INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA DAGMAR DOS SANTOS VELOSO SUPORTE DIALÍTICO A PACIENTES COM LESÃO RENAL AGUDA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA TERESINA 2015 DAGMAR DOS SANTOS VELOSO SUPORTE DIALÍTICO A PACIENTES COM LESÃO RENAL AGUDA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Artigo científico apresentado ao Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva como exigência parcial para a obtenção de aprovação no Mestrado Profissionalizante em Terapia Intensiva do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva. Orientador: Prof. Dr. Douglas Ferrari TERESINA 2015 RESUMO A lesão renal aguda (LRA) é um processo mórbido potencialmente fatal que ocorre em cerca de 5% dos pacientes hospitalizados e responde por até 30% das internações em unidades de tratamento intensivo (UTI). Sendo que 5% a 10% destes pacientes desenvolvem LRA com necessidade de terapia renal substitutiva (TRS), hemodiálise ou diálise peritoneal. Tem como objetivo conhecer os fatores de risco da IRA em pacientes internados em UTI e avaliar o momento ideal para iniciar a terapia renal substitutiva (TRS), hemodiálise ou diálise peritoneal. O método adotado foi a revisão bibliográfica, tendo como critério de inclusão: livros e artigos publicados entre 1999 e 2013, periódicos nacionais disponíveis em português. Não está padronizado o momento exato de se instituir a terapia dialítica ou o melhor método indicado para pacientes internados em UTI. Sabe-se que seja qual for o método de escolha deve ser levada em consideração a individualidade do paciente, disponibilidade do serviço e a familiaridade da equipe com a terapia. É certo que o início precoce da diálise parece estar associado à maior sobrevida do paciente de UTI com LRA. Palavras-chaves: Lesão Renal Aguda, Unidade de Terapia Intensiva, Diálise. ABSTRACT Acute kidney injury (AKI) is a potentially fatal disease process that occurs in about 5% of hospitalized patients and accounts for 30% of admissions to intensive care units (ICU). But only 5% to 10% of these patients developed ARF requiring renal replacement therapy (RRT), hemodialysis or peritoneal dialysis. Aims to evaluate the ARF of risk factors in ICU patients and evaluate the ideal time to start renal replacement therapy (RRT), hemodialysis or peritoneal dialysis. The method used was the literature review, having as inclusion criteria: books and articles published between 1999 and 2013, national journals available in Portuguese. Not standardized the exact moment of instituting dialysis or the best suitable method for ICU patients. It is known that whatever the method of choice must be taken into account the individuality of the patient, service availability, familiarity with the team therapy. It is true that the early initiation of dialysis seems is associated with increased survival of ICU patients with ARF. Keywords: Acute kidney injury, Intensive Care Unit , Dialysis. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 2 OBJETIVO .............................................................................................................. 7 3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 7 4 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 8 5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 11 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 14 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15 5 1 INTRODUÇÃO Os rins participam da manutenção da constância do meio interno, através do fino controle do volume, da osmolaridade, da concentração eletrolítica e dos íons ácidos, entre outras funções essenciais para a vida. As grandes variações do dia-adia no metabolismo e na ingestão de líquidos e alimentos necessitam de regulação de vários elementos, como eliminação de excessos, de toxinas exógenas e de produtos não-voláteis do metabolismo do nitrogênio, como uréia e creatinina. Eles também regulam a composição eletrolítica e de líquidos dos compartimentos intracelulares, em decorrência da intensa troca de água e solutos através das membranas celulares (BARROS et. al., 2006). A LRA (Lesão Renal Aguda) é definida como a redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente