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Fitoterapia
Fitoterapia: as plantas
transformadas em medicamentos
Desde tempos remotos que o homem recorre ao
mundo vegetal para elaborar “receitas
milagrosas” para curar os mais diversos males. À
falta de outras soluções, as civilizações foram
aperfeiçoando o uso de plantas para confeccionar
medicamentos 100% naturais, uma prática que
entretanto a ciência ajudou a aperfeiçoar.
A FITOTERAPIA É…
O termo “fitoterapia” resulta da junção das palavras gregas
“Phythón” (planta) e “Therapeía” (terapia) e, enquanto parte
integrante da Medicina Chinesa, estuda as plantas medicinais e as
suas aplicações no tratamento de problemas de saúde. Uma
alternativa natural aos medicamentos químicos, a fitoterapia pode
ser utilizada isoladamente ou em conjunto com os medicamentos
convencionais para prevenir e combater um sem número de
maleitas comuns e até várias doenças, desde a fadiga, obesidade e
inflamações, às perturbações respiratórias, cardiovasculares,
gastrointestinais, urinárias e nervosas, entre muitas outras. As
propriedades terapêuticas das plantas medicinais curam os
desequilíbrios do organismo, restaurando o funcionamento pleno
do sistema imunitário, sem correr, na maior parte das vezes, o
risco de sentir efeitos secundários.
A HISTÓRIA DAS PLANTAS
Considerada a forma de medicina mais antiga da civilização humana, existem registos do ano
2500 a.C. sobre a utilização de plantas medicinais na China e, em 2800 a.C., foi escrito o
primeiro livro com referências a fórmulas de fitoterapia, o célebre “Nei Jing”. Está documentado
que todos os povos da Antiguidade – gregos, romanos, persas, egípcios, etc. – utilizaram as
plantas, os produtos de origem mineral e animal, como base da sua medicina. A partir do século
XX, deu-se o boom da indústria farmacêutica e o desenvolvimento dos medicamentos químicos,
mas, e ao contrário do que se possa pensar, as plantas não foram postas de parte.
Até essa altura, os herbalistas, os médicos e os farmacêuticos trabalhavam em conjunto no
estudo das plantas e das suas capacidades curativas. Esse trabalho de pesquisa continuou em
duas frentes: a medicina tradicional, agora apoiada pelo sector farmacêutico não descurou o
poder das plantas, até porque aproximadamente 85% dos medicamentos utilizados nos dias que
correm, são derivados dos princípios activos das plantas. Por outro lado, os herbalistas
prosseguiram com a análise química das plantas, o que lhes conferiu um forte argumento que
não detinham até então: a base científica.
Seguiram-se anos de investigação não só sobre as plantas, mas também sobre as vitaminas, os
minerais e os alimentos, mas mais importante do que isso, foi o estudo sobre a forma como
estas riquezas naturais influenciavam ou não o corpo humano. Deve-se o termo “fitoterapia” ao
médico francês, Henri Leclerc, que depois de inúmeras experiências com plantas durante a
década de 50, reuniu os resultados na obra “Sumário de Fitoterapia”.
Hoje, a fitoterapia é a aplicação da ciência moderna (estando sujeita a testes e controles
científicos) à medicina herbal, ou seja, para além de identificar os componentes activos de cada
planta, explica a maneira como as plantas medicinais actuam no corpo humano.
A FITOTERAPIA HOJE
A fitoterapia recorre aos princípios activos das plantas
para prevenir e tratar doenças, reforçando assim, as
defesas naturais do organismo. Popularmente conhecidos
como “medicamentos de saúde”, são apresentados de
diversas maneiras: chá, ampolas, comprimidos, cápsulas,
drageias, óleos essenciais, tinturas, bem como cremes e
pomadas para uso externo. O sucesso dos medicamentos
confeccionados exclusivamente com plantas reside,
obviamente, na sua composição o que implica, por sua
vez, uma extracção cuidadosa a partir das próprias
plantas.
