580 kB 23/02/2016 Idealismo alemão 2016 Luciana

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Idealismo é o nome que designa certo tipo de teoria filosófica, o qual,
pelo menos desde Kant, foi também empregado por alguns filósofos para
designar sua filosofia. O idealismo, lato sensu, abrange todas as
doutrinas das idéias, tais quais as conhecemos desde Platão. A rigor,
porém, possui ao menos três características distintivas: ontológica,
epistemológica
e
ética.
Como ontologia, o idealismo afirma a existência de entidades espirituais
ou ideais – as idéias -, que não podem ser reduzidas a entidades
materiais. Como epistemologia, defende a tese segundo a qual o mundo
fenomênico, exterior, não é independente das representações dos
sujeitos pensantes. E, como ética, propõe concepções normativas da
fundamentação e justificação da ação humana, da práxis, a partir da
razão,
de
princípios
racionais.
HEGEL
Hegel, nascido na Alemanha, foi o principal
expoente do idealismo alemão. Sua obra
costuma ser apontada, com frequência,
como o ponto culminante do racionalismo.
Talvez, nenhum outro pensador tenha
conseguido montar, como ele, um sistema
filosófico tão completo.
Entre suas principais obras estão
Fenomenologia do Espírito, Princípios da
filosofia do direito e Lições sobre a história
da filosofia.
PONTOS BÁSICOS PARA COMPREENSÃO DE
SUA TEORIA
1º) O primeiro desses pontos é o entendimento da
realidade como Espírito.
Esse conceito, desenvolvido a partir da filosofia de Fichte e
Schelling, é ampliado ainda mais em Hegel. Entender a
realidade como Espírito, de acordo com a filosofia de
Hegel, é entendê-la não apenas como substância, mas
também como sujeito. Isso significa pensar a realidade
como processo, como movimento, e não somente como
coisa (substância).
2º) Movimento da realidade.
A realidade, enquanto Espírito possui uma vida própria, um
movimento dialético. Por movimento dialético, Hegel quer
caracterizar os diversos momentos sucessivos pelos quais
determinada realidade se apresenta.
Nesse exemplo, Hegel ressalta que a realidade não é estática,
mas dinâmica, e em seu movimento apresenta momentos que
se contradizem entre si, sem, no entanto, perderem a unidade
do processo, que leva a um crescente auto-enriquecimento.
Esse desenvolvimento, que se faz através do embate e da
superação de contradições, Hegel denominou dialética.
Hegel compreende esse movimento do real, ou do
Espírito que se realiza, como um movimento que se
processa em três momentos: o primeiro, do ser em-si;
o segundo, do ser outro ou fora-de-si; e o terceiro, que
seria o retorno, do ser para-si.
Esses três momentos são comumente chamados de
TESE, ANTÍTESE E SÍNTESE. Hegel os concebe como
um movimento em espiral, ou seja, um movimento
circular que não se fecha, pois cada momento final,
que seria a síntese, se torna a tese de um movimento
posterior de caráter mais avançado.
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