medicamentos

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DEPRESSÃO
Regina Guedes Moreira Guimarães
Francisco de Freitas – Coordenador
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
DEPARTAMENTO DE HOMEOPATIA E TERAPÊUTICA COMPLEMENTAR
ESCOLA DE MEDICINA E CIRURGIA
UNIRIO
04 de agosto de 2009
Rio de Janeiro
SURGIMENTO DA HOMEOPATIA
10 de abril de 1755
Meissen
Alemanha
SAMUEL CHRISTIAN FREDERIC HAHNEMANN
Prof. Francisco José de Freitas
Hahnemann
NASCIMENTO DE UMA IDÉIA
1790 - tradução da Matéria Médica de CULLEN
Intoxicação pela quinina, China officinalis
"SIMILIA SIMILIBUS CURANTUR"
Lei da Semelhança
Princípio Hipocrático
Prof. Francisco José de Freitas
CURIOSIDADES ...
Contribuições de WILLIAM CULLEN para a Psiquiatria




Cullen acreditava em "entidades"
como causa de doenças.
Compilou um extenso livro de
nosologia (sistema classificatório
para doenças).
Foi o primeiro a ver a analogia entre
delírio e sonhos ilusórios (isto é,
sonhos com conteúdos inconguentes
ou bizarros).
Também foi o primeiro a cunhar o
termo neurose, entretanto o utilizou
de uma forma que pouco lembra o
conceito moderno de perturbações
de ansiedade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Cullen
NASCIMENTO DE UM MÉTODO
EXPERIMENTAÇÃO / PATOGENESIAS
EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SADIO
UNIDADE MEDICAMENTOSA
1796 - "Ensaio sobre um novo Princípio para descobrir
as virtudes das substâncias medicinais, seguida
de alguns comentários sobre os princípios
admitidos até os dias de hoje."
1810 - ORGANON da Medicina Racional / da Arte de Curar
Organon - 1ª Parte - Teórica
§ 5 ao 70

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


§ 1 ao 4 – Objetivo da medicina e plano do livro
§ 5 ao 17 – conhecimento da moléstia
§ 19 ao 21 – conhecimento do medicamento
§ 22 ao 24 – princípios terapêuticos
§ 25 ao 69 - Sobre os métodos de tratamento
§ 70 - lei dos semelhantes, sua explicação e defesa
Organon 6ª ed.
Organon 2ª Parte – Prática

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
(Organon 6ª ed.)
§ 71 – plano desta parte
§ 72 ao 82 – classificação das moléstias
§ 83 a 104 - exame dos doentes
§ 105 a 145 - técnica de experimentção medicamentosa
§ 146 a 244 – seleção do medicamento
§ 146 a 154 – generalidades
§ 155 a 161 – agravação homeopática
§ 162 a 170 – remédios fragmentários
§ 171 – remédios complementares
§ 172 a 179 – doenças oligosintomáticas
§ 180 a 184 – sintomas acessórios
§ 185 a 201 – afecções locais
§ 202 a 203 – supressão
§ 204 a 209 – moléstias crônicas
§ 210 ao 230 - Doenças psíquicas e mentais
§ 231 ao 234 - Doenças periódicas
§ 235 ao 244 – febres intermitentes
§ 245 ao 291 – dose, repetição, regime, farmacotécnica etc
Organon § 2

O objetivo ideal da cura é o restabelecimento
rápido, suave e permanente da saúde ou a remoção
e total destruição da doença em toda sua extensão,
através do caminho mais curto, seguro e menos
prejudicial, baseado em princípios facilmente
compreensíveis.
Seleção de slides – Dr. Francisco José de Freitas
Organon § 3
a força da semiologia / da observação do médico




Se o médico :
Perceber com clareza o que deve curar nas doenças, isto é,
em cada caso patológico individual (conhecimento da
doença, indicação);
Perceber claramente o que existe de curativo nos
medicamentos, isto é, em cada medicamento em particular
(conhecimento do poder medicinal);
Souber adaptar, conforme princípios perfeitamente
definidos, o que existe de curativo nos medicamentos ao
que descobriu de indubitavelmente mórbido no doente
(Princípio da Semelhança), de modo que obtenha seu
restabelecimento (conhecimento da clínica
homeopática);




Souber também adaptar convenientemente o medicamento
mais apropriado ao caso que se lhe apresenta, segundo seu
modo de ação, (eleição do remédio, indicação do
medicamento);
Souber ainda adaptar convenientemente o medicamento
mais apropriado ao caso, de acordo com o modo exato de
preparo e quantidade necessária e o período conveniente
de repetição da dose (dose apropriada : potência e
freqüência);
E, finalmente, souber reconhecer os obstáculos ao
restabelecimento em cada caso e for hábil para removê-los,
de modo que o restabelecimento seja permanente
(conhecimento da psico-bio-sociopatografia).
Então terá compreendido a forma racional de curar e será
um verdadeiro médico.
Seleção de slides – Dr. Francisco José de Freitas
ORGANON - § 9
" No estado de saúde, a força vital imaterial
(autocrática) que dinamicamente anima o corpo
material (organismo), reina com poder ilimitado e
mantêm todas as suas partes em admirável atividade
harmônica, nas suas sensações e funções, de
maneira que o espírito dotado de razão, que reside
em nós, pode livremente dispor desse instrumento
vivo e são para atender aos mais altos fins de nossa
existência.”
(grifo nosso)

ORGANON - § 11
 "Quando o homem adoece, essa força vital de natureza espiritual de
atividade própria, presente em toda parte no seu organismo
(princípio vital), é a única que inicialmente sofre influência dinâmica*
hostil à vida, dum agente morbígeno, é somente o princípio vital,
perturbado por uma tal anormalidade, que pode fornecer ao organismo
as sensações desagradáveis e impeli-lo, dessarte, a atividades irregulares a
que chamamos doença; .... torna conhecida sua perturbação mórbida
apenas pela manifestação de doença nas sensações e funções (a
parte do organismo acessível aos sentidos do observador médico), isto é,
por sintomas mórbidos, e não pode torná-lo conhecido de outra
maneira. ”
Organon, 6ª edição.



