DESORDENS FERMENTATIVAS DOS PRÉ-ESTÔMAGOS Indigestão Grupo de moléstias que se apresentam com disfunção do reticulo e rúmen (os dois primeiros compartimentos do sistema dos pré-estômagos) A digestão no rúmen e retículo ocorre por fermentação bacteriana Sintomas de indigestão Redução, ausência ou anormalidade do som das contrações ruminais no flanco esquerdo Contorno abdominal esquerdo anormal Causas alterações primarias na fermentação ruminal alterações primarias na motilidade ruminal a indigestão dos bovinos representa um largo espectro de síndromes Indigestão simples → Sinais clínicos da indigestão simples: Anorexia Redução da produção leiteira Extremidades frias Disfunção ruminal Alguns animais apresentam aumento das contrações ruminais, porem a força destas está diminuída. Pode haver distensão abdominal Sinais de cólica o Coices na barriga o Comportamento violento o Berros o Animal deita e levante muito o Sapatear com os pés traseiros → Tratamento da indigestão simples: Restabelecimento da motilidade GI normal Evacuação do TGI, com a intenção de eliminar o agente causador Esses objetivos são conseguidos com a administração de misturas laxantes-ruminotórios orais e soluções parenterais de cálcio. Se o rúmen estiver “afuncional”, administra-se por sonda gástrica com água morna Nos casos de timpanismo ruminal, passa a sonda gástrica, como rotina, para aliviar a distensão gasosa antes de administrar o tratamento Soluções de cálcio são indiadas em todos os casos de indigestão simples, devido à inapetência e à estase GI associadas à perda de cálcio o A produção leiteira contínua, embora reduzida frequentemente leva à hipocalcemia A hipocalcemia contribui para a manifestação clinica de partes periféricas frias, e contribui mais ainda para a estase GI já existente Deve ser mantida a terapia com laxantes para garantir a evacuação completa do material alimentar causador, do rúmen Indigestão severa As formas mais severas de indigestão põem se aproximar de uma acidose lática e são difíceis de classificar → Existe uma variação dos sinais clínicos, dependendo da quantidade e do tipo de material ingerido → Comum: História de ingestão exagerada de grãos Acesso a pomar de macieiras → Sinais clínicos Redução drástica do apetite Redução da produção leiteira Partes periféricas frias Vacas com hipocalcemia o Podem ficar deitadas, em decúbito → Tratamento Igual ao da indigestão simples Pode precisar de administração IV de cálcio Por causa da estase ruminal, dar laxantes-ruminotórios em pó com água por sonda gástrica Insuficiência Bioquímica Simples da Ingesta Retículo-Ruminal Alimento rico em fibra bruta, pobre em açúcares, amido e proteínas → Ocorre baixa produção de AGV’s no rúmen → aumento da secreção de saliva → aumento do pH → Diminuição do numero total de bactérias e da quantidade de espécies de microorganismos → diminuição dos processos bioquímicos microbianos de degradação e síntese → inatividade da microflora e microfauna ruminal → Falta substratos para a microbiota fermentar o alimento. Se isso continua, a flora pode morrer Causada principalmente por dieta de má qualidade, deficiente em proteínas e CHOs Há diminuição das bactérias e da fermentação → Situações comuns de ocorrência: Épocas de seca com gado a pasto → Não há CHOs, proteínas e nem minerais. Assim a flora vai morrer, e aí vai ter pouca fermentação, e vai faltar energia para o animal Esta patologia pode ocorrer também: Quando há carência de determinados componentes nutritivos necessários para o crescimento das bactérias o fósforo o enxofre o cobre o cobalto o magnésio cobalto é muito importante porque a sua falta leva à interrupção da síntese microbiana de vitamina B12 A flora ruminal pode também se tornar inativa através da ingestão de substancias bacteriostáticas o Antibióticos o Sulfonamidas o Desinfetantes É uma patologia muito comum em animais criados em sistemas pouco tecnificados e de subsistência, onde são oferecidos alimentos com fibras de baixa qualidade Pode acontecer também pode anorexia prolongada (diminui a ingestão de nutrientes) → Achados clínicos Quando há diminuição dos processos digestivos microbianos, a degradação dos alimentos ingeridos é prolongada → a não redução das partículas leva à maior retenção nos préestômagos e acúmulo de alimento