21 Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho BFB 738 - ELETRICIDADE E ELETRÔNICA APLICADAS À BIOLOGIA Prof.: Geraldo Cidade Capítulo 3 Elementos Armazenadores de Energia 3. Introdução Neste capítulo serão estudados os comportamentos transitório e estacionário dos circuitos elétricos que envolvem elementos que armazenam energia, sob forma de campo elétrico (capacitores) e magnético (indutores). 3.1. Capacitância Se uma carga Q é transferida de uma placa condutora para outra de mesma natureza, estabelece-se entre elas uma diferença de potencial (ddp) V, que obedece a seguinte relação: C Q V ( Farads Coulombs ) Volts (3.1) onde C, expresso em Farads, representa a capacidade de armazenamento de cargas por unidade de voltagem, conhecida por capacitância, que representa a propriedade dos capacitores (ou condensadores). 3.1.1. Relação Tensão x Corrente em um Capacitor A expressão (3.1) poderá ser reescrita como: Q C.V cuja primeira derivada em relação ao tempo, fornece: dQ(t ) dV (t ) C dt dt i (t ) dQ(t ) dV (t ) C dt dt (3.2) que descreve o comportamento da corrente elétrica i(t) produzida a partir da variação de voltagem, associadas entre si por uma constante de proporcionalidade C, ou seja, a capacitância. Ao conectar um gerador de corrente I a um capacitor (descarregado), à medida que este se carrega, uma diferença de potencial v(t) surge entre seus terminais. Portanto, a tensão desenvolvida, em função da corrente que o atravessa, é definida por: v (t ) No caso de I ser contínua (Fig. 3.1): 1 i ( t ) dt C (3.3) 22 v (t ) I t C (3.4) cria-se uma rampa de voltagem, cujo coeficiente angular ) corresponde à I/C. CH v(t) C I v(t) 0 t Figura 3.1. Carga de um capacitor a partir de uma fonte de corrente constante. 3.1.2. Capacitores em Série Ao configurar dois ou mais capacitores em série, alimentados por uma mesma fonte de corrente contínua I, a soma das taxas de variação de voltagem individuais corresponderá à tensão total produzida sobre a combinação série (capacitância equivalente - CEQ). Seguindo o exemplo mostrado na Fig. 3.2a, tem-se: 1 I I I 1 I C EQ C1 C2 C1 C2 ou 1 1 1 C EQ C1 C2 CEQ (3.5) C1 . C2 C1 C2 (3.6) Ao desligar a fonte de corrente, as tensões se manterão graças aos campos elétricos produzidos em cada capacitância em decorrência das cargas armazenadas. 3.1.3. Capacitores em Paralelo Ao estabelecer uma diferença de potencial entre os terminais de dois ou mais capacitores configurados em paralelo, a carga armazenada por cada um será de: Q C.V Tomando o exemplo mostrado na Fig. 3.2b: Q1 C1 .V C1 Q1 V e Q2 C2 .V C2 Q2 V A capacitância que equivale à combinação paralela entre dois capacitores corresponde a de um único capacitor, que, armazenando toda a carga, estabelece a mesma diferença de potencial V entre seus terminais, ou seja: 23 C EQ Q1 Q2 V (a) C EQ C1 C2 (3.7) (b) C1 I + C1 V C2 C2 _ Figura 3.2. Capacitores configurados em (a) série e em (b) paralelo. 3.1.4. O Capacitor como Elemento Reativo A capacitor é um elemento de circuito que opõe reação à variações de tensão entre seus terminais. Esta propriedade confere ao capacitor uma limitação em relação à sua capacidade de resposta temporal, ou seja, a menos que desejarmos estabelecer instantaneamente uma tensão entre seus terminais, conectando-o a um gerador ideal de tensão, a corrente necessária para deslocar (em um tempo nulo) uma quantidade qualquer de carga deveria ter valor infinito. Sendo assim, a expressão (3.2) nos mostra que