A EXTRACÇÃO E COMPOSIÇÃO
A extracção e composição dos medicamentos de fitoterapia é
sujeita a um processo de controlo de qualidade rigoroso que
começa na cultura da planta, que acontece numa região sem
poluição, com clima e solo adequado. A parte activa da planta –
que pode ser nas raízes, partes aéreas, folhas ou flores – reúne,
em quantidades bastante reduzidas, as substâncias curativas, ou
seja, onde se encontram concentradas as propriedades
terapêuticas. A extracção destas substâncias segue cinco etapas
específicas para se conseguir o efeito terapêutico desejado:
criotrituração, extracção por solvente específico, concentração,
secagem por vácuo e encapsulação. A fitoterapia trabalha com
milhares de plantas e centenas de fórmulas rigorosamente
elaboradas – algumas seculares, outras produto da ciência
moderna.
O FITOTERAPEUTA DIZ-LHE…
Regra geral, não existem efeitos secundários na
utilização de medicamentos de fitoterapia, no
entanto, aconselha-se sempre uma consulta com um
fitoterapeuta credenciado, principalmente no caso de
mulheres grávidas e a amamentar. Uma opção
saudável e natural que, administrada nas doses
correctas, actua profundamente e estimula as defesas
naturais do organismo, sem o prejudicar, revelando
resultados eficazes e duradouros. Recomenda-se
ainda a sua utilização em conjunto com
medicamentos tradicionais, depois de conversado
com o seu médico de família.
PLANTAS POPULARES
Com diversas indicações terapêuticas, descubra os segredos das
plantas mais utilizadas em fitoterapia:
•Alcachofra – problemas de vesícula
•Alfazema – asma, facilita a digestão, problemas de pele (alergias,
queimaduras, eczemas)
•Alho – colesterol elevado
•Argila branca – azia
•Baga de mirtilo – diarreia
•Bardana – acne
•Calêndula – eczemas, cicatrização de feridas, prevenção de varizes
•Camomila – age sobre o sistema imunológico, ajudando a combater
gripes, alivia espasmos musculares, é um relaxante natural
•Cardo mariano – doenças do fígado
•Carvão vegetal – flatulência
•Castanheiro-da-índia – hemorróidas, varizes e outros distúrbios
do sistema circulatório
•Centáurea – dores reumáticas e de estômago
•Espinheiro-alvar – fortalece o batimento cardíaco, reduzindo os
batimentos irregulares, aumenta o fluxo sanguíneo nas artérias
•Equinácea – gripe
•Eucalipto – tosse
•Ginseng – cansaço geral
•Groselha negra – dores reumáticas
•Hipericão – depressão
•Levedura de cerveja – pele seca e baça
•Luzerna – unhas e cabelos fracos
•Malva – anti-inflamatório natural, especialmente eficaz nas afecções da
garganta
•Óleo de borragem – rugas
•Óleo de gérmen de trigo – doenças cardiovasculares
•Óleo de onagra – tensão pré-menstrual
•Óleo de salmão – triglicerídeos elevados
•Oliveira – tensão arterial elevada
•Passiflora – stress, ansiedade e insónias
•Própolis – gripe
•Rosa da Provença – problemas de garganta
•Sabugueiro – gripes e constipações, alivia as vias respiratórias
•Salgueiro – dor e estados febris
•Salva – digestão difícil
•Sene – obstipação
•Tília – dores de cabeça, enxaquecas, problemas digestivos, perturbações
nervosas, cólicas abdominais, calmante natural
•Uva-ursina – infecções urinárias
•Valeriana – insónia
Nutrientes e Benefícios do Mamão
O mamão pode ser considerado uma das frutas mais
completas, tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo seu
poder medicinal. Ele é um fruto original do sul do México
e países vizinhos e é conhecido por diferentes nomes:
papaia (no México), fruta-bomba (em Cuba) e passaraiva
(no Nordeste do Brasil).
A história conta que no século XVI, o navegador espanhol
Ponce de Leon, depois de ter desembarcado nas praias da
Flórida, escreveu ao rei da Espanha, contando sua jornada
em busca de juventude. Em sua carta, contou que “os
índios preparam a carne para cozinhar, envolvendo-a,
muitas horas antes de levá-la ao fogo, com folhas de uma
árvore que produz um delicioso fruto, o qual se come tão
tenra que suas fibras se separam facilmente com os
dedos. Na verdade, o que os índios descobriram desde
cedo é que as substâncias contidas nas folhas do
mamoeiro são capazes de amaciar a carne.
