Diapositivo 1

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Aprendizagem
e
Memória
CARATERÍSTICAS E RELAÇÕES (1)
Memória
O que é?
A memória é o processo dinâmico que consiste na codificação, armazenamento e
recuperação de conteúdos mnésicos ou de informação.
Adquirimos e armazenamos informação para a utilizarmos nas mais diversas
situações da vida.
Princípios básicos da memória
Sabe-se que a memória implica tratamento de informação. Para tal, distinguem-se
três tipos de operações que se interligam entre si, de modo, que umas não poderiam
existir se as outras não existissem.
Os tipos de operações existentes são:
Codificação
Toda a aquisição de informação implica a
codificação dos dados informativos, isto é, a sua
transformação de modo a poder ser armazenada
na memória, ou seja, a codificação É a primeira
fase do processo de formação de novas
memórias; nova informação é introduzida, umas
vezes automaticamente e outras mediante
repetição ou elaboração na memória.
Armazenamento
É o processo mediante o qual mantemos na
memória a informação que foi adquirida. A
simples repetição da informação não é a forma
mais eficaz de reter ou armazenar a informação. A
melhor forma de o fazer consiste em analisar o
significado da nova informação relacionando-a
com informação já existente na memória. Recebe
o nome de repetição elaborada.
Somente a informação muito bem repetida e a
informação registada de forma bem elaborada
pode ser transferida para os armazéns da
memória. São também importantes o caráter
relevante da informação e o facto de ser nova e
em pouca quantidade de cada vez.
Recuperação
A recuperação implica a utilização dos conteúdos
mnésicos de acordo com o modo como foram
adquiridos e armazenados, ou seja, em fazer
regressar à consciência o que fora memorizado.
Ao recuperar reconstruímos os dados mnésicos.
Recuperar a informação depende do modo como
a mesma está organizada na M. Longo Prazo e do
uso de pistas que permitam iniciar a procura do
que desejamos recuperar.
Os testes que os estudantes fazem é um exemplo
puro de recuperação ou reatualização, pois eles
recordam a informação que foi aprendida, que
está armazenada na M.L.P, para a realização do
teste.
Memória a curto prazo
O que é?
A memória a curto prazo é um sistema temporário de armazenamento que guarda a
informação durante o tempo que ela é utilizada. Atualmente os estudiosos preferem o
termo «memória de trabalho» porque é com ela que trabalhamos sempre que
conversamos, realizamos uma tarefa. Tal como uma secretária é uma área de trabalho
onde utilizamos determinados materiais (caneta, caderno, livros, etc.) a M.C.P. é a
área onde se atualizam e são utilizados os conteúdos mnésicos necessários em dados
momentos.
A informação selecionada para determinados efeitos pela memória a curto prazo
encontra-se na memória a longo prazo.
Dentro da M.C.P. tem duas grandes componentes, a memória de trabalho e a
memória imediata.
Memória de trabalho
A memória de trabalho é a área onde se colocam e são utilizados os conteúdos
mnésicos necessários em dados momentos.
Utilizamos a memória de trabalho sempre que realizamos uma tarefa, como conversar
com outra pessoa, por exemplo.
Esta é uma forma de memória caraterizada por ser um espaço ativo de trabalho onde
a informação está acessível para uso temporário.
Memória imediata
A memória imediata é uma forma de memória com fraca capacidade de
armazenamento e de reduzida durabilidade, apenas consegue fixar 7 peças ou itens e,
tem a capacidade de manter a informação captada num espaço de tempo de cerca de
20 a 30 segundos.
Memória a longo prazo
O que é?
A memória a longo prazo é um tipo de memória relativamente duradoura na qual a
informação é armazenada para ser utilizada posteriormente. Para os estudiosos, a
M.L.P. tem a capacidade de armazenar grandes quantidades de informação durante
longos períodos de tempo. A informação é armazenada sobretudo mediante uma
codificação semântica, que assenta no significado da informação. Os elementos
informativos recém-chegados são associados e integrados em contextos significativos
já formados. Podemos dizer então que a M.L.P. é um sistema composto por redes de
associações entre conceitos.
A memória a longo prazo é um sistema que se divide em dois subsistemas: a memória
declarativa e a memória não – declarativa.
Memória declarativa
A memória declarativa é um tipo de memória a longo prazo que armazena factos,
informações gerais e episódios ou acontecimentos pessoais.
A memória declarativa subdivide-se em memória episódica e memória semântica.
