ATIVIDADE FÍSICA E DIABETES

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ATIVIDADE FÍSICA
E DIABETES
Academicos: Márcio
Henrique
Armindo
Ibanez
Gustavo
Mateus
Anderson Vieira
Anderson Fonseca
DIABETES (definição)
Segundo Martins (2000), o Diabetes
Mellitus é uma síndrome metabólica que
se caracteriza por um excesso de glicose
(açúcar) no sangue (hiperglicemia),
devido à falta ou ineficácia da insulina,
hormônio
produzido
pelo
pâncreas
endócrino. Como tal, o diabetes afeta o
modo pelo qual o organismo utiliza
glicose. Durante a digestão normal, o
corpo converte o açúcar, o amido e outros
alimentos em açúcar simples chamado
glicose.
Esta glicose, por sua vez, é conduzida pelo
sangue até as células, sendo introduzida
no seu interior através da insulina.
Assim, a glicose é convertida em energia
para a utilização imediata, ou armazenada
para futuro uso. Quando o Diabetes
aparece, este processo é interrompido. A
glicose
acumula-se
no
sangue,
ocasionando a hiperglicemia. Parte dela é
expelida pela urina, que é chamada de
glicosúria. O excesso de glicose no sangue
e a sua falta no interior da célula são as
causas de todos os sintomas do Diabetes.
DIABETES (classificação)
O Diabetes pode classificar-se em Diabetes
Mellitus Tipo 1, Tipo 2, Gestacional e outro
caso considerado mais específico e raro.
O Diabetes Mellitus Tipo 1 (ou dependente de
insulina, que acomete, principalmente,
crianças e jovens). Neste tipo de disfunção, o
corpo é totalmente incapaz de produzir
insulina, que controla o nível de glicose
sanguínea, ou é capaz de produzir
quantidades tão pequenas, que são
necessárias
injeções
para
sua
complementação (GORDON, 1997).
Já no Diabetes Mellitus Tipo 2 (ou não
dependente de insulina, que acomete
adultos e idosos). Neste Diabetes, o
pâncreas secreta insulina; na verdade, o
nível de insulina no sangue pode ser normal
ou até excessivo, mas o corpo não responde
adequadamente à ação da insulina, uma
anormalidade freqüentemente chamada de
resistência à insulina ou sensibilidade
reduzida à insulina. Em casos extremos, os
diabéticos do Tipo II precisam suplementar
sua produção natural de insulina via
injeções. Mas esta é a exceção, não a regra.
É muito mais comum para um portador de
diabetes do Tipo II depender de agentes
hipoglicemiantes orais-drogas que não são
insulina, mas que do mesmo modo ajudam
a manter os níveis de glicose sanguínea
dentro dos limites normais.
Diabetes Gestacional (aparece na gravidez,
persistindo ou não após o parto) é descrito
como uma desregulação metabólica devido
a modificação hormonal (o feto necessita
da glicose como alimento) comum à
gravidez, associada ao aumento de peso,
desaparecendo algumas semanas após o
parto.
Já o quarto tipo de Diabetes, que é mais
especifico e raro; não tem nome especial
porque na realidade é uma variação de
outras condições médicas ou doenças
(entre elas pancreatite crônica, fibrose
cística,
síndrome
de
Cushing
e
hemocromatose) que podem resultar em
prejuízo da secreção ou da ação da
insulina, ou ambos. Pacientes que
costumam tomar certos medicamentos,
como os que reduzem a pressão
sanguínea, também podem ser incluídos
nesta categoria.
ATIVIDADE FÍSICA NO
CONTROLE DO DIABETES
Sabemos que para um bom controle do
diabetes o uso de insulina injetável,
medicamentos hipoglicêmicos e uma dieta sem
açucar e com um controlado consumo de
amido (carboidratos) é de suma importância.
Mas outro fator de suma importância para o
controle dessa doença é o exercício físico, pois
o aumento do trabalho muscular consome a
glicose mais rapidamente e contribui para
melhorar as condições cardiocirculatórias.
O fato do diabético praticar exercícios
físicos pode diminuir sua necessidade de
insulina e medicamentos hipoglicemicos.
A execução regular de exercícios físicos
(treinamento
físico)
pode
provocar
adaptações metabólicas e endócrinas
crônicas, distintas daquelas observadas
durante uma única sessão de exercício
físico; por isso é importante a ênfase na
regularidade dos exercícios, para que o
diabético obtenha o maior beneficio
possível (SILVA e GRANDO, 2004).
Colberg (2003), após realizar um estudo
com corredores diabéticos, concluiu que
muitos fatores diferentes afetam o
controle do açúcar sanguíneo durante e
depois a atividade física. Ressaltou que o
diabético tende a diminuir ainda mais o
açúcar sanguíneo quando pratica uma
atividade nova ou incomum; porém, a
intensidade e a duração do exercício
também afetam a utilização de glicose.
Segundo Mercuri e Arrechea (2001), o
aumento do consumo de glicose como
combustível por parte dos músculos em
atividade, contribui para o controle da
glicemia.
O
efeito
do
exercício
hipoglicemiante do exercício pode ser
prolongado por horas e até dias após do
fim do exercício. Em relação ao tipo de
atividade física mais indicada para o
controle do diabetes o autor ressalta a
atividade física aeróbica, pois, envolve
grandes grupos musculares e pode ser
mantida por um tempo prolongado.
De acordo com Simões, Mendonça e
Silva (2002), os treinamentos de
resistência e força aumentam a
disposição da glicose e sensibilidade à
insulina, resultando em melhoramento
da tolerância a glicose e a resposta da
insulina em relação a carga de glicose.
Essas
mudanças
adaptativas
são
atribuídas à melhora do conteúdo
muscular de GLUT4 e atividade da
síntese de glicogênio, além do aumento
do número de capilares no músculo
esquelético e massa muscular.
De acordo com Lima e Silva, dizem que
apesar dos exercícios aeróbicos serem os
mais recomendados ao diabético, uma
combinação eficaz está em atividades
evolvendo os exercícios aeróbicos e
resistidos, devido ao fato de suas
adaptações agirem diretamente nos
fatores que predispõe o diabetes, sendo
assim mais eficientes no tratamento da
doença, pois seus benefícios são
expressos principalmente na diminuição
dos níveis de glicemia e resistência a
insulina.
Programação de exercícios
para diabéticos