a diminuição do ritmo da filtração glomerular e/ou do volume urinário, porém, ocorrem também distúrbios no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido - básico (SBN, 2006). A LRA é uma complicação em cerca de 5% das hospitalizações e até 30% das internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Necrose Tubular Aguda (NTA) é responsável por mais de 50% da LRA em pacientes hospitalizados e mais de 76% dos casos nos pacientes em UTI, sendo sepse a condição mais comumente associada (TIAGO et. al., 2010). Seguindo o curso clínico da fase de instalação da doença, o volume urinário poderá permanecer ou não, dentro da faixa de normalidade (que é de no mínimo 500 ml em 24 horas, dada a capacidade limitada de concentração dos rins, e a demanda constante pela eliminação de solutos), porém, sua capacidade de excreção dos compostos nitrogenados perceberá comprometida progressivamente. Verificamos também, que cerca de 50% dos casos de NTA nefrotóxica não ocorrerá oligoanúria (SCHOR et. al., 1997). Num contexto hospitalar, especialmente em unidade de tratamento intensivo, usualmente suspeita-se de LRA por causa de exames laboratoriais ou diminuição da diurese. O quadro clínico de apresentação, no entanto, pode mostrar: hipovolemia (LRA pré - renal) ou hipervolemia; oligúria ou anúria; urina escura, hematúria ou acastanhada, contendo sedimento visível espesso, escuro; sinais de acidose; manifestações de uremia (BARROS et.al., 1999). Em relação à etiologia da LRA em unidades de terapia intensiva, a sepse 6 tem sido descrita como a mais prevalente. Apesar de enormes avanços nas 10 últimas décadas no reconhecimento, diagnóstico e instituição precoce do tratamento dialítico, a mortalidade atribuída a esta síndrome, em especial quando associada à sepse e com evolução de disfunções orgânicas múltiplas, tem permanecido elevada, atingindo 80% em algumas séries (UCHINO et.al., 2005). 7 2 OBJETIVO Objetiva-se conhecer os fatores de risco da LRA em pacientes internados em UTI e avaliar o momento ideal para iniciar a terapia renal substitutiva (TRS), hemodiálise ou diálise peritoneal. 3 METODOLOGIA O método adotado foi à revisão bibliográfica, tendo como critério de inclusão: livros e artigos publicados entre 1999 e 2013, periódicos nacionais disponíveis em português e inglês. Foram analisados 30 achados com base no tema das palavras chaves, onde foram excluídas as pesquisas que abordavam temas repetitivos ou por abordar a Lesão Renal Aguda em tratamento não dialítico. 8 4 DESENVOLVIMENTO O rim desempenha suas funções mais importantes ao filtrar o plasma e remover as substâncias do filtrado em quantidades variáveis, dependendo das necessidades do corpo. O rim depura as substâncias indesejáveis do filtrado ao excretá-los na urina. As sete funções principais do rim são: excreção de produtos de degradação do metabolismo e de substâncias químicas estranhas; regulação do equilíbrio hidroeletrolítico; regulação da osmolaridade e das concentrações de eletrólitos nos líquidos corporais; regulação do equilíbrio ácido básico; regulação da pressão arterial; secreção, metabolismo e excreção de hormônios; gliconeogênese (GUYTON; HALL, 2011). A lesão renal aguda (LRA) é um processo mórbido potencialmente fatal que ocorre em cerca de 5% dos pacientes hospitalizados e responde por até 30% das internações em unidades de tratamento intensivo (NERMA, 2011). Segundo Santos e Matos (2008), há uma falta de consenso de definição de Lesão Renal Aguda (LRA), ocorrendo na literatura mais de 30 conceitos para essa enfermidade. A LRA caracteriza-se por uma redução de taxa de filtração glomerular (TFG), resultando em retenção de produtos nitrogenados como a creatinina, uréia e outras moléculas não rotineiramente medidas (NERMA, 2011). A oligúria (debito urinário < 400 ml/24h ou 15 ml/h) ocorre comumente na LRA, podendo construir um importante indicador de disfunção renal. Entretanto, o debito urinário não pode representar a única medida da função renal (NERMA, 2011). Segundo Martins e Abdulkader (2013), um dos principais problemas para diagnóstico da LRA é a ausência de marcadores sensíveis e específicos de função renal. A creatinina sérica