Memória semântica
subdivisão
da
memória
declarativa
especializada
no
armazenamento
de
conhecimentos gerais. É denominada por
muitos como “enciclopédia mental”.
Memória episódica
subdivisão da memória declarativa que
contém a memória dos acontecimentos que
vivemos pessoalmente. É uma memória
autobiográfica que armazena ou grava como se
fosse um diário mental os episódios mais ou
menos significativos da nossa vida.
Memória não-declarativa
A memória não-declarativa é o tipo de memória que guarda as informações
adquiridas que nos permitem saber como realizar procedimentos motores.
Comer com faca e garfo, guiar um automóvel, andar de bicicleta, tocar guitarra, piano,
escovar os dentes, etc., são aptidões adquiridas de forma relativamente lenta, mas,
uma vez adquiridas tornam-se comportamentos quase automáticos, que se executam
com pouco esforço consciente e que duram, normalmente, toda a vida.
Esquecimento e memória
O esquecimento é uma condição necessária à memória, não sendo considerada uma
doença. Sem o esquecimento muita informação inútil, incómoda e conflituosa não
poderia ser afastada, o que perturbaria a nossa adaptação à realidade.
O esquecimento pode ocorrer devido a interferências entre os conteúdos aprendidos; a
falhas na recuperação dos conteúdos mnésicos; e/ou a um esquecimento motivado
(esquecimento de recordações desagradáveis).
Interferência
A interferência é um acontecimento que ocorre quando certos conteúdos mnésicos
perturbam e impedem a reatualização da informação que procuramos. De acordo com
esta explicação o esquecimento não significa que a recordação de algo desapareceu
mas sim que outro conteúdo mnésico semelhante ao que tentamos recuperar
provocou uma confusão entre elementos informativos tornando-se assim uma barreira
à reatualização da informação pretendida.
Interferência proativa
Passado --» Presente
Interferência retroativa
Passado «--Presente
Falha na recuperação do conteúdo mnésico
Esta hipótese explicativa consiste em afirmar que a informação armazenada na
memória permanece intacta e disponível estando, contudo, perdida
(temporariamente, em muitos casos) a pista adequada que a tornaria acessível. Os
defensores desta hipótese defendem que, não estando o material memorizado
perdido, não se trata tanto de o relembrar mas sim de o reconhecer.
As falhas de recuperação são muito frequentes. Dependem ou devem-se em muitos
casos ao modo deficiente como a informação é codificada.
Ex: Uma vez Daniel disse a um amigo que um dos melhores filmes que alguma vez vira
era «The Official Story». O amigo retorquiu que nunca o tinha visto. «Tenho a certeza
de que já o viste» insistiu Daniel. «Há aquela cena incrível em que Norma Alejandro
ouve a descrição que a sua amiga faz do modo como foi torturada pelos militares».
Mais uma vez o seu amigo deu a entender não estar a saber do que ele falava. Daniel,
voltando à carga «Está bem, é o filme em que o professor pouco a pouco se apercebe
de que a sua filha adoptiva era provavelmente a filha de uma mulher assassinada pelos
militares argentinos…» Fez-se subitamente luz «Ah! o filme sobre a Argentina! Porque
não disseste logo?.
Esquecimento motivado
O esquecimento motivado significa que esquecemos porque temos razões (estamos
motivados) para esquecer, habitualmente porque uma recordação é desagradável e
perturbadora.
Existem duas formas de esquecimento motivado:
Supressão
Esforço deliberado e consciente para esquecer
factos, pessoas e experiências que podem
provocar ansiedade, sentimentos de culpa e
outras perturbações.
Repressão
Recordações desagradáveis e, por vezes,
inconfessáveis, são impedidas de aceder à
consciência, não tendo a pessoa qualquer
consciência de que os eventos traumáticos
tenham alguma vez ocorrido.
Doenças relacionadas com a memória
•Amnésia
É a perda parcial ou total da capacidade de reter ou evocar informações. Qualquer
processo que prejudique a formação de uma memória a curto prazo ou a sua fixação
em memória a longo prazo pode resultar em amnésia.
• Alzheimer
Uma porção significativa da população acima dos 50 anos sofre de alguma forma de
demência. A mais comum é a doença de Alzheimer, na qual predomina a perda
gradativa da memória, pois ocorrem lesões inicialmente nas áreas cerebrais
responsáveis pela memória declarativa, seguidas de outras partes do cérebro.
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