Antes de iniciar um programa de
exercícios físicos, os diabéticos, devem
passar por uma avaliação médica,
traçando uma história clinica e realizado
exame físico com atenção das
complicações micro e macrovasculares,
além de hemoglobina glicosilada, perfil
lipidico, glicemia em jejum, analise de
proteinas na urina e avaliação
oftalmologica.

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Mesmo que o diabético não seja
cardiopata, é interessante a realização do
teste ergometrico.
A identificação das condições do
diabético
permitirá
a
elaboração
individualiza de exercícios que pode
minimizar riscos e aumentar benefícios.
O programa de exercícios deve ser
agradável, escolhendo atividade que
goste e variar o tipo de exercício.
O exercício deve ser feito em local e
horário adequado.
Prescrição de exercícios para
diabéticos


O programa de exercícios físicos para
diabéticos, é extremamente complexo,
pluridimensional e multiforme para adaptar
as exigências especificas de cada diabético.
De acordo com o Colégio Americano de
Medicina Esportiva os diabéticos em geral
podem participar dos mesmos tipos de
exercícios que os não diabéticos, porém
com uma prescrição individualizada.


O tipo, freqüência, intensidade e duração do
exercício recomendado para o diabético
dependerá da idade, do grau de
treinamento anterior e do controle
metabólico,duração do diabetes,e presença
de complicações específicas da doença.
O tipo de atividade indicada é de
natureza aeróbica, que envolve grandes
grupos musculares e pode ser mantida
por
um
tempo
prolongado.


É geralmente aceito que a duração da
atividade não deve ser inferior a 20 minutos
para os exercícios contínuos e não deve
ultrapassar 60 minutos para o mesmo
exercício.O exercício prolongado apresenta
grandes vantagens, mas aumenta também o
risco de hipoglicemia e,por isso,necessita um
melhor controle.
Toda sessão de atividade física deve começar
e terminar com um período de 5 a 10
minutos de exercícios aeróbicos de baixa
intensidade,alongamento
e
mobilidade
articular para reduzir o risco de complicações
cardíacas e lesões músculo-esqueléticas

Toda sessão de atividade física deve
começar e terminar com um período de 5
a 10 minutos de exercícios aeróbicos de
baixa intensidade,alongamento e
mobilidade articular para reduzir o risco
de complicações cardíacas e lesões
músculo-esqueléticas.
Prescrição de exercícios para o
diabético tipo I
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
Atividades físicas regulares
Cargas de trabalho: de 60 a 70% do
VO2máx ou Fcmáx;
Periodicidade: de 5 a 7 vezes por
semana;
Duração: de 20 a 30 minutos.
Prescrição de exercícios para o
diabético tipo II
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
Atividades físicas regulares
Cargas de trabalho: de 50 a 60% do
VO2máx ou Fcmáx
Periodicidade: 4 vezes por semana
Duração: de 40 a 50 minutos
Efeitos dos exercícios no
diabético tipo I
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Há melhora no metabolismo da glicose
Aumenta o Consumo Máximo de
Oxigênio (VO2máx) diminuindo o risco
cárdio-vascular
Melhora o perfil lipídico
Maior sensibilidade à insulina;
Melhor nível de vida.
Efeitos dos exercícios no
diabético tipo II
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Melhora da sensibilidade periférica;
Maior captação da glicose;
Maior transporte gasoso.
Riscos da atividade física
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Hipoglicemia imediata ou tardia (24 a
36 horas);
Hiperglicemia e cetose;
Retinopatia;
Neuropatia (sistema nervoso)
Nefropatia (rins).
Atividades recomendadas e
não recomendadas
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
Aeróbicas (provocam um aumento gradual
do consumo de oxigênio pelo organismo;
Caminhadas (baixo risco e pouca contraindicação);
Tênis, natação e ginástica aeróbica (com
indicação médica)
Exercícios isométricos (não
recomendados, pois não melhoram a
circulação no sentido de baixar a glicemia e o
colesterol???);
Recomendações para diabético
praticante de atividades físicas