ORGANON - § 210
“À Psora se referem quase todas as moléstias que chamei
acima de parciais, as quais parecem ser mais difíceis de curar
em virtude desta parcialidade (já que todos os seus outros
sintomas mórbidos desaparecem, por assim dizer, ante o
grande, único e proeminente sintoma). Deste tipo são as
chamadas doenças da mente.
Contudo, não chegam a cosntituir uma classe de doença
marcadamente separada de todas as outras, já que em todas as
demais, assim chamadas moléstias físicas, a disposição da alma
e da mente(*) altera-se sempre (**);
Em todos os casos de moléstias que devemos curar, o estado
de espírito do paciente deve receber atenção especial,
como um dos principais dentro da totalidade dos
sintomas, a fim de podermos obter o quadro preciso da
doença, para a partir dele, podermos tratá-lo
homeopaticamente com sucesso.” (grifo nosso) LER **
ORGANON - § 230



“Se o remédio antipsórico escolhido para cada caso de doença da mente ou
emocional (existe em inúmeras variedades) for bem homeopaticamente
adequado para o quadro fielmente traçado da doença que, se houver um
número suficiente desta espécie de medicamento que sejam conhecidos
quanto a seus efeitos puros, é determinada por busca incansável do remédio
homeopático adequado com maior facilidade,
visto que o estado da mente e emocional, que constitui o principal sintoma a
notar em tal paciente, é tão inequivocamente perceptível – então em breve
dar-se-á uma melhora tão grande, são muitas vezes as doses as menores
possíveis, suficientes para provocar uma melhora sensível em pouco tempo, o
que não poderia ter sido conseguido pelas doses, as maiores e mais freqüentes
possíveis, de todos os outros medicamentos não adequados (alopáticos) que
são empregados até a morte.
Com efeito, posso confiantemente afirmar, devido a minha grande
experiência, que a vasta superioridade do sistema homeopático sobre todos os
outros métodos imagináveis de tratamento não é revelada de forma mais
triunfante que nas doenças da alma e da mente de longa duração, as quais
geralmente originam-se de males corporais, ou desenvolveram juntamente
com estes.”
Organon 6ª ed.
CONSTITUIÇÕES