Hoje o Brasil destaca-se como o País que mais
produz mamão em escala internacional,
concentrando 29% da oferta mundial, seguido da
Índia com 24%, Tailândia com 8,8%, México com
7,4% e Indonésia com 5,9%, mas nem sempre foi
assim. O mamão passa ter importância econômica
significativa no país a partir de 1976/1977 com a
introdução de cultivares mamão nos estados do
Espírito Santo e Bahia que hoje se destacam como
os principais produtores das regiões sudeste e
nordeste que somam em média 87,5% da
produção nacional.
O mamão pode ser encontrado praticamente o
ano todo, mas é principalmente a partir de
setembro até novembro que é mais fácil
encontrar mamões com melhor cor e tamanho,
além de mais saborosos. O seu formato varia de
acordo com a espécie – os mais conhecidos são o
Formosa e o Papaia.
Cada parte desta planta é preciosa, a começar
pelo tronco. De sua parte interna, retira-se uma
polpa que - depois de ralada e seca - assemelhase ao coco ralado e é aproveitada no preparo de
rapaduras. Já o suco leitoso extraído de suas
folhas é um poderoso vermífugo. Em diversos
lugares, a medicina popular o utiliza o líquido,
diluído em água, para tratar eczemas, verrugas e
úlceras.
Os nutrientes do mamão
Um dos seus mais importantes princípios é a
Papaína - é uma enzima alcalóide extraída do
mamão. É usada em testes com imunoglobulinas,
e na indústria farmacêutica vem sendo usada
associada a um curativo (esparadrapo + gaze)
como um acelerador do processo de cicatrização,
muito utilizado em tratamentos de úlceras de
decúbito, queimaduras, feridas pós-operatórias,
e presta alívio nos casos de indigestão aguda .
Essa fruta é rica em vários sais minerais:
- Cálcio (fundamental para o fortalecimento de ossos
e dentes, o cálcio também é necessário para o
funcionamento adequado do sistema nervoso e
imunológico, contração muscular, coagulação
sangüínea e pressão arterial);
- Ferro (componente fundamental da hemoglobina e
de algumas enzimas do sistema respiratório. A
deficiência deste mineral resulta em anemia);
- Sódio e Potássio (importante para a
transmissão nervosa, contração muscular e
equilíbrio de fluidos no organismo);
- Fósforo (importante na produção de energia
juntamente com o cálcio).
Além de conter Vitamina C - fortalece os capilares
sanguíneos; é extremamente importante em
tratamentos antialérgicos; ajuda a fortalecer o sistema
imunológico; é excelente na prevenção de gripes e
infecções; atua no organismo como um poderoso
antioxidante; dá resistência aos ossos e dentes; facilita a
absorção de ferro pelo organismo; atua no metabolismo
de alguns aminoácidos.
Vitaminas do complexo B - ajudam a manter a saúde dos
nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca, assim como a
tonicidade muscular dos aparelho gastrintestinal. As
vitaminas do complexo B são coenzimas envolvidas nas
produção de energia e podem ser úteis nos casos de
depressão e ansiedade.
Betacaroteno (provitamina A) - O betacaroteno é um
pigmento carotenóide antioxidante. Natural, é uma das
formas de se obter indiretamente a vitamina A. Tem sido
descobertas grandes propriedades para o betacaroteno
nas pesquisas das quais é alvo. Sabe-se hoje que ele é um
antioxidante (inibe radicais livres, prevenindo o
envelhecimento), beneficia a visão noturna, aumenta a
imunidade, dá elasticidade à pele, aumenta o brilho dos
cabelos e o fortalecimento das unhas, além de atuar no
metabolismo de gorduras. O betacaroteno também é
favorável na obtenção do bronzeamento da pele. Quando
transformado em vitamina A em nosso organismo, auxília
na formação de melanina, pigmento responsável por
proteger a pele dos raios ultravioleta e conferir o
bronzeamento.
