RELAÇÕES INTERPESSOAIS Memória de aula – 3 semana “O BEHAVIORISMO”: Fonte: BOCK, Ana Mercês Bahia, Odair Furtado & Maria de Lourdes Trassi Teixeira. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo - Saraiva, 1993. O estudo do comportamento Skinner O condicionamento respondente O condicionamento operante Reforço Extinção Generalização Discriminação APLICAÇÕES DO BEHAVIORISMO BEHAVIORISMO “Daí-me uma dúzia de crianças sadias, bem formadas e um ambiente de acordo com as minhas especificações e garanto que poderei tomar qualquer uma ao acaso e treiná-la para que se torne qualquer tipo de especialista – médico, advogado, artista, comerciante, executivo, mendigo ou mesmo um ladrão, independente de suas inclinações, tendências, talentos, habilidades, vocações e da raça de seus ancestrais”. Watson. Esta frase do “pai do behaviorismo resume muito bem a essência da teoria como da sua prática e objetivo. Para o Behaviorismo, tendo o ambiente adequado, há possibilidade de modificar e moldar quaisquer comportamentos desejados. “Como você gostaria que seus funcionários se comportassem?” Se utilizar os ensinamentos do beraviorismo, eles serão condicionados para o que desejar. BEHAVIORISMO O Behaviorismo segue as bases dos conceitos da aprendizagem, que para Thorndike, obedece às seguintes leis: 1 – Lei do exercício – a conexão é tanto mais forte quanto mais freqüentemente é exercitada; portanto sua força diminui quando não é exercitada; Intensidade do estímulo – quanto mais intenso o estímulo, menos exercício é necessário. Recentidade do estímulo – quanto mais recente a conexão, mais fácil é a lembrança. BEHAVIORISMO 2 – Lei do efeito – a conexão entre S – R é fortalecida diante de resultados agradáveis e enfraquecida diante de resultados desagradáveis. A recompensa é mais poderosa que a punição, que afeta diretamente o apredizado. 3 – Lei da predisposição ou da prontidão – as reações do indivíduo são determinadas pelos neurônios, preparando-os para reagir ou não. Se uma conexão está pronta para agir, o agir satisfaz e o nãoagir desagrada. A aprendizagem é a formação de conexões entre estímulo-resposta, ou a modificação de conexões já formadas. Conexões fixadas pelo exercício. BEHAVIORISMO Watson, 1913, iniciou uma nova era da Psicologia Científica. O objeto de estudo não era mais a consciência (Sigmund Freud), mas o comportamento, entendido como o fenômeno observável diretamente e explicável como mera resposta do organismo a modificações ambientais ou estímulos. Todo comportamento pode ser previsto desde que identificado o estímulo atuante. O comportamento animal e humano são regidos pelos mesmos princípios, diferenciando apenas a complexidade. O behaviorismo propõe-se, através da manipulação dos estímulos ambientais, a planejar e formar seres humanos. Não nega que certos padrões de comportamento são inatos. Os estímulos poderiam ser manipulados de acordo com as características individuais desejadas. BEHAVIORISMO CONCEITOS: Comportamento respondente É a resposta que o organismo dá a um estímulo específico. O estímulo está diretamente relacionado à resposta. Salivação ao comer, luz – dilatação dos olhos, arrepios da pele em ambientes de temperatura diferente etc. Comportamento operante É aquele de reação ao meio externo, sem que se possa identificar os estímulos que provocam a resposta emitida. Se manifesta em conseqüência da maturação e dos condicionamentos acumulados ao longo da vida do indivíduo. Fala, andar etc. BEHAVIORISMO Reforço: é um fator que aumenta a possibilidade de uma resposta ocorrer em uma determinada situação. Podem ser: Reforço positivo – aumenta a freqüência da resposta quando ocorre contingentemente a ela. (elogio, prêmio) Reforço negativo – é um estímulo que diminui a freqüência resposta quando eliminado contingentemente à sua emissão. (castigo, punição) BEHAVIORISMO Reforço secundário – estímulo que associado a um reforço primário, adquiriu capacidade de condicionar. (um campainha faz com que as pessoas sintam fome, pois é hora do intervalo, mas campainha não tem relação alguma com o alimento, a não ser quando condicionado a