Morfologia
Metabolismo
Tendências patológicas
Comportamento
Medicamentos
I - SULFÚRICA
MORFOLOGIA:
Corpo: normolíneo;
• Relação Peso/Altura: equilibrada;
• Face: equilíbrio entre os 3 segmentos
face
• Dentes: brancos, bem implantados e
simétricos, resistentes à cárie;
• Mãos: comprimento do 3º quirodáctilo
proporcional ao da palma da mão;
• Tônus muscular: bom tônus;
• Ângulo dos cotovelos e joelhos:
180º.
TENDÊNCIAS PATOLÓGICAS:
Adoece de forma estênica: abrupta e violentam
Tendência a manifestações explosivas:
febre alta
crises alérgicas
cefaléia
hipertensão arterial
hemorróidas
COMPORTAMENTO:
“Bon vivant”, despreocupado, acha que está
sempre bem.
MEDICAMENTOS:
Sulphur
Nux vomica
II - CARBÔNICA
MORFOLOGIA:
Corpo: brevilíneo;
• Relação Peso/Altura:
predomínio do peso sobre a altura,
com tendência a engordar;
• Face: face larga, predomínio do
segmento inferior da face,
tendência ao prognatismo
mandibular, queixo largo;
• Boca: abóboda palatina
planificada;
• Dentes: largos, brancoamarelados, tendência a cáries nas
bases dos dentes;
• Mãos: comprimento do 3º
quirodáctilo < palma da mão, unhas
quadradas;
• Tônus muscular: ↑ ;
• Ângulo dos cotovelos e
joelhos: < 180º.
TENDÊNCIAS PATOLÓGICAS:
Adoece de forma astênica: lenta, tendência a
cronicidade; Metabolismo lento: retenção hídrica
e metabólica; Tendência a: constipação
intestinal; ganho de peso; Inflamações: mucosas e
serosas (evolução arrastada); distúrbios reumáticos
anquilosantes; hipotireoidismo
Dislipidemia; diabetes tipo II; hipertensão
arterial; arterioesclerose
COMPORTAMENTO:
Econômico: reações, temperamento, por insegurança
de perder a sua estabilidade, racional, regrada, não
gosta de mudanças;
Responsável: termina os compromissos assumidos;
Teimoso;
Ansioso: em relação ao futuro: estabilidade financeira
e familiar.
MEDICAMENTOS: Calcarea carbonica; Thuya
occidentallis; Natrum sulphuricum; Aurum metallicum;
Graphites; Antimonium crudum
III – FOSFÓRICA
MORFOLOGIA:
Corpo: longilíneo;
• Relação Peso/Altura: predomínio da
altura sobre o peso, com tendência a
emagrecer;
• Face: face afilada, predomínio do
segmento superior da face, tendência
ao retrognatismo mandibular, queixo
fino;
• Boca: abóboda palatina ovalada;
• Dentes: compridos, amarelados,
tendência a cáries;
• Mãos: comprimento do 3º quirodáctilo
> palma da mão, dedos afilados, unhas
compridas;
• Tônus muscular: ↓;
• Ângulo dos cotovelos e joelhos:
igual a 180º (retificação destas
articulações).
TENDÊNCIAS PATOLÓGICAS:
Metabolismo acelerado: perdas hidroeletrolíticas;
Reage estenicamente na fase inicial, evolui
para prostração, enfraquecimento e rápida
perda ponderal (sua astenicidade de fundo),
com recuperação prolongada; Tendência a:
perda de peso; inflamações de mucosas de
evolução arrastada; hipertireoidismo; diabetes
tipo I; taquicardia; palpitação
COMPORTAMENTO:
Criativo, idealista, entusiasta: faz várias
coisas ao mesmo tempo, com dificuldade de
terminar o que começa; Sensível, emotivo;
Ansioso: em relação à saúde (própria e dos
outros), facilmente impressionável; Não é
econômico: não se preocupa com o dinheiro
MEDICAMENTOS: Phosphorus; Calcarea
phosphorica; Kali phosphoricum; Phosphoric
acid; Silicea; Natrum muriaticum; Pulsatilla
IV – FLUÓRICA
– Constituição acessória do que uma
constituição pura
– Indivíduos fosfóricos
– Constituição mista fosfo-fluórica
MORFOLOGIA:
Corpo: dismórfico (assimetria de
dimídios);
• Relação Peso/Altura: variável;
• Face: assimétrica;
• Boca: abóboda palatina variável;
• Dentes: dentes fracos, mal
implantados, com tendência a serem
supra ou infra-numerários,
descolorados, tendência a muitas
cáries;
• Mãos: dedos assimétricos;
• Tônus muscular: ↓;
• Ângulo dos cotovelos e joelhos: >
180º.
TENDÊNCIAS PATOLÓGICAS:
Doenças muito lesionais: com irritação e
escoriação das mucosas e pele
Tendência a: degeneração do tecido
conjuntivo e elástico; sangramentos e
ulcerações de mucosa e pele, ectasias vasc.
(aneurismas, varizes, úlceras varicosas);
lassidez ligamentar; prolapsos (valvulares,
uterinos, vesicais e de reto); desvios de
coluna; osteoporose; osteomielite
COMPORTAMENTO:
Inconstância, instabilidade, labilidade e
desorganização afetiva e emocional;
Influenciável pelo meio externo; Dificuldade
de atenção, compreensão e raciocínio;
Instabilidade profissional
MEDICAMENTOS: Calcarea fluorica;
Fluoric acidum; Luesinum; Aurum
metallicum
MIASMAS DE HAHNEMANN

Preocupação com a cura: a doença nada mais é que uma
manifestação de origem profunda

