A inclusão na perspectiva do novo paradigma da

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A inclusão na perspectiva do
novo paradigma da ciência
Autor: Reinoldo Marqueza
Fonte: Revista Educação Especial. N° 26, 2005
O estudo aborda o processo de transição do
paradigma da ciência moderna para a pósmoderna, salientando as características do
paradigma atual, sua crise; e aponta os
contornos do paradigma emergente na
perspectiva do sociólogo Boaventura Sousa
Santos.
Esse estudo refere a educação inclusiva como
um novo processo de produção e de
apropriação do conhecimento e como uma
nova forma de estar na relação.
Hipótese da mudança
paradigmática da ciência:

Mudança do paradigma da segregação para o
paradigma da inclusão;

A compreensão dessa mudança tem sua
importância para aquisição do conhecimento,
contribuindo para a educação inclusiva através da
produção de subsídios que serão incorporados nas
práticas escolares e programas de formação de
professores.
“Escola para todos”
“Os seres humanos são diferentes, pertencem a
grupos variados, convivem e desenvolvem-se em
culturas distintas. São, então, diferentes de direito.
É o chamado direito a diferença; o direito de ser,
sendo diferente”
(FERREIRA; GUIMARÃES, 2003, p. 37).
Paradigmas:

Paradigma dominante (científico):
- Revolução científica do séc. XVI;
- Séc. XIX as ciências sociais compõem o
modelo de racionalidade científica.

Paradigma emergente:
- Concepção científica e social.
Teses paradigmáticas
propostas por Santos (2003a):

“Todo conhecimento científico-natural é científico-social”
Essa tese defende que a distinção entre ciência natural e
social não deve existir.

“Todo conhecimento é local e total”
Ênfase para a especialização. Incentiva conceitos e teorias
desenvolvidas localmente a migrarem para outros lugares
cognitivos de modo a poderem ser utilizados fora do
contexto de sua origem
Teses paradigmáticas
propostas por Santos (2003a):

“Todo o conhecimento é autoconhecimento”
A modernidade cientifica valoriza a objetividade, o rigor
metodológico e não considera os valores humanos, consagrando o
homem como sujeito epistêmico, e não empírico.
“Todo conhecimento científico visa construir em senso
comum”
O conhecimento do senso comum tende a ser um
conhecimento mistificado, mistificador e conservador, com
uma dimensão utópica e libertadora que pode ser
ampliada através do diálogo com o conhecimento
cientifico.

A educação inclusiva
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A escola é vista como instituição promotora da inclusão;
A sociedade e a escola têm dificuldade de distinguir
diversidade e igualdade;
Defendem ambiente de aprendizagem diferenciado e de
qualidade para todos;
Reconhece diferenças e trabalha com elas para o
desenvolvimento e dá-lhes sentido;
Assume-se como respeitadora da cultura, capacidade e
possibilidades de evolução de todos os alunos.
Paradigmas da educação
inclusiva:

O paradigma da institucionalização
fundamentava-se na idéia de que pessoas
deficientes estariam mais protegidas e
cuidadas em ambiente segregado.
 O paradigma de serviços passou a
considerar que essas pessoas têm direito a
convivência social com as demais pessoas.
Paradigmas da educação
inclusiva:

O paradigma suportes fundamenta-se no
conhecimento sobre ganhos em desenvolvimento
pessoal e social provenientes da convivência na
diversidade e, sócio-politicamente, na igualdade.
Esse paradigma aponta para inclusão que é a
garantia do acesso, imediato e continuo, da pessoa
deficiente ao espaço comum da vida em
sociedade, independente do grau e tipo da
deficiência.
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