a derivada só não será nula no momento em que ocorrer uma descontinuidade (Fig. 3.3). Na prática, sabe-se não existir fontes e capacitores ideais, bem como funções de descontinuidade. Contudo, deve-se tomar precauções no sentido de limitar a corrente que atravessa um capacitor, já que uma variação brusca de tensão entre seus terminais poderá produzir uma corrente muito elevada, como se seu comportamento fosse o de um curto-ciruito. Neste sentido, os resistores são empregados como limitadores de corrente. CH Vc(t) V + V _ Vc(t) C 0 Ic(t) t Vc(t) = V.u(t - t1) Ic(t) = (t - t1) 0 t1 Figura 3.3. Carga instantânea em um capacitor. t 24 3.2. Associação Resistência - Capacitância Em uma associação em série entre um capacitor e uma resistência elétrica, o primeiro se carregará até artingir o estado permanente, enquanto o segundo limitará a corrente do circuito. Conforme a Fig. 3.4, uma análise criteriosa do comportamento deste tipo de configuração mostra que a resposta capacitiva à qualquer estímulo elétrico, por não ser instantânea, confere ao capacitor uma reação de atraso. 3.2.1. Carga e Descarga de Capacitores Suponhamos que no circuito da figura abaixo, a chave CH foi acionada no instante t=0, e que, inicialmente, o capacitor C encontrava-se descarregado. CH V(t) VR(t) E R + E V(t) _ C Vc(t) 0 t 0 t 0 t Vc(t) E V(t)=E.u(t) VR(t) VC(t)=E.(1-e-t/RC ).u(t) E VR(t)=E.e-t/RC .u(t) Figura 3.4. Carga e descarga capacitiva através de uma resistência elétrica. Segundo a expressão (3.2), a tentativa de se estabelecer uma variação abrupta de voltagem nos terminais do capacitor C, imediatamente após o acionamento da chave CH, resulta no surgimento de uma corrente máxima (derivada máxima) ao longo do circuito. Neste instante, o capacitor poderia ser visto como um curto-circuito, já que toda a tensão gerada pela fonte recairia sobre a resistência elétrica R, que a limitaria em E/R, ou seja, VC (0 ) 0 VC (0 ) 0 VR (0 ) 0 VR (0 ) E i ( 0 ) 0 i ( 0 ) E R 25 que representam os valores iniciais de contorno do circuito. À medida que o capacitor se carrega, a tensão VC(t) aumenta, com a conseqüente diminuição de VR(t), para manter V(t) constante, ou seja, V(t) = VC(t) + VR(t). Quando a tensão no capacitor atingir a da fonte, a corrente do circuito será nula. Sendo assim: VC ( ) E VR ( ) 0 i ( ) 0 definindo os estados finais das funções em regime permanente, que descrevem o comportamento do circuito. Supondo agora que o capacitor da Fig. 3.4 encontre-se inicialmente carregado com uma tensão VO, e a fonte de tensão em curto-circuito (Fig. 3.5). Ao fechar a chave CH (instante t=0), o capacitor se descarregará através de R. Neste instante, a corrente produzida encontrará seu valor máximo, extingüindo-se progressivamente à medida que a tensão no capacitor diminui. _ VR(t) + Vc(t),V R(t) R VO C Vc(t) i(t) 0 t i(t) VO/R VC(t)=VR(t)=VO.e-t/RC .u(t) i(t)=VR(t)/R=VO/R.e-t/RC .u(t) 0 t Figura 3.5. Descarga capacitiva através de uma resistência elétrica. As expressões mostradas na Fig. 3.5 descrevem matematicamente o comportamento transitório de um circuito deste tipo. Em qualquer instante de tempo, VR ( t ) VC ( t ) i (t ) 1 i (t ) dt RC cuja solução transiente corresponde a: 1 i (t )dt C ou R.i (t ) ou di ( t ) 1 i (t ) 0 dt RC i (t ) I . e t RC (3.8) . Como os valores iniciais são conhecidos, VO RCt i (t ) . e R VC (t ) VR (t ) VO . e t RC O mesmo procedimento se aplica para as expressões mostradas na Fig. 3.4. (3.9) 26 3.2.2. Constante de