Introdu o a Filosofia Aula 5

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INTRODUÇÃO A FILOSOFIA
AULA - 5
Professora Edna Ferraresi
Revisão sobre a
história da Filosofia
Filosofia Grega
Os pré-socráticos
Origem da filosofia
Cosmologia X Cosmogonia é o termo que abrange as
diversas lendas e teorias sobre as origens do universo de acordo com as religiões
mitologias e ciências através da história.
Filósofos da Natureza
A phýsis: no contexto dos primeiros filósofos, o conjunto de todas as coisas
naturais que existem . A palavra também significa origem. ou arché: significa a
fonte, a origem e a raiz de todas as coisas da physis
Parmênides e Heráclito
Antropológica
Inicia-se com Sócrates
Atenas
As preocupações dos filósofos passam a ocupar
o universo das ações humanas.
Filósofos X Sofistas
A Filosofia se volta para as questões humanas
no plano da ação, dos comportamentos, das
ideias, das crenças, dos valores e, portanto, se
preocupa com as questões morais e políticas.
Como se trata de conhecer a capacidade de
conhecimento do homem, a preocupação se
volta para estabelecer procedimentos que
nos garantam que encontramos a verdade,
isto é, o pensamento deve oferecer a si
mesmo caminhos próprios, critérios próprios
e meios próprios para saber o que é o
verdadeiro e como alcançá-lo em tudo o que
investiguemos.
A reflexão e o trabalho do pensamento são
tomados como uma purificação intelectual, que
permite ao espírito humano conhecer a verdade
invisível, imutável, universal e necessária.
A opinião, as percepções e imagens sensoriais
são consideradas falsas, mentirosas, mutáveis,
inconsistentes, contraditórias, devendo ser
abandonadas para que o pensamento siga seu
caminho próprio no conhecimento verdadeiro.
Aristóteles
Helenístico
Trata-se do último período da Filosofia antiga,
quando a polis grega desapareceu como
centro político, deixando de ser referência
principal dos filósofos, uma vez que a Grécia
encontra-se sob o poderio do Império
Romano. Os filósofos dizem, agora, que o
mundo é sua cidade e que são cidadãos do
mundo. Em grego, mundo se diz cosmos e
esse período é chamado o da Filosofia
cosmopolita.
Essa época da Filosofia é constituída por grandes
sistemas ou doutrinas, isto é, explicações
totalizantes sobre a Natureza, o homem, as
relações entre ambos e deles com a divindade
(esta, em geral, pensada como Providência divina
que instaura e conserva a ordem universal).
Predominam preocupações com a ética - pois os
filósofos já não podem ocupar-se diretamente com
a política -, a física, a teologia e a religião.
Datam desse período quatro grandes sistemas cuja
influência será sentida pelo pensamento cristão,
que começa a formar-se nessa época: estoicismo,
epicurismo, ceticismo e neoplatonismo.
A amplidão do Império Romano, a presença
crescente de religiões orientais no Império, os
contatos comerciais e culturais entre ocidente e
oriente fizeram aumentar os contatos dos filósofos
helenistas com a sabedoria oriental. Podemos falar
numa orientalização da Filosofia, sobretudo nos
aspectos místicos e religiosos.
Filosofia Patrística
 Inicia-se com os apóstolos Paulo e João com o
propósito de conciliar o Cristianismo com o
pensamento filosófico dos gregos e romanos.
 Introduz ideias desconhecidas aos filósofos
antigos, como o Pecado Original, a Criação do
Mundo, a Santíssima Trindade...
 São estabelecidos os dogmas da Igreja
 Principais filósofos: Santo Agostinho, Justino,
Boécio.
Filosofia Medieval
• Influenciada pelas traduções de Platão e Aristóteles.
• Discute os mesmos problemas que a Patrística,
acrescentando outros, sendo o dos Universais o mais
conhecido.