Escolher uma atividade física a seu gosto
e impor se prática regular da atividade
física escolhida.
Evitar metas inatingíveis.Aumentar
progressivamente a duração da atividade
e a intensidade do esforço.
Praticar diariamente pelo menos durante
20-30 minutos,ou 3 a 4 vezes por semana
durante 45-60 minutos.
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

Começar a sessão com exercícios de
alongamento e movimentos
articulares.Repetir no fim da sessão.
Se você nunca praticou atividade física
programada, comece por aumentar a
atividades diárias que faz
habitualmente,como caminhar,subir e
descer escadas, etc.
Interromper o exercício ante sinais de
hipoglicemia, dor no peito ou respiração
sibilante.
O tenis utilizado deve ser confortável e as
meias de algodão.Examine diariamente os
seus pés.
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
Beber uma quantidade maior de líquido
sem calorias nem cafeína,como
água,antes,durante e após a atividade física.
Se quiser conhecer a intensidade do
esforço realizado, controle a sua
freqüência cardíaca imediatamente após
o fim do exercício.
Não esqueça de levar açúcar para a
sessão de atividade física.
Se você caminha,corre ou anda de
bicicleta, evite as interrupções durante o
tempo proposto.
Recomendações para o
educador físico e a equipe de
saúde


Determinar se o paciente é sedentário,
ativo ou treinador.
Realizar um exame clínico geral (fundo
de olho,presença de
neuropatia,osteoartrite)e cardiovascular
incluindo uma prova de esforço
(ergometria)antes de recomendar ao
paciente o tipo,intensidade e duração
da atividade física.

Selecionar junto com o paciente
atividades que sejam de seu gosto e
recomendar especialmente ao
sedentário ou obeso realizar tividades
em grupo ou na companhia de outras
pessoas.Assim diminui o risco de
deserção.

Ensinar o paciente (se não sabe)a realizar
auto-monitorização glicêmica e recomendar
fazê-la antes do início da sessão de atividade
física, porque:
a –Se glicemia >300mg/dl ou em presença
de corpos cetônicos,adiar a prática do
exercício.
b –Se a glicemia está dentro os limites
normais,ou ante uma hipoglicemia,ingerir
carboidratos extras antes do exercício (de
acordo com sua intensidade e duração). Em
regra geral,consumir 10-20 gramas de
carboidratos por cada 30 minutos de
atividade moderada.

Para diminuir o risco de hipoglicemia se o paciente
recebe insulina ou sulfoniluréias:
a – Estimar a intensidade e duração da atividade
física.
b –No caso de uso de hipoglicemiantes orais,pode
diminuir ou suspender a dose prevista antes do
exercício.
c –No caso de uso de insulina,fazer a aplicação
mais de uma hora antes do exercício e diminuir a
dose que produz o pico no momento da atividade.
d –Se a atividade for superior ao
normal,recomende o controle da glicemia durante
a noite,porque pode ser necessário diminuir a dose
de insulina ou de hipoglicemiante noturno.



Se desejar verificar o efeito do exercício
sobre a glicemia,recomende ao paciente
controlá-la partir de meia- hora após o
fim da atividade.
Ensinar o paciente a controlar sua
freqüência cardíaca.
Não realizar atividades físicas nos
horários de maior pico de ação da
insulina.
Atividade física para o
diabético obeso ou sedentário

O exercício de intensidade menor
(50%da freqüência cardíaca máxima)
pode produzir benefícios importantes e
melhorar a condição física dos pacientes
sedentários com estado físico debilitado
ou obesos, quando praticado com
freqüência semanal maior.
Atividade física para o diabético
hipertenso ou cardiopata

Para os pacientes diabéticos que apresentam
contra-indicações temporárias para realizar
atividades físicas aeróbicas (portadores de
hipertensão arterial não controlada ou
cardiomiopatia),ou com outro elemento de
tratamento, deve se recomendar a prática de
técnicas de relaxamento e movimentos
suaves do tipo yoga. Elas têm propriedade de
desenvolver a capacidade de relaxamento
psicofísico e diminuir a atividade simpáticoadrenérgica.
Exercícios anaeróbicos no
controle do diabetes
Os exercícios anaeróbicos, também
contribuem para um bom controle do
diabetes, apesar do exercício aeróbico ser
o mais indicado nesse caso.
Alguns cuidados devemos ter na hora da
aplicação desses exercícios. No caso da
musculação os pesos devem aumentados
de forma gradátiva até usar uma
intensidade entre 40% e 50% de 1 RM
deve-se evitar exercícios isométricos.
Conclusão
Através do que foi exposto vimos que a
aplicação de exercícios físicos com alguns
cuidados é de suma importância para um
bom controle do diabetes, acompanhado
de uma dieta adequada e uma dosagem
correta de medicamentos e insulina.
Proporcionando ao diabético uma vida
normal com uma melhora da qualidade de
vida.
OBRIGADO!
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