Tempo Considere a função exponencial decrescente mostrada na Fig. 3.6. Ao traçar uma reta, tangente ao ponto que corresponda a t=0 (A), o eixo das abcissas é interceptado em t=, valor que define a constante de tempo de um circuito, que depende da taxa de variação da função exponencial, ao longo do tempo. a(t) A a(t)=A.e-t/ 0,37A 0,14A 0,05A 0,018A t Figura 3.6. Obtenção da constante de tempo de um circuito a partir de sua resposta transiente. Portanto, t t d 1 A. e A. e dt que, para t=0: d a (t ) dt t 0 A que nada mais é do que o coeficiente angular da reta tangente à curva a(t), que intercepta o eixo dos tempos em t=. Portanto, a constante de tempo funciona como um indicador da velocidade de resposta de circuitos compostos por elementos armazenadores e dissipadores de energia. Neste caso, quanto maior for o produto RC (R limitando a corrente e C aumentando a quantidade de cargas a transportar), mais lentamente o estado estacionário será atingido. A Fig. 3.6 ilustra os múltiplos valores de associados através de a(t) às respectivas amplitudes, que podem representar o valor da tensão sobre o capacitor (vide expressão (3.9)). Observa-se que com um tempo equivalente à três constantes de tempo, atinge-se 95% do valor estacionário, e que com quatro constantes a diferença é inferior à 2%. Teoricamente, a função nunca atingiria seu valor final. 27 3.2.3. Circuito Integrador RC Suponha que no circuito da Fig. 3.7 o gerador forneça uma onda quadrada, com semiperíodos iguais (ciclo de trabalho = 50%). Se o valor da constante de tempo RC for bem maior do que o período da referida forma de onda, não há tempo suficiente para o capacitor carregar-se completamente. Sendo assim, a forma de onda sobre o capacitor adquire um aspecto triangular (composição de uma reta ascendente com outra descentente), que nada mais é do que a integral da função representada pela onda quadrada. V(t),VO(t) V R 0 V(t) C VO(t) t T =RC>>T Figura 3.7. Circuito integrador RC. 3.2.4. Circuito Diferenciador RC O circuito da Fig. 3.8 também é alimentado por um gerador de onda quadrada, e estamos interessados na forma de onda de tensão sobre o resistor R. Se o período , da onda quadrada, for bem maior do que a constante de tempo RC do circuito, a corrente de carga de C, que se extingüe rapidamente, produzirá sobre o resistor R um trem de pulsos (positivos e negativos), aproximando esta resposta à derivada de uma função da forma de uma onda quadrada. V(t),VO(t) V C 0 V(t) R VO(t) t T =RC<<T Figura 3.8. Circuito diferenciador RC. 28 3.3. Indutância 3.3.1. Relação Tensão x Corrente em um Indutor Sabe-se que de um indutor percorrido por uma corrente elétrica decorre a formação de um campo magnético. A indutância é a propriedade do indutor de se opor às variações de corrente. Ao contrário do capacitor, onde a energia é armazenada sob forma de um campo elétrico, em um indutor esta é armazenada sob forma de um campo magnético. Todas as vezes que a corrente tende a variar, uma tensão reversa, denominada força eletromotriz auto-induzida, surge nos terminais do indutor, no sentido de se opor a esta variação. Assim, são verificadas as seguintes relações: V (t ) L di (t ) dt i (t ) 1 V (t )dt L (3.10) onde L é expresso em Henries. Pode-se verificar uma dualidade entre as expressões (3.2) e (3.10). 