1828: Tratado das Doenças Crônicas / Miasmas / Diátases


Supressão e metástases mórbidas
Diáteses / miasmas:
modos reacionais crônicos
dependem de fatores próprios dos indivíduos
 Noção de terreno
ÁREA MENTAL – PSORA
Primariamente:
ansiedade (núcleo) : sensação de medo sutil e
vago
↓
angústia: pelo existir (“angústia
existencial”)
↓
medo = insegurança
↓
construtiva
hiperatividade mental
negativa
↓
tristeza → melancolia → depressão →
agitação psíquica
(inicialmente não
agressiva)
Secundariamente
(mecanismos de defesa):
dúvida, orgulho, inveja, ciúmes,
mesquinhez, choro
Características Gerais
1. ansiedade – angústia – medo – atitude
de grande variabilidade
2. periodicidade das manifestações
patológicas
3. sucessão e/ou alternâncias mórbidas
entre:
- dermatose, pruriginosa
- inflamação mucosa
- inflamação serosa
- congestão de órgão
interno
-perturbação do
psiquismo
4. recidivas constantes
5. maus efeitos de supressões,
principalmente cutâneas ou
mucosas
6. falta de reação ao medicamento
bem indicado
7. tendência às parasitoses cutâneas
e/ou intestinais
8. secreções e excreções mal
cheirosas
PSORA - MEDICAMENTOS PRINCIPAIS
• Fase estênica: Sulfur – Hepar sulfur – Nux vomica ´Ignatia amara
• Fase intermediária: Calcarea carbonica – Graphites
Lycopodium – Kali carbonicum
• Fase astênica: Baryta carbonica – Silicea – Phosphorus Psorinum
SICOSE
I – HISTÓRICO
- estado hidrogenóide, presente principalmente em indivíduos brevelíneos, com
tendência à retenção hídrica e que agravam com a umidade.
- etiologias múltiplas: blenorragia, condilomas, verrugas e vacinações; uso excessivo de
corticóides, diuréticos e antibióticos.
-reações de defesa lenta com geração de catarros crônicos e excrescência (hiperplasia).
II – DEFINIÇÃO
Modo reacional que surge pela incapacidade do organismo em eliminar as toxinas
através das vias normais:
retenção + embebição + esclerose
Tripé:
- secreções mucopurulentas subagudas ou crônicas tenazes e rebeldes,
principalmente da mucosa genital e rinofaringéia (portas de entrada infecciosas e
virais)
- infiltração tissular anormal pelos líquidos intersticiais com sensibilidade exagerada
à umidade ambiente: estado hidrogenóide ou de embebição
- proliferações celulares anormais: inicialmente benignas (verrugas, cistos,
papilomas, tumores benignos)
CARACTERÍSTICAS DA SICOSE
ÁREA SOMÁTICA
hiperfunção (psora) que se esgota
↓
sobrecarrega outros aparelhos
↓
Sicose
↓
secreção → hiperatividade → eliminação vicariante (mucosas)
↓
Sicose primária → ↑ secreção
↓
Sicose secundária → estado hidrogenóide
↓
Sicose terciária → formação de concreções
→ proliferações tissulares benignas
SICOSE
•Estado hidrogenóide
2. Formação de concreções
3. Proliferações tissulares benignas:
↑ função → secreção → reprodução celular → hiperplasia →
tumores benignos
4. Afecções cutâneas:
• acne, herpes
• verrugas, cistos, condilomas
SICOSE
ÁREA MENTAL
Noxa → organismo → insegurança (psora primária)
↓ (tentativas de compensação)
Reações primárias do ego (psora) → mente lúcida, raciocínio
normal
↓ (exaustão das reações do ego)
Reações afetivo / emotivas (sicose) → dist. de conduta,
hipertrofia do ego
↓
Reações depressivas / melancolia
SICOSE
TIPO SENSÍVEL
 brevelínio / carbônico:
 lentidão metabólica levando
à ↓ eliminações
notadamente digestivas e
urinárias, o que permite a
instalação rápida da sicose,
inicialmente por embebição
e, em seguida, esclerose
(predominantemente
hepato-renal e vascular).
V – CAUSALIDADES
Externas:
causas higiênico-dietéticas
intoxicações, poluição do ar
clima: umidade
- infecções: prolongadas, arrastadas;
blenorragia
- iatrogenia: soros, vacinas, antibióticos,
corticóides, irradiação
- hormonais: puberdade, gravidez, aborto,
menopausa
- agressões físicas e psíquicas: TCE,
choques emocionais e psicológicos
congênito: sicose congênita – infecções,
vacinação, fatores químicos ou físicos
durante a gravidez
Internas, hereditárias:
- tendências sicóticas familiares
SICOSE
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
1. causalidades externas
MEDICAMENTOS
Sicose hidrogenóide: Thuya
2. idéias obsessivas com tendência depressiva occidentalis, Natrum sulphuricum,
Natrum carbonicum, Kali sulphuricum,
3. agravação geral pela umidade
Antimonium crudum, Dulcamara, Rhus
4. melhora geral pelo movimento
tox.
5. tendência à retenção líquida
Sicose esclerótica: Causticum,
6. tendência às proliferações tumorais ou
Conium, Nitricum acidum, Silicea,
Staphysagria
císticas
Bioterápicos: Medorrhinum
7. infecções persistentes (genito-urinárias e
rinofaríngeas)
SIFILINISMO / LUETISMO
DEFINIÇÃO
Potencial / modalidade reacional que mediante a agressão cria um conjunto reacional
anárquico semelhante a sífilis
TIPO SENSÍVEL: distrófico fluórico
CAUSALIDADE
• Modo reacional: surge pela incapacidade do organismo de manter o equilíbrio na
Psora e/ou Sicose
Externa / adquirida:
- Infecciosas
- Intoxicações: alcoolismo, drogas, medicamentos, radiações.
- Erros higiênico-dietéticos: carências minerais, levando a crescimento defeituoso.
- Fechamento de lesões ulceradas: por agente tópico ou cirúrgico.
Interna / hereditária:
- Sífilis congênita.
CARACTERÍSTICAS DO SIFILINISMO
ÁREA SOMÁTICA
noxa → organismo
(falhando os mecanismo da Psora e da Sicose)
destruição tecidual → secreção → eliminação
ação sobre o endotélio → obliteração
má irrigação tecidual → ulcerações
aortite - arterite
cianose/gangrena
aneurismas/varizes
gangrenas
distrofias, flacidez - ptose
inflamações, endurecimentos
CARACTERÍSTICAS DO SIFILINISMO
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Sistema linfoganglionar:
Inflamações
vegetações: adenóide, amígdalas, adenopatias,
tumores ganglionares
Articulações:
relaxamento dos ligamentos: luxações, desvios
Tecido ósseo:
exostoses, periostites, cáries
Pele secura:
úlceras, esclerodermia, psoríase
ÁREA MENTAL SIFILINISMO
Noxa → organismo → insegurança
↓
reações primárias do ego
↓
reações afetivo / emotivas
↓
reações depressivas / melancolia
↓
distúrbios do intelecto
↓
reações agressivo-destrutivas
Psora
Sicose
Luetismo
CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS
1. história familiar
2. HPP – caxumba, amigdalite,
ATINGE A INTELIGÊNCIA:
criança “difícil”
Capacidade de conhecer, saber, entender,escolher, 3. desenvolvimento psicomotor
alterado – desequilíbrio nervoso,
pensar
instabilidade
• área sensorial
4. necessidade de lavar as mãos
• percepção
continuamente (Luesinum)
• compreensão → associação → atenção
5. criança que “mexe em tudo”
• imaginação
SIFILINISMO
• conceitos
• memória
• raciocínio → razão
6. < noturna
7. < beira-mar e > montanha
8. crescimento prejudicado – atraso ou
prejudicado
9. dismetrias morfológicas
10. ulceração
MEDICAMENTOS PRINCIPAIS: Mercuriuis solubilis, Aurum
metallicum, Nitri acidum, Argentum nitricum, Calcarea fluorica,
Fluoricum acidum, Lachesis, Luesinum.
O DIAGNÓSTICO - A DINÂMICA MIASMÁTICA
A técnica de seleção do medicamento e o interrogatório de modalidades para
obter os sintomas característicos
“Que mudanças você nota, como modifica seu ânimo e sua inteligência, em relação às
distintas circunstâncias?” – A circunstância que converte o sintoma em característico
Horários e frequência

