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Método de Ginástica Imaginacional Nascimento
(Exercícios sem Movimento Físico)
Postulados/Premissas Básicas: Tudo que a mente humana é capaz de imaginar, já
existiu, existe ou existirá latente, virtual ou potencialmente no universo...
“Assim é, se assim lhe parece...”
“Tudo é possível àquele que acredita...”
“Imaginação” nada mais é do que “Imagem-em-ação...”
“A ginástica é a ciência racional
de nossos movimentos, de suas
relações com nossos sentidos,
inteligência, sentimentos e costumes,
e o completo desenvolvimento de
nossas faculdades. É a ciência do
movimento racional, sujeito a
uma disciplina e a um fim prático”.
Amoros
Por: Evaldo Nascimento
1 – DESCRIÇÃO
O presente método consiste numa ginástica (exercícios em geral
inclusive lutas, danças, iogas, jogos esportivos, etc.) feita sem movimentos
físicos efetivos; apenas através da visualização de imagens mentais desses
movimentos nas partes do corpo as quais se pretende exercitar. Utiliza o
princípio do “ato reflexo” (caso, por exemplo, de pessoas que sofrem
amputações, mas continuam sentindo como se os membros ainda existissem
através da lembrança e visualização deles) e das transmissões dos impulsos
nervosos (neuronais) por meio dos músculos e nervos. Ela parte do
pressuposto de que é possível tonificar-se e desenvolver-se a musculatura,
assim como eliminar toxinas e queimar calorias – talvez não no mesmo nível
do que o real movimento físico --, apenas imaginando e executando
mentalmente os exercícios propostos, acompanhados dos necessários e
respectivos movimentos respiratórios de inspiração e expiração.
A ginástica é efetuada preferencialmente com a pessoa deitada, mas
pode ser praticada também com ela sentada ou mesmo em pé dependendo
apenas do nível e capacidade de concentração de cada um. É recomendado,
porém, que o praticante esteja em algum ambiente onde possa fechar os
olhos e concentrar-se totalmente naquilo que pretende fazer. Orientado ou
não por um instrutor, o praticante imagina-se executando aqueles exercícios
que normalmente podem ser feitos em quaisquer academias de ginástica
como abdominais, barras, levantamento de pesos, esteira, polichinelos,
rotações de tronco, pular corda, corrida, flexões de braços e pernas,
etc. A cada uma das partes de um movimento imaginado, o praticante inspira
na primeira sequência e expira na segunda. Por exemplo, num exercício de
abdominal, ele inspira quando se imagina flexionando o abdome em direção
às pernas e inspira ao imaginar-se o distendendo para trás.
Os exercícios obedecem sempre ao princípio psíquico-físico da
visualização, ou seja, basta que o praticante tenha a capacidade mental e
reflexiva de concentração para que possa ver-se e sentir-se realmente
executando os exercícios propostos, a fim de que o método surta os efeitos
desejados. Como nos métodos de ginástica que utilizam o efetivo movimento
físico, os exercícios do Método Imaginacional Nascimento também são
baseados no princípio da contração e distensão muscular, só que através
da visualização mental dos respectivos exercícios. Ressalte-se que este é
um Método experimental que ainda carece de ser testado e comprovado
cientificamente.
Ele pode ser utilizado por pessoas de quaisquer idades, uma vez que
não requer real esforço físico podendo, ao contrário, contribuir para a
melhoria geral da saúde; e tem a vantagem de poder ser executado em
qualquer hora do dia ou da noite. Inclui-se na modalidade conhecida como
“ginástica de conscientização corporal” a qual, segundo a Wikipédia, tem por
objetivo “reunir novas propostas de abordagem do corpo na busca da
solução de problemas físicos e posturais”.
Embora esteja descrito com base nos movimentos e fundamentos da
ginástica geral, o Método se aplica perfeitamente aos outros tipos
conhecidos de ginásticas competitivas e não competitivas, a saber: Artística,
Rítmica, Trampolim Acrobático, Acrobática, Natação, Jogos Esportivos em
geral e Aeróbica (competitivas); Contorcionismo, Cerebral, Laboral,
Localizada de Academias (aparelhos, lutas, danças, iogas); Natural,
Corretiva, de Compensação e de Conservação; e Hidroginástica (não
competitivas). Isto porque não há limites para a mente e suas influências,
bastando que o praticante consiga visualizar-se executando cada
modalidade. Como nas ginásticas tradicionais e já reconhecidas, recomendase que os movimentos visualizados sejam feitos pelo menos durante uma
hora por dia.