3.3.2. Indutores em Série Se, em t=0, ligarmos um indutor a uma fonte de tensão contínua V, a corrente produzida através do circuito (Fig. 3.9) será: i (t ) 1 Vdt L i (t ) V t L (3.11) Como V é constante: cujo comportamento é o de uma rampa com coeficiente angular V/L. CH i(t) + V L _ 0 t Figura 3.9. Corrente através de um indutor alimentado por uma fonte de tensão contínua. 29 Ao alimentarmos dois indutores, conectados em série, com uma fonte de tensão DC (Fig. 3.10), em ambos circulará a mesma corrente i (t ) V t , em que LEQ representa o valor LEQ equivalente ao da combinação entre as indutâncias L1 e L2. L1 V1(t) L2 V2(t) V(t) V ( t ) V . u( t ) 1 i1 (t ) V1 (t ) L1 1 i2 (t ) V (t ) L2 2 Figura 3.10. Indutâncias em série. Conforme as expressões da Fig. 3.10, as correntes nos indutores L1 e L2 podem se determinadas, ou seja, i1 ( t ) V1 t L1 e i2 ( t ) V2 t L2 (3.12) Como só existe uma única corrente no circuito, i ( t ) i1 ( t ) i2 ( t ) Logo, V1 V2 L1 L2 ou V1 L 1 V2 L2 A partir das expressões de (3.12), pode-se determinar a equivalência entre LEQ, L1 e L2, ou seja, V1 i ( t ). L1 t V V1 V2 e i (t ). LEQ t V2 i (t ). L2 t LEQ L1 L2 Pode-se concluir que a configuração série entre indutâncias corresponde à soma entre elas, análoga ao equivalente série entre resistores. 30 3.3.3. Indutores em Paralelo Ao alimentarmos dois indutores, conectados em paralelo, com uma fonte de tensão DC (Fig. 3.11), as correntes que circularão pelo circuito serão: i1 ( t ) V .t L1 i2 ( t ) e i (t ) V .t L2 V .t LEQ onde LEQ corresponde à indutância equivalente à configuração paralelo entre L1 e L2. i(t) V(t) i1(t) L1 i2(t) V ( t ) V . u( t ) i ( t ) i1 ( t ) i2 ( t ) L2 Figura 3.11. Indutâncias em paralelo. Pela lei dos nós: i (t ) i1 (t ) i2 (t ) Então: V V V .t .t .t LEQ L1 L2 ou ainda: LEQ 1 1 1 LEQ L1 L2 ou , L1 . L2 L1 L2 Em analogia à configuração paralelo entre resistores, pode-se verificar que as indutâncias se combinam da mesma maneira. 3.3.4. O Indutor como Elemento Reativo Se um indutor ideal for ligado à uma fonte de corrente constante (Fig. 3.12), a tensão induzida em seus terminais será: V (t ) L di ( t ) dt 31 O sinal negativo presente nesta expressão indica que a tensão auto-induzida tende a produzir uma outra corrente, em sentido contrário aquela que gerou o campo magnético, conferindo ao indutor um caráter de reação à quaisquer tentativas de variação de corrente entre seus terminais. CH IL(t) I I iL(t) VL(t) L 0 |VL(t)| t IL(t) = I.u(t - t1) VL(t) = (t - t1) 0 t1 t Figura 3.12. Descontinuidade de corrente em um indutor. Embora não existam fontes e indutores ideais, a reação da indutância pode ser facilmente observada, quando do “faiscamento” em chaves que cortam a corrente de qualquer circuito indutivo. 3.4. Associação Resistência - Indutância A análise matemática empregada em circuitos do tipo RL é semelhante àquela aplicada em circuitos RC, cuja dualidade, possibilita extrair analogias importantes entre as relações obtidas. Desta forma, nos limitaremos neste subítem à análise qualitativa e considerações sobre as expressões finais. 3.4.1. Carga e Descarga em Indutores No circuito da Fig. 3.13, ao fechar a chave CH, a indutância impede que ocorra uma variação instantânea de corrente, dadas suas características reativas. Ao final do estado transiente, o indutor comporta-se como um curto-circuito e a corrente limita-se apenas à E/R, ao contrário do que ocorreria em um circuito série do tipo RC. A função que rege as formas de onda aqui obtidas também são do tipo exponencial, conforme mostradas na Fig. 3.12, nas quais L/R corresponde à constante de tempo do circuito. 