Clima: ar livre, quente, úmido, sol, tormentas, calor da cama etc.

Movimento: caminhar, rápido, ao ar livre. Subir, descer etc; viajar, dançar, mexer-se, fechar
olhos. Exercícios físicos, cruzar a rua. Repouso etc

Ocupações: trabalho físico, mental. Pensamento, ler, escrever, calcular. Tocar piano. Coser.
Emprego sedentário etc

Posição: sentado, parado, encostado, agachado, levantar-se etc

Lugar: em sua casa, habitação, cama. Na escuridão, na multidão etc

Os outros: sozinho. Em companhia. Conversar, falar, se o interrompem. Se o tocam. Má
notícias etc

Causa: sem causa, por trivialidades. Coisas horríveis, sonhos espantosos. Música, ruídos etc

Emoções: cólera, mágoa, pranto, depressão, lamentos, mortificação, reprovações, sustos,
excitação etc

Funções: comer, desjejum, almoço, jantar,. Beber vinho, álcool, café, cerveja, bebidas frias.
Evacuar, urinar, transpirar. Coito, menstrução, gravidez, amamentar, menopausa. Dormir,
despertar etc.
Flora Dabbah – O sintoma característico, Conferência 1985

Definição da Classificação de doenças
http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/webhelp/cid10.htm






É um sistema de categorias atribuídas a entidades mórbidas segundo
critério(s) estabelecido(s) a partir de eixos possíveis de classificação, cuja
seleção depende do uso das estatísticas elaboradas.
Uma classificação estatística de doenças precisa incluir todas as entidades
mórbidas dentro de um número manuseável de categorias.
A Classificação Internacional de Doenças e de Problemas Relacionados a
Saúde se iniciou em 1893, como a Classificação de Bertillon ou Lista
Internacional de Causas de Morte. A partir daí as revisões foram
feitas a cada dez anos, de um modo geral.
A revisão periódica da CID, desde a Sexta Revisão (1946), passou a
incluir doenças não fatais e a ser coordenada pela Organização
Mundial de Saúde.
A Décima Revisão (1989)é produto de uma grande soma de atividades
cooperação e compromissos internacionais, com contribuições de
muitos indivíduos e grupos de especialistas nacionais e internacionais de
numerosos países.
A versão eletrônica da CID-10 em Português foi realizada pelo Dr.
Jacques Levin, do Datasus.
Centro Brasileiro de Classificação de Doenças – CBCD/ 1976
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo FSP-USP / Organização
Mundial da Saúde - OMS / Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS



O CBCD é um Centro Colaborador da Organização
Mundial de Saúde para a Classificação Internacional
de Doenças em Português.
É um dos 9 Centros Colaboradores da OMS para a
Família de Classificações Internacionais, localizados:
Brasil; Venezuela; França; USA e Austrália; Alemanha;
Suécia; Federação Russa e China.
Esses Centros têm como função traduzir para seu
idioma, adaptar, publicar e divulgar as Classificações
que fazem parte da Família de Classificações
Internacionais da OMS nos países de sua língua .
http://www.fsp.usp.br/~cbcd/
Copyright © 1993-2007
CID 10 - Lista de categorias de três caracteres
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Capítulo I Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00-B99)
Capítulo II Neoplasias [tumores] (C00-D48)
Capítulo III Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários
(D50-D89)
Capítulo IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (E00-E90)
Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais (F00-F99)
Capítulo VI Doenças do sistema nervoso (G00-G99)
Capítulo VII Doenças do olho e anexos (H00-H59)
Capítulo VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide (H60-H95)
Capítulo IX Doenças do aparelho circulatório (I00-I99)
Capítulo X Doenças do aparelho respiratório (J00-J99)
Capítulo XI Doenças do aparelho digestivo (K00-K93)
Capítulo XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo (L00-L99)
Capítulo XIII Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (M00-M99)
Capítulo XIV Doenças do aparelho geniturinário (N00-N99)
Capítulo XV Gravidez, parto e puerpério (O00-O99)
Capítulo XVI Algumas afecções originadas no período perinatal (P00-P96)
Capítulo XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas (Q00-Q99)
Capítulo XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não
classificados em outra parte (R00-R99)
Capítulo XIX Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas (S00-T98)
Capítulo XX Causas externas de morbidade e de mortalidade (V01-Y98)
Capítulo XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde (Z00Z99)
Capítulo XXII Códigos para propósitos especiais (U00-U99)
CID – 10 (versão 2008)
Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais
(F00-F99)
http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/webhelp/f40_f48.htm
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F00-F09 Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos
F10-F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância
psicoativa
F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes
F30-F39 Transtornos do humor [afetivos]
F40-F48 Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o
“stress” e transtornos somatoformes
F50-F59 Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a
fatores físicos
F60-F69 Transtornos da personalidade e do comportamento do adulto
F70-F79 Retardo mental
F80-F89 Transtornos do desenvolvimento psicológico
F90-F98 Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que
aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência
F99 Transtorno mental não especificado
F30-F39 Transtornos do humor [afetivos]



Transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma
alteração do humor ou do afeto, no sentido de uma
depressão (com ou sem ansiedade associada) ou de uma
elação.
A alteração do humor em geral se acompanha de uma
modificação do nível global de atividade, e a maioria dos
outros sintomas são quer secundários a estas alterações do
humor e da atividade, quer facilmente compreensíveis no
contexto destas alterações.
A maioria destes transtornos tendem a ser recorrentes e
a ocorrência dos episódios individuais pode
freqüentemente estar relacionada com situações ou
fatos estressantes.
F30-F39 Transtornos do humor [afetivos]







F30 Episódio maníaco
F31 Transtorno afetivo bipolar
F32 Episódios depressivos
F33 Transtorno depressivo recorrente
F34 Transtornos de humor [afetivos] persistentes
F38 Outros transtornos do humor [afetivos]
F39 Transtorno do humor [afetivo] não especificado
F32 Episódios depressivos







Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave,
o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da
atividade.
Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição
da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após
um esforço mínimo.
Problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da
auto-estima e da autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e ou de
indignidade, mesmo nas formas leves.
O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se
acompanhar de sintomas ditos “somáticos”, por exemplo perda de interesse ou prazer,
despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento
matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite,
perda de peso e perda da libido.
O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio
depressivo: leve, moderado e grave.
Inclui: episódios isolados de (um) (uma): depressão psicogênica, reativa, reação
depressiva
Exclui: quando associados com transtornos de conduta em F91.- (F92.0); transtornos
(de): · adaptação (F43.2); depressivo recorrente (F33.-)
F33 Transtorno depressivo recorrente

Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos correspondentes à
descrição de um episódio depressivo (F32.-) na ausência de todo antecedente de episódios
independentes de exaltação de humor e de aumento de energia (mania).

O transtorno pode, contudo, comportar breves episódios caracterizados por um ligeiro aumento de
humor e da atividade(hipomania), sucedendo imediatamente a um episódio depressivo, e por vezes
precipitados por um tratamento antidepressivo.

As formas mais graves do transtorno depressivo recorrente (F33.2 e F33.3) apresentam numerosos
pontos comuns com os conceitos anteriores da depressão maníaco-depressiva, melancolia,
depressão vital e depressão endógena. O primeiro episódio pode ocorrer em qualquer idade, da
infância à senilidade, sendo que o início pode ser agudo ou insidioso e a duração variável de
algumas semanas a alguns meses.

O risco de ocorrência de um episódio maníaco não pode jamais ser completamente descartado em
um paciente com um transtorno depressivo recorrente, qualquer que seja o número de episódios
depressivos apresentados. Em caso de ocorrência de um episódio maníaco, o diagnóstico deve ser
alterado pelo de transtorno afetivo bipolar (F31.-).

Inclui: episódios recorrentes de uma: depressão psicogênica reativa; reação depressiva; transtorno

Exclui: episódios depressivos recorrentes breves (F38.1)
depressivo sazonal
F34 Transtornos de humor [afetivos] persistentes

Transtornos do humor persistentes e habitualmente flutuantes, nos quais os episódios
individuais não são suficientemente graves para justificar um diagnóstico de episódio
maníaco ou de episódio depressivo leve. Como persistem por anos e, por vezes, durante
a maior parte da vida adulta do paciente, levam contudo a um sofrimento e à
incapacidade consideráveis. Em certos casos, episódios maníacos ou depressivos
recorrentes ou isolados podem se superpor a um transtorno afetivo persistente.

F34.0 Ciclotimia
Instabilidade persistente do humor que comporta numerosos períodos de depressão ou
de leve elação nenhum deles suficientemente grave ou prolongado para responder aos
critérios de um transtorno afetivo bipolar (F31.-) ou de um transtorno depressivo
recorrente (F33.-). O transtorno se encontra freqüentemente em familiares de pacientes
que apresentam um transtorno afetivo bipolar. Algumas pessoas ciclotímicas
apresentarão elas próprias ulteriormente um transtorno afetivo bipolar.
Personalidade: ciclóide; ciclotímica; Transtorno afetivo da personalidade.

F34.1 Distimia
Rebaixamento crônico do humor, persistindo ao menos por vários anos, mas cuja
gravidade não é suficiente ou na qual os episódios individuais são muito curtos para
responder aos critérios de transtorno depressivo recorrente grave, moderado ou leve
(F33.-). Depressão: ansiosa persistente; neurótica; neurose depressiva; Personalidade
depressiva

Exclui:

depressão ansiosa (leve ou não-persistente) (F41.2)
ANTIDEPRESSIVOS

Os antidepressivos ↑ o tônus psíquico melhorando o humor e,
conseqüentemente, melhorando a psicomotricidade de maneira global.