• A diferença e separação entre infinito (Deus) e finito (homem,
mundo), a diferença entre razão e fé (a primeira deve
subordinar-se à segunda), a diferença e separação entre
corpo (matéria) e alma (espírito), O Universo como uma
hierarquia de seres, onde os superiores dominam e governam
os inferiores (Deus, arcanjos, anjos, alma, corpo, animais,
vegetais, minerais), a subordinação do poder temporal dos
reis e barões ao poder espiritual de papas e bispos: eis os
grandes temas da Filo Medieval.
• Dialética ou disputa.
Filosofia da
Renascença
Predominaram três vertentes de pensamento: Aquela
proveniente de Platão, neoplatonismo e da descoberta dos
livros do Hermetismo; nela se destacava a ideia da
Natureza como um grande ser vivo; o homem faz parte da
Natureza como um microcosmo e pode agir sobre ela
através da magia natural, da alquimia e da astrologia, pois
o mundo é constituído por vínculos e ligações secretas
entre as coisas; o homem pode, também, conhecer esses
vínculos e criar outros, como um deus.
Aquela originária dos pensadores florentinos, que
valorizava a vida ativa, isto é, a política, e defendia
os ideais republicanos das cidades italianas contra o
Império Romano-Germânico, isto é, contra o poderio
dos papas e dos imperadores. Na defesa do ideal
republicano, os escritores resgataram autores
políticos da Antiguidade, historiadores e juristas, e
propuseram a “imitação dos antigos” ou o
renascimento da liberdade política, anterior ao
surgimento do império eclesiástico.
Aquela que propunha o ideal do homem
como artífice de seu próprio destino,
tanto através dos conhecimentos
(astrologia, magia, alquimia), quanto
através da política (o ideal republicano),
das técnicas (medicina, arquitetura,
engenharia, navegação) e das artes
(pintura, escultura, literatura, teatro).
A efervescência teórica e prática foi alimentada com as
grandes descobertas marítimas, que garantiam ao homem o
conhecimento de novos mares, novos céus, novas terras e
novas gentes, permitindo-lhe ter uma visão crítica de sua
própria sociedade. Essa efervescência cultural e política
levou a críticas profundas à Igreja Romana, culminando na
Reforma Protestante, baseada na idéia de liberdade de
crença e de pensamento. À Reforma a Igreja respondeu com
a Contra-Reforma e com o recrudescimento do poder da
Inquisição.
Os nomes mais importantes desse período são: Dante,
Marcílio Ficino, Giordano Bruno, Campannella, Maquiavel,
Montaigne, Erasmo, Tomás Morus, Jean Bodin, Kepler e
Nicolau de Cusa.
Filosofia Moderna
 Indaga qual é a capacidade do intelecto humano
para conhecer e demonstrar a verdade dos
conhecimentos. Em outras palavras, a Filosofia
começa pela reflexão, isto é, pela volta do
pensamento sobre si mesmo para conhecer sua
capacidade de conhecer.
 Para os modernos, as coisas exteriores (a Natureza,
a vida social e política) podem ser conhecidas
desde que sejam consideradas representações, ou
seja, ideias ou conceitos formulados pelo sujeito do
conhecimento.
A realidade é concebida como um sistema
racional de mecanismos físicos e
matemáticos. Predomina, assim, nesse
período, a ideia de conquista científica e
técnica de toda a realidade, a partir da
explicação mecânica e matemática do
Universo e da invenção das máquinas, graças
às experiências físicas e químicas.
Principais pensadores: Francis Bacon,
Descartes, Galileu, Pascal, Hobbes, Espinosa,
Leibniz, Malebranche, Locke, Berkeley,
Newton, Gassendi.
Filosofia do
Iluminismo
 Afirma que:
 pela razão, o homem pode conquistar a liberdade
e a felicidade social e política (a Filosofia da
Ilustração foi decisiva para as ideias da Revolução
Francesa de 1789);
 a razão é capaz de evolução e progresso, e o
homem é um ser perfectível. A perfectibilidade
consiste em liberar-se dos preconceitos religiosos,
sociais e morais, em libertar-se da superstição e
do medo, graças as conhecimento, às ciências, às
artes e à moral;
o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das
civilizações, que vão das mais atrasadas (também
chamadas de “primitivas” ou “selvagens”) às mais
adiantadas e perfeitas (as da Europa Ocidental);
 há diferença entre Natureza e civilização, isto é, a
Natureza é o reino das relações necessárias de causa e
efeito ou das leis naturais universais e imutáveis,
enquanto a civilização é o reino da liberdade e da
finalidade proposta pela vontade livre dos próprios
homens, em seu aperfeiçoamento moral, técnico e
político.