É importante lembrar que não podemos ter
essa fruta como única opção de fonte desses
nutrientes, todas as frutas e outros alimentos
que ingerimos durante o dia, irão auxiliar na
obtenção das recomendações desses
nutrientes.
Benefícios do consumo do mamão
- Além dos benefícios já citados anteriormente, a
propriedade terapêutica do mamão mais conhecida
é o seu efeito laxante, que combate a prisão de
ventre. Podemos destacar também a capacidade
que essa fruta tem de atuar no aparelho digestivo
de quem apresenta azia e gastrite.
- O mamão não é só um excelente remédio natural
para a constipação, como também pode impedir o
risco de desenvolver cancro do cólon atravéz de sua
fibra, ligando as células cancerosas e mantendo-o
longe do cólon.
- Alguns estudos têm demonstrado que algumas substâncias
cancerígenas estão presentes no cigarro ou charuto levando a uma
deficiência em vitamina A. Comer mamão, podem ajudar a superar essa
deficiência, se você fuma, ou estão pernacece expostos à fumaça de
cigarro de terceiros, comendo mamão vai auxiliar na redução deste
efeito negativo do fumo em seu corpo ou organismo.
- O mamoeiro possui uma grande riqueza em antioxidantes, e torna um
grande alimento para prevenir o desenvolvimento de doenças cardíacas.
Esses antioxidantes não permitir a oxidação do colesterol que faz a vara
às paredes arteriais. Auxiliando no controle dos níveis de colesterol,
diminuindo tambem a possibilidade de problemas do coração ou
derrame.
- Um dos vários benefícios do mamão é que ele reduz a inflamação de
partes diferentes do corpo, e também ajuda na cicatrização de
problemas como queimaduras em um ritmo mais rápido. Além de ter o
benefícios das enzimas, ainda vitamina A, vitamina C e vitamina E, que
possuem um grande propriedade antioxidantes que ajudam a essa
finalidade. Sendo assim, as pessoas que sofrem de asma e osteoartrite
poderão serem beneficiados com o consumo de mamão.
- Diversos alimentos como mamão, possuem uma
grande riqueza em vitamina C, controle também o
desenvolvimento de formas graves de artrite
reumatóide. Por isso se tem problemas como este,
poderá aderir ao consumo deste alimento e receber
seus benefícios.
- Os benefícios que o mamão trazem para a pele
são facilmente visíveis. Muitas substâncias nocivas
no organismo causam uma variedade de doenças
da pele, e estes males poderão ser amenizados
após consumir mamão. Além disso, suas
propriedades antioxidantes podem controlar os
sinais e os efeitos do envelhecimento prematuro,
podendo deixar sua pele impecável e brilhante.
Quando o mamão não é muito doce, ou mesmo,
quando é pronunciadamente amargo, não é
necessário desprezá-lo; pode-se aproveita-lo
para o liquidificador, em mistura com outras
frutas e um pouco de mel, no preparo de uma
saudável vitamina. Na confecção de doces,
geléias, compotas, xaropes, ou outras
guloseimas, o mamão perde grande parte dos
seus sais, das suas vitaminas, e das suas
propriedades, pelo que se deve comê-lo, sempre
que possível, cru.
Nutrientes e benefícios da Goiaba
Nome científico: Psidium guajava
Nome popular: Guaíba, guava, araçú – guaçú, araçá – goiaba.
Parte utilizada: cascas do tronco, brotos e fruto maduro.
Características: Árvore de até 10 metros de altura com folhas
aromáticas, tronco liso, casca fina, cor de cobre que se solta
facilmente exibindo uma casca esverdeada embaixo. É nativa da
América do Sul, desde a Venezuela até o Rio de Janeiro e
cultivada em todos os países de clima tropical. São bem
conhecidas usas variedades mais comuns, a de frutos com
polpa vermelha e a de polpa branca. Para fins medicinais deve
ser podada e regada freqüentemente para estimular a
produção dos gomos que irão originar as folhas que são a parte
medicinal da planta.
História: A goiaba foi domesticada no Peru há
centenas de anos, segundo arqueólogos. Ainda
hoje é muito apreciada nos trópicos e usada
medicinalmente.
