A plataforma brasileira de telefonia atingiu 125 milhões de acessos no final de 2005 (105 milhões em 2004), sendo 39 milhões de linhas fixas em serviço e 86 milhões de usuários móveis. A telefonia fixa está disponível, praticamente, em todas as localidades com mais de 100 habitantes, revelando o absoluto sucesso das metas de universalização estabelecidas, em 1998. Em decorrência do modesto desempenho da economia brasileira, a planta de acessos fixos em serviço manteve-se estável nos últimos cinco anos, fenômeno semelhante ao que vem ocorrendo em países com o nível de renda disponível semelhante ao brasileiro. A base de usuários da telefonia móvel cresceu 31% em 2005, adicionando mais de 20 milhões de clientes, tornando-se a quinta maior em escala global. Esta performance é reflexo do sistema de cobrança na origem da chamada, que possibilitou a enorme expansão do pré-pago no Brasil; das campanhas de marketing implementadas pelas operadoras; da oferta de planos alternativos; e, principalmente, dos elevados subsídios na compra de aparelhos ofertados pelas empresas. Financiados indiretamente pela elevada tarifa de interconexão, que as operadoras fixas pagam às móveis quando da terminação de chamadas originadas em suas redes e terminadas nas redes móveis. Brasil - Planta Móvel Milhões de Usuários 86,2 65,6 46,4 7,4 15,0 23,2 28,7 34,9 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Na telefonia móvel, a competição travada pelas operadoras, algumas vezes de forma irracional, conseguiu mais uma vez elevar a penetração média em todo o país, atingindo 47% (37% em 2004). Contudo, as diferenças regionais da renda disponível também se revelam na densidade em cada um dos estados da federação. Com efeito, enquanto no Distrito Federal já ultrapassou os 115% (100% em 2004), no Estado do Maranhão, ainda se situa em 18% (14% em 2004).