aulas dia 19 e 26 de setembro Arquivo

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Sistema auditivo periférico
orelha
externa – média – interna (cóclea/ orgão de Corti) – n. vestibulo-coclear
sensorial
neural
Sistema auditivo central
tronco encefálico
leminisco
(nucleos cocleares – complexo olivar superior – via ascendente lateral
neural
córtex
lobo temporal (direito/esquerdo)
neural
colículo
inferior
Sis
Córtex
sistema
nervoso
Mesencéfalo
Tronco encefálico
central
Percepção de fala
Dois conceitos importantes.......
sensitividade auditiva e percepção auditiva
Aspectos quantitativos da audição ....SAP
Percepção de fala
Dois conceitos importantes.......
sensitividade auditiva e percepção auditiva
A percepção auditiva envolve a recepção e a interpretação
dos estímulos sonoros através do sentido da audição
Iêda Russo e Mara Behlau - 1993
Para Boothroyd – 1986 é possível identificar alguns componentes
da percepção auditiva:
 detecção
 sensação
 discriminação
 localização sonora
 reconhecimento
 compreensão
 atenção
 memória
1 – Detecção auditiva
Requisitos......
O som deve possuir uma freqüência entre 20 a 20.000 Hz
O som deve possuir uma amplitude suficiente para provocar a
sensação auditiva
Existiu o som ?
Ou
você escutou algo?
2. Sensação auditiva
É a impressão subjetiva deixada pelo estímulo sonoro,
por meio das suas principais dimensões..........
PITCH – LOUDNESS – TIMBRE
Como era o som????
3. Discriminação auditiva
É o processo de diferenciação de sons acusticamente
similares, mas com freqüência, duração e intensidade
diferentes.
Em que esse som é diferente
do outro??????
4. Localização sonora
Estabelecer a origem da fonte sonora a partir das diferenças
interaurais de tempo – fase – intensidade
De onde vem este som????
5. Reconhecimento auditivo
É a identificação correta dos padrões sonoros considerando
o conhecimento previamente adquirido, principalmente por
associação
O que causou esse som????
6. Compreensão auditiva
Quando interpretamos uma nova combinação de modelos
sonoros reconhecidos.
O reconhecimento resulta da seleção de uma das possíveis
representações internas, a compreensão possibilita ir
além dos limites da experiência prévia e nos possibilita a
interpretação desse código sonoro
Por que razão esse som
ocorreu?
7. Atenção auditiva
É um processo
O denominado comportamento de atenção envolve a
monitorização do sinal acústico e sua prioridade sobre os
demais sinais competitivos.
Qual o estímulo sonoro que
mais me interessa?
8. Memória auditiva
É um processo.
É a capacidade de reter, armazenar e evocar informações
sonoras recebidas.
O que ficou retido e pode ser
evocado daquele som?
PERCEPÇÃO AUDITIVA
Envolve a recepção e a interpretação dos estímulos
sonoros através do sentido da audição
PERCEPÇÃO DE FALA
Envolve um sistema de interação complexa que ultrapassa
a realidade da simples detecção dos sinais acústicos
O estímulo de fala precisa ser identificado, categorizado
e reconhecido em sua forma, sendo assim, possui uma
estreita relação com a atividade motora cognitiva envolvida
em sua produção.
Considerações sobre percepção de fala
“A percepção de fala envolve um sistema de interação complexa
que ultrapassa realidade da detecção dos sinais acústicos.”
Por que???????
“Por que a característica acústicas da fala são consideravelmente
mais complexas que os sons utilizados na avaliação audiológica.”
O processo de percepção de fala possui uma estreita relação com a
atividade motora cognitiva envolvida na sua produção
Behlau, M & Russo, IP. Análise acústica do português brasileiro
Fonte: http://www.thomazaquino.med.br/leitura_do.php?id=40
A PERCEPÇÃO DE FALA se constitui em um processo
cognitivo-linguístico que depende de 3 habilidades, que
são:
ANÁLISE-SÍNTESE
SEQUENCIAÇÃO
FECHAMENTO AUDITIVO
Análise-síntese
Análise
 Da partes para o “todo”
 De elementos menores busca-se encaixá-los em um
contexto maior, o objetivo é a compreensão/
contextualização.
No processo de percepção da fala podemos ter como
exemplo algumas palavras, que fornecem um sentido
maior do que elas sozinhas podem representar.
Análise-síntese
Síntese
 De um todo para as “partes” menores, mas que
detenham o sentido.
 De um livro (muitas páginas) obtém-se uma síntese,
que possua os principais elementos, aqueles que
caracterizam o livro.
No processo de percepção da fala podemos ter como
exemplo uma frase, embora seja composta de inúmeros
elementos o sentido pode ser alcançado por meio de
alguns elementos chaves.
Sequenciação
...Estamos chegando ao final do ano...
Estrutura macro
1a.
2a.
3a.
4a.
5a. 6a.
...Estamos chegando ao final do ano...
E não......
.... Final chegando ao ano estamos.......