O nome goiaba em tupi – coihab- significa a que
tem sementes juntas. A goiaba, sem sementes e
sem casca, é laxativa; ela foi levada para Ásia,
África, Índia e Ilhas do Pacífico e hoje está
distribuída entre os trópicos. Embora tenha
perdido a importância econômica, seu fruto
continua sendo muito apreciado e abundante.
Nos trópicos é chamada de maçã dos pobres.
Princípios ativos: taninos, triterpenos,
flavonóides, óleos essenciais, vitamina C, além de
muitas fibras.
Ações farmacológicas: atividade antimicrobiana,
antidiarréica, fungicida, bactericida, antioxidante,
antiúlcerativa, sedativa, antitussígena,
tonificante do coração, utilizado em bochechos e
gargarejos para inflamações na boca e na
garganta.
Contra – indicação: usar com cautela em pacientes
que toma medicação para o coração, pois possui
ação deprimente do sistema nervoso.
Uso medicinal: chá das folhas para tratamento de
diarréia de 2 a 3 vezes ao dia; o fruto pode ser
usado como alimento remineralizante. A decocção
das folhas e a casca, por via externa para
enfermidades de pele e varizes. A fruta seca pode
ser utilizada em casos de hemorróidas.
Definições de Fitoterápicos
segundo a Legislação brasileira
Seguem abaixo, definições de medicamento fitoterápico
segundo a Legislação. As definições estão citadas em ordem
crescente de data, para que possamos perceber as alterações
ao longo do tempo.
A primeira norma encontrada é a Portaria 22 de 30 de outubro
de 1967, emitida pelo Ministério da Saúde, que estabelece
normas para o emprego de preparações fitoterápicas:
Entende-se por produto fitoterápico a preparação obtida de
droga de origem vegetal.
A norma seguinte somente ocorreu trinta anos depois, com
aPortaria nº 123, de 19 de outubro de 1994, emitida pelo
Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância Sanitária, e
estabelece as normas para o registro de produtos fitoterápicos:
Produto fitoterápico: é todo medicamento manufaturado
obtido exclusivamente de matérias-primas ativas vegetais, com
a finalidade de interagir com meios biológicos, a fim de
diagnosticar, suprimir, reduzir ou prevenir estados e
manifestações patológicas, com benefício para o usuário. É
caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de
seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua
qualidade; é o produto final acabado, embalado e rotulado.
Substâncias ativas isoladas ou misturas obtidas pela adição de
substâncias ativas isoladas não são consideradas produtos
fitoterápicos. Produtos que apresentem a adição de
substâncias ativas de outras origens não são considerados
produtos fitoterápicos. Adjuvantes farmacêuticos podem estar
incluídos na preparação.
Nesta norma, já houve a preocupação com sua finalidade,
conhecimento de sua eficácia, risco e forma de apresentação e
de preparo. Ainda nesta Portaria, outra definição é citada,
ressaltando a definição do preparado fitoterápico, incluindo
seus derivados:
Preparação Fitoterápica: é produto vegetal triturado,
pulverizado, rasurado; extrato, tintura, óleo
essencial, gordura vegetal, suco e outros, obtido de
drogas vegetais, através de operações de
fracionamento, extração, purificação ou
concentração, utilizada na obtenção de produto
fitoterápico.
Um ano depois, a Portaria nº 6, de 31 de janeiro de
1995, que instituiu e normatizou o registro de
produtos fitoterápicos junto ao Sistema de Vigilância
Sanitária, emitido já pela atual ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), publica uma nova
definição, porém, com poucas alterações:
Produto Fitoterápico: é todo medicamento tecnicamente obtido
e elaborado, empregando-se exclusivamente matérias-primas
ativas vegetais com finalidade profilática, curativa ou para fins de
diagnósticos, com benefício para o usuário. É caracterizado pelo
conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como
pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade: é o
produto final acabado, embalado e rotulado.
Na sua preparação, podem ser utilizados adjuvantes
farmacêuticos permitidos pela legislação vigente. Não podem
estar incluídas substâncias ativas de outras origens, não sendo
considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias ativas,
ainda que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas misturas.