2 – EMBASAMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO
O presente Método encontra embasamento técnico-científico nas
recentes constatações de que a força do pensamento é realmente capaz de
influir de forma bem definida sobre as ações e reações elétricas e psíquicofísico-químicas dos músculos e nervos, mesmo que estes não estejam em
“efetivo movimento”. É o caso, por exemplo, da recém-inventada cadeira de
rodas movida a pensamento pelos japoneses. Além disso, durante a
execução do método proposto, que vem sendo testado experimentalmente
pelo autor do mesmo, as partes sobre as quais se lança o impulso nervoso
são virtualmente movimentadas.
Galvonômetro
Ressalte-se que o método encontra apoio, ainda, na descoberta de
Luigi Galvani (1737-1798), inventor do galvanômetro, e no trabalho do
cientista suíço-alemão Emil Heinrich Du Bois-Reymond (1818-1896),
professor de fisiologia em Berlim, discípulo e sucessor de Johannes Müller.
Este conseguiu usar um novo e sensível tipo de galvanômetro desenvolvido
por ele, para detectar o que ele chamou de "corrente de ação" no nervo de
um sapo. Ele foi chamado assim porque Du Bois-Reymond notou uma
pequena variação negativa do potencial elétrico de repouso em eletrodos
metálicos conectando o nervo do batráquio ao galvanômetro, somente
quando a estimulação do nervo (mecânica ou elétrica) eliciava uma resposta
do músculo. Ele demonstrou que este fenômeno de "variação negativa"
também ocorre em músculos estriados e é a causa primária da contração
muscular (princípio de funcionamento da ginástica proposta pelo
presente Método).
Além disso, segundo o texto científico “A Descoberta da Bioeletricidade
– a Condução Nervosa”, do PhD Renato M.E. Sabbatini, “os neurônios não
existem isoladamente: eles também se conectam uns aos outros formando
as chamadas cadeias neuronais, as quais transmitem informações a outros
neurônios ou músculos. Por essas cadeias caminham os impulsos nervosos.
Dois tipos de fenômenos estão envolvidos no processamento do impulso
nervoso: elétrico e químico. Os eventos elétricos propagam um sinal dentro
de um neurônio, e o químico transmite o sinal de um neurônio a outro ou a
uma célula muscular. O "engate" ou junção entre um neurônio e outro é feito
através do fenômeno conhecido como sinapse. Sinapses nervosas são os
pontos onde as extremidades de neurônios vizinhos se encontram e o
estímulo passa de um neurônio para o seguinte por meio de mediadores
físico-químicos, os neurotransmissores. As sinapses ocorrem no contato das
terminações nervosas (axônios) com os dendritos. O contato físico não existe
realmente, pois as estruturas estão próximas, mas há um espaço entre elas
(fenda sináptica). Dos axônios são libertadas substâncias (neurotransmissores),
que atravessam a fenda e estimulam receptores nos dendritos e assim
transmitem o impulso nervoso de um neurônio para o outro.
“Um impulso nervoso é a transmissão de uma alteração elétrica ao
longo da membrana do neurônio a partir do ponto em que ele foi estimulado.
A direção normal do impulso no organismo é do corpo celular para o axônio
(ver artigo sobre a estrutura do neurônio na edição no. 8 da Revista Cérebro
& Mente). Esse impulso nervoso, ou potencial de ação, é uma alteração
brusca e rápida da diferença de potencial transmembrana. Normalmente a
membrana do neurônio é polarizada em repouso, sendo que o potencial é
negativo (-70 mV). O potencial de ação consiste de uma redução rápida da
negatividade da membrana até 0mV e inversão deste potencial até valores
de cerca de +30mV, seguido de um retorno também rápido até valores um
pouco mais negativos que o potencial de repouso de -70mV.
“Como resultado das demonstrações experimentais realizadas por Luigi
Galvani e seus seguidores, a natureza elétrica da função nervo-músculo
estava finalmente desvendada. Entretanto, a prova direta somente poderia
ser feita quando os cientistas conseguissem medir ou detectar as correntes
elétricas naturais geradas nas células nervosas e musculares. Galvani não
tinha a tecnologia necessária para medir essas correntes, porque elas eram
muito pequenas. Os electroscópios, os dispositivos medidores usados
naquele tempo, não eram sensíveis o suficiente. Como resultado, o estudo
da bioeletricidade quase desapareceu do cenário científico até 1827”.