Efeito antidepressivo, possivelmente: ↑ disponibilidade de neurotransmissores
no SNC - serotonina (5-HT), noradrenalina ou norepinefrima (NE) e da
dopamina (DA).

Ao bloquearem receptores 5HT2 (da serotonina) os antidepressivos também
funcionam como antienxaqueca.

O ↑ de neurotransmissores na fenda sináptica se dá através do bloqueio da
recaptação da NE e da 5HT no neurônio pré-sináptico ou ainda, por meio da
inibição da Monoaminaoxidase (MAO) que é a enzima responsável pela
inativação destes neurotransmissores.

Ação das drogas antidepressivas: nos sistemas noradrenérgico e serotoninérgico
do Sistema Límbico.
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=379&sec=61
Localização do Sistema límbico
http://gballone.sites.uol.com.br/atlas/brian8.htm
GRUPOS DE ANTIDEPRESSIVOS

Antidepressivos Tricíclicos (ADT)

Inibidores da Monoaminaoxidase (IMAO)

Antidepressivos Atípicos

Inibidores Seletivos de Recaptação da
Serotonina
Tipos de Antidepressivos

ADT (Antidep. Tricíclico) –
IMIPRAMINA (+ potente) / Tofranil ®
AMITRIPTILINA / Tryptanol® (antidep. + ansiolílitica) / = 3 semanas com efeito
colateral
Antidepressivo tetracíclico – MAPROTILINA /Ludiomil®

IMAOS (Inibidores da enzima monoamino-oxidase) –
TRANILCIPROMINA (inibe MAO A e B)/ Parnate ® e Stelapar ®;
MOCLOBEMIDA/ Aurorix ® (menos restrição dietética, inibe a A) – Implicam em
restrições dietéticas, depressões que não respondem aos + modernos = 2 semanas com
efeito colateral

Antidep. Atípicos (Inibidores da recapitação da serotonina e nor-adrenalina) –

ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina) – alteram as enzimas que
VENLAFAXINA/ Efexor ®, Venlift ®, Venlaxin ®;
MIRTAZAPINA / Remeron; ®
NEFAZODONA / Serzone ®
TRAZODONA / Donaren ® - ↑ 200mg / dia- efeito colateral em homens: priapismo
degradam esse neurotransmissor: CLORIDRATO DE SERTRALINA / Tolrest ®;
FLUOXETINA / Prozac ®
Dr. Neri Dutra Cavalheiro (2009, comunicação pessoal)
Antidepressivos Tricíclicos (ADT)

Local de ação dos ADT: Sistema Límbico

↑ DISPONIBILIDADE DOS NEUROTRANSMISSORES NA FENDA SINÁPTICA - NE e
5HT / por meio da inibição na recaptação destas aminas pelos receptores présinápticos.

Uso prolongado dos ADT → ↓ do número de receptores pré-sinápticos do tipo
Alfa-2, cuja estimulação do tipo feedback inibiria a liberação de NE. Desta forma,
quanto menor o número destes receptores, menor seria sua estimulação e,
conseqüentemente, mais NE seria liberada na fenda.

Dois mecanismos relacionados à recaptação: um inibindo diretamente a
recaptação e outro diminuindo o número dos receptores.

Resultados são obtidos após um período de 15 dias a 30 dias. LATÊNCIA

Potentes anticolinérgicos → FEITOS COLATERAIS NÃO TÊM LATÊNCIA.
Imediatamente após a ingestão da droga → pacientes abandonam o tratamento.
Importância na orientação ao paciente.

Mais efeitos colaterais que os ISRS: intolerância digestiva (até 21 % dos
pacientes podem experimentar náuseas, anorexia, boca seca), sudorese
excessiva, temores, ansiedade, insônia.
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=379&sec=61
Exemplo de mecanismo de ação
(no sistema límbico)
http://gballone.sites.uol.com.br/atlas/depressivo.htm

Neurotransmissores na
Depressão:
Noradrenalina (NA) e
Serotonina (5HT)
escassos

Recaptação
funcionando
normalmente
NA = neurônio
noradrenérgico
5HT = neurônio
serotoninérgico
Indicações dos ADTs
em variados tipos de dpressão

associada com esquizofrenia e distúrbios de personalidade;

síndromes depressivas senis ou pré-senis;

distimia; depressão de natureza reativa, neurótica ou
psicopática;

síndromes obsessivo-compulsivas;

fobias e ataques de pânico;

estados dolorosos crônicos;

enurese noturna (a partir dos 5 anos e com prévia exclusão de
causas orgânicas).
Indicações ADT (cont.)

A AMITRIPTILINA (Tryptanol®) está mais indicada também
para os casos de ansiedade associados com depressão,
Depressão com sinais vegetativos, Dor neurogênica, Anorexia e
nos casos de dor crônica grave (câncer, doenças reumáticas,
nevralgia pós-herpética, neuropatia pós-traumática ou diabética).

A MAPROTILINA (Ludiomil®), embora seja descrito pelo
fabricante como tetracíclico, não se justifica uma abordagem em
separado dos tricíclicos. Tem melhor indicação na depressão de
início tardio (involutiva ou senil), depressão na menopausa e na
depressão por exaustão (esgotamento).

