclui completamente a necessidade de qualquer movimento físico para que a cadeira se mexa”. Vale lembrar que de acordo com o artigo, o equipamento captura a intenção da pessoa em se comunicar e envia esses sinais, transformando-os em comandos para a cadeira. b) -- Por meio da aferição, através de galvanômetros, por exemplo, dos movimentos voluntários e involuntários dos respectivos músculos e nervos acionados durante a visualização dos mesmos. O Galvanômetro é um aparelho que, através de circuitos apropriados, pode ler outras grandezas elétricas (inclusive a eletromagnética produzida nos músculos e nervos pelos neurônios humanos), como tensão contínua, tensão alternada, resistência, potência, e outras. c) -- Por meio da observação/acompanhamento de um praticante “cobaia” do Método durante um determinado período de tempo (um a dois anos, por exemplo), a fim de verificar a possível mudança no seu condicionamento físico e no desenvolvimento da sua massa corporal e muscular. Sugere-se que sejam anotadas as medidas corporais e aferidas as condições gerais de saúde do praticante no início da prática a fim de que elas sejam comparadas com as verificadas no final do período proposto para a observação/avaliação (pode ser feito também através de fotos do “cobaia” antes e depois da prática). Sugere-se que o “cobaia” seja relativamente jovem (com idade entre 20 e 30 anos, por exemplo), uma vez que os resultados de quaisquer ginásticas têm maior efeito sobre organismos dessa natureza. 5 – BENEFÍCIOS ESPERADOS PELA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO -- Promover a melhoria da postura corporal; -- Aumentar o bem-estar físico e a auto-estima; -- A respiração concomitante estimula a circulação do sangue, o que pode contribuir para a queima de toxinas do organismo; -- Promover o desbloqueio das vias respiratórias através dos constantes movimentos de inspiração e expiração, pois o ar acumulado nos pulmões, quando expirado, provoca a expulsão de eventuais corpos estranhos instalados nesses locais; -- Tonificar os músculos e nervos através da desoxidação das células com a melhor oxigenação do sangue; -- Desenvolver a capacidade mental de concentração imaginativa e visualizadora; -- Desoxidar as células através da eliminação de radicais livres do organismo por meio da ativação da corrente sanguínea; -- Pode ser inclusive utilizada como auxiliar no trabalho de fisioterapia de pessoas com paralisias, atrofias e outras deficiências físicas, uma vez que poderá ser capaz de estimular os músculos atrofiados por meio das sinapses neuronais acima descritas. Silva Jardim, 10 de Setembro de 2010. Sobre o Autor: EVALDO NASCIMENTO, 55 anos, é professor de Ensino Médio, pósgraduado em Administração Financeira, e Jornalista, além de livre-pensador. Como professor, pertence à Rede de Ensino do Estado do Rio de Janeiro, lecionando num Curso Técnico Profissionalizante de Ensino Médio de um colégio localizado no Município de Rio Bonito. Como Jornalista, é Assessor de Comunicação Social da Prefeitura de Silva Jardim, município onde reside, edita um pequeno jornal mensal e colabora com outros na Região. Maçom e Rosacruz, o autor pratica técnicas de visualização há cerca de 25 anos. Contatos: e-mail: [email protected], telefones (22) 8126-1606 – 2668 9344. N.B. Trabalho registrado no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, sob o nº 015914-V01, em 10 de Setembro de 2010.