ele) Extinção – respostas reflexas, como operantes, condicionadas, podem ser extintas. É a perda gradual do poder do estímulo condicionado. Para extinguir qualquer comportamento basta realizar exercícios corretamente. Punição – consiste na apresentação de um estímulo aversivo (reforçador negativo) ou na retirada de um estímulo positivo após a emissão de uma resposta. Explo: travessura – palmada ou retirada da sobremesa. Um funcionário é desligado para demonstrar aos outros que devem mudar o comportamento de chegar atrasados. BEHAVIORISMO Na empresa, o reforçamento, a extinção e a punição produzem diferentes efeitos sobre o comportamento. O reforçamento positivo aumenta a probabilidade de ocorrência da resposta. A extinção leva a um gradual enfraquecimento da resposta e mesmo à eliminação da mesma. A punição suprime a resposta, se bem que temporariamente, na maioria das vezes. Reforço negativo e punição modificam comportamentos, mas não ensinam novos comportamentos, que só são adquiridos pelo reforço positivo. Uma vez punida certa atitude, após certo tempo, tende a voltar. BEHAVIORISMO Generalização de estímulos: passagem de estímulos de uma situação para situações similares. Ex.: funcionário recebe elogio por utilizar uma determinada frase com um determinado cliente e passa a repetir a mesma frase em todas as situações de trabalho. Discriminação de estímulos: dá respostas diferentes a situações similares. Ex.: um funcionário percebe que determinada frase só dá certo com determinados clientes, que nem todos tem o mesmo efeito quando a ouvem. BEHAVIORISMO Motivação: podemos dizer que esta é uma dificuldade que os behavioristas não resolveram. Para eles, a motivação é um processo interno, não podendo ser observado, portanto não faz parte da sua filosofia. Emoções: predisposições dos organismos para agir de certos modos, resultantes das experiências de vida dos organismos. Ex.: um indivíduo com raiva está predisposto a agredir, a insultar, assim como um indivíduo amado é capaz de fazer favores, delicadezas etc. As emoções não são estímulos, mas forças capazes de intensificar ou enfraquecer as respostas dos indivíduos. Ex.: Fome – motivo, frustração – emoção. Percepção: é uma função dos nervos sensoriais que registram os estímulos e os transmitem ao cérebro. Então, o comportamento humano é reduzido a uma cadeia central sensório-motora de estímulos e respostas. BEHAVIORISMO Personalidade: é a totalidade dos padrões de comportamento do indivíduo. Produto final de nosso sistema de hábitos. Não existem padrões de comportamento fixos. Tomada de decisões: toma as decisões em função dos estímulos ambientais. Não existe o EU interior, apenas o exterior, os estímulos. A tomada de decisão pode ser controlada através da manipulação de estímulos e reforços socialmente administrados, que aumentam a probabilidade da resposta ou da decisão. BEHAVIORISMO Fatores que interferem no resultado: Saciação – como medir a quantidade de estímulos que ainda fazem efeito sobre o comportamento? Privação – como perceber o limite da privação de certo estímulo (exemplo: qual o tempo de castigo que ainda faça efeito sobre a criança?) Tempo de resposta – cada indivíduo tem o seu tempo individual Significado para o indivíduo – o que é bom para você pode não significar nada para o outro. QUEM DÁ O REFORÇO NÃO PODE PREVER OS DIFERENTES SIGNIFICADOS QUE ESTE VAI TER PARA CADA INDIVÍDUO. BEHAVIORISMO Na empresa: Não é possível controlar todas as variáveis. Não é possível controlar a intervenção de outros fatores. Behaviorismo estuda cada elemento isoladamente. O controle da saciação e privação é uma tarefa sumamente difícil e praticamente inviável. Usa-se mais a punição como forma de condicionamento. Resultado: indivíduos menos criativos e dependentes, instabilidade e desmoralização. Políticas de incentivos pode ser usada para reforçamento positivo. BEHAVIORISMO Limitações: Limita a liberdade e criatividade humana Nega a autodeterminação – quem toma a decisão pelo indivíduo é o ambiente. Limita-se à observação dentro de um espaço limitado. Não consegue observar todas as variáveis ao mesmo tempo.