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PROJETO DE LEI Nº ?
Uso do jaleco
Objetivo

A iniciativa tem o objetivo de conscientizar
profissionais e estudantes da área da saúde
a não usarem jaleco fora do ambiente de
atendimento a pacientes.
A
Organização Mundial de Saúde
(OMS) recomenda que a utilização
dessa
peça
se
restrinja
aos
ambientes adequados. A intenção é
reduzir as chances de infecção
hospitalar. O próprio Manual de
Biossegurança Laboratorial da OMS
diz que o uso do jaleco somente no
espaço de trabalho dificulta a
contaminação por microrganismos.

A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), em sua norma
regulamentadora NR-32, que trata da
segurança e saúde em serviços de
saúde, diz que “os trabalhadores não
devem deixar o local de trabalho com
Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) e vestimentas utilizadas em
suas atividades laborais”. O mesmo
assunto ainda é tratado nas normas de
número 6, sobre EPI, e 9 sobre
programa de riscos ambientais.
O jaleco é considerado pela Norma
Regulatória 32 um equipamento de
proteção individual:
 ‘Vestimenta de Segurança contra risco
biológico confeccionada com tecido
tecnológico bacteriostático e utilizada
como barreira corporal biológica e física
em hospitais, laboratórios, fábricas,
restaurantes, entre outros’, e deveria ser
usado para inibir a proliferação de
bactérias, proporcionando maior
segurança para pacientes e profissionais
da saúde.

 Apesar
da NR 32 citar em seu
item 32.2.4.6.2 que “Os
trabalhadores não devem deixar
o local de trabalho com os
equipamentos de proteção
individual e as vestimentas
utilizadas em suas atividades
laborais”, não é esse o
comportamento de profissionais
da saúde.
EXPERIÊNCIAS E
CONDUTAS EM
ALGUNS
ESTADOS
O
uso de jaleco na rua NÃO é
status.
 Uma
campanha interna pelo uso
correto do jaleco da
Universidade Federal de Alfenas
(Unifal), de Minas Gerais,
ganhou projeção nacional no
meio odontológico.
Estratégias da campanha
A
iniciativa da Unifal foi divulgada
inicialmente pelo blog Vida de
Dentista, fazendo com que a
empreitada ganhasse visibilidade. Os
leitores do blog aprovaram a
iniciativa e deflagraram a divulgação
maciça do cartaz nas redes sociais
Facebook e Twitter.
Outros movimentos

Campanha do Uso Consciente do Avental
(Cuca Coletiva) no ano 2005 (USP). A
campanha teve início na disciplina de
Saúde Coletiva da graduação de Ciências
Biológicas do Instituto de Biociências da
USP, os estudantes criaram uma
campanha envolvendo alguns aspectos da
saúde pública que foi aprovado pelo
Fundo de Cultura e Extensão.
No Paraná já é lei.

Desde 12 de junho de 2010 está em vigor
no Paraná uma lei que proíbe o uso de
jalecos e demais equipamentos médicos,
como estetoscópios, e de proteção
individual em locais públicos. A Lei
Estadual 16.491/2010, fiscalizada pela
Vigilância Sanitária, prevê multa de R$
193,72 àqueles que forem flagrados
descumprindo a regra.

Associação Evangélica Beneficente de
Londrina (Aebel), mantenedora de
diversas instituições de saúde, vem
promovendo uma campanha pelo uso
consciente do avental.

A mobilização é feita através de cartazes
educativos, materiais que ensinam passo
a passo a melhor maneira de retirar o
jaleco e visitas de equipes a hospitais e
clínicas.

SÃO PAULO - aprovou Lei Estadual
14.466 de junho 2011, onde
profissionais de saúde que
desrespeitarem a lei estarão sujeitos
a pagar multa de 174,50 reais.

Divinópolis- MG já tem Lei municipal
aprovada em 13/04/2012 e segue
agora para sanção do prefeito.

Belo Horizonte –MG já tem projeto Lei
em tramitação.
O
Conselho Regional de Medicina
de Alagoas- CREMAL – TEM
FEITO CAMPANHA de
sensibilização com os
profissionais médicos, o slogan
da campanha no Hospital Geral
de Alagoas. "Aqui dentro é uma
ideia legal, lá fora pega muito
mau" .
RESULTADOS DE
PESQUISAS
Uma pesquisa publicada em 09/2010
pela Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP) mostrou a presença
maciça de bactérias em jalecos médicos.
Foram analisados 48 alunos que
utilizavam jaleco.
 Os resultados foram alarmantes: 95,8%
estavam contaminados. Entre as bactérias
encontradas, havia a Staphylococcus
aureus, principal responsável pelas
infecções hospitalares.

Segundo o estudo, mangas e bolsos são
as áreas mais contaminadas. O estudo
ainda levou em consideração a diferença
entre o dia da semana. Segundo o
levantamento, os jalecos apresentavam
maior quantidade de micro-organismos na
quinta-feira do que na segunda (o que
indica que os médicos utilizam a peça
mais de uma vez sem lavar).
 Os pesquisadores acrescentam que os
micro-organismos podem sobreviver entre
10 e 98 dias em tecidos encontrados em
hospitais, como algodão e poliéster.

Maria Elisa Zuliani Maluf, (coordenadora
da pesquisa e professora titular de
Microbiologia da PUC-SP), afirma que
outros materiais utilizados por médicos
também estão contaminados.
 Um estudo mostrou que 90% dos
estetoscópios, utilizado para auscultar o
coração, estavam contaminados.
 Outra pesquisa indicou que os aparelhos
celulares dos médicos possuíam mais
bactérias do que os celulares do restante
da população.

ASPECTOS DE BIOSSEGURANÇA RELACIONADOS AO
USO DO JALECO PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
UMA REVISÃO DA LITERATURA
 Autores: Carmem Milena Rodrigues Siqueira Carvalho1, Maria Zélia de Araújo
Madeira2, Fabrício Ibiapina Tapety3, Eucário Leite Monteiro Alves4, Maria do Carmo
de Carvalho Martins5, José Nazareno Pearce de Oliveira Brito6

ESTUDO: selecionados 22 artigos que foram agrupados
para análise considerando os enfoques em: infecções
cruzadas causadas por jalecos; jalecos contaminados; flora
bacteriana em jalecos dos profissionais de saúde.

RESULTADO: O jaleco foi abordado como fonte de
contaminação e como equipamento de proteção individual
na prevenção das infecções. Portanto, são necessárias
campanhas educativas no sentido de orientar os
profissionais de saúde sobre o uso de jaleco.

Sugere-se a realização de campanhas educativas no
sentido de orientar os profissionais de saúde sobre o uso
de jaleco e a adoção de protocolos .
Cuidados:
•
•
•
Deixar o jaleco no
ambiente de
trabalho,
lavar com frequência
e deixar o jaleco
exposto ao sol,
higienizar as mãos
ao entrar e sair de
ambientes com risco
de contaminação.
O
uso do jaleco é uma
questão de
conscientização e de bom
senso. É preciso evitar a
banalização dessa
vestimenta e manter a
higienização.

FONTES:

Da Redação do ClickSergipe
Com texto e edição de Gilmara Almeida
Fonte fotos: Google

Site CRO –RJ (www.cro-rj.org.br)

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/sao
-paulo-proibe-uso-de-jaleco-fora-dohospital

http://www.scielo.br/pdf/tce/v18n2/20.pdf

http://www.cremal.org.br/index.php?option=com
_content&view=article&id=21181:mau-uso-dojaleco&catid=3
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