Data também desse período o interesse pela compreensão das
bases econômicas da vida social e política, surgindo uma
reflexão sobre a origem e a forma das riquezas das nações,
com uma controvérsia sobre a importância maior ou menor da
agricultura e do comércio, controvérsia que se exprime em
duas correntes do pensamento econômico: a corrente
fisiocrata (a agricultura é a fonte principal das riquezas) e a
mercantilista (o comércio é a fonte principal da riqueza das
nações).
Os principais pensadores do período foram: Hume, Voltaire,
D’Alembert, Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling
(embora este último costume ser colocado como filósofo do
Romantismo).
Filosofia
Contemporânea
• Abrange o pensamento filosófico que vai de
meados do século XIX e chega aos nossos
dias. Esse período, por ser o mais próximo de
nós, parece ser o mais complexo e o mais
difícil de definir, pois as diferenças entre as
várias filosofias ou posições filosóficas nos
parecem muito grandes porque as estamos
vendo surgir diante de nós.
• Hegel, Marx, Nietzsche, Sartre...
"Eu não sou um homem,
sou uma dinamite.".
Pensamento rebelde e
insolente desafia as
normas de sua época e
declara guerra aos
valores do seu tempo.
Umas das principais coisas a qual Nietzsche gostava de
escrever era sobre a religião, a fé ‘cega’ que a sociedade tem
em um ser maior, Deus. E baseada nessa fé, vive de uma
maneira muitas fezes crua e piedosa, se martirizando como
diz em um outro trecho de sua obra ele diz: “(...) Ele deve
buscá-la em si mesmo, em uma culpa, um pecado de
passado, ele deve entender seu sofrimento mesmo como uma
punição”. Quando ele coloca em pauta os judeus, criticando
estes por se dizerem fieis a Deus e a bondade, e que mesmo
assim acabam cometendo o ato de vingança que vai
totalmente contra o que diziam acreditar, nos faz pensar que a
fé não é tão boa assim, e que nem sempre seguir ‘as regras’ é
a melhor opção.
Nietzsche acreditava que a fé corrompia o ser humano, o
tornava mais fraco, vulnerável, e até menos livre, ou seja,
quem seguia piamente a fé estava preso a ela.
Comparando os judeus, com os religiosos (tanto católicos
quanto protestantes) de hoje, vemos que praticamente nada
mudou. Pregam a compaixão e o perdão, mas muitas vezes
em suas vidas pessoais cometem atos que vão totalmente
contra isso. Assim, a sociedade vive em ‘duas faces’, o que
nos leva a outro ponto, viver de duas maneiras diferentes
acaba tornando uma dessas vidas mentira, e isso vai
novamente contra as regras da fé.
Com a globalização e os avanços tecnológicos, a ciência tomou mais
destaque que a própria religião, e fez descobertas incríveis e
avassaladoras sobre o próprio Cristo, criticando até mesmo a sua
existência. Nietzsche se perguntava como a sociedade ainda era
piamente cega a um ser superior, que apenas sabiam da existência
através da Bíblia, que não passa de um livro escrito por homens que
diziam ter vivido junto a este. Será que séculos se passaram e o mundo
viveu uma grande mentira? Será que a religião que tanto rege as pessoas
se baseia em uma farsa? Difícil responder.
Portanto, podemos dizer que nem sempre é melhor ir pelo caminho da fé,
as vezes a razão é que mostra a melhor das soluções. As vezes cometer
um ato impiedoso abre portas para a liberdade, talvez somente através
dessas ações que a sociedade perceba qual o caminho que realmente
deve ser seguido.
Para a próxima aula:
Quem foi Nietzsche?
Biografia.
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