Em 1826, Johannes Müller (1801-1858), um notável psicólogo e
fisiologista alemão, propôs a sua teoria da "energia nervosa específica", a
qual defendia que os diferentes nervos (ótico, auditivo, etc) transmitiam uma
espécie de "código", que identificava a sua origem ao cérebro. Sua
proposição, válida até hoje, foi, no entanto baseada no vitalismo, uma
doutrina filosófica errônea, que afirmava que a vida era caracterizada por
uma "energia vital" intrínseca. Entretanto, a teoria de Müller foi importante
como o início de uma escola inteiramente nova do pensamento
neurofisiológico, o qual eventualmente refutaria o vitalismo como um conceito
válido em biologia.
O palco para as descobertas revolucionárias sobre a função nervosa
que seriam feitas nas próximas décadas tinha como pano de fundo os
avanços que estavam sendo realizados continuamente no conhecimento
anatômico sobre o sistema nervoso. Em 1836, Robert Remak descreveu
axônios mielinizados e não-mielinizados. No ano seguinte, Jan Purkynje
descreveu células cerebelares e identificou o núcleo e os processos
neuronais. Novamente em 1838, ele e Remak sugeriram que as fibras
nervosas são unidas (ou seja, a fibra nervosa ou axônio é um processo
emergindo da célula nervosa). Em 1839, Theodor Schwann propôs a teoria
celular, ou seja, que o sistema nervoso é composto de células neuronais
individuais.
A partir de estudos, realizados em coxas de rã Luigi Galvani descobriu
que músculos e células nervosas eram capazes de produzir eletricidade, que
ficou conhecida então como a eletricidade galvânica. Mais tarde, Galvani
demonstrou que ela é originária de reações químicas. Na segunda metade
do século XVIII, Luigi Aloisio Galvani começou a pesquisar sobre a aplicação
terapêutica da eletricidade. Após dez anos de pesquisa publicou “Sobre as
forças de eletricidade nos movimentos musculares”, onde concluía que os
músculos armazenavam eletricidade (do mesmo modo que uma garrafa de
Leiden) e os nervos conduziam essa eletricidade.
Em seus estudos, dissecando rãs em uma mesa, enquanto conduzia
experimentos com eletricidade estática, um dos assistentes de Galvani tocou
em um nervo ciático de uma rã com um escalpelo metálico, o que provocava
uma reação muscular na região tocada sempre que eram produzidas faíscas
em uma máquina eletrostática próxima. Tal observação fez com que Galvani
investigasse a relação entre a eletricidade e a animação - ou vida. Por isso é
atribuída a Galvani a descoberta da bioeletricidade.
Galvani criou então o termo eletricidade animal para descrever aquilo
que era capaz de ativar os músculos daquele espécime. Juntamente com
seus contemporâneos, ele reparou que aquela ativação muscular era gerada
por um fluído elétrico que era conduzido aos músculos através dos nervos.
Esse fenômeno foi então apelidado de "galvanismo", por sugestão dada por
seu colega e, em alguns momentos, adversário intelectual, Alessandro Volta.
As investigações e descobertas de Galvani levaram à invenção da
primeira bateria elétrica, mas não por ele, que não percebia a eletricidade
separada da biologia. Galvani não via a eletricidade como essência da vida,
ao qual ele percebia ter uma natureza intrínseca e inerente à vitalidade.
Desse modo, foi Alessandro Volta quem construiu a primeira bateria elétrica
que ficou conhecida como a pilha voltaica.
Como Galvani acreditava, toda a vida é de fato elétrica - pelo fato de
todas as coisas vivas serem compostas de células, e cada célula tem um
potencial celular - a eletricidade biológica tem as mesmas bases químicas
para o fluxo de corrente elétrica entre células eletro-químicas --, desse modo
podendo ser resumida de alguma maneira fora do corpo. A intuição de Volta
estava correta também.
A pesquisa de Galvani foi extensa no campo da anatomia comparativa.
Era um entusiástico em clarear, estudando animais, a estrutura e as funções
do corpo humano, e uma significativa parte do seu trabalho foi dedicada a
esta pesquisa. Em 1762, ele publicou "De Ossibus", um estudo físico médico
cirúrgico, um verdadeiro tratado da estrutura do osso, funções e patologia.
