XI JONUB Jornada de Nutrição da UNESP de Botucatu 02 a 04 de junho de 2011 Pode a restrição protéica intra-uterina modular a atividade de enzimas digestivas em ratos recém-desmamados? ASSIS1, T.; MENDONÇA1, L.A.C.; PINHEIRO2, D.F.; SARTORI2, D.R.S.; VICENTINI-PAULINO2, M.L.M.2, 1 Curso de Nutrição do Instituto de Biociências, Unesp, Botucatu, SP. [email protected] Departamento de Fisiologia, Instituto de Biociências, Unesp, Botucatu, SP. 2 Existem evidências de que uma alimentação balanceada durante a gestação é essencial para o crescimento e desenvolvimento da prole. De fato, a falta ou a deficiência de nutrientes durante a vida intra-uterina pode determinar alterações no peso corpóreo e de órgãos, entre eles o intestino delgado. Tem sido observado que a restrição calórica pode alterar a atividade de enzimas digestivas da prole, embora nem todas as enzimas sejam afetadas. Porém, pouco se sabe se a falta de proteína durante a gestação pode causar alterações semelhantes. Isto seria de se esperar ao se considerar que entre os tecidos, os primeiros a sofrerem pela falta de proteínas devem ser aqueles de alta renovação celular, como a mucosa intestinal. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade das enzimas intestinais lactase, sacarase e maltase em ratas recém-desmamadas que foram submetidas à restrição protéica no período pré-natal. Foram utilizadas 12 fêmeas de ratos Wistar com confirmação de prenhez. No dia 0 da gestação as ratas foram divididas em dois grupos experimentais: Grupo C (controle) - animais alimentados durante a gestação com dieta normoprotéica (17%PB) e Grupo R (restrito) - animais alimentados durante a gestação com dieta hipoprotéica (6%PB). Ambos os grupos receberam estas dietas até o dia do nascimento da prole, e após este período, a dieta fornecida foi a padrão do biotério. Após o desmame dos animais, 6 filhotes fêmeas de cada grupo foram sacrificadas e através da laparotomia, os intestinos foram retirados para a análise de enzimas intestinais. Os dados obtidos foram submetidos ao teste T para um nível de significância de 5%. Foi verificado que a atividade das enzimas sacarase e lactase foi maior (P<0,05) em animais que foram submetidos à restrição protéica durante a vida intra-uterina. Conclui-se, que a restrição protéica durante a vida intra-uterina promove uma resposta adaptativa do intestino delgado em relação à atividade de enzimas digestivas.