Esta portaria ficou em vigor por 5 anos, quando a RDC 17 de 24
de fevereiro de 2000, revogou todas as outras normas
estabelecidas anteriormente. Esta resolução dispunha sobre o
registro de medicamentos fitoterápicos e foi emitida pela ANVISA
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A definição sofreu
alterações apenas de redação, mas nela podemos agora,
encontrar termos pela qual poderiam ser classificados os
medicamentos fitoterápicos quanto ao seu uso.
Medicamento fitoterápico: medicamento
farmacêutico obtido por processos
tecnologicamente adequados, empregando-se
exclusivamente matérias-primas vegetais, com
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para
fins de diagnóstico. É caracterizado pelo
conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso,
assim como pela reprodutibilidade e constância
de sua qualidade. Não se considera
medicamento fitoterápico aquele que, na sua
composição, inclua substâncias ativas isoladas,
de qualquer origem, nem as associações destas
com extratos vegetais.
Medicamento fitoterápico novo: aquele cuja
eficácia, segurança e qualidade, sejam
comprovadas cientificamente junto ao órgão
federal competente, por ocasião do registro,
podendo servir de referência para o registro de
similares.
Medicamento fitoterápico tradicional: aquele
elaborado a partir de planta medicinal de uso
alicerçado na tradição popular, sem evidências,
conhecidas ou informadas, de risco à saúde do
usuário, cuja eficácia é validada através de
levantamentos etnofarmacológicos e de
utilização, documentações tecnocientíficas ou
publicações indexadas.
Medicamento fitoterápico similar: aquele que
contém as mesmas matérias-primas vegetais, na
mesma concentração de princípio ativo ou
marcadores, utilizando a mesma via de
administração, forma farmacêutica, posologia e
indicação terapêutica de um medicamento
fitoterápico considerado como referência.
Abaixo, segue a Resolução RDC nº 48, de 16 de
março de 2004, emitida pela ANVISA, que
dispõe sobre o registro de medicamentos
fitoterápicos e revoga a RDC 17 de 24 de
fevereiro de 2000.
Fitoterápico: medicamento obtido empregando-se
exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É
caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos
de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e
constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é
validada através de levantamentos etnofarmacológicos de
utilização, documentações tecnocientíficas em
publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera
medicamento fitoterápico aquele que, na sua
composição, inclua substâncias ativas isoladas, de
qualquer origem, nem as associações destas com extratos
vegetais.
Nesta resolução foi acrescentada a forma pela qual a
segurança e a eficácia do medicamento fitoterápico deve
ser comprovada. Pela primeira vez, temos a citação de
estudos clínicos de fase 3 para a classificação do
medicamento. Esta é a definição que está em vigor até os
dias de hoje
Definições de Fitoterápicos
segundo a Legislação brasileira
Seguem abaixo, definições de medicamento fitoterápico
segundo a Legislação. As definições estão citadas em ordem
crescente de data, para que possamos perceber as alterações ao
longo do tempo.
A primeira norma encontrada é a Portaria 22 de 30 de outubro
de 1967, emitida pelo Ministério da Saúde, que estabelece
normas para o emprego de preparações fitoterápicas:
Entende-se por produto fitoterápico a preparação obtida de
droga de origem vegetal.
A norma seguinte somente ocorreu trinta anos depois, com
aPortaria nº 123, de 19 de outubro de 1994, emitida pelo
Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância Sanitária, e
estabelece as normas para o registro de produtos fitoterápicos
Produto fitoterápico:
é todo medicamento manufaturado obtido exclusivamente de
matérias-primas ativas vegetais, com a finalidade de interagir com
meios biológicos, a fim de diagnosticar, suprimir, reduzir ou prevenir
estados e manifestações patológicas, com benefício para o usuário. É
caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso,
assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade; é o
produto final acabado, embalado e rotulado. Substâncias ativas
isoladas ou misturas obtidas pela adição de substâncias ativas
isoladas não são consideradas produtos fitoterápicos. Produtos que
apresentem a adição de substâncias ativas de outras origens não são
considerados produtos fitoterápicos. Adjuvantes farmacêuticos
podem estar incluídos na preparação.