A pesquisa mais importante de Galvani foi desenvolvida no campo da
eletro-fisiologia, a qual começou em 1780, ou talvez antes, continuou por
uma década, e resumiu no famoso Commentarius de viribus elctricitatis in
motu musculari. Este trabalho primeiramente apareceu entre os panfletos no
volume VII do Bononiensis Scientiarum et Artium Instituto atque Academia
Commentarii. Foi então publicado separadamente, no ano seguinte, em uma
versão editada e anotada por seu sobrinho e apoiador, Giovanni Aldini, e
expandido pela carta de Don Bassiano Carminati a Galvani e a resposta
posterior. Antes do Commentarius, Galvani escreveu diversos itens sobre
eletricidade animal, nos quais vemos onde sua teoria se desenvolveu. Há
cinco manuscritos de Galvani que foram publicados postumamente: Ensaio
da Força dos Nervos na relação com a eletricidade (datada de 25 de
Novembro de 1782), uma anotação sobre "Conexões e diferenças entre
respiração, chama e sonda de uma garrafa de Leyden”, uma anotação
datada de 30 de Outubro de 1786 e intitulada “De animale electricitate”, uma
intitulada “Electricitas Naturalis” e datada de 16 de Agosto de 1787, e outra
em latim (sem título no manuscrito de Galvani) sobre movimento dos
músculos produzidos pela eletricidade.
A publicação do Commentarius foi uma sensação na comunidade
científica mundial e começou a longa controvérsia com Alessandro Volta.
Preso a este debate, o qual foi conduzido de uma maneira muito calma, se
considerada a severidade de alguns argumentos contemporâneos, foi a
publicação do “Tratado de Uso e Efeito do Arco Condutor na Contração do
Músculo” seguido pelo Suplemento ao mesmo tratado (em nenhum dos
trabalhos o nome do autor foi mencionado), foram provavelmente atraídos a
Galvani por outro nome que fora proposto: Giovanni Aldini e as anotações da
eletricidade Animal endereçada a Lazzaro Spallanzani.
Contrologia
Encontra respaldo, também, na teoria da “Contrologia”, de Joseph
Pilates; embora se diferencie desta no sentido de que o “Método Pilates”,
apesar de também destacar a importância do controle do físico e da
respiração, não dispensa o efetivo movimento do corpo durante a sua
ginástica, conforme explicita: “As aulas são tranquilas, os movimentos são
feitos com poucas repetições, mas exigem esforço (com a ginástica
imaginacional não há esforço físico) e muita concentração, tornando-os mais
eficientes. Dessa forma, o praticante não os realiza de forma automática”.
Neurociência
Apóia-se, ainda, nos princípios e pesquisas desenvolvidas pelo
cientista brasileiro Miguel Nicolelis no Instituto Internacional de Neurociência
de Natal (Rio Grande do Norte). Recentemente ele descobriu a possibilidade
de controlar membros mecânicos à distância, novas próteses. De acordo
com reportagens, “o fato vai permitir um dia que a atividade elétrica do nosso
cérebro se liberte definitivamente dos limites físicos impostos por nossos
corpos”. O cientista mostrou esse processo de ida e volta de informações
entre um cérebro de verdade e um robô com os experimentos realizados
numa macaca conhecida como “Aurora”. A primata foi ensinada a jogar
videogame, estimulada com o prêmio de suco de laranja a cada acerto.
Capaz de jogar durante horas, Aurora aprendeu a ganhar, e inclusive a
trapacear.
Enquanto o animal aprendia a jogar, a tempestade cerebral produzida
era registrada com computadores que criavam modelos matemáticos,
extraindo os comandos responsáveis pelo movimento. Essa informação era
enviada a outra sala onde um braço robótico aprendia a fazer os movimentos
de Aurora pela decodificação dos modelos matemáticos. A macaca via numa
tela esse braço robótico e ia incorporando-o o próprio. Quatro semanas
depois, foi aprendendo a jogar imaginando os movimentos, sem a ação
motora (mesmo princípio de funcionamento proposto no Método de Ginástica
Imaginacional Nascimento).
É a própria tempestade elétrica que alimenta agora os 21 modelos que
movimentam o braço robótico. O cérebro da Aurora conseguiu se livrar dos
limites físicos e agir à distância, só pelo pensamento. Ou seja, o autor do
presente método imaginacional defende que se é possível que a força do
pensamento faça com que todas essas ações se realizem efetivamente,
também é bem possível que os efeitos da visualização dos movimentos
físicos de ginástica surtam os efeitos desejados e esperados nos respectivos
músculos e na massa corpórea como um todo.