Estrutura micro
e+s+t+a+m+o+s
c+h+e+g+a+n+d+o
Fechamento auditivo
É a reconstrução da mensagem quando parte desta
foi omitida
quando o ouvinte realiza suplência mental (mesmo
antes do término da fala)
Retomando a aula do dia 19/09
Percepção auditiva
Percepção de fala
Etapas
Etapas
1.Detecção
2.Sensação
3.Localização
4.Discriminação
5.Reconhecimento
6.Atenção auditiva
7.Memória auditiva
As etapas de percepção auditiva
Não são suficientes para a
decodificação dos sons verbais.
A detecção embora involuntária
apenas tomamos consciência da
existência de um som no SNAC
Além dessas
necessário a:
7
etapas
8. Sequencialização
9. Análise-síntese
10. Fechamento auditivo
é
Essas etapas ocorrem em função da Redundância intríseca
Como o sinal de fala é transformado pelo sistema auditivo que
decodifica informações acústicas sobre frequência, intensidade,
duração?
Como a palavra falada é reconhecida, como os aspectos fonéticos
e fonológicos se estruturam na mente, o que interfere e colabora
para este reconhecimento são preocupações deste campo
Pressupostos como invariância, constância e unidades perceptuais
dos sinais de fala
Redundância intríseca
Mecanismos biológicos (inatos e adquiridos) que possuimos para
executar a decodificação da palavra falada.
Diz respeito as estruturas neurais e sua conexões, envolvendo
as vias auditivas centrais e demais áreas corticais.
A Fala pode ser considerada como um sistema dinâmico pelos
modelos auditivos e pelos modelos motores, que evidenciam a
relação entre produção e percepção de fala, destacando o aspecto
gradiente da fala.
Quando alterada, é possível perceber situações em que a percepção afeta a produção do falante e vive-versa.
A Fonética e a Fonologia têm sido consideradas como disciplinas
distintas, estando a primeira volta- da à exploração das propriedades
físicas dos sons da fala e a segunda, ao conjunto de representações
dos sons distintivos na língua no sistema cognitivo, o que, remeteria,
num primeiro momento, apenas esta última à Lingüística.
A Fonética volta para a exploração das propriedades físicas dos
sons da fala
A Fonologia volta para o conjunto de representações dos sons
distintivos na língua, no sistema cognitivo.
Os modelos atuais de reconhecimento de fala
1. Cohort
2. Trace
3. Shortlist
Os modelos atuais de reconhecimento de fala
1. Cohort
A idéia central da Cohort theory é que uma palavra falada ativa um grupo
de itens similares na memória.
O grupo de palavras faladas conhecidas pelo ouvinte que que são
evocadas começam com o segmento ou segmentos iniciais da palavra de
entrada.
O processo de seleção para a palavra de entrada se dá pelos processos
bottom-up (fonéticos-acústicos) e top-down (sintáticos e semânticos),
simultaneamente, até restar apena uma palavra falada.
Os modelos atuais de reconhecimento de fala
1. Cohort
top-down (sintáticos e semânticos)
bottom-up (fonéticos-acústicos)
Famosos
Fato
Fama
Fada
Fátima
Televisão ?
A informação fonético-acústica é totalmente responsável por estabelecer o
agrupamento.
Há um sistema de reconhecimento no input (entrada) que opera com cuidado
suficiente para descartar candidatos com traços minimamente discrepantes.
(Jusczyk e Luce, 2002; Gaskell & Marslen-Wilson, 1997, 1999).
Os modelos atuais de reconhecimento de fala
2. Trace
Modelo conexionista. As unidades de processamento que são os traços,
fonemas e palavras. Entre esses níveis há conexões excitatórias e
conexões inibitórias. Estas conexões servem para aumentar e diminuir
níveis de ativação dos nós dependentes do estímulo de entrada e atividade
de todo o sistema. Pela passagem de ativação entre níveis, o modelo serve
para confirmar e acentuar a evidência do input (entrada) que corresponde a
um dado traço, fonema ou palavra.
dente
/d/, /t/, /g/ - ok conexões excitatórias
/ch/, /m/
- x conexões inibitórias
quente, pente ok conexões excitatórias
escova, dia - x conexões inibitórias
Os modelos atuais de reconhecimento de fala
3. Shortlist
Modelo conexionista. Inicialmente é criada uma “curta lista” de palavras
candidatas que consiste de itens lexicais que encontra o input de fala
botton-up. No segundo estágio do processamento, esta pequena lista
de itens lexicais entra em uma rede de unidades de palavras. As unidades
lexicais deste segundo nível de processamento competem entre si para
reconhecimento, através das relações de inibição lateral
(Norris, 1994; Jusczyk e Luce, 2002).
bola
bo, go, do (1º estágio)
bota, bolo etc.. (2º estágio)
Os modelos atuais de reconhecimento de fala
4. Neighborhood Activation Model (NAM).
Modelo conexionista. Inicialmente é criada uma “curta lista” de palavras
candidatas que consiste de itens lexicais que encontra o input de fala
botton-up. No segundo estágio do processamento, esta pequena lista
de itens lexicais entra em uma rede de unidades de palavras. As unidades
lexicais deste segundo nível de processamento competem entre si para
reconhecimento, através das relações de inibição lateral
(Norris, 1994; Jusczyk e Luce, 2002).
bola
bo, go, do (1º estágio)
bota, bolo etc.. (2º estágio)
Os modelos atuais de reconhecimento de fala
Os modelos Trace e Shortlist diferem da teoria Cohort em relação aos níveis
de representação e em relação ao processo de competição.