não digerido → distensão gradual do retículo-rúmen → pode resultar em fracas contrações e timpanismo recorrente → há diminuição da motilidade ruminal → fezes secas com fibras grandes Manifestação clinica da inatividade da flora ruminal: Diminuição da produção de leite Perda de peso Pêlos opacos e quebradiços Má qualidade espermática Eventualmente, sintomas de depravação de apetite Em casos avançados: Dilatação do rúmen com timpanismo recidivante moderado Não há estratificação da digesta Fezes secas e cobertas de muco, contendo uma grande quantidade de fibras não digeridas Pode ocorrer diarréia → Líquido ruminal Coloração mais parda Consistência aquosa com pouca formação de bolhas Rápida sedimentação sem flutuação Odor indiferente pH ligeiramente alcalino reduzido número de infusórios redução de azul de metileno acima de 6 minutos Prova de suco ruminal Viabilidade da flora (azul de metileno) Os microorganismos oxidam (reduzem) o azul de metileno, até voltar ao normal Normal: 3-6 minutos o < 3 minutos: acidose ruminal o > 6 minutos: bactérias insuficientes → Diagnóstico Baseado na redução pelo azul de metileno acima de 6 minutos o Indica baixa atividade da flora ruminal Achados clínicos → Tratamento Administrar alimento rico em açúcares, amido e proteínas, sendo que este alimento deve ser oferecido gradualmente Recomenda-se administrar 2 a 3 litros de suco ruminal, uma ou várias vezes Nos casos mais graves, pode fazer uma ruminotomia com transfaunação Alcalose da Ingesta Retículo-Ruminal Alcalose = estados patológicos em que se há aumento de amônia no rúmen, alcalinizando o seu conteúdo → Etiologia É observado em casos de alimentação rica em proteínas o Ocorre fermentação das proteínas e aumento da concentração de amônia, porém o pH não aumenta acima do neutro, porque essas dietas possuem CHOs fermentáveis para manter um pH ligeiramente acido Intoxicação pela uréia o Libera grandes quantidades de amônia, o que aumenta o pH acima da neutralidade Alimentos com grandes quantidades de nitratos o Provoca acumulo de amônia no conteúdo ruminal Ingestão em excesso de uréia e algumas plantas com elevada concentração de nitrato Fermentação de proteínas → elevada/aumenta a concentração de amônia Alcalose é comum quando a fermentação microbiana é reduzida, de modo que não gera acido suficiente para neutralizar o pH alcalino da saliva → Achados clínicos O quadro se caracteriza mais pelos sinais de intoxicação que pelos de indigestão Os sinais mais freqüentes são: intoxicação, timpanismo e vômitos Intoxicação (pela uréia) Principalmente sistema nervoso Tremores musculares Incoordenação motora Fraqueza Taquipnéia Excitação do SN Morte rápida Indigestão Bloqueio da motilidade dos pré-estômagos (hipomotilidade) Timpanismo Vômito Em casos leves, são observados: Diminuição do apetite Diminuição da atividade dos pré-estômagos Timpanismo recidivante Diarréia Diminuição da gordura do leite O suco ruminal apresenta pH alcalino (7.0 – 8.5), com cheiro amoníaco → diagnóstico Anamnese Sinais clínicos Características do líquido ruminal Histórico de introdução de uréia na dieta sem correta adaptação → Tratamento Aplicação oral de 1-2 litros de vinagre ou acido acético 2,5% ou; 50 a 70 ml de acido lático m 8 a 10 litros de água Correção da dieta o Aumentar a quantidade de hidratos de carbono de fácil digestão o Reduzir a quantidade de proteínas o Fazer adaptação correta, respeitando a quantidade de uréia utilizada Água fria: inativa a urease → pára de produzir amônia Putrefação da Ingesta Retículo-Ruminal (não é muito comum → rara ocorrência) Há degradação e morte da flora por presença de microorganismos que contaminam o alimento (Ex: clostridios) Se dá pela ingestão de alimentos decompostos como: Silagem fermentada Resíduos de cervejaria Gramas decompostas Pastos Aguadas podres, etc. Silos de auto-alimentação: É comum a ocorrência desta patologia O animal tem tendência a se alimentar de partes do silo que estão em contato com o solo (terra) Ocorre predomínio dos germes coliformes e proteus (ingeridos com a água e alimentos) Estes competem com a flora normal do rúmen Se reproduzem promovendo uma degradação pútrida da ingesta com a produção de substancias tóxicas Essa ocorrência tem prevalência aumentada nos períodos chuvosos e em sistemas