O cérebro, grande simulador e estimulador
Para explicar a descoberta que demonstra o cérebro como um grande
simulador, Nicolelis apresentou outra macaca, a Idoya. O experimento que foi
realizado com Idoya, a primeira macaca a andar como os seres humanos, de
forma bipedal numa esteira, mostra sua atividade cerebral e seus padrões de
locomoção enquanto caminha na esteira (outra prova, segundo o autor do
presente método imaginacional, de que as pessoas podem realmente
movimentar seus músculos e tirarem proveito disso simplesmente se
imaginando fazendo o respectivo exercício). Idoya realizava essa atividade
na costa leste da Carolina do Norte e sua atividade cerebral era enviada para
Kyoto, no Japão, onde um robô decodificava a tempestade cerebral da
primata. O robô era projetado na frente da macaca, e ela tinha assim a
impressão de que eram suas próprias pernas (princípio de “visualização”
similar também ao proposto pelo presente Método). Com esse experimento,
o médico demonstrou que uma simulação produzida por bilhões de
neurônios interconectados se amplia, incorporando novas ferramentas como
se fossem do próprio cérebro. O corpo passa a terminar agora nos limites da
ferramenta que o cérebro controla.
O sonho de criar um corpo artificial
O conferencista explicou que o objetivo de todos os seus experimentos,
além de estudar as tempestades do cérebro que mostram nossos desejos,
experiências, temores, é usar a interface cérebro-máquina para reabilitar o
movimento em casos de lesões medulares. Cérebros que ainda sonham em
vasculhar o mundo e não podem realizar isso porque foram privados da
função motora se beneficiarão de uma medula espinhal eletrônica
possibilitada por uma veste robótica, um novo corpo que o paciente vai usar
como seu (o autor da ginástica imaginacional acredita que esta também
poderá criar um novo padrão físico nos corpos daqueles que a praticarem). O
engenheiro Gordon Cheng, colega de Nicolelis no Centro de
Neuroengenharia da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, maior
roboticista do mundo, é quem está criando essa veste.
Ginástica Cerebral
O “Método Imaginacional Nascimento” baseia-se, além disso, nos
pressupostos da Ginástica Cerebral, que nasceu da necessidade de se
manter o cérebro constantemente em exercício. De acordo com a sua
descrição, a importância dela deve-se ao fato de que para que todo o
trabalho de resgate e cruzamento de informações aconteça com eficácia e
rapidez, é fundamental que o cérebro esteja com todas as suas sinapses
devidamente desimpedidas, ativas, em forma e aptas a serem utilizadas. Só
assim as informações arquivadas serão resgatadas no momento certo, no
tempo necessário e circularão com rapidez, auxiliando nas decisões, com
maior precisão, eficácia e agilidade.
De acordo com a Wikipédia, esta forma de ginástica é praticada
através de exercícios e movimentos coordenados do corpo que, executados
de maneira apropriada, acessam e estimulam partes específicas do cérebro,
antes pouco utilizadas e/ou desconectadas do conjunto cerebral (ora, se
funciona assim no sentido do corpo para o cérebro, por que não haveria de
funcionar também em sentido contrário, ou seja, do cérebro para o corpo?
– grifo do autor do Método). Um exemplo dessa prática são ordens simples
recebidas pelo cérebro, transmitidas ao corpo em forma de movimentos, que
são gradativamente agilizadas.
É o objetivo da ginástica cerebral, estimular os hemisférios do órgão,
para que trabalhem simultânea e integralmente, o que oferece a
possibilidade de utilização do cérebro de maneira total, em todo o seu
potencial para memorização e aprendizado, com maior velocidade e eficiência.
Nascida na década de 1970, na Universidade da Califórnia, esta modalidade
é trabalhada junto aos princípios filosóficos e técnicos do tai chi chuan, da
acupuntura e da yoga, a fim de aproveitar todo o potencial do cérebro.
Física Quântica
O Método Nascimento se fundamenta, além disso, na Física Quântica
(a ciência que estuda e explica os efeitos da matéria invisível – e o
pensamento é uma delas – sobre o mundo físico, visível). A mecânica
quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos sistemas físicos
cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais como
moléculas, átomos, elétrons, prótons e de outras partículas subatômicas (é o caso,
mais uma vez, da energia do pensamento humano), muito embora também
possa descrever fenômenos macroscópicos em diversos casos. A Mecânica
Quântica é um ramo fundamental da física com vasta aplicação. A teoria
quântica fornece descrições precisas para muitos fenômenos previamente
inexplicados, tais como a radiação de corpo negro e as órbitas estáveis do elétron.