Alguns autores indicam a maprotilina para os casos de
Depressão Mascarada (denominação Depressão Atípica com
Sintomas Somáticos). Também é útil na depressão com
ansiedade subjacente, devido sua capacidade sedativa (como a
AMITRIPTILINA).
Antidepressivos IMAO

A MAO é uma enzima que degrada neurotrnasmissores: serotonina e
catecolaminérgicos (adrenalina, noradrenalina e dopamina) .

Os antidepressivos IMAO são inibidores da MAO ↑disponibilidade dos
neurotransmissores nos locais de armazenamento, em todo o SNC ou no
sistema nervoso simpático.

A ação antidepressiva dos IMAOs se correlacione também, e
principalmente, com alterações nas características dos neuroreceptores: no
número e na sensibilidade desses receptores, mais até do que com o
bloqueio da recaptação sináptica dos neurotransmissores, propriamente
dita. LATÊNCIA: explicando o atraso de 2 a 4 semanas na resposta
terapêutica.

ANTIDEPRESSIVOS IMAOs
TRANILCIPROMINA Parnate, Stelapar; MOCLOBEMIDA Aurorix;
SELEGILINA Elepril, Jumexil
Mecanismos de Ação dos IMAO
Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina (ISRS)








O efeito antidepressivo dos ISRS: bloqueio seletivo da recaptação da serotonina (5-HT).
A FLUOXETINA foi o primeiro representante dessa classe de antidepressivos e ela tem um
metabólito ativo, a NORFLUOXETINA. Esse metabólito é o ISRS que se elimina mais
lentamente do organismo.
As doses dos ISRS, seja a fluvoxamina, sertralina, paroxetina, fluoxetina ou outros, devem ser
individualizadas para cada paciente. A incidência de efeitos colaterais anticolinérgicos,
antihistamínicos e alfa-bloqueantes, assim como o risco de soperdosagem é menor nos ISRS
que nos chamados antidepressivos tricíclicos (ADT).
A fluoxetina tem se associado a alguns casos de acatisia (pernas inquietas, s/ ansiedade),
especialmente quando a dose é muito alta, e a estimulação de SNC parece maior com a
fluoxetina que com outros ISRS.
A fluvoxamina também parece produzir mais intolerância digestiva, sedação e interações
farmacológicas que outros ISRS.
A paroxetina origina mais sedação (também a fluvoxamina), efeitos anticolinérgicos e
extrapiramidais que outros ISRS.
Tem-se relatado sintomas de abstinência com a supressão brusca do tratamento com a
paroxetina e com a venlafaxima.
ANTIDEPRESSIVOS ISRS
CITALOPRAM Cipramil, Parmil; FLUOXETINA Daforin, Deprax, Fluxene, Nortec, Prozac,
Verotina; NEFAZODONA Serzone; PAROXETINA Aropax, Pondera, Cebrilin – PODE
PRODUZIR DEPENDÊNCIA; SERTRALINA Novativ, Tolrest, Zoloft
Antidepressivos Atípicos




Antidepressivos que não se caracterizam como Tricíclicos, como
ISRS e nem como Inibidores da MonoAminaOxidase (IMAOs).
Alguns deles aumentam a transmissão noradrenérgica através do
antagonismo de receptores a2 (pré-sinápticos) no Sistema
Nervoso Central, ao mesmo tempo em que modulam a função
central da serotonina por interação com os receptores 5-HT2 e
5-HT3, como é o caso da Mirtazapina.
A atividade antagonista nos receptores histaminérgicos H1 da
Mirtazapina é responsável por seus efeitos sedativos, embora
esteja praticamente desprovida de atividade anticolinérgica.
ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS
FLUVOXAMINA Luvox; MIANSERINA Tolvon;
MIRTAZAPINA Remeron; REBOXETINA Prolift;
TIANEPTINA Stablon; TRAZODONA Donaren;
VENLAFAXINA Efexor; DULOXETINACymbalta
Indicações para Antidepressivos




As indicações para o uso dos antidepressivos vêem, progressivamente,
sofrendo ampliação, de acordo com o melhor entendimento sobre a
participação dos elementos emocionais em outros transtornos médicos,
além da própria depressão.
A própria manifestação clínica polimórfica da depressão já recomenda o
uso desses medicamentos para os casos onde essa alteração afetiva se
manifesta atipicamente.
Indicações Formais
• Estados Depressivos
• Estados Ansiosos (Pânico...)
• Estados Fóbicos
• Estados Obsessivo-Compulsivos
• Anorexia
• Bulimia
Segundas Indicações
• Estados Hipercinéticos
• Somatizações
• Ejaculação Precoce
• Doenças Psicossomáticas
• Enxaqueca
• Dores neurogênicas
“Pérola”

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
Poderíamos fazer uma analogia didática com o uso dos
antialérgicos; não importa se a manifestação da alergia se dá através
de rinite, bronquite, sinusite, urticária, dermatite, etc.
Para todos esses casos, tendo como base da patologia uma reação
alérgica, estariam indicados antialérgicos indistintamente.
Hoje nós sabemos que uma série de manifestações emocionais teria
uma base depressiva, portanto, objetos do tratamento com
antidepressivos; é o caso, por exemplo, da síndrome do Pânico.
Nesses casos o próprio paciente pode não se sentir clinicamente
deprimido mas o afeto depressivo (inseguro e pessimista) estaria na
base da manifestação ansiosa.
Ballone GJ, Ortolani IV - Psicofarmacologia para Não Psiquiatras, Antidepressivos, in.
PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br 2005.
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