onde a dieta é fornecida no chão ou em pistas de trato inadequado → Achados clínicos Apetite diminuído Diminuição da atividade dos pré-estômagos Timpanismo recidivante com fermentação espumosa Diarréia intermitente (às vezes) Diminuição da produção de leite Diminuição da qualidade espermática Transtornos metabólicos na forma de paresia e câimbras Principais: Perda de apetite Perda de peso (ou não. Vai depender da severidade) Timpanismo Alterações do conteúdo ruminal Conseqüências: * O animal pode desidratar e ter alterações da volemia Líquido ruminal (Realizado para a confirmação do diagnóstico) Coloração verde enegrecida Consistência aquosa ou espumosa Odor pútrido pH entre 7,5 e 8,5 número e protozoários muito reduzido → Tratamento transfaunação (Deve ser o 1º a ser feito) o Se a transfaunação não é possível, faz Antibioticoterapia via oral, mas isso mata também a flora normal (além da patogênica) antibiótico por 2 a 3 dias ruminotomia nos casos mais graves alteração da dieta dos animais se não faz nada, a vaca morre pelos sinais clínicos Acidose Ruminal Crônica Latente → Fornecimento de quantidade excessiva de concentrado → é principalmente subclínica Ocorre quando se fornece uma dieta energética (rica em grãos), sem que haja adaptação da flora ruminal (desequilíbrio da alimentação) Desta forma vai haver predomínio da flora aminolítica e redução da flora celulolítica. Ocorre a fermentação dos CHOs e produção de AGV’s, que culminam com a redução do pH ruminal (5,0-5,5) Os AGV’s produzidos sofrem alterações em suas proporções, sendo que as proporções de butirato e propionato aumentam consideravelmente Nesse tipo de acidose ocorre desequilíbrio da relação acetato-propionato, o que vai culminar com alterações na quantidade de gordura do leite Ocorre um pequeno aumento da produção de acido lático, por isso o pH não sofre uma queda tão acentuada O aumento de butirato proporciona o aumento dos corpos cetônicos (uma parte do butirato é transformada em corpos cetônicos na parede ruminal) O aumento de propionato estimula a deposição de gordura corporal O aumento de ambos, propionato e butirato promovem o crescimento das papilas ruminais (paraqueratose) o A mucosa ruminal com paraqueratose se torna muito mais sensível a danos mecânicos, o que provoca reações inflamatórias (ruminite crônica hiperplásica) Estas lesões na mucosa do rúmen servem como porta de entrada para bactérias produtoras de necrose e pus, sendo que estas, através da veia porta chegam ao fígado e são responsáveis pelo aparecimento de abscessos hepáticos Além disso, podem ocorrer abscessos em outros órgãos Neste tipo de patologia, ocorre maior produção de histamina e tiramina, que vão acarretar em transtornos circulatórios a nível de tecido córneo → proporciona o aparecimento de tecido de má qualidade Sempre que houver dano à microflora ruminal, vai ocorrer deficiência de vitamina B1, o que acarreta problemas no metabolismo energético das células nervosas, com degeneração destas células e consequentemente poliencefalomalácia Algumas considerações: Neste caso, o problema é a ingestão contínua por período prolongado de CHOs A população microbiana se adapta ↓ celulolítica e ↑ aminolítica Com a adaptação, vai ter bactérias que fermentam rapidamente O acido láctico não vai se acumular, porque vai sofrer degradação pelas bactérias O aumento da velocidade de fermentação vai produzir concentrações maiores de AGVs, o que resulta num pH ruminal moderadamente acido pH: 5.0 a 5.5 os efeitos nos animais serão crônicos → Sinais clínicos Animais apresentam cetose Se tornam obesos Menor quantidade de gordura no leite o Pelo desequilíbrio da relação acetato-propionato Animais apresentam paraqueratose Reações inflamatórias na mucosa ruminal (ruminite crônica hiperplásica) Abscessos hepáticos, renais e pulmonares Laminite Redução do apetite Hipomotilidade ruminal Necrose cerebral cortical → Na suspeita desta síndrome: coletar amostras ruminais de varias vacas do rebanho o para analisar o pH e a microflora ruminal Um pH abaixo de 6 é suspeito ou diagnóstico É importante verificar o teor de gordura no leite e levantar de maneira minuciosa todo o programa de alimentação do rebanho o Dieta o Fibra efetiva o Manejo nutricional, etc. o O diagnostico é confirmado pela prova do