Apesar de na maioria dos casos a Mecânica Quântica ser relevante
para descrever sistemas microscópicos, os seus efeitos específicos não são
somente perceptíveis em tal escala. Por exemplo, a explicação de
fenômenos macroscópicos como a super fluidez e a supercondutividade só é
possível se considerarmos que o comportamento microscópico da matéria é
quântico (como o proposto no presente Método). A quantidade característica
da teoria, que determina quando ela é necessária para a descrição de um
fenômeno, é a chamada “constante de Planck", que tem dimensão de momento
angular ou, equivalentemente, de ação.
A mecânica quântica recebe esse nome por prever um fenômeno
bastante conhecido dos físicos: a quantização. No caso dos estados ligados (por
exemplo, um elétron orbitando em torno de um núcleo positivo) a Mecânica
Quântica prevê que a energia (do elétron) deve ser quantizada. Este
fenômeno é completamente alheio ao que prevê a teoria clássica.
A física quântica é um produto da evolução da ciência na compreensão
do universo. Ela mostra uma nova visão do homem e da realidade em que
vive. No entanto, parece que a maior diferença está relacionada à posição
que o homem ocupa no universo. Na visão quântica ele deixa de ser
meramente um produto do meio, um fragmento de uma grande explosão que
segue o seu destino pré-determinado através do universo. Ele deixa de ser
um produto da matéria e passa a ser criador de sua própria realidade.
Na física clássica de Newton a mente humana era considerada de
pouco importância no contexto da realidade. Ela possuía pouca influência
nos fenômenos físicos e naturais. Na física quântica a mente humana parece
possuir um papel fundamental, pois preconiza que tudo está potencialmente
contido em um universo virtual quântico e que se torna real através da
interação de um observador (e um praticante) consciente.
Eletromagnetismo do Pensamento
O Método tem embasamento também no estudo do Eletromagnetismo
do Pensamento Humano, pois “o pensamento é ondas eletromagnéticas que
geram consciência que são palavras, ideias, saber, cultura, que formam o
que é visto, cheirado, degustado e ouvido. Afinal, o cérebro é o organismo
que nos possibilita desde o exercício do pensamento e do raciocínio, até o
controle de todas as atividades de nosso corpo” (grifo do autor do Método).
Teoricamente as transmissões eletromagnéticas do cérebro constituem
ondas de energia eletroquímica que, uma vez transmitida, em nada difere
das ondas eletromagnéticas ou radioelétricas conhecidas. Tendo sido gerada
por campo elétrico muito reduzido (60 a 70 milivolts), teriam potência
suficiente apenas para as comunicações internas, dentro da área do
organismo humano, mais especificamente na cabeça.
Mas variações de campo elétrico, sejam elas de que origem forem,
constituem elementos de estudo de outra área, a do eletromagnetismo, cujas
teorias mostram que seu alcance está ligado a uma série de fatores, entre
eles a frequência, a potência, características específicas do meio, e uma
série de outros. Seu raio de ação, portanto, não está limitado ao interior da
cabeça, a não ser que essa seja totalmente blindada.
Como o Ser Humano não possui tal tipo de blindagem, as ondas
eletromagnéticas geradas pelo seu pensamento seguem as regras da Teoria
Eletromagnética e, portanto, sua transmissão passa dos limites do organismo
humano e se espalha ao seu redor.
Para constatar essa energia gerada pelo pensamento e transmitida
para fora do corpo, diversos laboratórios, entre eles o do Instituto do
Pensamento da Universidade de Toronto, no Canadá, montaram verdadeiros
arsenais de medição, constando de equipamentos de tomografia por
emissão de pósitrons; tomografia computadorizada, magnetômetros de
precisão; aparelhos de medição de fluxo sanguíneo e impulsos elétricos
trafegando pelos neurônios; drogas que congelam a atividade cerebral em
cobaias permitindo o seu estudo e diversos outros.
Os magnetômetros de precisão utilizados hoje já conseguem medir o
campo magnético correspondente às ondas geradas pelo pensamento
humano, o que nos mostra claramente que o pensamento é transmitido pelo
espaço externo ao corpo humano como qualquer onda de transmissão de
rádio. Nesse momento do estudo voltamos ao tálamo. Sabemos que ele é o
órgão que gera ondas como um radar para fazer uma varredura no
hipocampo e nos lóbulos cerebrais localizados na área cortical. Sabemos
também que essas ondas por ele geradas retornam alteradas pelas
informações dessas áreas, momento esse caracterizado pela impressão de
percepção dos eventos: luz, som, calor, frio, dor, umidade, cheiro, pressão,
etc...
