A distinção validade-verdade

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A distinção validade-verdade
UM ARGUMENTO VÁLIDO É UM
ARGUMENTO CORRECTO.
ESSA CORRECÇÃO NÃO DEPENDE
DE AS SUAS PREMISSAS SEREM DE
FACTO VERDADEIRAS OU FALSAS
A validade de um argumento depende da sua forma lógica
e não do que nele se afirma ou nega. Não depende do
Conteúdo.
Para sabermos se um argumento é válido basta ver
que relação se estabelece entre as premissas e a
conclusão.
Isso permite que raciocínios cujas proposições
sejam disparatadas ou muito pouco plausíveis possam
ser válidos.
A validade é uma propriedade que só os argumentos
podem ter
As proposições dos argumentos não podem ser válidas
ou inválidas. Só podem ser verdadeiras ou falsas.
Os argumentos não podem ser verdadeiros nem
falsos. Só podem ser válidos ou inválidos.
Argumento dedutivamente válido
Um argumento é válido quando: se as premissas forem todas verdadeiras, a
conclusão é verdadeira. Isto quer dizer que se admitirmos que as premissas são
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
As premissas não precisam de ser verdadeiras de facto. A definição diz somente
isto: se assumirmos a verdade das premissas a conclusão não pode ser falsa.
Um argumento válido é aquele em que as premissas garantem a verdade
da conclusão.
A conclusão é uma consequência lógica das premissas: se as premissas
forem verdadeiras, seria incoerente não aceitar a conclusão
Argumentos válidos - 1
• Quem nasceu em Portugal é europeu.
• O autor deste power point nasceu em Portugal.
• Logo, o autor deste power point é europeu.
Aceite a verdade das premissas e pergunte se a
conclusão poderia ser outra.
Não? Então o argumento é válido. O autor pode até ser
dinamarquês mas aceitando as premissas como
verdadeiras temos de aceitar a conclusão.
Argumentos válidos - 2
• Os italianos são alemães.
• Os alemães são asiáticos.
• Logo, os italianos são asiáticos
Aceite a verdade das premissas e pergunte se a
conclusão poderia ser outra.
Não? Então o argumento é válido. Apesar de nenhuma
das proposições ser de facto verdadeira, se assumirmos
que as premissas são verdadeiras a forma como está
estruturado implica aceitar a conclusão.
Argumentos válidos - 3
• Os italianos são europeus.
• Os italianos são da Comunidade Europeia.
• Logo, alguns europeus são da Comunidade Europeia.
Aceite a verdade das premissas e pergunte se a
conclusão poderia ser outra.
Não? Então o argumento é válido. Neste caso se os
italianos são europeus e são da CE então mesmo sem
consultar os factos temos de concluir que alguns
europeus – os italianos –
são da CE.
Argumentos inválidos 1
• Todos os governantes são pessoas que pagam IRS
• Muitos portugueses pagam IRS.
• Logo, muitos portugueses são governantes.
Aceite a verdade das premissas e pergunte se a
conclusão poderia ser outra. Pode? Então o argumento é
inválido.
A conclusão não tem que ser esta porque não pode ser
esta. Se ser governante implica pagar IRS, pagar IRS não
implica ser governante.
Argumentos inválidos 2
• Todos os futebolistas são atletas.
• Usain Bolt é atleta.
• Logo, Usain Bolt é futebolista.
Aceite a verdade das premissas e pergunte se a
conclusão poderia ser outra. Pode? Então o argumento é
inválido. Mais uma vez a conclusão não tem que ser esta
porque não pode, dadas as premissas, ser esta.
Que os futebolistas sejam atletas não implica que qualquer atleta
seja futebolista. Nem precisa de dizer que a conclusão é de facto
falsa. Isso não interessa para o caso. O que interessa é que as
premissas não apoiam devidamente a conclusão.
Validade dos argumentos.
Um argumento pode ter as proposições todas falsas e
ser válido.
• EX:
•
Um mês tem 365 dias.
•
Um ano tem 31 dias
•
Logo, um mês é maior do que um ano.
Validade dos argumentos.
Um argumento pode ter as proposições todas
verdadeiras e não ser válido.
• EX:
•
Pavarotti era um cantor
•
Todos os tenores são cantores
•
Logo, Pavarotti era italiano
Validade dos argumentos: Distinção validade - verdade
Um argumento não deixa de ser válido por ter
premissas falsas nem tem a sua validade garantida por
ter premissas verdadeiras.
A validade de um argumento dedutivo depende unicamente da
forma lógica do argumento, ou seja, da relação correcta que se dá
entre as premissas e a conclusão (sejam estas de facto
verdadeiras ou não).
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