Nesta norma, já houve a preocupação com sua finalidade,
conhecimento de sua eficácia, risco e forma de apresentação e de
preparo. Ainda nesta Portaria, outra definição é citada, ressaltando a
definição do preparado fitoterápico, incluindo seus derivados:
Preparação Fitoterápica:
é produto vegetal triturado, pulverizado, rasurado;
extrato, tintura, óleo essencial, gordura vegetal, suco e
outros, obtido de drogas vegetais, através de operações
de fracionamento, extração, purificação ou concentração,
utilizada na obtenção de produto fitoterápico.
Um ano depois, a Portaria nº 6, de 31 de janeiro de 1995,
que instituiu e normatizou o registro de produtos
fitoterápicos junto ao Sistema de Vigilância Sanitária,
emitido já pela atual ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), publica uma nova definição, porém,
com poucas alterações:
Produto Fitoterápico:
é todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se
exclusivamente matérias-primas ativas vegetais com finalidade profilática,
curativa ou para fins de diagnósticos, com benefício para o usuário. É
caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim
como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade: é o produto final
acabado, embalado e rotulado.
Na sua preparação, podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos
pela legislação vigente. Não podem estar incluídas substâncias ativas de outras
origens, não sendo considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias
ativas, ainda que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas misturas.
Esta portaria ficou em vigor por 5 anos, quando a RDC 17 de 24 de fevereiro
de 2000, revogou todas as outras normas estabelecidas anteriormente. Esta
resolução dispunha sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e foi
emitida pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A definição
sofreu alterações apenas de redação, mas nela podemos agora, encontrar
termos pela qual poderiam ser classificados os medicamentos fitoterápicos
quanto ao seu uso.
Medicamento fitoterápico:
medicamento farmacêutico obtido por processos
tecnologicamente adequados, empregando-se
exclusivamente matérias-primas vegetais, com
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins
de diagnóstico. É caracterizado pelo conhecimento da
eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Não
se considera medicamento fitoterápico aquele que,
na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas,
de qualquer origem, nem as associações destas com
extratos vegetais.
Medicamento fitoterápico novo:
aquele cuja eficácia, segurança e qualidade, sejam
comprovadas cientificamente junto ao órgão federal
competente, por ocasião do registro, podendo servir
de referência para o registro de similares.
Medicamento fitoterápico
tradicional:
aquele elaborado a partir de planta medicinal de uso
alicerçado na tradição popular, sem evidências,
conhecidas ou informadas, de risco à saúde do
usuário, cuja eficácia é validada através de
levantamentos etnofarmacológicos e de utilização,
documentações tecnocientíficas ou publicações
indexadas.
Medicamento fitoterápico
similar:
aquele que contém as mesmas matérias-primas
vegetais, na mesma concentração de princípio ativo
ou marcadores, utilizando a mesma via de
administração, forma farmacêutica, posologia e
indicação terapêutica de um medicamento
fitoterápico considerado como referência.
Abaixo, segue a Resolução RDC nº 48, de 16 de março
de 2004, emitida pela ANVISA, que dispõe sobre o
registro de medicamentos fitoterápicos e revoga a
RDC 17 de 24 de fevereiro de 2000.
Fitoterápico:
medicamento obtido empregando-se exclusivamente matériasprimas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da
eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e
segurança é validada através de levantamentos
etnofarmacológicos de utilização, documentações
tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não
se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua
composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer
origem, nem as associações destas com extratos vegetais.
Nesta resolução foi acrescentada a forma pela qual a segurança
e a eficácia do medicamento fitoterápico deve ser comprovada.
Pela primeira vez, temos a citação de estudos clínicos de fase 3
para a classificação do medicamento. Esta é a definição que está
em vigor até os dias de hoje.
Webgrafia:
http://bemtratar.com/artigos/fitoterapia-plantastransformadas-medicamentos
http://www.fitoterapia.com.br/portal/index.php?option=
com_content&task=view&id=54&Itemid=64
http://diariodeumahortamedicinal.blogspot.com/2010_0
5_01_archive.html
http://www.nutricionistacarol.com/2010/07/nutrientese-beneficios-do-mamao.html
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