Como sua percepção se dá por meio de captação de ondas, sua
capacidade de captação não pode estar limitada às ondas por ele geradas,
pois qualquer antena receptora está projetada em sintonia com uma
determinada faixa de frequência, mas não consegue selecionar entre essas
frequências aquela que foi por ela mesma gerada. Logo, qualquer onda que
ao tálamo chegue, desde que esteja dentro da faixa de frequências para a
qual ele foi projetado, será por ele captada.
Assim sendo, cientificamente falando, o cérebro, enquanto pensa, gera
ondas para o espaço exterior, mas também é capaz de receber as ondas
eletromagnéticas que a ele chegam, desde que estejam na sua faixa de
frequências. O cérebro entende as ondas que tramitam em suas sinapses
por estarem todas seguindo os mesmos códigos, como em qualquer sistema
de transmissão de dados por rádio frequência.
OBS: As informações para tal embasamento foram retiradas de
trabalhos disponibilizados na Internet.
3 – MODO DE EXECUÇÃO DE ALGUNS DOS MOVIMENTOS PROPOSTOS
Abdominal -- Deitado, sob o comando ou não de um instrutor, o
praticante visualiza -- e faz de forma imaginativa – com que o seu corpo
flexione-se para frente e para trás, enquanto inspira quando levanta o
abdome e expira ao distendê-lo;
Flexão na Barra – Deitado, sentado ou mesmo de pé, visualizar-se de
pé, na posição em que normalmente se executa o movimento físico neste
tipo de instrumento; imaginar-se flexionando os braços e com eles
levantando o corpo até que a linha dos ombros fique em posição
perpendicular à barra imaginária, com a ponta do queixo sobre ela. Inspira-se
ao subir (levantar o corpo) e expira-se ao descer (baixar o corpo);
Apoio de Frente no Chão – Visualizar-se com as palmas das mãos
apoiadas no chão, os braços esticados e os pés apoiados nas pontas dos
dedos. Imaginar que se está flexionando os braços para baixo, expirando, e
para cima, inspirando;
Levantamento de Peso (Halteres) – Imaginar-se de pé ou mesmo
sentado com os braços suspensos acima dos ombros sustentando um
aparelho de halterofilismo de peso compatível com a condição física do
praticante. Aspirar e imaginar-se levantando o aparelho até os braços ficarem
esticados acima da cabeça; em seguida visualizar-se baixando os braços até
os ombros, enquanto expira;
Polichinelo – Através da visualização mental, se posicionar com as
mãos junto ao corpo (em posição de sentido), assim como também os pés.
Imaginar que está saltando para cima enquanto toma uma inspiração
profunda, ao mesmo tempo em que bate com as palmas das mãos sobre a
cabeça e afasta as pernas uma da outra;
Afastamento de Pernas – Estando preferencialmente deitado,
imaginar-se com as mãos sob as nádegas e as pernas estiradas, juntas,
suspensas num ângulo de cerca de 45 graus distante do chão em relação ao
tronco. Visualizar que está afastando lentamente uma perna da outra até que
ambas fiquem distantes o máximo que o praticante suportar para em seguida
voltar à posição inicial;
Flexão de Pernas e Joelhos – Imaginando-se deitado com as pernas
encolhidas, visualizar-se flexionando-as para a frente enquanto inspira, e
recolhê-las para trás até à posição inicial, ao mesmo tempo em que expira.
Os demais exercícios que compõem a Educação Física tradicional,
a exemplo de correr, caminhar, saltitar, etc., assim como movimentos de
lutas, danças, iogas e jogos esportivos em geral, também podem ser
praticados e desenvolvidos através da visualização prática dos seus
fundamentos e princípios básicos, como nos exemplos acima.
OBS: A necessidade que o praticante sente de se espreguiçar ao final
de cada bateria de exercícios aumenta ainda mais os efeitos salutares da
ginástica, pois, como todos sabem, o ato de espreguiçar produz um maior
flexionamento e relaxamento muscular.
Os exercícios podem ser feitos em tempos alternados de “1-2”, “1-1”,
“3-3”, “7-1”, conforme as modalidades dos movimentos.
