Reunião Clinica Disfonia Infantil Local: Anf 1 Horário: 13 hs Apresentadora:Ana Julia Rizatto Orientadora:Profa. Kelly Silvério Profa. Maria L. Tabaquim Disfonia Infantil “A criança com disfonia infantil possui uma voz que é o resultado da interação entre fatores anatômicos, fisiológicos, sociais , emocionais e ambientais, com forte impacto na sua vida pessoal.” (Tratado de Fonoaudiologia) “A disfonia em crianças pode variar de 6 a 9% e chegar a 17,2% da população infantil em idades entre 2 e 16 anos, sendo uma das desordens mais frequentes dentre os distúrbios da comunicação” (Tratado de Fonoaudiologia) voz rouca e com prejuízo eventual na sua eficiência Padrão de comunicação ineficiente Interfere nas atividades sociais da criança (Tratado de Fonoaudiologia) Etiologia Hábitos de vida inadequados; Fatores ambientais; Físicos e psicológicos; Estrutura da personalidade; Inadaptação fônica e fatores alérgicos, Dentre outros (Rev Bras Otorrinolaringol. V.67, n.6, 804-7, nov./dez. 2001) Fonoterapia em crianças Orientação ao paciente, aos pais e professores; Higiene vocal, Psicodinamica vocal e Treinamento vocal propriamente dito Orientação Crianças • Material didático adaptado a sua idade, uso de imagens e videos • Exemplos a curto prazo Pais • Participantes no processo terapêutico do filho, valorização do terapia fonoaudiologica • Identificação de abusos vocais Escola • Coletar informações sobre o paciente • Apoio para a valorização do processo terapêutico Tratamento Vocal Remissão ou Melhora da eficiência • Em casos de lesão de massa ou em casos de alterações estruturais mínimas (AEMs) Modificação dos ajustes motores • Pode ter sido tanto causa do quadro apresentado, quanto consequência, por uma insuficiência glótica por exemplo Principais exercícios Não há um consenso a respeito de quais exercícios usar, seguem alguns exemplos - Na presença de lesão de Massa: exercícios voltados para vibração da mucosa das pregas vocais, como os vibrantes. Bocejo, mastigação selvagem e outras técnicas de relaxamento também podem ser uteis Nódulos Nódulos vocais são protuberâncias que podem se apresentar de tamanhos diferentes em decorrência de assimetrias anatômicas e/ou vibratórias entre as pregas vocais. Os nódulos resultam de trauma vocal contínuo sobre a mucosa das pregas vocais decorrente principalmente do abuso ou uso incorreto da voz Caracteriza-se por alterações epiteliais e espessamento da membrana basal As junções intercelulares estão lesadas e há depósito de colágeno na submucosa Amostra de voz O pitch vocal pode estar diminuído e a voz pode ser rouca, soprosa, rouco-soprosa ou rouco-áspera. Cisto Epidermoide O cisto epidermóide caracteriza-se por apresentar um epitélio de revestimento, tendo em seu interior acúmulo de produto de descamação epitelial, como queratina e cristais de colesterol. (Imagem da Internet) Origem Fonotrauma repetido causando microfissuras e, posteriormente, favorecendo a invaginação do epitélio para o interior das pregas vocais Congênito em que um núcleo de inclusão epidermóide anômalo sofreria processo de evolução cística Os cistos epidermóides se apresentam como um pequeno espessamento inflamatório da prega vocal, acompanhado de hiperemia de mucosas adjacentes (Imagens da Internet) Do ponto de vista fisiológico, a lesão cística epidermóide provoca enrijecimento da lâmina própria da mucosa. O fechamento glótico se apresenta completo ou com fenda, dependendo das dimensões do cisto. Amostra de voz A voz do paciente com cisto apresenta pitch rebaixado, dificuldade para regular a intensidade, tensão, aspereza, soprosidade e instabilidade vocal mediante demanda vocal. Tratamento •Fonoterapia •Cirurgia Caso Clinico Paciente V.D.F. Idade 10 anos Queixa “A fono falou que ele era rouco” Família relatou notar que a voz da criança era rouca, se comparada as crianças de mesma idade. Porém o fato não chamou a atenção dos pais . Também de acordo com a família a criança tem hábitos vocais bastante abusivos, fala alto e grita bastante , além de imitar personagens dos desenhos animados que assiste. Avaliação Vocal Percepto auditiva Rouquidão e soprosidade de grau moderado, aspereza e bitonalidade de grau leve Uso excessivo de laringe Amostra de voz Amostra de voz Capacidade potencial de modulação para forte limitada Amostra de voz Discreta incoordenaç ão pneumofon oarticulatóri a Amostra de voz Respiração superior quanto ao modo e oro nasal quanto ao tipo Postura de ombros, coluna e cabeça anteriorizados. Amostra de voz Amostra de voz Avaliação Otorrinolaringológica Primeira hipótese: Cisto epidermóide em prega vocal direita com reação contralateral Segunda hipótese: Nódulo vocal bilateral Exame Plano de Terapia • Conscientizar o paciente e a família • Reduzir tensão cervical • Mobilizar mucosa • Melhorar coaptação glótica • Suavizar a emissão • Equilibrar ressonância Principais dificuldades encontradas Falta de percepção do paciente Baixa aderência ao tratamento pela família e pelo próprio paciente Profissionais envolvidos Fonoaudiólogo Médico Otorrinolaringologista Psicológo Resultados Exame, pré e pós Amostra de fala pré e pós terapia Obrigada!