MARISE BORGES FERREIRA. O que é Filosofia e por que vale a pena estudá-la. (A. C. EDWING) A Filosofia é uma disciplina crítica necessária ao desenvolvimento intelectual e que sempre aguçou o interesse de estudiosos, porém foi rechaçada por razões políticas ao longo dos anos. Desde a década de 1980 ela foi reinserida nas escolas, mas foi a LDB nº 9.394/96 que a tornou obrigatória no Currículo do Ensino Médio. No texto de Edwing, a origem da Filosofia é explicada desde Pitágoras um dos filósofos mais antigos que influenciou gerações de outros filósofos como Platão no Século V a.C. o autor discorre sobre a evolução da disciplina Filosofia para se estabelecer como autônoma, e acrescenta que a Filosofia não conduz ao caminho da riqueza material, porém não descarta a possibilidade de que o dinheiro contribui para a manutenção da felicidade. Neste contexto o autor deixa claro que o objetivo do filósofo se baseia “na busca da verdade e na contemplação da realidade”. Assim, o filosófo problematiza aquilo que nos é condicionado a aceitar como verdadeiro ou pertinente para os bons costumes. No decorrer do texto Edwing destaca a contribuição da Filosofia e de alguns filósofos como Locke, Rousseau para o pensamento político, pelo qual suas concepções permanecem vivas até os nossos dias. Porém ele atenta para a boa e a má percepção acerca do pensamento político filosófico e sua influencia, pois uma Filosofia de qualidade é conveniente, produzindo um ambiente de êxito social ao contrário da Filosofia sem qualidade que pode conduzir ao caos social. A seguir o texto apresenta a contribuição do matemático e metafísico Britânico Whitehead , pensador moderno que exalta a Filosofia e traça conceitos como: “ a capacidade de ver e de prever, aliada a um sentido do valor da vida, ou seja, o sentido da importância que anima todo esforço civilizado.” O escritor coloca em evidencia a racionalidade da disciplina. A leitura esclarece a seguir que a ciência não ocupa o lugar da Filosofia, mas, ela apresenta fundamentos filosóficos utilizando concepções de filósofos para embasar suas conquistas como a concepção mecanicista que é de origem da filosofia de Renê Descartes. Segue expondo as principais divisões da disciplina citando a Metafísica e a Filosofia critica e a Epistemologia, deixando claro que a Metafísica não pode separa-se da Filosofia Crítica por que ela dispõe de dados do senso comum na qual a Filosofia Crítica analisa e examina os seus fundamentos. Na continuação o autor expõe as particularidades entre a Filosofia e outras disciplinas como as ciências especiais, o método cientifico enfatizando a diferença existente entre a forma de investigação das Ciências Exatas e da Filosofia. Esclarece também que a Psicologia é uma das ciências que se relaciona com a filosofia pois essa disciplina pratica argumentos da Filosofia quando dialoga com assuntos entre o bem e o mal. Assim, o autor segue mostrando a preocupação do filosofo a respeito do ceticismo que é uma doutrina cujos preceitos afirmam a incapacidade do ser humano alcançar a certeza sobre a verdade e enfatiza a importância da filosofia para a vida prática e teórica por nos levarmos a reflexões profundas. Portanto, de acordo o texto, a filosofia teórica não resolve todos os problemas, mas ela pode incitar resoluções inteligentes e de muita valia para a vida prática.