USO DO JALECO FORA DO RECINTO LABORAL – Um risco

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USO DO JALECO FORA DO RECINTO LABORAL , Um risco iminente de
contaminação do ambiente hospitalar
MARCOS ANDRÉ DE LIMA CAVALCANTE
Objetivos
Este trabalho visa mostrar a hipótese de
condução de bactérias através da exposição do
jaleco ao ambiente externo e consequente
infecção do ambiente hospitalar e também a
possibilidade de riscos à saúde familiar, pelo
uso indevido de jaleco por profissionais de
saúde. Como também a falta de instrução por
parte das instituições de ensino superior e
técnico para o docente para coibindo esta
prática displicente desde o início do
aprendizado.
Métodos/Procedimentos
Este estudo foi construído através do
levantamento de dados encontrados na
literatura já existente. Foram realizadas
pesquisas bibliográficas por meio de livros
dispostos no acervo da FITS, campus Amélia
Maria Uchôa, acervo particular e base de
dados da Scielo.
Resultados
O jaleco é um equipamento de proteção
individual, para proteger tanto os profissionais
de saúde, como os pacientes, mas pesquisas
em vários estados mostram que o jaleco virou
peça de moda ou status, onde médicos,
enfermeiras, técnicas de enfermagem e de
laboratório usam o equipamento de proteção
individual (EPI), sem o menor constrangimento
fora do ambiente laboral. Esse uso indevido do
EPI já se inicia nos cursos superiores e
técnicos, onde a orientação dos discentes para
os alunos é mínima e não há proibição nem
fiscalização da própria instituição, incentivando
de maneira indireta o uso incorreto e perigoso
do jaleco. A condução de microrganismos
nocivos tanto para o ambiente hospitalar como
também para seu convívio familiar, é
corroborada por Infectologistas, como o
professor do Instituto de Microbiologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), Marco Antônio Lemos Miguel,
afirmando
alguns
tipos
de
bactérias
conservam-se por dias e até dois meses na
peça de roupa e pelos menos 90% delas
resistem no tecido durante 12 horas. Esses
dados levam à possibilidade de riscos a saúde
familiar pela inserção de bactérias pela
vestimenta vinda do ambiente hospitalar. A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária não
impõe nenhuma regra específica sobre o
assunto, porém reconhece o risco. A
Organização Mundial de Saúde (OMS), em seu
manual de biossegurança laboratorial, adverte
para que o uso do EPI seja restringido à
ambientes propícios, tendo a intenção de
redução infectocontagiosa de microrganismos
pelo uso do jaleco Alguns estados como João
Pessoa, São Paulo, Piauí, Minas e Paraná já
possuem leis proibitivas para o uso indevido de
EPI, embora os infratores estejam sujeitos
apenas a uma multa, sendo esta dobrada em
caso de reincidência, é um exemplo a ser
seguido pelas demais unidades federativas.
Referências Bibliográficas
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TRATADO
DE
INFECTOLOGIA. 3ª Ed. Atheneu. São Paulo,
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In: Mastroeni MF. Biosseguranca aplicada a
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