Terapia Gênica • Terapia Genética é o tratamento de doenças baseado na transferência de material genético. Em sua forma mais simples, a terapia genética consiste na inserção de genes funcionais em células com genes defeituosos, para substituir ou complementar esses genes causadores de doenças. • A maioria das tentativas clínicas de terapia genética, atualmente em curso, é para o tratamento de doenças adquiridas, como AIDS e neoplasias malignas, mais do que para doenças hereditárias. • Em alguns protocolos, a tecnologia de transferência gênica vem sendo usada para alterar fenotipicamente uma célula de tal modo a torná-la antigênica e assim desencadear uma resposta imunológica. Terapia Gênica • O panorama atual indica que a terapia genética não se limita às possibilidades de substituir ou corrigir genes defeituosos, ou eliminar seletivamente células marcadas. • Um espectro terapêutico muito mais amplo se apresenta à medida em que novos sistemas são desenvolvidos para permitir a liberação de proteínas terapêuticas, tais como, hormônios, citocinas, anticorpos e antígenos. Métodos realizados: ex vivo e in vivo. • O método ex vivo é realizado com a coleta das células alvo, transferência do gene e transplante das células no hospedeiro. Neste método, tanto o tipo de célula transformada como as condições do ambiente são definidas. • O método in vivo consiste na introdução do vetor diretamente no hospedeiro. Apesar de possuir maior facilidade técnica, o método in vivo não permite controle das células transformadas, o que pode levar à alteração de células indesejadas. Vetores para terapia gênica • A tecnologia básica envolvida em qualquer aplicação de terapia genética é a transferência gênica. • A maneira mais simples de transferir genes para a célula é por meio do inoculação de DNA puro, com técnicas de microinjeção; eletroporação e o método biobalístico. • Métodos mais elaborados e mais eficientes incluem a administração de DNA encapsulado (lipossomos) ou através de vetores virais. Terapia Gênica p/ Hipertensão • A hipertensão arterial sistêmica (HAS) inicialmente não seria uma patologia ideal para aplicação da terapia gênica por ser multifatorial e poligênica. • Hoje há duas estratégias de manipulação gênica que podem ser utilizadas na reversão da HAS: (1) a inserção de genes que levam a expressão de substâncias vasodilatadoras ou (2) a inibição de genes codificadores de substâncias vasoconstritoras (Hypertension 1999;33:8-13). • O melhor entendimento da fisiopatologia da HAS juntamente com os avanços dos desafios da terapia gênica poderá, no futuro, tornar a HAS uma doença curável. TG para isquemia • A angiogênese terapêutica é a administração exógena de fatores de crescimento vascular com objetivo de aumentar ou promover o desenvolvimento de vasos colaterais em tecidos isquêmicos. Losordo et al, em 1998, publicaram os primeiros resultados clínicos com o uso do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) para o tratamento de pacientes com coronariopatia obstrutiva severa (Circulation 1998;98:2800-04). • Todos os pacientes obtiveram melhora clínica e laboratorial do quadro de isquemia miocárdica. Princípios da Terapia Genética no Câncer • O princípio é a reposição de um gene mutante por uma cópia correta, restaurando o funcionamento celular normal e alterando terapeuticamente o fenótipo maligno. • Com base nas classes de genes participantes no desenvolvimento dos cânceres, as terapias genéticas podem ser divididas em dois grupos: 1. Terapia de Supressão do Gene Tumoral (TSGT) 2. Terapia Genética Imunomoduladora TG – Distrofia de Duchenne • O cientista Jeffrey Chamberlain, da Universidade de Washington em Seattle, nos Estados Unidos conseguiu inserir, através do vetor viral (vírus da gripe), toda a versão do gene responsável pela produção de distrofina. Antes, acreditava-se que o gene era muito grande para ser transportado desta forma. • A versão atenuada do vírus da gripe, que transportou o gene, foi trabalhada em laboratório para que o agente não infectasse o organismo da vítima da doença. • A terapia genética foi injetada em um pequeno músculo do joelho de ratos adultos sofrendo um estágio avançado da distrofia de Duchenne. • Algum tempo depois, os ratos apresentaram melhoras de até 40% em sua rigidez muscular