Os dois primeiros modelos propõem que unidades de palavras são
conectadas via relações de inibição lateral, capacitando uma unidade
a suprimir ou inibir a ativação de seus competidores.
A condição para que uma unidade iniba seus competidores é proporcional
ao nível de ativação da unidade em si, que é determinada em larga escala
pelos seus similares no input.
O nível sublexical que está ausente na Cohort é um pressuposto importante
nas teorias Trace, Shortlist
Sheila Lúcia de Oliveira Bezerra, 2010
PERCEPÇÃO DE FALA
...as etapas
as 3 habilidades (análise-síntese/ sequenciação/fechamento auditivo)
ENTRETANTO...
A efetividade da percepção depende AINDA das pistas
acústicas, que são denominadas de ...
REDUNDÂNCIAS EXTRÍNSECAS
Para que ocorra a percepção de fala há ainda outro aspecto, que
deve ajudar mas que também pode prejudicar MUITO a
transmissão da mensagem – REDUNDÂNCIA EXTRÍNSECA DE
PISTA ACÚSTICA
?
REDUNDÂNCIAS EXTRÍNSECAS
INTELIGIBILDADE DE FALA
Características da mensagem
 conhecimento do idioma
 conhecimento do tema
 gesticulação e apoio visual
 intensidade da mensagem
 coarticulação e fatores suprasegmentais
 fatores temporais, ritmo e velocidade
 articulação e pronúncia do falante
INTELIGIBILDADE DE FALA
Características da mensagem
 gesticulação e apoio visual
 conhecimento do idioma
 conhecimento do tema
 intensidade da mensagem
 coarticulação e fatores suprasegmentais
 fatores temporais, ritmo e velocidade
 articulação e pronúncia do falante
Intensidade da mensagem
“relação fala com ruído F/R”
considerações sobre o ruído –
intensidade do ruído ambiental X relação F/R
a relação que favorece a mensagem sonora é de 30dBNPS
INTELIGIBILDADE DE FALA
Características da mensagem
 gesticulação e apoio visual
 conhecimento do idioma
 conhecimento do tema
 intensidade da mensagem
 coarticulação e fatores suprasegmentais
 fatores temporais, ritmo e velocidade
 articulação e pronúncia do falante
Coarticulação e fatores supra-segmentais
Os sons de fala encadeada não são representados separadamente
através do modelos de movimentos independentes dos
articuladores, ao contrário, os movimentos e padrões sonoros de
sons adjacentes Se sobrepõem, resultando em uma combinação de
efeitos.
A fala não é um encadeamento
sucessivo
de
sons
isolados,
configuração para a produção de um
som não se realiza completamente.
Na mudança dos articuladores, há
uma sobreposição de gestos motores
que provoca desvios e antecipações
de movimentos por parte da
musculatura envolvida.
COARTICULAÇÃO
A importância da co-articulação
Em trabalho mais recente, Ohala & Ohala (1998) também
observaram o efeito da co- articulação em um experimento
utilizando lista de palavras monossilábicas com consoantes de
diferentes pontos de articulação e a relação destas consoantes
com as vogais /a/, /i/ e /u/.
Eles observaram que a consoante /p/ tendeu a ser confundida
com /ta/ quando antecedida pela vogal /i/, o que não ocorreu
quando esta mesma consoante foi antecedida pelas vogais /a/
e /u/.
Este achado demonstra a influência que um segmento exerce
sobre o outro no ambiente da sílaba.
REDUNDÂNCIAS EXTRÍNSECAS
INTELIGIBILDADE DE FALA
 Coarticulação e fatores supra-segmentais – durante a fala
ocorre uma sobreposição de gestos motores que provoca
desvios e antecipações de movimentos por parte da
musculatura e de acordo com o contexto fonético.
INTELIGIBILDADE DE FALA
Características da mensagem
 gesticulação e apoio visual
 conhecimento do idioma
 conhecimento do tema
 intensidade da mensagem
 coarticulação e fatores suprasegmentais
 fatores temporais, ritmo e velocidade
 articulação e pronúncia do falante
fatores temporais, ritmo e velocidade
Fatores temporais
duração específica de cada elemento da fala
duração no encadeamento
É dependente do comando neurológico; características anátomofisiológicas dos articuladores e código lingüístico
O ritmo e velocidade da fala diz respeito a agilidade de encadear
os ajustes motores adequados.
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