32 3.4.2. Circuitos Integrador e Diferenciador RL De maneira análoga aos circuitos do tipo RC, as operações íntegro-diferenciais também são aplicadas aos circuitos RL, dadas suas caraterísticas de dualidade. Na prática, contudo, os circuitos capacitivos são mais empregados, face ao reduzido tamanho dos capacitores, sua qualidade, preço reduzido e extensa gama de valores. CH V(t) VR(t) E R + E V(t) _ L VL(t) 0 t 0 t 0 t VL(t) E V(t)=E.u(t) VL(t)=E.e-(R/L).t .u(t) VR(t) E VR(t)=E.(1-e-(R/L).t ).u(t) Figura 3.13. Carga e descarga indutiva através de uma resistência elétrica. 3.5. Circuitos LC - Modo Natural Devido ao caráter de dualidade existente entre indutores e capacitores, a troca de energia entre estes elementos possibilita a obtenção de um movimento oscilatório regular de corrente elétrica, que não se extingüiria caso fossem ideais. Surge daí a idéia de oscilação natural, que nada mais é do que uma onda senoidal, cuja freqüência depende do valor de cada elemento durante o processo de troca de energia. Supondo que o capacitor C da Fig. 3.14 esteja inicialmente carregado, produzindo uma tensão VO entre seus terminais, e que o indutor L não contenha energia inicial armazenada, ao fecharmos a chave CH no instante t=0, C tende a descarregar-se através de L. Neste caso, dizemos que a corrente do capacitor carrega o indutor. Por outro lado, após carregado, L produz entre seus terminais uma força eletromotriz auto-induzida, que polariza reversamente o capacitor, recarregando-o com a polaridade invertida, que, em um próximo ciclo se descarregará através do indutor, produzindo, assim, um ciclo completo, que se repetiria indefinidamente, caso L e C fossem ideiais. 33 VL(t)=VC(t) CH VO i(t) V0 C VL(t) L C VC(t) t 0 Figura 3.14. Circuito LC produzindo oscilações no modo natural. Partindo dos seguintes estados iniciais: VC (0 ) VO VC (0 ) VO VL (0 ) 0 VL (0 ) VO i(0 ) 0 i(0 ) 0 a chave CH é fechada, produzindo: VC ( t ) VL ( t ) que resulta em obtermos: 1 di (t ) i (t )dt L C dt ou 1 d 2i (t ) i (t ) LC dt 2 (3.13) cuja solução nos fornecerá as formas de onda mostradas na Fig. 3.14. As funções matemáticas que são proporcionais aos negativos de suas segundas derivadas são as funções senoidais. Desta forma, verifica-se que a equação é satisfeita para a solução i (t ) I .sen Ot . Derivando a solução i(t) duas vezes, tem-se: d I .sen Ot O I cosOt dt e d2 d I cosOt O2 senOt 2 I sen O t dt dt O Substituindo os dois membros da equação (3.13), obtém-se: 1 I sen O t O2 I sen O t LC cujo valor da freqüência natural (O) corresponde a: O 1 LC A tensão sobre o capacitor é dada por: VC ( t ) Logo: 1 i ( t ) dt C ou VC (t ) 1 I sen O tdt C 34 VC ( t ) I OC cos O t Para t=0, cos O t 1 e VC (0 ) VO . Então: I VOO C e VC (t ) VO cosOt A tensão sobre o indutor é dada por: VL ( t ) L di ( t ) dt ou VL ( t ) L d I senO t , dt logo: VL (t ) O LI cosOt , mas: O L 1 O C Então: VO O LI Finalmente: VL (t ) VO cosOt Como era de se esperar, as expressões de VC(t) e VL(t) são equivalentes, uma vez que C e L estão em paralelo. Quando a corrente é nula, toda a energia está armazenada no capacitor (tensão máxima). Por outro lado, quando a corrente é máxima (tensão nula), toda a energia encontra-se contida no indutor. Assim, durante todo o tempo, haverá transferência de energia entre os elementos armazenadores, duas vezes a cada ciclo. Como na prática os elementos reais são dissipativos, as oscilações tendem a ser amortecidas ao longo do tempo, até que sejam extintas.