é o exame mais utilizado para avaliar a função renal, mas em algumas desvantagens, pois se eleva acima dos limites normais apenas quando a filtração glomerular encontra-se abaixo de 50% e é dependente de massa molecular, idade, sexo e raça. As estimativas da incidência da LRA variam de acordo com a população estudada e com os parâmetros utilizados para seu diagnóstico. Estudos epidemiológicos apontam a incidência de LRA no ambiente hospitalar entre 1,9 e 7%. Quando considerados os pacientes internados em UTI, 5 a 20% deles 9 desenvolvem LRA. Estes casos geralmente apresentam etiologia multifatorial, sendo a sepse em 23% daqueles com sepse grave e em 51% dos pacientes com choque séptico. (MARTINS; ABDULKADER, 2010). Segundo Daurgidas (2008) para auxiliar no diagnóstico diferencial e no tratamento, LRA podem ter três formas de apresentação clínica: pré-renal: nas situações clínicas que resultam em diminuição do fluxo sanguíneo renal, as quais podem ser hemorragia, hipotensão e desidratação graves, uso prolongado e inadequado de diuréticos, grandes queimaduras, tamponamento cardíaco, choque cardiogênico, insuficiência cardíaca, congestiva, infarto do miocárdio, embolia pulmonar, septicemia, uso de fármacos vasodilatadores. Pós-renal: nas situações clínicas em que ocorre a obstrução do fluxo urinário, tais como cálculos (obstrução do ureter), tumores e coágulos. Renal: diferentemente das duas apresentações clínicas mencionadas, a LRA renal ocorre nas seguintes situações clinicas: glomerulopatias, vasculites, trombose bilateral de veias renais, nefrosclerose maligna, anemia falciforme, hipertensão arterial maligna, complicações obstétricas, lúpus eritematoso sistêmico, intoxicações por fármacos (como amioglicosídeos e anti-inflamatórios), intoxicação por contrastes e infecções graves (sepse). Essa fase também é chamada de necrose tubular aguda. Os métodos dialíticos disponíveis atualmente são diálise peritoneal, hemodiálise, hemofiltração e hemodiafiltração. Estes processos podem ser arteriovenosos e venovenosos, e executados de maneira intermitente ou contínua. A hemodiálise é o método extracorpóreo mais utilizado para o tratamento especializado da equipe médica e de enfermagem. É necessária via de acesso circulatório que pode ser arteriovenoso e venovenoso. O acesso venovenoso, mais utilizado em nosso meio, é geralmente obtido pela colocação de cateter de duplo lúmen na veia subclávia ou jugular interna. O fluxo de sangue do paciente é controlado por bomba sanguínea, para se obter um valor constante entre 250-350 ml/min. O movimento de solutos é bidirecional, há solutos que se movem do sangue para o dialisado, como uréia, potássio e outros solutos, como cálcio e bicarbonato, que se movem do dialisado para o sangue. A maior parte do transporte de solutos ocorre por difusão, e a remoção de fluido, por ultra filtração decorrente do gradiente de pressão hidráulica. Verifica-se, portanto, que a hemodiálise é muito mais eficiente para a correção de uremia e para a retirada de volume do que a diálise peritoneal (VIEIRA et. al., 2013). 10 O diagnóstico precoce e a instituição de medidas terapêuticas adequadas a cada situação clínica podem alterar o curso e a gravidade do envolvimento renal, reduzindo a morbimortalidade do paciente. O enfermeiro presta assistência, melhorando a qualidade de vida, identificando problemas de saúde e subsidiando ações de assistência de enfermagem que possam contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, fornecendo um cuidado integral e individualizado ao paciente, priorizando as suas necessidades, possibilitando assim a continuidade do cuidado (BORDINHAO, 2010). Uchino (2005) afirma que, cerca de 5% a 10% dos pacientes admitidos em UTI desenvolvem LRA com necessidade de terapia renal substitutiva (TRS), embora nas formas mais graves de LRA a dependência de TRS supere os 60%. As modalidades de TRS nesta população podem ser intermitentes (hemodiálise convencional e diálise peritoneal) ou contínuas (hemodiálise, hemofiltração ou hemodiafiltração contínuas). A escolha pelo método ideal depende do estado clínico do paciente, do conhecimento médico e da disponibilidade em cada centro. 