suco do rúmen pH levemente ácido (5.0 a 5.5) pH menor que esse é acidose aguda → Tratamento e prevenção Se baseiam em: Fornecer uma dieta de boa qualidade (fibras de boa qualidade), que possam estimular a ruminação e a produção de saliva, evitando dessa forma que o pH diminua ainda mais Uso de tampões na dieta, como por exemplo, bicarbonato de sódio Adaptação da microflora ruminal para a nova dieta rica em grãos, especialmente no período de transição LIVRO: ACIDOSE CRÔNICA Esta síndrome deriva das praticas moderas de alimentação. A alimentação com concentrados rapidamente fermentáveis e produtos altamente ácidos permite um grau de acidose ruminal por um período transitório, depois da ingestão Durante este período transitório, vai haver danos à mucosa (ruminite) As pequenas áreas de ruminite podem agir como pontos de entrada para bactérias oportunistas que sobem à circulação portal, resultam em abscessos hepáticos A acidose crônica pode também ser contínua, ao invés de ser transitória Há alta incidência de laminite pela liberação de mediadores da inflamação e endotoxinas → Suspeita clinica Coletar amostras de rúmen de varias vacas do rebanho para analisar pH e microflora ruminal pH abaixo de 6 é suspeito ou diagnóstico → Correção e prevenção Requer tamponamento natural ou suplementar da dieta o Pode dar volumoso antes do concentrado na alimentação, para forçar o tamponamento natural através da saliva Acidose Ruminal Aguda Lática → Mistura inadequada dos alimentos, ou quando o animal entra em quartos de ração e fura sacos de fubá, ingerindo 20 a 30 Kg de uma vez → Em alguns casos, é letal em 24 horas → É decorrente do consumo excessivo de CHOs fermentáveis, o que causa rápida fermentação e produção de acido láctico, com queda significativa do pH → tem ruminite, morte de bactérias e crescimento de bactérias indesejáveis → Baterias vão para a circulação portal, chegam ao fígado (abscessos) e podem cair na circulação geral → septicemia No rúmen existem bactérias G+ e G-. para que estas trabalhem de forma harmoniosa e cooperativista, a dieta fornecida aos animais deve estar equilibrada. Quando se fornece quantidade excessiva de CHOs, as bactérias Gram positivas (principalmente streptococcus bovis) fermentam estes CHOs produzem AGV’s, que vão ser utilizados pelas bactérias gram negativas À medida que os AGV’s vão sendo produzidos, o pH do rúmen vai diminuindo e as gram negativas acabam morrendo (não conseguem se adaptar ao meio acido) Na acidose ruminal aguda lática ocorre uma produção rápida de grandes quantidades de AGV’s, superando sua utilização, o que resulta em acumulo destes ácidos no rúmen Quando as gram negativas morrem, ocorre liberação de endotoxinas → proporcionam o aparecimento de inflamação da mucosa ruminal (ruminite). Há também liberação de mediadores inflamatórios que afetam a circulação do cório, resultando numa má formação do casco (laminite) Quando o pH do rúmen diminui abaixo de 4,5, os S. bovis morrem e predominam os lactobacillus, que produzem mais acido lático, e possuem a capacidade de acidificar o meio de forma exagerada Os AGV’s que foram produzidos sobrecarregam o rúmen, que pára de funcionar. Isso também contribui para o aparecimento de lesões na mucosa ruminal e ruminite. Ocorre também aumento da osmolaridade e entrada de água para dentro do rúmen Como a mucosa se torna frágil, as endotoxinas produzidas pelas bactérias caem na circulação, atingindo vários órgãos Ao contrario da acidose crônica latente, ocorre uma grande produção de acido lático e acidificação do pH, que se torna inferior a 5.0 Diminuição do pH ruminal Diminui motilidade ruminal → Diminui absorção de AGV’s, Diminui fluxo sanguíneo, Aumenta a ruptura de vasos sanguíneos → LAMINITE Aumenta a osmolaridade → Aumenta a hemoconcentração, desidratação, diarréia, aumento do lactato no sangue e diminui bicarbonato do sangue → Falhas cardíacas e renais → Morte Aumento de patógenos → fígado → abscessos → Morte → Sinais clínicos Redução do apetite Redução da produção de leite Redução da ingestão de água Aumento da freqüência cardíaca (90 – 120 bpm) Aumento da freqüência respiratória (50 – 80 / min) Superfícies cutâneas frias Diarréia aquosa pelo aumento da osmolaridade Elevação da temperatura corporal (40º) Atonia e conteúdo ruminal