OBS: Recomenda-se que antes de iniciar a prática a pessoa seja
submetida -- ou pelo menos assista -- a uma sessão de exercícios
físicos tradicionais, bem como de lutas, danças, iogas e jogos
esportivos em geral, a fim de que se familiarize e/ou condicione com os
fundamentos básicos de cada modalidade e os respectivos efeitos
sobre o corpo. Isto visa fazer com que o praticante saiba exatamente
como dirigir o pensamento para cada ação reflexiva e visualizadora a
ser executada no Método Imaginacional.
4 – SUGESTÕES PARA TESTAGEM CIENTÍFICA DE VALIDADE DO MÉTODO
a) -- Através da medição das ondas cerebrais dos adeptos durante a
prática dos exercícios com eletrodos colocados no seu couro cabeludo por
meio de um sistema de eletroencefalograma padrão, que é conectado a um
computador (a mesma técnica utilizada pelos cientistas que participaram da
invenção da cadeira de rodas japonesa movida a pensamento). Tal sistema,
segundo os cientistas, “é aplicado a cadeiras motorizadas e funciona com a
interceptação de sinais enviados pelo cérebro à laringe, o que exclui
completamente a necessidade de qualquer movimento físico para que a
cadeira se mexa”. Vale lembrar que de acordo com o artigo, o equipamento
captura a intenção da pessoa em se comunicar e envia esses sinais,
transformando-os em comandos para a cadeira.
b) -- Por meio da aferição, através de galvanômetros, por exemplo, dos
movimentos voluntários e involuntários dos respectivos músculos e nervos
acionados durante a visualização dos mesmos. O Galvanômetro é um
aparelho que, através de circuitos apropriados, pode ler outras grandezas
elétricas (inclusive a eletromagnética produzida nos músculos e nervos pelos
neurônios humanos), como tensão contínua, tensão alternada, resistência,
potência, e outras.
c) -- Por meio da observação/acompanhamento de um praticante
“cobaia” do Método durante um determinado período de tempo (um a dois
anos, por exemplo), a fim de verificar a possível mudança no seu
condicionamento físico e no desenvolvimento da sua massa corporal e
muscular. Sugere-se que sejam anotadas as medidas corporais e aferidas as
condições gerais de saúde do praticante no início da prática a fim de que
elas sejam comparadas com as verificadas no final do período proposto para
a observação/avaliação (pode ser feito também através de fotos do “cobaia”
antes e depois da prática). Sugere-se que o “cobaia” seja relativamente
jovem (com idade entre 20 e 30 anos, por exemplo), uma vez que os
resultados de quaisquer ginásticas têm maior efeito sobre organismos dessa
natureza.
5 – BENEFÍCIOS ESPERADOS PELA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO
-- Promover a melhoria da postura corporal;
-- Aumentar o bem-estar físico e a auto-estima;
-- A respiração concomitante estimula a circulação do sangue, o que
pode contribuir para a queima de toxinas do organismo;
-- Promover o desbloqueio das vias respiratórias através dos
constantes movimentos de inspiração e expiração, pois o ar acumulado nos
pulmões, quando expirado, provoca a expulsão de eventuais corpos
estranhos instalados nesses locais;
-- Tonificar os músculos e nervos através da desoxidação das células
com a melhor oxigenação do sangue;
-- Desenvolver a capacidade mental de concentração imaginativa e
visualizadora;
-- Desoxidar as células através da eliminação de radicais livres do
organismo por meio da ativação da corrente sanguínea;
-- Pode ser inclusive utilizada como auxiliar no trabalho de fisioterapia
de pessoas com paralisias, atrofias e outras deficiências físicas, uma vez que
poderá ser capaz de estimular os músculos atrofiados por meio das sinapses
neuronais acima descritas.
Silva Jardim, 10 de Setembro de 2010.
Sobre o Autor: EVALDO NASCIMENTO, 55 anos, é professor de Ensino Médio, pósgraduado em Administração Financeira, e Jornalista, além de livre-pensador. Como
professor, pertence à Rede de Ensino do Estado do Rio de Janeiro, lecionando num Curso
Técnico Profissionalizante de Ensino Médio de um colégio localizado no Município de Rio
Bonito. Como Jornalista, é Assessor de Comunicação Social da Prefeitura de Silva Jardim,
município onde reside, edita um pequeno jornal mensal e colabora com outros na Região.
Maçom e Rosacruz, o autor pratica técnicas de visualização há cerca de 25 anos.
Contatos: e-mail: [email protected], telefones (22) 8126-1606 – 2668 9344.
N.B. Trabalho registrado no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional, no
Rio de Janeiro, sob o nº 015914-V01, em 10 de Setembro de 2010.
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