11 5 DISCUSSÃO Vários estudos têm sido realizados para identificar os preditores de mortalidade na LRA. Os exames rotineiros de creatinina e uréia séricos não são os indicadores mais sensíveis ou específicos para indicar uma deterioração da função renal. A enzimúria parece refletir a injúria segmentar ou LRA útil como marcador específico (valor preditivo negativo de 90% a 100%) de injúria segmentar ou IRA incipiente cuja detecção precoce pode permitir uma intervenção precoce de terapias de resgate renal e hemodinâmico. A cistatina C tem surgido como um marcador precoce de LRA, detectando o desenvolvimento de LRA em até 48 horas antes da elevação da creatinina sérica (HERGET, 2004). A contribuição da variância intra-individual para a variação biológica da cistatina C é de 75%, mas apenas de 7% para a creatinina. Consequentemente, o uso de cistatina C para monitorar a função renal em um indivíduo, particularmente nos estágios precoces de doença renal ou após o transplante, não é válido. Ela pode ser usada para avaliar a TFG pós-transplante (RISCH, 1999). Vários autores têm discutido sobre qual a melhor modalidade dialítica em pacientes com LRA na UTI. Entretanto, ainda não há um consenso a respeito de terapia de substituição renal que teria o melhor resultado no tratamento da LRA, isto é, redução nas taxas de mortalidade, eficiência, frequências das sessões e a eficácia clínica da modalidade do tratamento. As alterações das terapias de substituição renal ocorreram conforme a instabilidade ou estabilidade hemodinâmica dos pacientes e avaliação do médico nefrologista (RICC, 2005). Durante a internação são solicitados exames laboratoriais, e a primeira amostra de urina emitida ou caracterizada de pacientes com LRA deve ser utilizada para avaliação de índices urinários diagnósticos. Medida de sódio, uréia, creatinina e osmolaridade urinária, bem como amostra de sangue para análise de sódio, uréia e creatinina, devem ser coletadas (OLIVEIRA et. al., 2009). O uso de altas doses de glicocorticóides pode induzir o aumento da Cistatina C sérica, independentemente da taxa de filtração glomerular, devendo, nesses casos, a dosagem de Cistatina C ser avaliada criteriosamente, já que ainda não existe na literatura um valor de referência para esse grupo de pacientes (RISH, 2001). 12 A cistatina C é um inibidor de proteinase de baixo peso molecular (13,3 kDa), pertencente a superfamília das cistatinas, é produzida em todas as células nucleadas e o seu nível sanguíneo é constante e independe da massa muscular (BASTOS, 2007 ). A Lesão Renal Aguda (LRA) e sepse ocorrem em aproximadamente 20% a 25% dos pacientes com sepse e em 51% daqueles com choque séptico. A combinação de LRA e sepse está associada à taxa de mortalidade de 70% em comparação com taxa de mortalidade de 45% entre os pacientes que só apresentam LRA (NERMA, 2011). A lesão renal aguda que ocorre após acidentes por múltiplas picadas de abelhas é decorrente de hemólise, rabdomiólise, hipotensão arterial e nefrotoxicidade direta do veneno. O achado histopatológico renal mais comum é compatível com necrose tubular aguda, com cilindros de pigmento nos túbulos renais. As manifestações clínicas ocorrem algumas horas após o acidente, caracterizando-se pela ocorrência de elevação de níveis de uréia e creatinina, oligoanúria, urina escura, alterações urinárias, como hematúria, proteinúria e leucocitúria, hipercalemia e acidose metabólica. O reconhecimento precoce dessa síndrome é crucial para o manejo adequado dos pacientes. A mortalidade é significativa, mais aqueles que sobrevivem têm um bom prognóstico, recuperação total da função renal (DAHER, 2012). As principais causas de internamento em UTI de pacientes que evoluíram com LRA foram sepse, choque séptico e doenças respiratórias e cardiovasculares. Para que o enfermeiro possa atuar na detecção precoce e prevenção desta complicação, tão comum neste ambiente, é necessário compreender como tais fatores de risco podem levar ao desenvolvimento da LRA (HENKIN et. al., 2009). A hipovolemia agrava a perda da função renal, e a hipervolemia está diretamente associada a uma maior mortalidade. A hipotensão e os sinais de má perfusão, se presentes, devem