liquefeito Laminite Desidratação o O rápido acumulo de acido lático no rúmen puxa, osmoticamente água para o seu interior Irritação, ataxia Modificações hemáticas o Aumento de lactato no sangue o Diminuição do bicarbonato o Hemoconcentração (animal desidratado) o Acidose metabólica o Mucosas hiperêmicas o Predominam os sinais de toxemia → O grau de acidose e a gravidade dos sinais clínicos são muito variáveis;dependem da quantidade e da qualidade do alimento ingerido → O que mais chama a atenção clinicamente: Sinais de taquipnéia Taquicardia Timpanismo Prostração Diarréia 90% tem laminite aguda associada → Diagnóstico Combinação dos sinais clínicos com a historia detalhada da alimentação do rebanho Coleta do suco ruminal através de sonda gástrica Avaliação do suco ruminal Aumento de acido lático Líquido com coloração leitosa e brancacenta Odor acido pH ácido (inferior a 5,0) (queda significativa) apresenta rápida sedimentação → Tratamento Mudança alimentar → fornecer dieta rica em fibras de boa qualidade Uso d antiácidos Antibioticoterapia Ruminotomia (pois o rúmen se encontra sobrecarregado) o É o 1º a ser feito. o Retira todo o conteúdo do rúmen e transfauna Fluidoterapia (diarréia e desidratação) Fornecimento de B1, para evitar poliencefalomalácia Não recomenda o uso de glicose e nem corticóide o Estimula o centro de saciedade e deprime Sistema Imune * A transfaunação é secundária → Tudo o que puder ser feito como suporte é bem vindo, porque o rúmen está “parado” Tratamento dos sintomas: antibiótico fluidoterapia fornecer B1 → Contra indicações: Glicose e corticóides o Estimula o centro da saciedade e o animal pára de comer LIVRO: ACIDOSE LÁTICA representa a forma mais severa de indigestão, se associa à superingestão de alimento concentrado, altamente fermentável, ou ou alteração súbita da dieta para níveis mais altos de alimentos rapidamente fermentáveis proprietários que mudam de grãos peletizados para grãos de milho ou trigo introduzem uma acidose lática. Mistura inadequada de rações mistas locais (manejo) Invasão de depósitos de ração Como se mostra como problema de manejo, vários animais do rebanho apresentam sintomas → Qualquer volume pode ser arriscado se a flora ruminal não estiver adaptada → Sinais clínicos Animais param de comer Diminuição da produção de leite Desidratação Aumento FC e FR Estase ruminal Superfícies cutâneas frias Pode haver diarréia ou estrume liquefeito Animais ficam fracos e em decúbito → Diagnostico: Combinação dos sinais clínicos com a história detalhada da alimentação do rebanho Amostra de fluido ruminal (em casos agudos) Acidose metabólica → Tratamento quanto mais tempo e mais a vaca for acometida, mais difícil é o tratamento deve ser corrigida a acidose ruminal e desestimular uma produção de acido láctico adicional Ruminotomia Em animais com pH = a 5, FC >100 e 8% de desidratação, distensão abdominal e decúbito Lava-se o rúmen com água, esvaziando-o várias vezes para remover o acido láctico Trata a vaca com laxantes Transfaunação Cálcio parenteral Fluidoterapia IV Hiperacidez Clorídrica Latente da Ingesta Retículo-Ruminal Acidose ruminal causada por acido clorídrico produzido no abomaso → Etiologia Observa-se o pH ruminal abaixo dos valores fisiológicos devido a um refluxo do conteúdo do abomaso (rico em acido clorídrico) para dentro do rúmen, o que acarreta em uma acidificação do meio Não é causada por dieta com excesso de CHOs altamente fermentáveis O refluxo ocorre principalmente nas afecções de abomaso o Estenose pilórica (paralisia do vago) /ou insuficiência pilórica o Deslocamento de abomaso para esquerda ou para a direita É a mais comum Traciona o piloro e bloqueia a passagem da ingesta o Abomasite o Ulcera de abomaso o Peritonite o Gestação avançada Neste caso pode dar bicarbonato para alcalinizar → Sinais clínicos Alcalose metabólica hipovolêmica e hipocloremica Desidratação Hipotonia Taquicardia Conteúdo ruminal com elevada concentração de cloreto, com lactato normal e de coloração oliva escuro Aciduremia paradoxal o O animal retém potássio e elimina íons hidrogênio. o Assim a urina é acida, apesar da alcalose sistêmica → Tratamento Fluidoterapia Ruminotomia Transfaunação Corrigir, se possível, a patologia → Suco do rúmen aumento da concentração de cloretos > 30 meq/L