Roteiro_Doenças_P. 5

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As doenças psiquiátricas mais prevalentes na atenção primária são:
Somatizações: Alguns sintomas físicos ocorrem sem qualquer causa física e,
nesses casos, suspeita-se de uma causa psicológica. A maioria deles é breve e está
relacionada a situações de estresse, havendo remissão espontânea ou após uma
explicação de sua origem efetuada pelo profissional de saúde. Na minoria dos
casos, esses sintomas persistem e podem comprometer bastante a qualidade de
vida das pessoas. Transtornos ansiosos e depressivos podem estar presentes e por
isso devem ser sempre pesquisados. Veja quais os passos a seguir na abordagem
das somatizações (Pereira, 2009).
Transtornos depressivos: O transtorno depressivo é reconhecido como um
problema de saúde pública na atenção primária por sua prevalência, custo social e
por seu impacto no cotidiano de pacientes e seus familiares (Wells et als., 2000). A
literatura internacional e nacional evidencia que os pacientes com transtorno
depressivo utilizam os serviços médicos com maior frequência, têm diminuição da
produtividade no trabalho e prejuízo da qualidade de vida quando comparados a
portadores de outras doenças de caráter crônico. Os transtornos mentais e
comportamentais são comuns entre pacientes que buscam atendimento nas
unidades básicas de saúde; é necessário conhecer a prevalência destes transtornos
nesse contexto para proporcionar a atenção necessária às pessoas que demandam
atendimento (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2001).
Transtornos ansiosos: Os transtornos ansiosos são os mais frequentes
transtornos emocionais na comunidade e nos sistemas primários de saúde. Sua
importância foi subestimada durante muito tempo. Ainda hoje, a maioria dos casos
não são reconhecidos, diagnosticados, ou tratados de forma apropriada. A maneira
prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é basicamente
avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao
estímulo do momento ou não. Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que
esses sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições
psiquiátricas.
Uso de substâncias psicoativas: A partir de pesquisas clínicas e consensos
profissionais, o National Institute on Drug Abuse (NIDA, 2009) estabeleceu
princípios para coordenar o tratamento da dependência química, entre eles: 1)
desintoxicação em ambiente hospitalar é só o começo do tratamento, 2) avaliação
e aconselhamento sobre HIV, hepatites B e C, 3) medicamentos são importantes,
principalmente quando combinados com psicoterapia.
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