ser manejados com expansões volumétricas com soluções cristalóides e droga vasoativas a fim de manter a pressão da perfusão renal adequada. (PICON, 2010). Perda da função renal lenta e progressiva, presença de sinais e sintomas de uremia avançada (anemia, coloração amerela-palha, sintomas neurológicos e digestivos) são sugestivas de LRC. Cilindros largos do sedimento 13 urinário também sugere LRC. Antecedente de hipertensão arterial, diabetes, nefropatias, doença vascular podem auxiliar, mas também são causas predisponentes para LRA agudizada (que se desenvolve em pacientes com algum comprometimento prévio da função renal). Em caso de dúvida persistente a ultrassonografia pode mostrar os rins contraídos na LRC e rins de aspecto normal ou aumentado na LRA. A exceção é a nefropatia diabética que podem evoluir para LRC com preservação do aspecto renal sonográfico próximo da normalidade (LUIS et. al, 2007). Apesar do risco de nefrotoxicidade, os aminoglicosídeos continuam como importante opção terapêutica no tratamento das infecções, em função da sua eficácia e custo. A sua prescrição de maneira correta pode diminuir ou atenuar consideravelmente a sua toxidade. Nesse sentido, é fundamental conhecer quais são os fatores de risco relacionados à nefrotoxicidade e tentar corrigi-los, quando possível. (OLIVEIRA et.al., 2006). A morbidade e mortalidade podem-se mostrar com índices elevados, quando se tem pacientes com níveis elevados de uréia, creatinina, potássio e hipervolêmicos. Isso pode ser explicado pela redução abrupta da filtração glomerular que é acompanhada por distúrbios hidroeletrolíticos, ácidos e básicos e também retenção de toxinas do metabolismo endógeno (OLIVEIRA, et. al., 2009). A lesão renal aguda devido ao uso de contrastes radiológicos tem incidência de 1% a 15%, podendo chegar a 50% dependendo das co-morbidades da população estudada (DAHER et. al., 2008). Martins e Albdulkader (2010) afirma que, o melhor tratamento da LRA é a sua prevenção. Como ela tem impacto significativo sobre a morbi-mortalidade do paciente, é muito importante que o clínico e intensivista estejam atentos às medidas preventivas, habitualmente simples. Essas medidas baseiam-se em manutenção da volemia, otimização do débito cardíaco e não utilização de medicações nefrotóxicas. 14 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A taxa de mortalidade por LRA em pacientes de UTI continuam elevadas, em torno de 50%, mesmo com o desenvolvimento tecnológico e o monitoramento destes pacientes. Por outro lado houve um aumento da violência de grandes centros urbano culminando com grandes cirurgias. Reconhecer pacientes de risco, adoção de medidas preventivas e o monitoramento clínico e laboratorial rigoroso, bem como o diagnóstico precoce de LRA pode melhorar o prognóstico de pacientes internados em UTI. Não está padronizado o momento exato de se instituir a terapia dialítica ou o melhor método indicado para pacientes internados em UTI. Sabe-se que, seja qual for o método de escolha, deve ser levada em consideração a individualidade do paciente, disponibilidade do serviço e a familiaridade da equipe com a terapia. É certo que o início precoce da diálise parece está associada à maior sobrevida do paciente de UTI com LRA. 15 REFERÊNCIAS BARROS, Elvino; GONÇALVES, Luiz Felipe; MANFRO, Roberto C.; THOMÉ, Fernando S. Nefrologia - Rotinas, Diagnóstico e Tratamento. Editora Saraiva - 3ª Ed. 2006. Bastos MG, Bastos RMR, Paula RB. Avaliação da função renal. Em Barros E, Gonçalves LF (Eds). Nefrologia no consultório. Artmed, Porto Alegre, 2007, pp 4967. BORDINHÃO, R. C. Processo de enfermagem em uma Unidade de Tratamento Intensivo à luz da teoria das necessidades humanas. 2010. 148p. Dissertação de Mestrado de Pós-Graduação em Enfermagem – Escola de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. DAUGIRDAS, J.T.; ING, T.S. Manual de diálise. 4.ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2008. DESSEN, Marcelo. Abordagem da Insuficiência Renal Aguda. Disponível em: <http://sociedades.cardiol.br/socerj/revista/2001_02/a2001_v14_n02_art12.pdf> Acesso em: 10 de agosto de 2014. Geraldo B. 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